domingo, 27 de novembro de 2011

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 10



 

LIÇÃO 10

 

AS DUAS ALIANÇAS

 

Verso para memorizar: "Mas a Jerusalém lá de cima é livre, a qual é nossa mãe." Gálatas 4:26.

 

LEITURAS BÍBLICAS DA SEMANA: Gálatas 4:21 a 31; Gênesis 1:28; 2:2 e 3; 3:15; 15:1 a 6; Êxodo 6:2 a 8; 19:3 a 6.

 

INTRODUÇÃO

 

Duas alianças. Dois Concertos. Dois Pactos. Dois Testamentos. Nenhum deles é apresentado na Bíblia como estando em confronto. Na verdade, Deus fez a primeira Aliança no Éden, registrada em Gênesis 3:15. Nessa Aliança, Deus Se comprometeu a libertar e salvar a raça humana através de um "DESCENDENTE" de mulher, uma referência ao "Ungido", ou seja, o Messias-Cristo, "nascido de mulher", quando chegou a "plenitude do tempo".  Nenhuma outra Aliança ou Pacto substitui esta primeira Aliança.

 

O Pacto do Sinai, citado a partir de Êxodo 19:1 a 8, não iria ser dado como substituto à Aliança feita no Éden com Adão e Eva, o Pacto de Gênesis 3:15. Essa Aliança mais antiga foi repetida a Enoque, a Noé e a Abraão e seus descentes diretos: Isaque e Jacó.

 

A Aliança proposta por Deus a Israel como nação era um reforço ético, moral e espiritual, uma instrução pedagógica, a Torá, visando ajudar Israel a se manter fiel ao Pacto de Gênesis 3:15, sem se desviar ética e moralmente desse primeiro compromisso firmado entre Deus e a raça humana. Enquanto o Pacto de Gênesis 3:15 era GLOBAL, UNIVERSAL, e abrangia toda a raça humana, em todos os tempos e lugares, além de valer por todo o "Tempo da Graça", o Pacto do Sinai foi feito especialmente com Israel como nação, o Israel étnico, e tinha uma prazo determinado de validade: A chegada do Messias, do "Ungido", da presença na Terra do "Descendente" de mulher. O elemento-chave de instrução pedagógica nesse pacto seria a LEI, ou seja, a Torá. Ela serviria de "aio", de instrutor, de pedagogo, para Israel, até que Israel se encontrasse frente a frente com o "Ungido", o "Descendente" de mulher, o Messias Salvador do homem. Quando este encontro entre Israel e o "Ungido" acontecesse, a Aliança com base na Lei, na Torá, teria cumprido seu papel pedagógico de manter Israel dentro de uma ética e de uma moral aprovadas pelo Céu, apresentando Israel ao "Ungido" e o entregando a Seus cuidados pastorais e salvíficos. Daí em diante, a Aliança com base na Lei, na Torá, cederia lugar à Aliança Eterna, universal, com base no "Ungido", no "Descendente" de mulher, o Messias-Cristo, AGORA chamada de NOVA ALIANÇA (Jeremias 31:31 a 33).  Jesus, o Messias, declarou a Seus discípulos, a Nova Comunidade da Fé, que Jesus formara a partir de componentes do velho Israel étnico: "Novo Mandamento vos dou, que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei." João 13:34 e 35. O Mandamento de "amar uns aos outros" já era parte intrínseca da Lei. A Lei Moral dos Dez Mandamentos (leia Êxodo 20:3 a 17) se dividia em duas grandes partes: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo" (leia Mateus 22:34 a 40). Mas Jesus, o Messias-Cristo, o "Ungido" de Deus, o " Descendente"  de mulher, que viera `a Terra em cumprimento da mais antiga Aliança feita entre Deus e a raça humana, acrescenta algo novo: "...assim como Eu vos amei." Esse elemento comparativo era algo novo para eles. A Lei dissera até ali que eles deveriam "amar ao próximo como a si mesmos". Jesus lhes diz para, em cumprimento da Lei, amar ao próximo "assim como Eu vos amei". Isto era uma dimensão nova na arte de amar os semelhantes, pois somente quem viu Jesus, como homem, praticando o AMOR aos semelhantes, chegando a morrer expiatoriamente por eles, pode entender melhor o que significa AMAR. E Paulo diz que "o cumprimento da Lei é o AMOR" Romanos 13:10.

 

Portanto, a Velha Aliança, como ficou sendo conhecida a Aliança, ou Pacto, feita entre Deus e o Israel étnico, no Sinai, no tempo de Moisés, não é mais "velha" ou "antiga" que a Aliança feita no Éden (Gênesis 3:15), a qual é a "mãe" de todas as Alianças feitas entre Deus e os humanos. Porém, como a ratificação da Aliança de Gênesis 3:15 se deu com a morte expiatória de Jesus, o Messias-Cristo, o "Ungido" de Deus e "Descendente" de mulher, o qual teve Seu sangue derramado na Cruz, o Sangue Remidor, expiatório, e isto ocorreu quase 1.500 anos depois da Aliança do Sinai ter sido ratificada pelo sangue de bodes e carneiros, no Sinai, por Moisés, aquela mais antiga Aliança ficou posteriormente sendo conhecida como sendo a NOVA ALIANÇA, um eco de Jeremias 31:31 a 33.

 

A Lição da Escola Sabatina desta semana vai debater este assunto em maiores detalhes.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 27 de novembro.

 

PRINCÍPIOS DA ALIANÇA

 

Leitura bíblica do dia:  Gênesis 1:28; 2:2 e 15 a 17; 3:15.

 

"Porque esta é a Aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente lhes imprimirei as Minhas leis; também no coração lhas inscreverei. EU SEREI O SEU DEUS, E ELES SERÃO O MEU POVO." Jeremias 31:33, grifos nossos.

 

Os termos principais da Aliança entre Deus e os humanos são:

 

"EU SEREI O SEU DEUS, E ELES SERÃO O MEU POVO."

