segunda-feira, 28 de março de 2011

COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO 1



 

TEMA GERAL DO TRIMESTRE; 

 

"VESTES DA GRAÇA"

 

 

 

LIÇÃO  1

 

NO TEAR DO CÉU

 

 

VERSO PARA MEMORIZAR: "Como são felizes aqueles que têm suas transgressões perdoadas, cujos pecados são apagados!" (Romanos 4:7, NVI).

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Is 64; Rm 3:21-31; 4:1-7; 6:1-13; Fp 3:3-16.

 

INTRODUÇÃO:

 

Estamos iniciando um novo trimestre em relação ao estudo da Lição da Escola Sabatina, agora com um novo tema geral: "VESTES DA GRAÇA". O título é bem sugestivo e especial. Dá para o leitor notar de imediato que se trata de um estudo sobre a SALVAÇÃO GRATUITA MEDIANTE A FÉ EM JESUS. O tema predominante é a GRAÇA DE DEUS e a JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ EM JESUS. Um tema cristocêntrico, maravilhoso, muito necessário à Igreja Adventista do Sétimo Dia nesses dias conturbados em que vivemos.

 

A LIÇÃO 1, que agora vamos comentar, traz o título:  NO TEAR DO CÉU.  O título refere-se às VESTES DE JUSTIÇA de que o povo de Deus deve estar revestido para entrar no Céu. Essas vestes de justiça do povo de Deus são confeccionadas pelo próprio Deus, e se referem à JUSTIÇA DE DEUS que atua diretamente para a JUSTIFICAÇÃO e SALVAÇÃO dos pecadores. Paulo declara sobre a Justificação do pecador: "É DEUS QUEM O JUSTIFICA" Romanos 8:33.  Este texto, por si só, já anula por completo a AUTOJUSTIFICAÇÃO ou Justificação própria do pecador. Por isso, a Lição procura mostrar, com base na Bíblia Sagrada, que a JUSTIÇA que justifica os que creem em Jesus é toda ela de Deus, preparada pelo Céu, e não da Terra, preparada pelo homem. É a JUSTIÇA DE DEUS sendo IMPUTADA (creditada) ao pecador que crê em Jesus.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 27 de março.

OLHANDO-SE NO ESPELHO

 

Leitura Bíblica do Dia: Isaías 54:6.  Romanos 3.

 

Quando você lê a LEI DE DEUS, querendo se ver como pessoa que analisa seu caráter e conduta geral e específica, o que você enxerga sobre você mesmo? Você se vê uma pessoa impecável, perfeita, sem nenhum defeito ou falta ética, moral e espiritual? Analisando sua pessoa em geral, sua vida e conduta, pelo "espelho" da Lei Moral, os Dez Mandamentos, você acha que é uma pessoa justa, santa, boa e espiritual? (leia Romanos 7:12 e 14). Sua mente e consciência o/a acusam de algum deslize ético, moral e espiritual, no passado e no presente? Se NÃO, você é uma pessoa MORALMENTE PERFEITA. Se SIM, você é um PECADOR, necessitado da Graça e do Perdão de Deus. O primeiro acha-se JUSTO EM SI MESMO (leia Filipenses 3:4 a 6). Ele constrou dia a dia, por autodisciplina e esforço religioso próprio, uma JUSTIÇA PERFEITA com a qual se apresenta diante de Deus como pessoa justa, santa, boa e espiritual. O segundo tem consciência de que é PECADOR, e que não possui JUSTIÇA PERFEITA em si mesmo. Então apela e clama pela GRAÇA e MISERICÓRDIA de Deus, pois sente necessidade e falta da JUSTIÇA DIVINA, com a qual precisa chegar ao Céu.

 

Isaías profetizou sobre a justiça humana: "Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia. Todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades [pecados, desobediências, rebeliões contra Deus], como um vento, nos arrebatam." Isaías 64:6, com interpolação nossa.

 

Paulo declara: "Pois todos [os humanos] pecaram e carecem [precisam, necessitam] da glória [do caráter, da justiça] de Deus." Romanos 3:23, com interpolações nossas. E ele afirma mais ainda: "Não há justo, nem um sequer.  ...Todos se extraviaram [se perderam, se afastaram de Deus]..." Romanos 3:10 e 12, com interpolações nossas.

 

Cuidado, pois, com a arrogância e soberba humanas, tão próprias no pecador que se justifica a si mesmo, achando-se melhor que os outros, mais religioso que os demais homens. Olhe-se no Espelho da Lei Moral de Deus, e tire conclusões honestas e sinceras.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 28 de março.

 

JUSTIÇA IMPUTADA

 

Leitura Bíblica do Dia:  Romanos 3 e 4.

 

Se você deseja aprender sobre JUSTIÇA IMPUTADA e Justificação pela Fé em Jesus, precisa ler com muita atenção toda a Carta aos Romanos. Leia, hoje, com muita atenção, Romanos 3 e 4. Em Romanos 3, Paulo ensina como se processa a JUSTIFICAÇÃO do pecador que crê em Jesus. Em Romanos 4, Paulo apresenta ABRAÃO como modelo de homem, mesmo nos tempos do Antigo Testamento, que foi justificado pela fé em Jesus.

 

Jesus nunca pecou (Hebreus 4:14 a 16). Deus IMPUTOU a Jesus os pecados de toda a raça humana, e O condenou à morte como se Ele tivesse sido um pecador. Adão e sua descendência pecaram e se tornaram culpados (Romanos 3:23). Deus IMPUTOU aos pecadores que creram em Jesus a JUSTIÇA PERFEITA que era dEle. Jesus trocou de lugar com os pecadores: Ele levou sobre Si a penalidade da culpa que os pecadores mereciam receber, para que os pecadores, mediante a fé nEle, recebessem a Justiça que somente a Ele pertencia. Ele morreu como se fosse culpado; e os pecadores são salvos como se fossem justos e inocentes. Isto é JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ EM JESUS.

 

IMPUTAR significa creditar ou atribuir algo a alguém. IMPUTAR JUSTIÇA significa creditar justiça, ou atribuir justiça, a alguém. A BASE, o FUNDAMENTO, para essa imputação de justiça não é o MÉRITO da pessoa, mas sua necessidade básica e fundamental.  Alguém transgrediu a lei, e o juiz o declara culpado, e decreta-lhe a penalidade pela transgressão: a morte. A lei tem de ser cumprida. Então alguém, penalizando-se do condenado, e num gesto de altruísmo, se oferece para receber a pena condenatória da transgressão do outro. Faz isto não por que o outro mereça, pois é culpado; faz isto por favor, por misericórdia, porque o condenado precisa de ajuda, de socorro. Nesse caso, todo o MÉRITO por esse auto-sacrifício em favor do condenado pertence à pessoa que livremente e de forma altruísta se ofereceu para receber a pena em lugar do culpado. Nesse caso, a pena de morte é legalmente desviada do verdadeiro culpado, sendo IMPUTADA ao inocente que se ofereceu espontaneamente para a receber em lugar e em favor do culpado. Ao mesmo tempo em que a penalidade é imputada ao inocente, a inocência é imputada ao culpado. Um troca de lugar com o outro aos olhos da Lei e da Justiça. E o juiz que julga o caso reconhece a validade da permuta diante da Lei. Para o juiz, o que importa é que a Lei seja cumprida. Noções de mérito de um ou de outro não são levadas em conta pelo juiz do caso. Para ele, é suficiente que a Lei seja cumprida e a justiça seja feita.

 

Leia o que afirmamos acima, e, depois, pense em você como sendo o verdadeiro culpado pela transgressão da Lei Moral, e pense em Jesus como sendo o Inocente que Se ofereceu, por amor a você, para receber sobre Si a penalidade pela transgressão que você cometeu. Ele trocou de lugar com você. Ele morreu, sendo o inocente; e você ganhou liberdade e vida, sendo o culpado. A Lei foi satisfeita. A Justiça foi feita. Você foi salvo. Quem salvou você? Você mesmo? Que JUSTIÇA foi oferecida ao juiz para atender as exigência de uma Lei transgredida? A sua, imperfeita e incompleta? Como poderia uma justiça imperfeita e insuficiente, que não é santa, nem justa, nem boa, nem espiritual atender às demandas de uma Lei "santa", "justa" e "boa"; uma Lei "espiritual"? Não, não pode! Somente uma JUSTIÇA PERFEITA poderia atender às demandas de uma LEI PERFEITA (Salmos 19:7). E essa JUSTIÇA PERFEITA jamais se acha nos humanos pecadores, mas somente no DEUS PERFEITO. Perfeição produz perfeição; imperfeição gera imperfeição. Esta é a lei da causa e do efeito.