 

Este é o PRINCÍPIO básico da Aliança, quer seja da Antiga Aliança, quer seja da Nova Aliança. Deus quer ter na TERRA "um povo exclusivamente Seu, zeloso, de boas obras" Tito 2:14.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 28 de novembro.

 

ALIANÇA ABRAÂMICA

 

Leitura bíblica do dia: Gênesis 12:1 a 5. Gênesis 15:1 a 6.

 

ABRAÃO, por haver aceitado, pela fé, a proposta de Deus, de ser "povo exclusivamente Seu, zeloso, de boas obras", tornou-se para judeus e gentios o "pai" da fé, isto é, o "pai" ou protótipo, ou paradigma, de todos os humanos salvos pela Graça de Deus, justificados pela fé no "Descendente" de mulher que Deus prometera no Éden aos "pais" da raça humana, Adão e Eva. A hist

 

 

No Sinai, Deus propôs a e para o Israel étnico, nacional: "Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a Minha voz e guardardes a Minha Aliança, então sereis A MINHA PROPRIEDADE PECULIAR DENTRE TODOS OS POVOS, porque toda a Terra é Minha. Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa." Êxodo 19:5-6, grifos nossos.

 

Quer seja no tempo do Antigo Testamento, quer seja no tempo do Novo Testamento, a proposta de Deus, para entrar em ALIANÇA, ou Pacto, ou Concerto, com os humanos é sempre a mesma: "EU SEREI O SEU DEUS, E ELES SERÃO O MEU POVO."

 

A resposta humana a esta proposta divina chama-se . E a SALVAÇÃO de Deus acontece para todo o humano que responde com a esta proposta divina e, pela fé, recebe e aceita a JESUS DE NAZARÉ como Messias, Cristo, "Ungido" de Deus e o prometido "DESCENDENTE" de mulher, cumprindo a palavra e a promessa de Deus, citada em Gênesis 3:15. Salvação pela fé no Deus que fez a promessa, e fé na promessa de Deus.

 

A posterior história de vida do gentio Abraão, em sua caminhada com Deus, vivendo na dependência da Graça de Deus, sempre pela fé, tornou-se modelar para todos os crentes posteriores, quer gentios, quer judeus. "Abraão creu em Deus, e isto lhe foi IMPUTADO [creditado pelo Céu] como justiça." Gênesis 15:6, interpolação nossa. O gentio Abraão não era ético e moralmente perfeito em si mesmo; ou seja, não era ontologicamente perfeito. Tinha seus erros, seus deslizes éticos e morais. Mas a partir do momento que decidiu caminhar sob as vistas e sob as ordens de Deus, sendo completamente dependente de Deus, vivendo pela fé na Graça do Senhor, sua relação de fé em Deus foi aceita pelo Céu, e o Céu lhe atribuiu a declaração judicial, legal, de que o crente Abraão era um homem JUSTIFICADO, isto é, vivia em uma relação de JUSTIÇA com Deus. Vivia um relacionamento CORRETO com Deus. E Deus deseja que todos os humanos sigam, neste sentido relacional de fé em Deus, os passos espirituais de Abraão.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 29 de novembro.

 

ABRAÃO, SARA E HAGAR

 

Leitura bíblica do dia:  Gênesis 16 a 18. Gálatas 4:21 a 31. Hebreus 11:11 e 12.

 

A leitura do episódio envolvendo Abraão, Sara e sua serva Hagar ilustra muito bem sobre o que acontece quando um crente deixa por algum tempo de viver, pela fé, em completa dependência da Graça de Deus, e se arrisca por caminhos alternativos de buscar em suas próprias obras defeituosas a solução para os problemas existenciais que nos afligem.

 

Sara vivia um drama existencial: ela não conseguia engravidar e dar à luz um filho a Abraão. Ela orou, chorou, deve ter tentado soluções à sua disposição, ensinadas por mulheres mais experientes que ela, mas a gravidez não veio. E isto deixou Sara em crise existencial, pois, em seu tempo, não ficar grávida significava ter sido amaldiçoada pelos deuses (se a pessoa era politeísta), ou amaldiçoada por Deus (se a pessoa era monoteísta, como Sara o era). Somente este fato deixava Sara em crise existencial. Ela sabia da promessa de Deus a seu marido, Abraão, quando eles foram chamados para abandonar sua gente e partir para uma terra distante. Sara sabia que Deus prometera fazer de Abraão o pai de uma multidão de pessoas. E sendo ela, Sara, a esposa de Abraão, as coisas iriam começar por ela, com sua primeira gravidez. Mas o tempo foi passando, e a gravidez não lhe vinha. Cinco anos; dez anos; quinze anos; vinte anos...e nada de gravidez. Sara entrou em pânico e sua crise existencial foi aos limites suportáveis.

 

Sara chamou Abraão para uma conversa em particular. Ela propôs ao marido uma solução pragmática, simples, legalmente possível, mas era uma solução alternativa e fora da promessa de Deus. Ela pediu a seu esposo Abraão que gerasse um filho na escrava, Hagar. Abraão relutou muito, pois sabia que aquele era um plano de Sara, mas não de Deus. Era justificação por obras, mas estava fora da justiça pela fé. Não precisava Abraão e Sara terem fé em Deus para cumprirem aquele plano alternativo. Era só os dois cônjuges concordarem e tudo estaria resolvido, pois a escrava não tinha autonomia e independência para negar isto a seus donos. Sara deve ter insistido neste assunto com seu esposo, e o tentou de tantas maneiras que Abraão, deixando por algum tempo de ficar na total dependência de Deus, decidiu seguir a sugestão de Sara. Ele deitou-se com Hagar, escrava de Sara, e esta ficou grávida. Sara ficou radiante. No entanto, as coisas não correram tão pacificamente como Sara esperava. A escrava, achando-se grávida do patrão e dono, pensou que era a patroa. Começou a zombar da esterilidade de Sara. A relação entre ambas ficou tão insuportável, que Sara pediu a Abraão que expulsasse de casa a escrava arrogante, e junto com ela o filho que ela trazia no ventre. E assim foi feito.