 

A JUSTIÇA PERFEITA que Deus aceitou para justificar você, amigo pecador, foi oferecida ao Juiz Eterno pelo jovem JESUS de Nazaré, o Messias-Cristo. Ele viveu entre os pecadores por um pouco mais de trinta e três anos, sem jamais cometer um só pecado, quer por pensamento, quer por palavra, quer por ação. Sua vida foi de perfeita justiça. E quando Ele morreu, não morreu por que precisasse morrer. Ele Se ofereceu a Si mesmo para receber sobre sua pessoa santa e perfeita a penalidade que a Lei fazia recair sobre os pecadores. Ele morreu em meu lugar. Ele morreu por mim. Ele morreu a morte que eu merecia morrer, para que eu pudesse receber a vida que somente a Ele, por méritos, pertencia: a Vida Eterna.

 

Que sua vida na Terra se torne em festival de louvor a Jesus, por tão grande salvação conseguida para você.  Somente a Ele pertence a honra, a glória e o louvor por esta salvação. A ninguém mais!

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 29 de março.

 

SEM A LEI

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 3:21 a 31.

 

"Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus, testemunhada pela Lei e pelos Profetas. Justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os que creem, pois não há distinção [entre judeus e gentios, cristãos e não cristãos], pois todos pecaram e carecem da glória de Deus."  Romanos 3:21 a 23, com interpolações nossas.

 

Romanos 3:21 é um daqueles textos que certas pessoas usam para torcer a compreensão da Palavra de Deus, dando-lhe significado diferente daquele que Paulo queria lhe dar.

 

"Mas, agora..." – Esse "agora", citado por Paulo, tem vários significados: (1) cronológico: Paulo fala dos novos tempos que chegaram para os judeus e para os pecadores do mundo, os novos tempos messiânicos, ou seja, a "plenitude do tempo", citado em Gálatas 4:4 e 5.  (1) Teológico: O significado teológico desse "agora" significa que, da parte de Deus, tudo iria mudar em relação aos pecadores; uma nova justiça iria ser revelada aos humanos. Não a "injustiça" dos gentios (Romanos 1:18 a 32), nem a "justiça legalista", ou "justiça própria", humanista, dos judeus (Romanos 2:1 a 3:20); mas a JUSTIÇA DE DEUS, que foi revelada na vida e obra de Jesus de Nazaré, o Messias-Cristo. (3) Escatológico: Jesus inaugura e consuma a Nova Era de Deus, anunciada anteriormente pela Lei (Pentateuco) e pelos Profetas (todo o restante do Antigo Testamento). Tudo o que os Moisés e os antigos profetas anunciaram sobre o Messias, cumpriu-se "agora", em Jesus, vivo, morto, ressuscitado, assunto ao Céu.

 

"...sem lei...":  Não pela poder ou dinâmica da Lei (Torá). Não foi a Lei que realizou a justificação e salvação dos pecadores. Paulo afirma, em Romanos 8:3, que "a Lei...estava enferma pela carne [pela natureza carnal, pecaminosa, da humanidade]". Isto é, a Lei não pode dar VIDA ETERNA aos pecadores, nem pode dar-lhes vitória sobre o Pecado. A Lei denuncia o pecado, condena o pecado, mas não provê o poder para o homem vencer o pecado e dele se libertar. Deus, então, provê aos humanos pecadores, como profetizado em Gênesis 3:15, o "Descendente" de mulher que iria "esmagar" a cabeça da serpente: o Pecado e a Morte. Como fez Deus essa obra de justificação e salvação? Deus enviou do Céu Seu Guerreiro Mais Valente, Miguel, o "Verbo" de Deus, o qual, fazendo-Se homem, viveu entre os homens pecadores, mas nunca se deixou infectar pelo vírus chamado Pecado. E tudo o que a Lei, isto é, a Torá, dada aos hebreus, não pode realizar, porque se defrontou com homens injustos, pecadores e transgressores da Lei, Deus realizou, dando-nos JESUS, o qual venceu Satanás, o Pecado e a Morte, triunfando sobre eles na Cruz do Calvário e na manhã da Ressurreição, ganhando vitória completa para toda a raça humana pecadora. Agora, sem a Lei, mas em Cristo Jesus, Deus consegue justificar e salvar pecadores que, se deixados a si mesmos, jamais seriam salvos, mesmo vivendo sob o regime da Lei. A culpa não é da Lei em si mesma, diz Paulo em Romanos 7, mas do Pecado, o qual escravizou a raça humana e o destinou à Morte.

 

"se manifestou a JUSTIÇA DE DEUS..." – Ou seja, revelou-se publicamente, aos olhos de todos os pecadores, a Justiça de Deus. E essa Justiça de Deus, a nós revelada, é uma PESSOA:  Jesus, o Messias-Cristo: "SENHOR, JUSTIÇA NOSSA" (Jeremias 23:6). No passado, nos tempos que antecederam à presença de Deus fisicamente na Terra, através da Pessoa de Jesus de Nazaré, Deus estava junto a Israel, mas oculto no Lugar Santíssimo do Santuário, aparecendo somente na luz do Chequiná, sobre o Propiciatório, sobre a Arca da Aliança. Deus apareceu a Israel no Monte Sinai, para lhes anunciar a Lei Moral dos Dez Mandamentos, em meio a relâmpagos e trovões, e o povo ouviu o som da voz de Deus, um som assustador, e o povo teve medo de Deus. Era o Deus Tremendo, atemorizador. Os israelitas pecadores como eram, tremeram nas bases e fugiram de Deus. Deus apareceu a Israel nas mensagens reveladas aos profetas hebreus, de Samuel a Malaquias. Em cada cada uma dessas manifestações anteriores de Deus, a JUSTIÇA DE DEUS sempre esteve em destaque. Mas todos entendiam que a JUSTIÇA DE DEUS era elemento punitivo, que mata o pecador cumpado de transgressão da Lei Moral. Agora, surge a mais clara, exaltada e visível manifestação de Deus: Jesus de Nazaré, o "Verbo" de Deus que a Si mesmo "Se fez carne e habitou entre nós" (João 1:1 a 3 e 14). Aqui, o "Verbo" de Deus recebe o nome JESUS, que significa "Salvador", ou "salvação". Em Seu batismo nas águas, Ele recebe a visita do Espírito Santo, em forma de pomba, o qual O UNGIU, tornando-O "Messias", ou seja, "CRISTO", o Ungido de Deus, ou seja, o Escolhido de Deus, para salvar os humanos pecadores. Ele vai até à morte, e "morte de cruz"; Deus O ressuscita, tirando-O da Morte e da Sepultura, e O recebe na Glória celeste, dando-lhe o Título de "SENHOR", Aquele que vence todos os Seus inimigos, e reina sobre eles todos (Filipenses 2:5 a 11), e todos devem reconhecê-lo como SENHOR, pois Sua vitória foi completa e total. Uma vitória justa, conforme a LEI exigia que o fosse.

 

"...testemunhada pela Lei e pelos Profetas."  Jesus disse aos judeus: "Examinais as Escrituras [as Sagradas Escrituras compostas pela Lei (Pentateuco) e pelos Profetas (os demais livros sagrados do Antigo testamento)] porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas [as Escrituras] que testificam [atestam, testemunham] de Mim." João 5:39, com interpolações e comentários nossos. Jesus não era um alienígena, alguém completamente estranho a Israel. Tanto "a Lei", ou seja, o Pentateuco, os cinco livros escritos por Moisés –Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio  -- como também "os Profetas" – todos os demais livros do Antigo Testamento – já haviam testemunhado, ou seja, anunciado publicamente que o Messias viria para Israel, em algum determinado tempo no futuro. Moisés falou de Sua vinda (Gênesis 3:15; Deuteronômio 18:15); o livro dos Salmos falaram dos sofrimentos do Messias (Salmos 2, 22, 69, 115 e outros mais); profetas como Isaías (Isaías 7, 9, 42, 53 e outros), Jeremias (Jr 23:5 e 6), Miqueias (Mq 5:2), Zacarias (Zc 8, 9, 11, etc.), todos testemunharam dessa presença visível do Messias em Israel. O problema é que Israel não se preparou espiritualmente para receber o Messias. Então Ele "veio para o que era Seu, mas os Seus não O receberam" João 1:11. 

 

A LEI, ou seja, a Torá, cumpriu sua obra em Israel. Se não resolveu todos os problemas na vida dos israelitas, a culpa não foi da Lei (Torá), mas do Pecado que se apossou do homem. Mas Deus não deixou o problema sem solução. Deus sabia que o regime da Lei, ou Torá, seria provisório, ou seja, como afirmou Paulo, "a Lei nos serviu de aio [pedagogo, orientador, professor, preceptor] para nos conduzir [e entregar] a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé [e não pela Lei (Torá) em si mesma" Gálatas 3:24, com interpolação e comentários nossos. Isto é, Deus não deu a LEI (Torá) a Israel para ser um fim em si mesma, em relação ao Pecado e à Morte. Deus a deu a Israel para ser um "AIO", um servo instrutor, um professor, um pedagogo, um preceptor, até que viesse o CRISTO, isto é, o Messias, o "Ungido" e Escolhido de Deus para justificar e salvar os pecadores.  Tudo já estava decidido e determinado por Deus, antes que os fatos acontecessem. Tudo se cumpriu como Deus mandara Seus servos do passado, Moisés e os profetas hebreus, anunciarem. "AGORA...", tudo se havia cumprido conforme o Plano de Deus.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 30 de março.

 

A ROUPA FAZ O HOMEM

 

Leitura Bíblica do Dia:  Romanos 6:1 a 13.  Filipenses 4:13.

 

Quem aceita, pela fé, a Jesus como Salvador, está salvo em Jesus. Foi justificado pela fé em Jesus; foi aceito pelo Pai Eterno como novo membro da família cósmica, universal, de Deus. E agora, como deve agir?  Corre o pecador salvo em Jesus algum risco de voltar àquela vida passada, quando vivia para pecar, estando alienado de Deus e da salvação?

 

Paulo trabalhou com muita competência os dois tempos do processo de salvação, o ANTES e o AGORA , ou seja, o depois de justificado e salvo em Jesus. Em sua Carta aos Coríntios, Paulo afirma: "E assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas." II Coríntios 5:17. Quer dizer que "uma vez salvo, para sempre salvo", sem nenhuma chance de retroceder na fé e apostatar de Cristo? Não, nós, os adventistas, não entendemos assim.

 

A Bíblia afirma que a obra de Deus, em relação à salvação do pecador, é dupla:

 

1.      A OBRA DE DEUS POR NÓS, realizada na Cruz, por Cristo Jesus. Chamamos a isto de JUSTIFICAÇÃO. Isto é um ATO DECLARATÓRIO DE DEUS, que anuncia perante o cosmo que fomos aceitos por Deus com base na obra justa de Jesus, vivendo, morrendo e ressuscitando pelos pecadores. Uma obra única, histórica, cósmica, não repetível.

 

2.      A OBRA DE DEUS EM NÓS, realizada pelo Espírito Santo, diariamente, na vida de todo pecador que aceitou a Jesus como Salvador, e foi justificado pela fé. Chamamos a isto de SANTIFICAÇÃO.  Um processo diário, permanente, de mudanças na vida dos pecadores que se entregaram para ser discípulos de Jesus.

 

Ambas essas OBRAS, são obras de Deus, não do homem. Uma é a obra de Deus pelo homem, mediante o viver e agir de Jesus, o Filho de Deus. A outra é a obra de Deus no homem crente, mediante o agir do Espírito Santo na mente e consciência dos crentes.

Os mestres judeus, ao ouvirem Paulo falar em Justificação pela fé em Jesus, achavam que Paulo estava negando a validade da Lei Moral, e estava abrindo as portas para que os humanos pecassem e não se sentissem culpados por isso. Eles viam a justificação pela fé como sendo uma porta aberta para a desobediência à Lei de Deus. E, de fato, alguns também pensam assim nos dias de hoje.

 

Paulo conclui o capítulo 5 de Romanos dizendo assim: "Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa [isto alegrava os legalistas]; mas onde abundou o pecado, superabundou a Graça [isto deixou os legalistas irados com Paulo]" Romanos 5:20, comentários nossos interpostos.

 

Sabendo que estava sendo mal interpretado pela sinagoga em suas declarações, Paulo inicia o capítulo 6 de Romanos com uma pergunta: "Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a Graça mais abundante?"  (Rm 6:1).  Sua resposta imediata foi: "NÃO, DE MODO NENHUM!"  (Rm 6:2). É como se ele dissesse: "Não foi isto o que eu quis dizer!"  Então ele usa os versos de Romanos 6:3 a 14 para afirmar com todas as letras como deve viver e proceder um cristão que acabou de aceitar a Jesus como Salvador, tendo sido justificado pela fé em Jesus. Paulo inicia afirmando que todo cristão salvo pela Graça e justificado pela fé precisa entender o que ocorreu quando do seu BATISMO. Esse Batismo nas águas não é algo apenas simbólico, tipológico e representativo, pois o mesmo revela toda uma teologia de salvação. Primeiro, a IMERSÃO EM ÁGUA. Ora, somente se sepultam pessoas mortas. E aquela IMERSÃO EM ÁGUA, no ato Batismal, significou o SEPULTAMENTO de uma pessoa que MORREU PARA O PECADO. Um pecador que decidiu, pela fé em Jesus, não continuar vivendo para o Pecado, mas para Deus. Ele selou essa decisão através da fé e do batismo. A fé em Jesus o levou ao batismo. Assim como Jesus morreu e foi sepultado, também as pessoas que se unem a Cristo pela fé, morrem com e em Cristo e são sepultadas nas águas do batismo. Assim como Cristo ressuscitou dos mortos e subiu de volta a Deus, os crentes em Cristo saem das águas batismais para viverem uma nova filosofia de vida, sendo, a partir daí, no sentido espiritual, novas criaturas. Ressuscitaram para um novo estilo de vida. Jesus também ensinou sobre esse Novo Nascimento em João 3:1 a 15 (leia o texto).

 

Em Romanos 6:12 a 14, Paulo ensina aos crentes a respeito de como deve cada um deles viver sua vida de pessoa salva pela Graça de Deus, justificada pela fé em Jesus. Preste muita atenção em suas palavras. Elas são dirigidas a mim e a vocês:

 

"Não reine [não governe, não domine], portanto, o PECADO em vosso corpo mortal [em vossa natureza pecaminosa], de maneira que obedeçais às suas paixões [aos seus desejos, sentimentos, gostos, tendências, inclinações]; nem ofereçais cada um [de vós] os membros do seu corpo [ou seu corpo físico] ao PECADO, como instrumentos de iniquidade [ou ferramentas para a prática do pecado, da transgressão]. Mas oferecei-vos a DEUS [como um sacrifício de louvor e adoração], como RESSURRETOS dentre os mortos [como uma pessoa que quer viver uma nova vida, diferente da anterior, marcada pelo serviço ao Pecado]; e os vossos membros a Deus [o vosso corpo físico], como instrumentos de justiça [como ferramentas usadas para a promoção da Justiça de Deus na Terra]. Porque o Pecado não terá domínio sobre vós [não governará mais vossas vidas, não reinará sobre vós], pois não estais DEBAIXO DA LEI [sob a condenação da Lei, como o era antes de serdes justificados e salvos por e em Jesus], e, sim, da Graça [estais sob o governo e domínio de Deus, um reino de Graça, misericórdia e favor]" Romanos 6:12 a 14, com grifos, interpolações e comentários nossos.

 

Quem aceitou a Jesus como Salvador nunca mais será o mesmo. Se PERMANECER CRENTE EM JESUS, conservando-se justificado pela fé, viverá em processo diário de santificação e preparo para viver no Céu, na companhia de Deus e dos santos anjos. Se desistir de sua fé em Jesus, voltando para servir ao Pecado, será agora um apóstata, um traidor da fé, uma pessoa que conheceu a Verdade, mas renunciou à Verdade conhecida. Nunca mais será sua vida semelhante ao que era antes de conhecer a Jesus.