 

Deus Se interpôs no assunto, e enviou um anjo para aconselhar Agar a pedir perdão a Sara, pelas coisas tolas que havia dito contra a patroa, e lhe solicitasse também sua reintegração ao ambiente familiar de Abraão e Sara. Hagar aceitou seguir o conselho do anjo, pediu perdão a Sara e se reconciliou com ela. Mas, a partir daí, as relações sociais entre Sara e Hagar jamais foram as mesmas. Houve quebra de confiança; e quando isto ocorre, fica difícil essa confiança ser plenamente restaurada. Sempre sobra um resquício de desconfiança. Mais tarde, as tensas relações entre Sara e Hagar vieram à tona, quando Ismael, já adolescente, zombou de Isaque, o filho legítimo de Abraão e Sara, o filho da promessa. Mais uma vez Sara pediu a Abraão a expulsão de Hagar e, agora, também de seu filho já adolescente, Ismael. Abraão relutou, mas Deus recomendou que ele agisse assim, pois seria melhor para ambas as famílias. Desse tempo em diante, e até hoje, os descendentes de Ismael, os árabes, vivem em constante conflito com os descendentes de Abraão e Sara, os israelitas, ou judeus, como são mais conhecidos hoje. Tudo isso causado por uma decisão contrária à fé na promessa divina.

 

Muitas vezes nós, humanos, pensamos que sabemos solucionar nossos problemas existenciais melhor do que Deus o sabe; e assim deixamos de viver pela fé, na dependência total da Graça de Deus, e nos arriscamos pelos caminhos alternativos de justificação e salvação pelas obras, fruto de nossa pressa, ansiedade e falta de fé na promessa divina. O tempo e a história têm mostrado que essa decisão errada resulta em maiores problemas, perda da fé e morte eterna. Mas, por teimosia, insistimos em seguir a direção errada. Até quando?

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 30 de novembro.

 

HAGAR E O MONTE SINAI

 

Leitura bíblica do dia: Gênesis 16 a 18. Êxodo 19 a 24. Deuteronômio Gálatas 4:21 a 31. 32. Hebreus 8:6 e 7.

 

De uma maneira inteligente, Paulo usa a história real do episódio envolvendo Abraão, Sara e Hagar, citado e explicado na lição de ontem, de forma alegórica, em Gálatas 4:21 a 31. Paulo quer falar do que é permanente e eterno e do que é transitório e passageiro.

 

Aquela relação sexual entre Abraão e Hagar, que gerou Ismael, não era fruto de uma união permanente, eterna, "até que a morte os separe". Essa união estável, eterna e permanente Abraão já havia contraído com Sara, sua esposa. Hagar nunca seria a "esposa" de Abraão num sentido pleno e eterno. Hagar foi um erro cometido por Abraão, estimulado por sua esposa Sara. Hagar jamais seria tratada por Abraão no mesmo nível que Sara era tratada. Hagar seria sempre a escrava. Sara seria sempre a esposa.

 

Na alegoria, Paulo compara HAGAR à ALIANÇA DO SINAI, a qual era temporária, não final. Ele comparou SARA à ALIANÇA DO ÉDEN, a Aliança eterna, fixa, global e permanente. As duas iriam coexistir, muitas vezes uma se conflitando com a outra, mas a ALIANÇA DO SINAI jamais seria considerada por Deus a Aliança Eterna, definitiva e final. Aquela ALIANÇA DO ÉDEN, revelada em Gênesis 3:15, continuaria por todo o sempre sendo a ALIANÇA ETERNA, final, permanente, universal. Ambas foram dadas por Deus, mas não era para uma ocupar o lugar da outra. Era para a Aliança do Sinai, a provisória e ocasional, contribuir favorável e positivamente no apoio e exaltação da Aliança Eterna, a Aliança feita no Éden. Paulo declara, em Romanos 10:3 e 4, que toda a confusão teológica e de interpretação do papel das duas alianças foi feita pela falta de entendimento dos mestres judaizantes, os quais elevaram a Aliança do Sinai a uma posição de aliança permanente e final, quando ela era temporal e provisória, até que viesse o Cristo, o "Descendente" de mulher (Gl 4:4 e 5).

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 01 e 02 de dezembro.

 

ISMAEL E ISAQUE HOJE

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 4:28 a 31. Gênesis 21:8 a 12.

 

"Ele [Ismael] será entre os homens como um jumento selvagem; a sua mão será contra todos, e a mão de todos será contra ele; e habitará fronteiro a todos os seus irmãos" Gênesis 16:12.

 

"Mas também do filho da serva farei uma grande nação, por ser ele teu descendente." Gênesis 21:13.

 

"Deus, porém, ouviu a voz do menino [Ismael]; e o Anjo de Deus chamou do Céu a Hagar e lhe disse: 'Que tens, Hagar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está. Ergue-te, levanta o rapaz, segura-o pela mão, porque Eu farei dele um grande povo. ...Deus estava com o rapaz, que cresceu, habitou no deserto e se tornou flecheiro; habitou no deserto de Parã, e sua mãe o casou com uma mulher da terra do Egito." Gênesis 21:17 a 21.

 

Todas essas coisas estão profetizadas na Bíblia a respeito de Ismael, filho de Abraão com Hagar, a escrava.

 

O que está acontecendo hoje, nas relações internacionais entre árabes (descendentes de Ismael) e israelenses (descendentes de Isaque), ambos tendo um pai em comum, Abraão, confirma tudo o que Deus falou a Abraão que iria acontecer no futuro. Eles simplesmente não se entendem. Cada um deles luta para se afirmar como legítimo filho, ou descendente, de Abraão. É lógico que ambos foram filhos de Abraão. O fato é que Ismael nasceu de uma mãe escrava, serva de Sara, a esposa legítima de Abraão. Coube a Sara todos os direitos de esposa legítima de Abraão; e coube a seu filho, Isaque, a posição de herdeiro pleno e legal da herança de Abraão. Mas a briga entre eles vai continuar, até que Jesus venha e defina todas as coisas.