 

E você, crente batizado, membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, como está vivendo sua fé em Jesus?  Tem você se colocado à disposição de Deus, para ser um discípulo? Tem você permitido que o Espírito Santo realize em sua pessoa a obra de santificação tão necessária para o preparar para viver com Deus para sempre? Ou você finge que é crente, mas é um cristão apenas superficial, sem comprometimento com a fé? Que pecados bloqeiam hoje sua santificação?  Quer livrar-se deles?  Entregue-se à obra santificadora do Espírito Santo agora, e deixe-O realizar as transformações que são necessárias.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 31/03 e 01/04.

 

GRAÇA BARATA E LEGALISMO

 

Leitura Bíblica do Dia:  Filipenses 3:3 a 16.

 

Dois erros terríveis as pessoas cometem em relação à teologia da Salvação pela Graça de Deus, mediante a fé em Jesus:

 

1.      O LEGALISMO. O legalista é uma pessoa que vive para a Lei. Ele se dedica a guardar a Lei, sempre na esperança de que a Lei irá lhe prover a Justiça de que ele precisa para ser aceito e recebido na Família cósmica de Deus. O legalista é um esforçado espiritual. Ele se disciplina no esforço para cumprir a Lei. Ele também se regozija em suas conquistas, achando que seu esforço pessoal o elevou a uma categoria especial de homens: aqueles que guardam a Lei moral de Deus. Todo exercício religioso que fazem, como ir aos cultos, dar dízimos e ofertas, fazer o bem a alguém, testemunhar da fé, ser vegetariano, vestir roupas discretas, não usar pinturas e joias, ser temperante, evitar a promiscuidade sexual, ser bom esposo/a e pai, todas essas coisas lhe concedem mértios religiosos, e que Deus considerará, no Juizo Final, esses méritos como sendo a BASE para ele ser para sempre salvo e viver na presença e companhia de Deus. Este é o JUSTIFICADO PELAS OBRAS DA LEI. Suas boas obras o fazem – segundo ele pensa – ser bem visto no Céu.

 

2.      O ANTINOMISMO. O antinomista é uma pessoa liberal. Acha que a Salvação pela Graça de Deus, mediante a fé em Jesus, o deixou livre de qualquer compromisso em guardar os mandamentos da Lei Moral de Deus. Ele afirma que Jesus já guardou a Lei por ele, em seu lugar, e nada mais precisa fazer em relação a isso. E crê na teologia que afirma "uma vez salvo, para sempre salvo". Isto é, o que eu faço depois de ser salvo por Jesus não importa, nem interfere em minha salvação. Jesus me salvou para sempre, e agora estou livre para levar minha vida do jeito que eu quero e escolho, sem nenhum temor de perder minha salvação. Estas pessoas acham que não devem ficar mais preocupadas com regras e mandamentos de Deus. Dizem que tudo isto é coisa do passado, de um estágio inferior, antes que Jesus viesse para salvar o homem pecador. Isto os deixa livres para procederem como o mundo procede, sem amarras, sem censuras éticas e morais, pois a Lei já nada diz para eles.

 

Tanto o LEGALISTA como o ANTINOMISTA estão errados em suas interpretações da Salvação pela Graça mediante a fé em Jesus, ou Justificação pela fé em Jesus. O primeiro, o legalista, quer que sua obediência à LEI MORAL seja a base de sua salvação e aceitação diante de Deus como pessoa justa. O segundo quer uma Salvação que o liberte das exigências da Lei, e o deixe livre para viver a sua vida do jeito que ele quer e gosta, sem que seja necessário prestar contas de sua vida a Deus. Ambos os elementos estão presentes em todas as igrejas cristãs, e causam problemas na igreja, levando outras pessoas a pensarem como eles pensam.

 

Em Filipenses 3:3 a 16, Paulo revela como ele vivia antes, sendo um fariseu legalista, e como passou a viver depois que creu em Jesus e foi justificado pela fé. Leia o texto todo e tire suas conclusões.

 

E quanto a você? Você é um LEGALISTA?  Você é um ANTINOMISTA? Ou você nem sabe como se posiciona entre essas duas formas de pensar?

 

Que você seja um crente justificado pela fé em Jesus, vivendo, pela fé e obra do Espírito Santo, um dinâmico e progressivo processo de santificação, para dentro em breve ser recolhido ao Céu, quando da Segunda Vinda de Cristo. Esta é nossa maior esperança.

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 

 

 

 

 

 



segunda-feira, 21 de março de 2011

COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO 13



 

LIÇÃO  13

 

SOCIEDADE COM JESUS

 

Verso para memorizar:  "Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes  em Mim."  João 15:4.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA:  Marcos 1:21 a 35; Lucas 4:31 a 42; Mateus 6:14 e 15; 25:34 a 46; 26:36 a 44; Salmos 31:24.

 

INTRODUÇÃO

 

Chegamos à última Lição do Trimestre janeiro a março. Estudamos durante doze semanas sobre as emoções humanas, positivas algumas, negativas outras. Findo este trimestre, descobrimos que nossa maior necessidade é PERMANECER junto a Deus, através da fé em Jesus. Este é o único CAMINHO para nos salvarmos de nós mesmos e de todos os males que afligem nosso corpo e nossa mente. JESUS é nossa única esperança de cura interior e paz espiritual. E essas coisas básicas para a felicidade humana as encontramos num íntimo e pessoal RELACIONAMENTO COM DEUS, através da pessoa de Jesus, o Filho de Deus.

Esta lição 13 vai nos mostrar que até JESUS, o perfeito Filho de Deus, precisou buscar os conselhos e a direção do Pai Eterno para Sua vida. Ele orava diariamente ao Pai em busca de apoio, força espiritual e decisão para fazer sempre o que era correto. Por isso Jesus foi sempre vencedor sobre Satanás, o Pecado e a Morte, Seus maiores inimigos.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 20 de março.

 

JESUS,  HOMEM DE ORAÇÃO

 

Leitura Bíblica do Dia: Marcos 1:21 a 35; Lucas 4:31 a 42.

 

Jesus passava o dia cuidando das pessoas, atendendo a todas as suas necessidades, tanto físicas como espirituais. Ele ensinava, curava as enfermidades do corpo e da mente, alimentava com o pão material e com o pão espiritual. Era um dia cansativo, cheio de trabalho. Mas à noite, quando todos dormiam, era comum a Jesus ser encontrado em fervente oração ao Pai Eterno. Ele dialogava com Seu Pai diariamente. Mostrava assim, pela palavra e pelo exemplo de vida, que a ORAÇÃO a Deus é fundamental para a vida de todas as pessoas. Todos os humanos precisam de ajuda, de apoio, de orientação. E precisam ser honestos e transparentes nessa busca diante de Deus.

Ellen White costumava dizer que "a oração é o abrir do coração a Deus." É como se você estivesse conversando com um amigo em quem muito confia. Essa conversa pessoal e íntima com Deus significa abrir a alma para o Pai Eterno, contando-lhe tudo o que queremos contar: alegria, tristezas, necessidades, êxito, fracassos, dores, prazeres, tudo enfim. Não deve existir segredo ou omissão, nem medo, no relacionamento entre o homem e seu Deus. Tudo deve ser conversado, num diálogo franco e amigo. Deus nos encoraja a isto (Isaías 1:18 a 20). Portanto, todos nós, os crentes em Jesus, devemos ser pessoas de oração, pessoas que costumam conversar com Deus naturalmente, diariamente e abertamente. Isto faz bem à alma humana.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 21 de março.

 

COMUNIDADE DE ADORAÇÃO E IGREJA

 

Leitura Bíblica do Dia:  I Coríntios 12:12 a 31; Efésios 4:15 e 16.

 

O que é a IGREJA fundada por Jesus?

 

É uma COMUNIDADE DE RELACIONAMENTO COM DEUS. É a Comunidade das Pessoas Salvas pela Graça de Deus, mediante a fé em Jesus, composta por judeus e gentios, ou seja, pessoas de todas as etnias, de todas as camadas sociais, culturais e econômicas. Todos crentes em Jesus. Eles se encontram na IGREJA, a qual é o CORPO DE CRISTO (I Coríntios 12), e o EDIFÍCIO erigido espiritualmente em cada cristão para a glória de Deus (Efésios 2:20 a 22). Não confundamos a IGREJA – comunidade de pessoas, como o TEMPLO – ajuntamento de pessoas. A IGREJA se reúne no TEMPLO (ou fora dele).