 

Hoje, existem árabes convertidos em crentes em Jesus, o judeu que Deus mandou para ser o Messias-Cristo. Hoje, também existem muitos judeus convertidos em cristãos, seguidores de Jesus como sendo o Messias. Milhares de cristãos árabes e judeus se encontram na Igreja, a cada semana, para celebrar a Salvação em Jesus. Paulo afirma em Efésios 2 que Jesus veio para derrubar a parede de separação que estava no meio, causando inimizade entre os povos, entre judeus e gentios. Em Jesus, o Messias-Cristo, árabes e judeus encontram a paz e vivem pacificamente, aguardando, pela f'é a "Parousia", o segundo aparecimento de Jesus, para levar árabes crentes e judeus crentes ao reino eterno de glória, dirigido por Jesus, o Rei de todos os salvos. Em Jesus, todas as categorias separatistas de raça, cor da pele, sexo, posição social, graduação acadêmica ou qualquer outro elemento que separe uma pessoa da outra são anuladas, pois todos os povos se fazem um só, pela fé em Jesus Cristo, "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo." João 1:29.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

Diretor geral do site missionário www.averdaderevelada.com.br

 

 

domingo, 20 de novembro de 2011

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 9



LIÇÃO  9

 

O APELO PASTORAL DE PAULO

 

Verso para memorizar: "Eu lhes suplico, irmãos, que se tornem como eu, pois eu me tornei como vocês. Em nada vocês me ofenderam." Gálatas 4:12, NVI.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Gálatas 4:12 a 20; I Coríntios 11:1; Filipenses 3:17; I Coríntios 9:19 a 23; II Coríntios 4:7 a 12.

 

INTRODUÇÃO

 

Paulo foi um excelente pastor de Igreja. Ele evangelizou multidões em muitas regiões conhecidas de seu tempo, tanto na Ásia Menor (região da atual Turquia) como também em partes da Europa. Milhares de judeus e gentios se tornaram discípulos de Jesus através de suas pregações. Em cada cidade onde ele evangelizava e pessoas se convertiam, Paulo fundava ali uma nova comunidade de cristãos. Ele estabelecia uma liderança mínima possível, a qual iria dirigir a Igreja local recém-fundada. Paulo foi um evangelista plantador de igrejas. Mas Paulo era mais do que isto. Ele era excelente teólogo e dedicado pastor. Estava continuamente preocupado com os crentes. Queria sempre receber notícia deles. Operava, por meio de cartas, visando motivá-los a permanecerem firmes na fé em Jesus. Viajava centenas de quilômetros através de oceanos bravios e de estradas desertas, para visitar os irmãos em Cristo, e para abrir novas comunidades cristãs em lugares onde ninguém havia chegado ainda com a mensagem da salvação somente em Jesus.

Por meio da leitura das cartas paulinas, descobrimos que duas regiões ou cidades por ele evangelizadas lhe deram maiores preocupações: (1) Corinto, por haver ali muitas facções e divisões entre os irmãos, e pela promiscuidade sexual que ameaçava os membros da igreja local; e (2) a região frígio-gálata, onde mestres judaizantes operavam ativamente no sentido de desviar da fé bíblica, evangélica, os gentios dali convertidos ao Cristianismo. Isto motivou uma forte reação do Apóstolo e pastor Paulo, pois as Cartas aos Gálatas e aos Coríntios são as duas cartas paulinas nas quais ele faz uso de linguagem mais forte, ao repreender as condutas erradas presentes nessas duas comunidades de cristãos.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 20 de novembro.

 

O CORAÇÃO DE PAULO

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 4:12 a 20.

 

"É bom ser sempre zeloso pelo bem, e não apenas quando estou presente convosco, meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós. Pudera eu estar presente, agora, convosco e falar-vos em outro tom de voz; porque me vejo perplexo a vosso respeito." Gálatas 4:18 a 20.

 

Paulo abre seu coração aos irmãos da Galácia. Depois de os repreender severamente por sua pusilanimidade, por facilmente se deixarem enganar pelos mestres judaizantes, Paulo limpa as feridas emocionais fazendo uso de palavras agradáveis, expressando as razões que o levaram a falar de forma até certo ponto grosseira com eles. Paulo se considera o "pai espiritual" deles. Fora ele, Paulo, quem primeiro lhes pregara o EVANGELHO da salvação somente em Jesus. Eles foram gerados espiritualmente pela pregação de Paulo. Nasceram para o Reino de Deus através da pregação de Paulo. E este apóstolo tinha ciúmes deles, tinha zelo por eles. Ficara por algum tempo bravo por haver alguns deles abandonado a Justificação e Salvação somente pela fé em Jesus, para se bandearem para as ideias da Justificação pelas obras da Lei, mensagem pregada pelos mestres judaizantes, legalistas. Agora, mais calmo, Paulo volta a lhes falar de forma agradável, insistindo em que os amava muito, e tudo faria para vê-los salvos pela fé em Jesus. Paulo estava oferecendo aos pastores e líderes de igreja de seu tempo, e de todos os tempos, qual é a maneira correta de lidar com o rebanho do Senhor, a Igreja do Deus vivo. E farão um grande bem à Igreja, hoje, pastores e anciãos que decidam imitar o exemplo de ação pastoral oferecida por Paulo.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 21 de novembro.

 

O DESAFIO DA TRANSFORMAÇÃO

 

Leitura bíblica do dia: Gl 4:12; I Cor. 11:1; Filipenses 3:17; II Tessalonicenses 3:7 a 9; Atos 26:28 E 29.

 

"Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo" I Coríntios 11:1.