 

Na linguagem de Paulo em I Coríntio 12:12 a 31, a IGREJA é o CORPO MÍSTICO DE CRISTO. E seu funcionamento precisa ser semelhando ao de um corpo. Cada membro da Igreja deve estar ligado a outro membro, pelo amor e companheirismo, e todos os membros ligados à CABEÇA, Jesus Cristo, pela fé e discipulado. Cada MEMBRO deve receber ordens e comandos da CABEÇA, processar essa ordem pela fé, e a por em execução, pelo poder e dinâmica do Espírito Santo, para o bom funcionamento do CORPO. Assim como não existe o corpo de um só membro, também não existe a IGREJA DO EU SOZINHO, onde uma só pessoa manda e desmanda, à revelia da CABEÇA, Jesus Cristo. O bom e harmonioso funcionamento do CORPO chamado IGREJA somente acontece quando cada um de seus membros se comunica com a CABEÇA, dela recebe comandos, e os executa como os recebeu. Um corpo assim não será dominado por enfermidades e desajustes.

Como COMUNIDADE DE ADORAÇÃO, Comunidade que sistematicamente de reúne para adorar a Deus, unidos por uma fé em comum, a IGREJA reunida em adoração, comunhão e serviço é um centro de apoio e ajuda para todos os seus membros. Todos os membros devem ser bem recebidos e bem cuidados. Se houver entre eles doenças, pobreza, desvios morais, crises éticas de qualquer natureza, todas essas coisas devem ser tratadas ali, na irmandade, com apoio e ajuda mútuos, num espírito de amor e companheirismo. Isto é a nossa KOINONIA e nossa DIAKONIA: nossa comunhão de uns com os outros, e nossa dedicação a servir uns aos outros, conforme ensina Atos 2:42 a 47.

Pessoas que pertencem a uma Comunidade assim, que ajuda, apoia e compreende, sentem-se felizes, seguras, bem aceitas. Tais pessoas não se afastam umas das outras, pois se sentem bem e seguras juntas. Isto é a essência do ato de adorar: Comunhão com Deus e com os irmãos. Numa Comunidade dita cristã onde essas coisas básicas da adoração e do culto não ocorrem, as pessoas se sentem estranhas umas às outras, sentem que não são parte daquela comunidade, mas estrangeiros em relação a ela. São freqüentadores do templo, mas não são irmãos em Cristo, vivendo uma Comunidade de Amor e Apoio.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 22 de março.

 

PERDÃO

 

Leitura Bíblica do Dia: Mateus 6:14 e 15;  Lucas 23:34.

 

Jesus nos ensinou a orar assim, na Oração ao Pai Eterno: "Pai nosso, que estás no Céu; santificado seja o Teu nome; venha o Teu reino; seja feita a Tua vontade, assim na Terra como é feita lá no Céu. O pão de cada dia dá-nos hoje; PERDOA AS NOSSAS DÍVIDAS ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS AOS NOSSOS DEVEDORES..." Mateus 6.

 

Nesta oração, o PERDÃO que nós precisamos receber de Deus está condicionado e vinculado ao PERDÃO que damos às pessoas que nos ofendem. Quão dispostos você e eu estamos em perdoar nossos ofensores? Se não os perdoamos, também o Deus Eterno não nos perdoa. Jesus deixou isto bem claro na ORAÇÃO DO SENHOR. E nós fazemos esta oração sem entender que é isto o que estamos suplicando a Deus em oração. Nós nos condenamos a nós mesmos quando fazemos esta oração a Deus, e não agimos conforme a Deus rogamos.

 

Uma das coisas mais nobres na vida de um cristão é saber perdoar as ofensas que lhe são feitas por alguém, mesmo que este alguém seja um "irmão" na fé. Pessoas com este caráter perdoador são mais amadas e aceitas na comunidade. Por outro lado, pessoas que seguem a lei de Talião, do "olho por olho e dente por dente", e que não conseguem perdoar as ofensas que outros lhe fazem, são pessoas amargas, vingativas, doentias da mente e do espírito. São cristãos de poucos amigos, pois têm dificuldade em se relacionar com pessoas diferentes.

 

Quando um irmão nos ofende, e vem nos pedir perdão, deve ser perdoado. Alguns cristãos chegam a perdoar até aqueles ofensores que, por orgulho, não pedem perdão. Estes aprenderam a amar um pouco mais que os outros. E por isso são mais felizes ainda, e gozam de grande paz interior. Muitas pessoas vivem doentes da mente, da alma, porque não conseguem perdoar seus ofensores. Vivem o tempo todo jurando vingança, e assim se tornam enfermas, inseguras, desconfiada de tudo e de todos, evitando relacionamentos. Tais pessoas sofrem mais, e nunca devem orar o Pai Nosso, pois se o fizerem, estarão pedindo que Deus jamais os perdoe. E se alguém não for perdoado por Deus, não terá salvação e vida eterna.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 23 de março.

 

SERVIÇO

 

Leitura Bíblica do Dia:  Mateus 25:24 a 46. Efésios 2:8 e 9.

 

A SALVAÇÃO do homem é sempre uma dádiva gratuita de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo. Deus dá Salvação aos pecadores, e estes a recebem mediante a fé em Jesus. Mas a FÉ é algo intangível, não vista exteriormente; é algo que está escondido na mente humana. Ninguém vê fé. Mas as pessoas dizem de si mesmas: "Eu tenho fé em Deus". Pode ser verdade, ou pode ser mentira, ilusão. Mas como alguém de fora pode saber que o outro tem fé em Deus? Tiago nos ensina que "a fé, se não tiver obras, por si só está morta" Tiago 2:18. E ele acrescenta: "A fé sem as obras é inoperante" Tiago 2:20. O que Tiago está ensinando aos crentes? Ele está afirmando que a "fém em Jesus"deve ser uma fé que opera, que trabalha, que se mostra em evidências externas, tangíveis e concretas. Uma fé enrustida, que fica somente na mente do cristão, e que não é confirmada por uma vida de discipulado, de atividade dirigda a Deus e ao próximo, não é a fé salvadora, bíblica, anunciada por Paulo e por Jesus. A fé precisa ser mostrada, vivida, evidenciada.

 

Há três elementos fundamentais na experiência de um cristão verdadeiro e fiel:

1.      A KOINONIA, sua comunhão com Deus e com seus semelhantes. Seu prazer em se encontrar com Deus e com seus irmãos na fé; o prazer de estar com eles, de partilhar uma fé em comum. A convivência dos crentes em uma comunidade de fé e amor.

2.      A DIAKONIA, o serviço de amor em favor dos irmãos e do próximo em geral. O prazer de servir aos servos de Deus, ajudando-os em suas necessidades, apoiando-os sempre, animando-os na fé; partilhar bens e riquezas com os menos favorecidos, especialmente os pobres da igreja. Visitar órfãos, viúvas, prisioneiros, miseráveis, abandonados, etc.

3.      KERIGMA, a proclamação pública do Evangelho da Salvação somente em e por Jesus. A evangelização de todas as pessoas ao nosso alcance, e fora dele. O interesse e o envolvimento em programas de evangelização, tanto em minha comunidade, como também no mundo inteiro, através de ofertas e envolvimento pessoal.

Isto significa DISCIPULADO; fé em ação; fé que opera para a salvação, minha e do meu próximo. Foi isto o que Jesus quis ensinar, através do texto de Mateus 25:34 a 46. Quem tem uma fé que se mostra dessa maneira, vive uma fé salvadora e operante.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 24 e 25 de março.

 

ESPERANÇA E CONFIANÇA EM DEUS

 

Leitura Bíblica do Dia:  Salmos 31:24.  Mateus 26:36 a 44.

 

"Sede fortes, e revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor." Salmos 31:24.

 

Jesus ensinou: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca." Mateus 26:41.

O cristão é salvo em esperança, mediante a fé em Jesus. Cada cristão vive uma            ESPERANÇA. Vive na espera de que Jesus venha logo, e o recolha para o Reino da Glória. Mas enquanto o crente vive neste mundo perigoso, cheio de pecado, precisa se refugiar em Jesus, seguindo sempre o que lhe foi ensinado na Palavra de Deus. Este 'e o segredo de seu êxito espiritual. Deve PERMANECER firme em Jesus.