 

Somente uma pessoa de elevada estatura moral e espiritual, como foi o Apóstolo Paulo, poderia fazer declaração semelhante a esta. E quando estudamos a vida de Paulo como Apóstolo e servo de Deus, verificamos que ele viveu o que pregava. Paulo foi um mestre teórico-prático do Evangelho. Coisa muito diferente do que vemos hoje na maioria dos chamados líderes cristãos, do Brasil e do mundo, os quais parece seguirem a filosofia do "faça o que eu digo MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO".

 

Aos cristãos de Tessalônica, Paulo escreveu: "Pois vós mesmos estais cientes do modo por que vos convém imitar-nos, visto que nunca nos portamos desordenadamente entre vós, nem jamais comemos pão à custa de outrem; pelo contrário, em labor e fadiga, de noite e de dia, trabalhamos, a fim de não sermos pesados a nenhum de vós. Não porque não tivéssemos esse direito, mas por termos em vista oferecer-vos exemplo em nós mesmos, para nos imitardes." II Tessalonicenses 3:7 a 9. Este era Paulo. Quem, dos líderes cristãos de hoje, tem coragem de lhe imitar o exemplo?  Fica, aí, o desafio! Quem se habilita?

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 22 de novembro.

 

EU ME TORNEI COMO VOCÊS

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 4:12; I Cor. 9:19 a 23; Atos 17:16 a 34; I Cor. 8:8 a 13; Gálatas 2:11 a 14.

 

"Porque sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Procedi para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da Lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da Lei, embora não esteja eu debaixo da Lei. Aos sem Lei, como se eu mesmo o fosse, não estando [eu] sem Lei para com [ou diante de] Deus, mas [estando eu] debaixo da Lei de Cristo [debaixo do senhorio de Cristo], para ganhar os que vivem fora do regime da Lei. Fiz-me fraco para com  os fracos, com o fim de ganhar os fracos; fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do Evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele." I Coríntios 9:19 a 23, interpolações nossas.

 

Isto se chama INTELIGÊNCIA EMOCIONAL do evangelista. Ele se nivelava àqueles a quem queria ganhar para Jesus, a fim de os elevar ao nível dos princípios e valores cristãos. Paulo, como evangelista e líder, não se fechava nem se ilhava em uma redoma, usando o chavão "EU" e "ELES".  Foi dessa divisão das pessoas em categorias isoladas, atomísticas, que se formou a divisão dos crentes em "CLERO" e "LEIGOS". Os do CLERO eram de uma categoria distinta, especial e iluminada. Os do POVO (do grego, laos) eram ignorantes, sem iluminação, desconhecedores de certos "mistérios" relativos ao Evangelho ou à Salvação, o que faz deles, na cosmovisão deles mesmos, uma categoria à parte, privilegiada. No entanto, essa cosmovisão elitista, atomística e não bíblica prevaleceu na Igreja Católica Romana Medieval, e está ainda presente em muitos corpos ministeriais de muitas igrejas evangélico-protestantes. Paulo rejeitou essa perversa divisão, pois ele defendia a ideia de UM SÓ MINISTÉRIO PARA TODOS OS CRENTES, quer sejam obreiros assalariados e de tempo integral, quer sejam obreiros voluntários, não assalariados:  "De sorte que somos [todos nós, os crentes em Cristo] EMBAIXADORES EM NOME DE CRISTO, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus." II Coríntios 5:20, grifos e interpolações nossos. Paulo viva no meio do povo, e era povo junto com eles.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 23 de novembro.

 

NAQUELE TEMPO E AGORA

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 4:13. Romanos 8:28. II Coríntios 4:7 a 12. II Coríntios 12:7 a 10.

 

"E vós sabeis que vos preguei o Evangelho a primeira vez por causa de uma enfermidade física. E, posto que a minha enfermidade na carne vos foi uma tentação, contudo não me revelastes desprezo nem desgosto. Antes, me recebestes como anjo [mensageiro] de Deus, como o próprio Cristo Jesus. ...Pois dou-vos testemunho de que, so possível fora, teríeis arrancado os próprios olhos para mos dar." Gálatas 4:13, 14 e 15, segunda parte.

 

Por tudo que o texto acima afirma, é claro que Paulo sofria seriamente da vista. É possível que ele fosse portador de catarata ou glaucoma, doenças ainda não devidamente diagnosticadas em seu tempo. Também é possível que a cegueira temporária que lhe foi causada na estrada para Damasco (leia Atos 9), no dia de sua conversão do judaísmo ao Cristianismo, de forma traumática, e que foi curada alguns dias depois, tenha lhe deixado seqüelas, uma espécie de "espinho na carne", ou deficiência física na visão, para que ele jamais se esquecesse do seu passado, para não se ensoberbecer no futuro. Paulo faz novas considerações sobre isto em II Coríntios 12:7 a 10.

 