 

No discurso proferido por Jesus, registrado em João 15:1 a 5, sobre A VIDEIRA E OS RAMOS, a palavra mais citada pelo Mestre foi PERMANECER. Deve o crente PERMANECER em Jesus todo dia. PERMANECER na f'e. Deve seguir em frente, em Jesus, sem retroceder ou apostatar. Isto dá segurança e certeza ao crente. É o segredo de seu êxito diário. Negligenciar esse element significa morte espiritual. Não existe força spiritual no pecador, mesmo no picador crente. Este é forte pela fé, mas é fraco em si mesmo, pois tem ainda uma natureza carnal pecaminosa. E essa natureza carnal, infectada que está pelo pecado, é a porta de entrada para as tentações e para as quedas espirituais. Não há esperança de vida eternal para o cristão que vive alimentando a velha natureza pecaminosa, agindo de forma contrária aos ensinos da Bíblia. Portanto, PERMANECER EM CRISTO é a expressão-chave para quem deseja ser vitorioso espiritualmente, e tem esperança de herdar a Vida Eterna.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 

 

 

 


segunda-feira, 14 de março de 2011

COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO



 

LIÇÃO 12

 

A NATUREZA COMO FONTE DE SAÚDE

 

Verso para memorizar: "Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de Suas mãos. Um dia discursa a outro dia; e uma noite revela conhecimento a outra noite." Salmos 19:1 e 2.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Gênesis 1:27 a 2:25; Gênesis 3; Jeremias 10:12 e 13; Salmos 19:1 a 7; Mateus 6:25 a 34; Salmos 104.

 

INTRODUÇÃO

 

Deus criou todas as coisas em total perfeição. Não havia desarmonia nem desequilíbrio nas coisas criadas. Os seres animados e inanimados; a natureza como um todo, tudo refletia a perfeição divina ao sair das mãos do Criador. Deus revelou excelente senso artístico e amor ao que é belo e perfeito. A humanidade, criada perfeita, interagia de maneira plena e harmônica com todo o ecossistema criado pelo Senhor Deus.

 

No entanto, as coisas não continuaram assim por muito tempo. O elemento PECADO, extremamente destrutivo e desagregador, provocou um total desequilíbrio no planeta Terra. Com o Pecado veio a Morte, e com esta, a ruína e a destruição da vida, em todas as suas formas: animada e inanimada. Pecado gera desequilíbrio, desarmonia, quebra de relacionamentos. O planeta Terra começou sua fase de ENTROPIA, ou seja, de envelhecimento e morte, a partir da entrada do Pecado e da Morte na vida dos humanos e em toda a natureza criada. Por causa disso, Paulo afirma que "toda a criação [a natureza criada], a um só tempo, geme e suporta angústias até agora" Romanos 8:22, interpolação nossa.

 

A Lição desta semana vai apresentar a natureza como fonte de saúde e cura.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 13 de março.

 

AMBIENTE PERFEITO

 

Leitura Bíblica do Dia: Gênesis 1 e 2.

 

Quando lemos a narrativa de Gênesis 1:2 a 2:3, vemos que existe, por trás de cada ato criativo, uma mente inteligentíssima, com um senso organizacional extremamente apurado e refinado, possuidor de um senso estético jamais visto em pessoa alguma depois disto. Portanto, nota-se que há propósito, vontade, desígnio por trás de cada coisa criada. Nada é criado por acaso, ao sabor da sorte ou do azar. Tudo é organizado de forma que se torne útil e atenda ao fim para o qual o elemento foi criado. Não há desperdício, não há erro, não há deficiência em nada. Cada parte se encaixa no todo, formando um conjunto harmonioso e perfeito, denunciando que existe uma mente inteligente, sábia, perfeita e poderosa guiando cada ato criativo. Árvores, flores, animais, a distribuição do espaço, as camadas de gases que circundam a Terra, clima, temperatura, velocidade dos ventos, distribuição das águas, altura das montanhas, tudo é criado com propósito, com objetivo bem definido, bem posicionado. É a perfeição das perfeições. Nunca, em tempo algum, depois da Semana da Criação, foi criado algo desse nível e dessa qualidade e beleza estética no planeta Terra. Foi uma criação única, perfeita, total. Faria isto o cego acaso? Faria isto um processo evolutivo cego, não inteligente, coincidente? Faria isso o vento, as chuvas, o movimento das marés? Criaria o acaso e as coincidências a temperatura ideal para os seres vivos, de tal maneira que ninguém sentisse excesso de frio ou de calor? Criaria o acaso frutas tão saborosas, tão ao gosto dos seres vivos, os  quais  fazem  os  humanos  se  deliciarem  em  seus banquetes? Não, seria acaso demais para nossa mente inteligente. Não há explicação racional, inteligente, fidedigna para a criação de todos esses elementos mediante longos e enfadonhos processos evolutivos de milhões de anos. O tempo, por mais longo que seja, e o acaso, por mais coincidente que seja, jamais criariam tamanha perfeição de detalhes, tamanha organização dos elementos, tão apurado senso de estética e beleza. 

A criação da raça humana, ou dos "seres viventes" humanos, foi um capítulo à parte, pois tudo o que fora criado até aí somente passou a existir porque Deus traria à existência a raça humana. Em sua criação, Deus usou um "modus operandi" (modo de fazer) completamente diferente do método usado até então para criar os vegetais e os animais. Deus operou de forma especial, com requinte de detalhes, pois estava criando a obra-prima de toda a Sua criação.

O texto bíblico de Gênesis 1:26 a 30, que transcreveremos a seguir, dá uma visão geral da criação do homem e da mulher, sem entrar em alguns detalhes do "modus operandi" divino. Informa apenas que o homem e a mulher foram criados, e que foi Deus quem os criou. Isto quer dizer que o homem e a mulher, como todos os demais seres anteriores, não vieram à existência por longos e demoradíssimos processos de evolução de uma espécie para outra, coisa que Deus jamais determinou, mas por Criação.

"Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio  sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, e sobre todo animal que rasteja sobre a terra. E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra, e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isto vos será para mantimento. E a todos os animais da terra e a todas as aves dos céus e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhe será para mantimento. E assim se fez."  Gênesis 1:26 a 30.

Alguns pontos precisam ser destacados nessa declaração geral a respeito da criação da raça humana:

 

a) Criado "à imagem e semelhança" de Deus. O homem – ser humano, aí incluindo homem e mulher, macho e fêmea – foi criado por Deus "à sua imagem e semelhança". Nenhum dos "seres viventes", ou portadores do sistema chamado "Vida", fora criado dessa maneira, "à imagem e semelhança" do próprio Criador, Deus.

 

b) Criado para dominar animais, vegetais e todas as coisas na Terra, sujeitando-os e sujeitando a própria Ter-

ra. A raça humana foi criada por Deus e lhe foi dado domínio sobre todos os elementos que Deus criara sobre a Terra. O ser humano deveria estar no domínio, no controle de todas essas coisas, sendo superior a todas elas, menos ao Criador, Deus.

 

c) Criado para se reproduzir dentro da espécie. Deus ordenou que os seres humanos fossem fecundos e se reproduzissem em seres da mesma espécie, isto é, humanos gerando humanos. Deus pôs nos seres humanos o processo "Vida", o qual capacitaria os humanos a gerarem outros "seres viventes" a eles semelhantes.

 

d) Criado para ser vegetariano. Deus determinou que os seres humanos fossem vegetarianos. "Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra, e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isto vos será para mantimento."  Deus não incluiu alimento cárneo no regime alimentar da raça humana, em sua criação. A alimentação cárnea pressupõe a morte do animal que servirá de alimento. Porém, até aí, o processo "Morte" não fazia parte dos propósitos criativos do Deus Eterno. Os seres humanos não receberam de Deus, seu Criador, ordem para matar (encerra o ciclo vital) os animais. Deveria dominar sobre eles, sujeitando-os, mas não tinha o direito de matá-los. Encerrar o ciclo vital, que Deus estabelecera, só pertencia a Deus, o Criador.  Ele  os  fez,  Ele  poderia desfazê-los. Aos humanos não foi ordenado matar, nem para se alimentar.

Também foi determinado por Deus que os animais fossem vegetarianos: E a todos os animais da terra e a todas as aves dos céus e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhe será para mantimento."  Nenhum animal comeria a carne de outro animal. Não haveria animal predador, carnívoro, destruidor de "seres viventes". "Vida" é um processo estabelecido por Deus, e Ele não confiou a nenhum outro ser, animal ou humano, o direito e a responsabilidade de encerrar em outro ser vivo o processo "Vida".

"E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã [noite e dia], o sexto dia. Assim, pois, foram acabados os céus e a terra, e todo o seu exército" Gênesis 1:31 e 2:1.

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 14 de março.

 

O PECADO E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA NATUREZA E NO HOMEM

 

Leitura Bíblica do Dia: Gênesis 2:16 e 17; 3:1 a 24.

 

O PECADO trouxe consigo a MORTE, tanto para os seres humanos, seres animados, com vida e movimento, como também para todos os demais seres vivos, embora inanimados. A partir do Pecado e da Morte, o ciclo da existência na Terra, para todos os seres vivos, passou a ser: NASCE-VIVE-CRESCE-REPRODUZ E MORRE.

VIDA e MORTE tornaram-se os dois extremos da existência dos seres vivos. Tudo se inicia com a VIDA e termina na e com a MORTE. Isto foi consequência direta do Pecado.

O mesmo Deus que dotara Adão e Eva, os progenitores da raça humana, do processo "VIDA", e os fizera, então, "alma vivente", ou ser vivente, ou, ainda, seres vivos, agora esta dizendo-lhes que o processo "VIDA", do qual eles foram dotados pelo Criador, poderia lhes ser retirado, sendo instalado neles o processo "MORTE", o qual lhes era, até então desconhecido (Gênesis 2:16 e 17).

Observando esta questão sob a ótica da Teologia, vê-se que os problemas da "VIDA" e da MORTE são problemas teológicos, antes que biológicos. "VIDA", antes de ser artigo para estudo da Biologia, precisa ser estudo da Teologia. A "VIDA" posta em Adão e Eva era teocêntrica: Vinha de Deus, girava em torno de Deus, e o processo "Vida" seria extinto no homem (e nos demais seres vivos) por ordem expressa de Deus. O elemento vivo chamado HOMEM recebeu o processo "VIDA" de Deus, e tornou-se "alma vivente". Deus o fez "alma vivente", ou seja, um ser vivente. Deus quis assim. Deus fez assim. Assim ficou sendo, pela vontade de Deus. Até aí não entrou elemento algum da vontade humana. O homem não existia. Como não existia, não pediu para ser criado. Se foi criado por Deus, como o foi, está ligado moral e espiritualmente ao seu Criador. Pertence a Deus, e deve prestar contas (informações) a Deus de tudo o que faz. Como ser moral livre e responsável por seus atos, precisa prestar contas de seus atos Àquele que o criou, o qual julgará se  as  idéias,  pensamentos  e  ações  do  ser  humano cumprem o propósito para o qual ele foi criado. Caso o homem se rebelasse contra seu Criador, desobedecendo às ordens emanadas de Deus, a sentença já lhe foi revelada: A MORTE. Nesse caso, MORTE significava um processo inverso ao processo VIDA. Se o processo VIDA significou a "construção" de um ser vivente –"alma vivente – que recebeu a alcunha de "homem", o processo MORTE significaria a "desconstrução" – o desfazer ou destruir – da "alma vivente", ou ser vivente. Ambos os processos estariam sob o juízo e comando do Deus Eterno, o Criador. Em Sua Soberania e vontade não influenciada por ninguém acima dEle, pois não existe tal ser, o Deus Eterno criou o homem e pôs nele o processo chamado "VIDA". Não cumprindo o homem o propósito divino para o qual fora criado, o Deus Eterno, supremo Juiz do homem, instalaria o processo "MORTE", e devolveria o homem ao nada, ao pó, donde saíra (Eclesiastes 12:7). Porém somente o Deus Eterno tem o direito sobre ambos os processos: o Deus Eterno deu VIDA; o Deus Eterno tira a VIDA, processo inverso chamado MORTE. Deus é soberano em Sua vontade, e age conforme esta soberania.

Satanás foi vitorioso sobre Adão e Eva no Jardim do Éden. A mentira – "É CERTO QUE NÃO MORREREIS" – prevaleceu sobre a verdade de Deus –"CERTAMENTE MORRERÁS" – inclinando e conduzindo praticamente toda à raça humana, de Adão em diante, para uma contínua e cruel desobediência a Deus. Foi a apostasia coletiva. Uma sessão mediúnica, conduzida pelo diabo, Satanás, convencendo os pais da raça humana a acreditarem numa mentira, num embuste, fez com que a raça  humana  reafirmasse  essa  mentira por milhares de anos. Os humanos passaram a acreditar que eram IMORTAIS, mesmo pecando contra Deus. Pensar que seria imortal, mesmo pecando contra uma verdade divina, significa rejeitar a Deus como Criador, Juiz e Senhor. Significa dizer a Deus: "O Senhor é mentiroso e falso, pois nos negou o conhecimento de uma verdade que Satanás nos deu."  Pensar que é imortal, mesmo praticando todo tipo de pecado, faz o ser humano ser mais afoito e atrevido na arte de desobedecer a Deus. É como se dissesse: "Deus não me mete mais medo com Suas ameaças de morte. Mesmo que eu morra fisicamente, sobreviverei espiritualmente, e logo estarei vivendo em outro corpo. Nunca mais Deus me meterá medo com Suas ameaças de morte."  Satanás ri às escâncaras, ao ouvir os pecadores assim confiantes em si mesmos, envolvidos no pecado completamente.

Ao longo de toda a história da raça humana sobre a Terra, desde Adão até os nossos dias, essa mentira tem prevalecido. No Oriente, no Ocidente, no Norte e no Sul, essa mentira de Satanás – "É CERTO QUE NÃO MORREREIS" – tem seus milhões de seguidores no espiritismo, no catolicismo romano, em quase todas as correntes e denominações protestantes, no budismo, no confucionismo, no hinduísmo, na Nova Era, em todos os movimentos espiritualistas, no panteísmo, no animismo, em praticamente todas as correntes de pensamento, quer sejam filosóficas, quer sejam religiosas, essa mentira prevalece até hoje sobre a declaração divina: "É CERTO QUE MORRERÁS". Mesmo tendo uma Bíblia na  mão  afirmando que Satanás mentiu a Adão e Eva, muitos católicos romanos e protestantes insistem na mentira de Satanás, dizendo que quando o homem morre, morre apenas o corpo físico, mas permanece imortal, viva para sempre, uma entidade independente que sai do homem nessa hora, chamada "ALMA", para alguns, e chamada "ESPÍRITO", para outros. Dizem, também, que essa identidade, por ter vida própria, vai imediatamente para um lugar de glória e prazer, chamado Céu ou paraíso, se a pessoa realizou boas obras; ou para um lugar de purgação e aperfeiçoamento, se foi mais ou menos bom. E por aí vão as explicações mentirosas, confusas, filosóficas, religiosas, todas elas fundamentadas na grande mentira de Satanás, em rejeição da verdade de Deus. Toda essa gente que acredita nessa mentiras de Satanás é formada por mensageiros de Satanás, discípulos de Satanás, professores de Satanás, que se deixam usar pelo diabo como fantoches, visando passar adiante a grande mentira, a qual tem iludido e enganado bilhões de pessoas por milhares de anos.

 

O profeta Ezequiel escreveu: "A ALMA QUE PECAR ESSA MORRERÁ" Ezequiel 18:4. E o apóstolo Paulo declara: 'TODOS PECARAM..." Romanos 3:23, primeira parte. Conclusão: Todos morrem por causa do Pecado. Se o elemento PECADO não existisse no planeta Terra, também não existiria o elemento MORTE. Pense nisso antes de cometer algum tipo de pecado.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 15 de março.

 

DONS DE DEUS PELA NATUREZA

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 1:19 a 25. Salmos 19:1 a 7. Jeremias 10:12 e 13.

 

"Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de Suas mãos. Um dia discursa a outro dia; e uma noite revela conhecimento a outra noite." Salmos 19:1 e 2.

 

"O Senhor fez a Terra pelo Seu poder; estabeleceu o mundo por Sua sabedoria e com a Sua inteligência estendeu os céus. Fazendo Ele ribombar o trovão, logo há tumulto de águas no céu, e sobem os vapores das extremidades da Terra; Ele cria os relâmpagos para a chuva e dos Seus depósitos faz sair o vento." Jeremias 10:12 e 13.

 

"Porquanto o que de Deus [ou sobre Deus] se pode conhecer é manifesto [está revelado visivelmente] entre eles [todos os humanos], porque Deus lhes manifestou [Deus lhes fez tais revelações públicas e visíveis]. Porque os atributos invisíveis de Deus [as qualidades morais e éticas de Deus, tais como amor, verdade, justiça, graça, bondade e santidade], assim também o Seu eterno poder [Deus revelou Seu poder na Criação, no Dilúvio, nas dez pragas que caíram sobre o Egito, na abertura do Mar Vermelho, na doação da Lei no Sinai, etc.], como também a Sua própria Divindade [Deus Se mostrou "divino", ao revelar aos humanos fatos e palavras que estão acima e além da compreensão humana, finita], claramente se reconhecem [podem ser reconhecidas com facilidade, desde que haja boa vontade e interesse nesse conhecimento sobre DEUS], desde o princípio do mundo [desde a criação do homem, único ser inteligente e que raciocina da causa para o efeito, tirando conclusões lógicas], sendo percebidos [sendo vistos e entendidos] por meio das coisas que foram criadas [assim como afirmou o salmista no Salmo 19:1 a 7]. Tais homens [que insistem em recusar reconhecer a Deus como DEUS para sua vida pessoal], são, pois isso, indesculpáveis [não têm como se desculpar de seus erros, alegando desconhecer a existência e a ação de Deus na natureza e na história humana sobre a Terra]. Porquanto [conclusão inteligente, lógica], tendo conhecimento de Deus, não O glorificaram como DEUS, nem lhe deram graças [louvor, honra, reconhecimento, adoração]; antes [em lugar disso], se tornaram nulos em seus próprios raciocínios [a maneira de pensar deles não os leva ao verdadeiro conhecimento, ou ao conhecimento da verdade sobre Deus], obscurecendo-se-lhes [tendo-se tornado escuro, negro, sem a luz do entendimento, da compreensão] o coração [a mente, a razão] insensato [não sábio, estulto, estúpido]. Inculcando-se por sábios [pondo na cuca, ou na mente, a ideia de que são sábios, doutos, cultos ao pensarem como pensam a respeito de Deus e da Criação], tornaram-se loucos [pois "o temor do Senhor é o princípio da sabedoria", conforme Provérbios 1:7]" Romanos 1:19 a 21, com grifos, interpolações e comentários nossos.

 

A NATUREZA, isto é, todas as coisas criadas por Deus, revela a existência e a ação de Deus. No entanto, Deus não está dentro da Natureza criada, como acreditam e pregam os panteístas. Ele não é uma energia que perpassa cada fibra e átomo das coisas criadas. Deus é [existe e age] antes de toda a Natureza criada; Deus criou a Natureza, ordenando sua existência, o que significa que Deus estava FORA DA NATUREZA criada. Por isso, a NATUREZA revela o Deus Criador, mas não contém o Deus Criador, pois Deus está fora, além e acima de todo elemento por Ele criado. Quando você entende a revelação de Deus através da natureza, da maneira como expusemos acima, você se livra da enfermidade de falsas filosofias e ideologias filosóficas. Isto também é cura para sua alma especulativa e questionadora. Essa REVELAÇÃO de DEUS na Natureza é um dom de Deus aos humanos inteligentes, os quais especulam sobre a existência de Deus e Sua atuação na história e na vida do homem sobre a Terra. Uma revelação cheia de sabedoria e de Verdade.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 16 de março.

 

COMUNHÃO COM DEUS NA NATUREZA

 

Leitura Bíblica do Dia: Mateus 6:25 a 34.

 

Adore sempre ao DEUS CRIADOR DA NATUREZA. Mas nunca adore a Natureza criada por Deus. Sua comunhão é com Deus, não com a Natureza.

 

Existem hoje milhões de pessoas espiritualistas que adoram o deus das florestas, o deus do sol, o deus da lua, o deus das águas, o deus dos ventos, etc. São os ANIMISTAS, adoradores de espíritos que se movem pela natureza. Isto significa adorar o demônio e seus anjos rebelados. Duendes, fadas, espíritos da floresta, tudo isso faz parte do culto espiritualista e da Nova Era. Os cristão devem rejeitar esse tipo de adoração. Tais pessoas adoram a Natureza, em todas as suas formas, por serem animistas e panteístas. O termo PANTEÍSMO é formado pela palavra grega "PAN", que significa "todo", "toda", "tudo"; pela raiz "TEO", que significa "deus"; e o sufixo "ISMO", formador de sistemas, filosofias, cultos, etc., tais como cristianismo, comunismo, populismo, deísmo, ateísmo, etc. Daí PANTEÍSMO significar a crença de que Deus é uma energia que está dentro de todos os elementos da natureza, incluindo os humanos. Já mostramos que Deus criou a Natureza de dentro para fora. Deus não entrou nas coisas criadas. O salmista afirma como Deus procedeu na criação: "Pois Ele [Deus] falou e tudo se fez; Ele ordenou, e tudo passou a existir." Salmos 33:9. Conclusão lógica e inteligente, a partir daquilo que o texto afirma: (1) Deus existe antes da coisa criada; (2) Deus ordenou que as coisas fossem feitas, mas não entrou nelas. Sua ordem fez com que elas existissem. Não era uma "energia" penetrando as coisas; era uma PESSOA ordenando, de fora delas, a existência de tais coisas, seguindo critérios e propósitos bem definidos pela Pessoa de Deus. As coisas criadas em nada influenciam a Deus, o Criador; não O fazem nem melhor, nem pior, pois DEUS É, de forma plena, total e absoluta, sem necessitar de acréscimos ou mudanças que Lhe venham de fora. Deus é completo e perfeito em Si mesmo. Ele declarou de Si mesmo: (1) "EU SOU O QUE SOU" – Êxodo 3:14. (2) "Porque EU, o Senhor, NÃO MUDO..." Malaquias 3:6, grifos nossos. Enquanto isso, todos os elementos criados, animados ou inanimados, são (1) mutáveis; (2) sujeitos a variações; (3) finitos; (4) incompletos; (5) mortais. Se Deus, o Eterno e Imutável, estivesse dentro dos seres e das coisas criadas, como uma energia que a tudo perpassa, todos os seres e todas as coisas da natureza seriam eternas e imutáveis, além de perfeitas, como Deus o é. E todos nós sabemos que as coisas não são assim.

 

Por esse motivo, nós, os adventistas do sétimo dia, devemos ser bons cidadãos, cuidando com zelo e carinho da Natureza, de todo o ecossistema que nos abriga. Isto é uma questão de cidadania. No entanto, JAMAIS devemos nos aproximar da Natureza criada com um senso de culto, veneração, idolatria. A Natureza não é Deus. Somente ao SENHOR DEUS adorarás e prestarás culto. Paulo denunciou o pecado de culto à Natureza, que havia em seu tempo no mundo gentílico, pagão. Leia Romanos 1:18 a 32 e veja o que ele escreveu.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 17 e 18 de março.

 

SALMO 104

 

Leitura Bíblica do Dia:  Salmo 104.

 

Sua tarefa hoje será ler todo o Salmo 104. Pegue uma caneta e marque todos os versos deste salmo que mais lhe chamarem a atenção.

 

Todo o salmo 104 é um cântico de louvor e ação de graça ao Deus Criador. O salmista exalta e louva ao Senhor, o Deus de toda a Terra, por haver Ele criado a própria Terra e tudo o que nela existe. Ore, antes de ler este salmo.

 

A VIDA e a MORTE estão nas mãos do Senhor. Ele é Soberano. Nada foge ao Seu domínio e conhecimento. Ele faz cada coisa em seu devido tempo, e com propósito bem definido.

 

Leia o Salmo 104. Delicie-se com sua leitura. Aprenda com esta leitura. Chame toda a sua família para ouvir esta leitura. Leia-o em família no culto do pôr-do-sol, na sexta-feira, no início do Sábado. Cada membro da família lê uma parte. Peça a seus filhos que comentem o que leram. Faça perguntas a eles sobre a leitura feita. Extraia deste salmo o máximo de verdade teológica que puder extrair.  Louve ao Senhor, cantando algum hino conhecido que fale sobre Deus como Criador. Depois, ajoelhem-se e orem, como família, agradecendo a Deus pela Criação e pela Redenção.

 

FELIZ SÁBADO PARA TODA A SUA FAMÍLIA!

 

 

Pastor Otoniel de Carvalho