Conheci, em minha infância e adolescência, um servo de Deus, na IASD, que passou por experiência semelhante. Ele se converteu em meio a uma enfermidade (sífilis alojada na espinha) que o deixou sobre uma cadeira de rodas. Esse homem foi meu instrutor na classe batismal, e meu conselheiro espiritual por muitos anos. Ele era um ancião de igreja, firme, zeloso, dedicado. Ele era retirado de sua cadeira de rodas e era levado ao púlpito para pregar. Certa vez eu lhe perguntei: "Irmão Avelino, o que o senhor sente em relação às dores físicas quando está em fé, ao púlpito?" Sua resposta foi: "Eu sinto como se minhas carnes estivessem sendo rasgadas de alto a baixo por um prego afiado. Sinto dores horríveis, lancinantes." Anos depois, tornei-me gerente de uma gráfica, e o irmão Avelino era o empacotador da gráfica. Ele trabalhava sentado no chão, e fazia os melhores pacotes que alguém pode fazer." Tudo o que ele fazia era bem feito, com zelo e capricho. As Semanas de Oração que ele realizava em nossa pequena igreja de Garanhuns, no interior de Pernambuco, e em dezenas de igrejas pelo interior do Nordeste, eram sempre as melhores, repletas de efeitos especiais, todos saídos da fértil e útil mente do irmão Avelino. Na adolescência, eu havia por várias vezes empurrado sua cadeira de rodas de sua casa até à igreja, numa distância de quatro quilômetros. Anos mais tarde, deixei a gráfica, e fui estudar Teologia. Formei-me, assumi meu primeiro distrito pastoral em Casa Amarela, região norte do Recife, e logo escrevi uma carta para meu conselheiro espiritual, o irmão Avelino, para que ele me ensinasse a ser um bom pastor. Ele me respondeu, aconselhando-me: "Se você conseguir unir HUMILDADE COM AUTORIDADE, então você será um bom pastor". Sábias palavras. Cinco anos depois de iniciar-me no ministério pastoral, fui designado pastor da igreja na qual o irmão Avelino era ancião. Desde o tempo em que o conheci, em 1963, e empurrei sua cadeira de rodas, até quando fui seu pastor, em 1984, vinte e um ano se passaram. O irmão José Avelino de Souza continuava vivo, continuava ancião e conselheiro espiritual da igreja e dos pastores. Mais uma vez precisei de sua liderança, agora como seu pastor dele. Em todo esse tempo, o irmão Avelino serviu a Deus e à Igreja de maneira fervorosa, zelosa e dedicada. Em meio a dores, angústias, sofrimentos e pobreza. Mas nunca perdeu a fé em Jesus. Nunca blasfemou de Deus. Nunca perdeu a esperança da breve volta de Jesus.

 

Naquele tempo, Paulo é um exemplo para nós todos. Nos tempos atuais, José Avelino de Souza foi meu modelo de cristão e de líder. Qual é o seu modelo de líder ontem e hoje? Que tipo de líder você foi ontem? E que tipo de líder deseja ser a partir de agora?  Pense bem no que vai responder.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 24 e 25 de novembro.

 

FALANDO A VERDADE

 

Leitura bíblica do dia:  Gálatas 4:16; João 3:19; Mateus 26:64 e 65; Jeremias 36:17 a 23.

 

"Tornei-me, porventura, vosso inimigo, por vos dizer a verdade?" Gálatas 4:16.

 

"E conhecereis a VERDADE e a VERDADE vos libertará." João 8:32.

 

"Todo aquele que é da VERDADE ouve a minha voz." João 18:37.

 

"...E não se achou MENTIRA na sua boca; não têm mácula." Apocalipse 14:5.

 

"Para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na Igreja do Deus vivo, COLUNA E BALUARTE DA VERDADE." I Timóteo 3:15.

 

"O julgamento é este: que a Luz [Jesus] veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas [o pecado, o diabo] do que a Luz; porque as suas obras eram más." João 3:19, interpolações nossas.

 

A IGREJA de Deus na Terra, nós, os crentes em Jesus, salvos pela Graça de Deus e justificados pela fé em Jesus, temos um compromisso firme com a VERDADE. A IGREJA do Deus vivo, afirma Paulo, tem de ser "COLUNA E BALUARTE DA VERDADE". Ou seja, é a IGREJA DO DEUS VIVO que sustenta a VERDADE diante dos homens. E se a Igreja falhar nessa obra, não é mais a "Igreja do Deus vivo".

 

Tendo em vista essas declarações da Bíblia, qual é seu atual compromisso e comprometimento com a VERDADE? Você é um crente que ama a verdade? Ou é um crente que tem medo da verdade? Se você é um líder da Igreja, pastor, ancião, ou outro tipo de liderança, como você lida com a VERDADE em momentos decisivos? Quando alguém o procura à espera de uma correta decisão sua, você SEMPRE LHE FALA A VERDADE? Ou você costuma usar meias-verdades, ou a mentira completa? Como você costuma agir? Qual é o fundamento de sua ação como líder da Igreja: a mentira ou a verdade? As pessoas que são lideradas por você sabem que você é um líder totalmente comprometido com a VERDADE? Ou você é para eles um líder escorregadio, que manipula as coisas, fazendo com que a mentira pareça verdade? Como seus liderados vêem você? Sua liderança é contestada ou bem aceita? Seus liderados acreditam no que você lhes diz? Não se esqueça de que você é LÍDER na "IGREJA DO DEUS VIVO", a qual é, diante do mundo em geral, "COLUNA E BALUARTE [SUSTENTÁCULO] DA VERDADE". Você acha que com suas mentiras administrativas merece continuar ainda sendo dirigente da Igreja de Deus? Não se esqueça jamais de que DEUS JULGARÁ VOCÊ! Será você aprovado por Deus como líder? Será você aprovado no Juízo Celeste? Pense nisso, antes de mentir aos liderados, ou a outras pessoas fora de sua liderança.

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

Diretor do site www.averdaderevelada.com.br 

 

 

domingo, 13 de novembro de 2011

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 8


 

LIÇÃO  8

 

DE ESCRAVOS A HERDEIROS

 

Verso para memorizar: "Assim, você já não é mais escravo, mas filho; e por ser filho, Deus também o tornou herdeiro." Gálatas 4:7 NVI.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Gálatas 3:26 a 4:20; Romanos 6:1 a 11; Hebreus 2:14 a 18; 4:14 e 15; Romanos 9:4 e 5.

 

INTRODUÇÃO

 

Todo cristão, salvo pela Graça de Deus, justificado pela fé em Jesus, deve-se imaginar como "herdeiro" de Deus, e co-herdeiro com Cristo, como o afirma Paulo em Romanos 8:17. Quando isto não ocorre, e o cristão ainda conserva sua velha mente de "escravo", e não tem a certeza de que já é, pela fé em Jesus, um "herdeiro" de Deus, sua postura de "escravo" o atrapalha muito, à semelhança do que aconteceu com o irmão do filho pródigo, na parábola do mesmo nome, citada em Lucas 15:11 a 32. O irmão do filho pródigo era filho, mas sua postura diante do pai se mostrou ser  uma postura de escravo, não de filho, pois ele tinha mente de escravo, não mente de filho. O mesmo ocorre a milhares de cristãos, tentam fazer um montão de coisas para tentar agradar a Deus, ou tentar provocar o amor e o interesse de Deus por eles, pois não têm ainda a certeza de que Deus os ama e já os tem como filhos, e não mais como escravos. O problema está na mente deles, e não na mente de Deus. Esses filhos com mente de escravo fazem obras religiosas querendo ser recompensados por Deus por tais obras. É a tal de justificação pelas obras. O crente que tem consciência de ser filho também realiza obras, mas estas, na verdade, são um festival de louvor a Jesus, pela grande Obra de Redenção que Ele já realizou, libertando-os da escravidão a Satanás, ao Pecado e à Morte. Daí a alegria destes em ter a Deus como Pai e a Jesus Cristo como irmão mais velho.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 13 de novembro.

 

NOSSA CONDIÇÃO EM CRISTO

 

Leitura  bíblica do dia:  Gálatas 3:25 a 29. Romanos 6:1 a 11. I Pedro 3:21.

 

"Mas tendo vindo a fé [em Jesus], não permanecemos subordinados ao aio. Pois todos vós [os que creem em Jesus] sois  filhos de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes. Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher. Porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa." Gálatas 3:25 a 29, interpolação nossa.

 

Do Éden ao Calvário, toda a humanidade se achava "debaixo da Lei", conforme Romanos 6:14. Deus encerrou todos os humanos em uma categoria única: PECADORES. "Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" Romanos 3:23. Estar "debaixo da Lei" significa estar "debaixo do Pecado" e também "debaixo da Morte". Quando Deus-Pai enviou do Céu a Jesus, o Messias-Cristo, Jesus veio para COMPRAR toda a raça humana escravizada. A palavra REDENÇÃO vem do mercado de escravos, e transmite a ideia de alguém que foi ao mercado de escravo e ali comprou um ou mais escravos para si. No Apocalipse, Jesus é louvado e exaltado pelos seres celestiais com um cântico especial: "Digno és de tomar o livro, e de abrir-lhe os selos, PORQUE FOSTE MORTO E COM O TEU SANGUE COMPRASTE PARA DEUS OS QUE PROCEDEM DE TODA TRIBO, POVO E NAÇÃO" Apocalipse 5:9, grifos nossos. Em Adão, todos os humanos foram postos "sob a Lei", e declarados culpados. Em Jesus, o Messias-Cristo, todos os humanos foram COMPRADOS por Jesus Cristo, pela Graça de Deus, e declarados inocentados e justificados, postos "debaixo da Graça" de Deus.  Deus zerou o débito de todos os humanos em e por Jesus Cristo, morto e ressuscitado. Deus muda, num ato legal de substituição, substituindo o primeiro Adão pecador pelo Segundo Adão justo e perfeito, a posição de todos os humanos, do "status quo" de "debaixo da Lei" para o "status quo" de "debaixo da Graça".  Muda nossa posição de ESCRAVOS, condenados pela Lei, para LIVRES, sob a Graça salvadora de Deus. Essa é a BOA NOVA chamada EVANGELHO.

 

Portanto, nossa CONDIÇÃO "em Cristo", é a de filhos de Deus, pela fé em Jesus.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 14 de novembro.

 

ESCRAVIZADOS AOS PRINCÍPIOS ELEMENTARES

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 4:1 a 3.

 

"Digo, pois, que, durante o tempo em que o herdeiro é menor [de idade], em nada difere de escravo, posto que [embora seja]  é ele senhor de tudo; mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai. Assim, também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo."  Gálatas 4:1 a 3, interpolações nossas.

 

O herdeiro "menor de idade", governado por tutores e procuradores, não possui autonomia nem liberdade plena. Ele fica sempre à mercê das decisões dos tutores e procuradores legais. Somente quando o  herdeiro "menor de idade" atinge a maioridade, e se liberta da tutoria ou da regência dos procuradores, é que está livre para tomar suas próprias decisões, fazer suas escolhas livres e independentes.

 

Antes que JESUS viesse, e assumisse Seu papel de LIBERTADOR da raça humana, vivendo, morrendo e ressuscitando por eles, toda a humanidade pecadora estava tutorada pela Lei (Torá). A LEI governava a vida dos homens, sujeitando  todos à condenação. A "ira de Deus se revela do Céu  contra toda impiedade e perversão dos homens que detém a verdade pela injustiça" Romanos 1:18. E o que é INJUSTIÇA? Injustiça é "transgressão da Lei". Essa "transgressão da Lei", também chamada de PECADO.  E até que viesse Cristo, toda a humanidade estava sujeita "aos rudimentos do mundo" Gálatas 4:3. A Lei reinava absoluta, condenando todos os pecadores à morte. A "Ira de Deus" vinha sobre todos os humanos que bloqueavam, por seus pecados, a vitória da Verdade e da Justiça, conforme Rm 1:18. Toda a humanidade, prisioneira do Pecado e da Morte, era prisioneira também de um "status quo" de escravidão e aprisionamento.

 

Todos estavam necessitando de um LIBERTADOR: do Pecado, da Ira de Deus, da Condenação da Lei, e da Morte. Jesus veio para ser este LIBERTADOR necessário e desejado.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia  15 de novembro.

 

"DEUS ENVIOU SEU FILHO"

 

Leitura Bíblica do dia: Gálatas 4:4 e 5. João 1:1 a 3 e 14. Romanos 8:3 e 4. Hebreus 4:14 a 16.

 

"Vindo, porém, a plenitude do tempo [o pleroma, o tempo cheio, pleno], Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher [cumprindo a promessa de Gênesis 3:15], nascido sob a Lei [todos os que nasceram no planeta Terra, depois do pecado de Adão, nasceram sob a Lei, pois todo o planeta Terra se achava sob a maldição da Lei de Deus], para resgatar [comprar com sangue, pagar um preço para a libertação de] os que estavam sob a Lei [toda a raça humana pecadora, conforme Romanos 3:23], a fim de que recebêssemos [nós, os que cremos em Jesus e O recebemos como Salvador] a adoção de filhos [ou seja, a aceitação na família cósmica de Deus, como filhos adotados]."  Gálatas 4:4 e 5, com interpolações e comentários nossos.

 

Deus cumpriu, com total fidelidade, a promessa feita a Adão e Eva, registrada em Gênesis 3:15. Toda a Bíblia Sagrada gira em torno dessa promessa de Gênesis 3:15. Essa promessa se repetiu, em outras palavras, a Abel, a Noé, a Abraão, Isaque e Jacó/Israel. A promessa de Deus é única, inviolável e eterna. Gálatas 4:4e 5 é a narrativa paulina de como Deus cumpriu a promessa feita aos pais da raça humana. Em JESUS de Nazaré, o Messias-Cristo, Deus, o Pai, cumpriu tudo o que prometera aos humanos. O AMOR e a GRAÇA de Deus providenciaram tudo o que era necessário para a justificação/salvação dos humanos pecadores. Nada ficou Deus a dever ao homem, de tudo quanto lhe prometera. "Deus enviou Seu filho" à Terra, no tempo exato, dentro da cronologia divina. Deus não precisa condicionar Sua cronologia à boa vontade humana, pois esta nunca existiu. Deus usa Sua soberania sempre.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 16 de novembro.

 

OS PRIVILÉGIOS DA ADOÇÃO

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 4:4 e 5. Efésios 1:5. Romanos 8:15 a 17.

A ideia de SALVAÇÃO é uma ideia múltipla. Se você analisar SALVAÇÃO dentro de uma VISÃO MULTIFOCAL, vai ver que a SALVAÇÃO é muito mais do que aquilo que estamos acostumados a declarar. Leia a lista abaixo sobre SALVAÇÃO:

 

SALVAÇÃO como REDENÇÃO (I Coríntios 6:19 e 20; Ap 5:9);

SALVAÇÃO como JUSTIFICAÇÃO ( Romanos 3:21 a 31);

SALVAÇÃO como SANTIFICAÇÃO (Romanos 6:15 a 19; I Coríntios 1:30; Hebreus 12:14);

SALVAÇÃO como RECONCILIAÇÃO (Romanos 5:10 e 11);

SALVAÇÃO como ADOÇÃO (Romanos 8:12 a 17; Gálatas 4:4 e 5);

SALVAÇÃO como ENXERTO (João 15:1 a 5; Romanos 11:11 a 24);

SALVAÇÃO como SACRIFÍCIO DE EXPIAÇÃO DE CULPA (Romanos 3:24-26; I João 2:1 e 2);

SALVAÇÃO como VITÓRIA EM LUTA OU COMPETIÇÃO (I Coríntios 9:24 a 27; I João 5:1 a 5).

 

Pela CRIAÇÃO, Adão e Eva foram feitos filhos de Deus. No entanto, quando pecaram e se bandearam para o lado de Satanás, eles se tornaram pecadores e "filhos" adotivos de Satanás. Jesus veio, pagou o preço do RESGATE, libertou a raça humana, e convidou a todos os "filhos adotivos" de Satanás a se arrependerem de seu erro, e voltarem para a Família cósmica de Deus, agora por ADOÇÃO (leia Mateus 11:28 a 30).

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 17 e 18 de novembro.

 

POR QUE VOLTAR À ESCRAVIDÃO

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 4:8 a 20.

 

Paulo trabalha aqui com o ANTES e o AGORA na vida dos crentes em Jesus. O que eu e você éramos (ou fomos) antes de aceitarmos a JESUS como Salvador e Senhor? Cada um sabe sua história de vida, e sabe como era e o que era, quando vivia como escravo de Satanás, do Pecado e da Morte. Gálatas 5:19 a 21 cita alguns dos vícios a que estávamos sujeitos, como prisioneiros do Pecado que éramos: prostituição, impureza (geral), lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades (contra Deus e contra o próximo, e até contra nós mesmos), porfias, ciúmes, iras, glutonaria, discórdias, e coisas semelhantes a estas...". Em Romanos 1:18 a 32, Paulo mostra um RAIO X de corpo inteiro de uma humanidade toda ela escravizada a Satanás ao Pecado e à Morte. O quadro mostrado é feio, tétrico, horripilante como um terrível filme de terror.

 

Por outro lado, Jesus chamou a CONVERSÃO a um NASCER DE NOVO. Ou seja, um NOVO COMEÇO, dentro de uma nova cosmovisão de vida e ação.

 

Paulo afirma que "se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas antigas passaram, eis que tudo se fez novo." II Coríntios 5:17.

 

Em Gálatas, Paulo declara: "MAS AGORA  que conheceis a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, COMO ESTAIS VOLTANDO OUTRA VEZ AOS RUDIMENTOS FRACOS E POBRES, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos?" Gálatas 4:9, grifos nossos.

 

Pedro foi muito enfático sobre aqueles que, depois de se converterem em crentes em Jesus, e nascerem de novo, voltam mais uma vez à velha vida de pecado e vícios: "O cão voltou ao seu próprio vômito; e a porca lavada voltou a revolver-se na lama." II Pedro 2:22. Pôs tudo a perder, e voltou para o mundo e para o pecado. E Deus afirma, em Hebreus que "se ele [o crente] retroceder, nele não se compraz [não sente prazer] a minha alma." Hebreus 10:38, interpolações nossas. Portanto, aí está o que Deus pensa da apostasia do cristão.

 

Que eu e você nos conservemos firmes na fé em Jesus. Amém!

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho