segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

LIÇÃO 1 - "PELOS SEUS FRUTOS"



COMENTÁRIO DA LIÇÃO 1

                                          

LIÇÃO 1

 

"POR SEUS FRUTOS..."

 

Verso para Memorizar:  "Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis." Mateus 7:20.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Lucas 13:7 a 9; João 11:4; 12:28; 15:1 a 10; II Timóteo 3:5.

 

INTRODUÇÃO

 

Estamos iniciando um novo ano, e, com ele, um novo trimestre, e, com este, uma nova Lição da Escola Sabatina, cujo tema geral é: "O FRUTO DO ESPÍRITO".  A lição desta semana (26/12/2009 a 02/01/2010), traz o título: "POR SEUS FRUTOS...", tendo como verso-chave Mateus 7:20.

Milhares e milhares de pessoas, no mundo inteiro, se declaram cristãs, e declaram pertencer a alguma denominação religiosa que segue o Cristianismo. Católicos-romanos e Protestantes são as duas maiores comunidades cristãs do Ocidente. Cada um desses dois grandes grupos cristãos tem maneiras específicas de interpretar e viver o Cristianismo, cada um deles se afirmando verdadeiro intérprete da religião fundada e iniciada por Jesus Cristo. No entanto, tanto católicos-romanos como protestantes em geral têm cometido erros grosseiros na vivência do Cristianismo bíblico, evangélico. O Cristianismo como ensinado e vivido por Jesus Cristo não tem sido seguido na íntegra pelos cristãos. Como posso saber que é assim? Pelos frutos que vemos esses cristãos produzirem. Eles parecem sempre estar dizendo uns aos outros: "Façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço." Suas obras diárias (os frutos) não correspondem à sua profissão de fé pública.

A lição desta semana enfoca este tema interessante. Fique atento ao estudo deste comentário.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 27 de dezembro.

 

"Cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto."  Lucas 6:44.

 

Seria espantoso para qualquer pessoa, ao acordar pela manhã, e descobrir que o pé de laranja, no quintal de sua casa, estava produzindo jaca. Seria algo assombroso, motivo de curiosidade, e provocaria uma verdadeira romaria até à casa onde este fato espetacular estivesse ocorrendo. Cada fruteira produz o fruto que lhe corresponde, "segundo a sua espécie" (Gênesis 1:11). Se este processo natural, criado por Deus desde o princípio das coisas na Terra, não seguir seu curso normal, algo anormal estaria ocorrendo.

O mesmo se pode dizer de um cristão. Sempre se espera que um cristão pense como cristão, aja como cristão e viva como cristão, produzindo obras correspondentes à vida de um cristão. Este deve ser o modo natural, comum, a todos os cristãos. Quando isto não ocorre, e os cristãos pensam, agem e vivem como se não fossem cristãos, estão produzindo um fruto estranho ao Cristianismo; isto é, o fruto não corresponde à árvore. Vê-se, de imediato, que algo não está correto na vida e obra desse cristão. Ele não está produzindo o fruto certo, mas um fruto estranho, um mau fruto. Suas obras não correspondem a tudo o que Jesus ensinou na Bíblia. É preciso que este cristão se arrependa de sua obra má, e se converta em verdadeiro discípulo de Jesus, produzindo o fruto que lhe seja próprio.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 28 de dezembro.

 

"Sem mim nada podeis fazer"  João 15:5.   Leia João 15:1 a 5. 

 

Se você deseja ser um cristão vitorioso, que produz boas obras permanentes, só existe um caminho para isto: Unir-se a Jesus Cristo, e nEle permanecer para sempre. A palavra predominante em João 15 é o verbo "PERMANECER". Alguns "ficam" com Jesus por algum tempo, mas logo O abandonam para seguir seus próprios desejos malignos de um coração não convertido. Muitos querem a Salvação que Jesus oferece, mas rejeitam o discipulado. O que se vê na vida desses pseudos cristãos? Fracasso, ruína e apostasia. Não conseguem ter uma vida cristã vitoriosa, pois não permanecem continuamente em e com Jesus. Querem ser cristãos autônomos, por conta própria, sem maior comprometimento com Jesus. Que "frutos" (obras) esse cristão produz?  Coisas das quais deveria sentir vergonha e asco. Essa declaração definitiva de Jesus: "Sem mim nada podeis fazer" precisa ser levada mais a sério pelos cristãos. Nisto reside o segredo do êxito de qualquer cristão. Permanecer em Jesus é a chave para uma vida cristã útil, produtiva e vitoriosa. Experimente seguir esta receita!

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 29 de dezembro.

 

"Nisto é glorificado meu pai"  João 15:8.  Leia também João 11:4 e 12:28.

 

Paulo escreveu aos cristãos: "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus." I Coríntios 10:31.  DAR GLÓRIA A DEUS!  Eis a razão maior do viver de um cristão. Uma pessoa crente em Jesus não vive para si mesma. O objetivo-chave de sua vida é glorificar a Deus com tudo o que é e com tudo o que tem. Jesus viveu na Terra glorificando sempre a Seu Pai Celeste. Ele conduzia os humanos de volta para o Pai, levando-os a glorificar a Deus, o Grande Doador da Vida. Ninguém existe por si mesmo. A vida que temos é dom de Deus. Tudo o que possuímos somente se fez possível pela Graça divina. É justo, pois, que a vida do cristão seja um constante e permanente festival de louvor a Jesus Cristo, a Deus-Pai e ao Espírito Santo. Viver assim, glorificando a Deus, é a melhor e mais excelente expressão do ato de ser cristão bíblico.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 30 de dezembro.

 

"Para que produz mais fruto ainda"  João 15:2.

 

Pela leitura de João 15, o leitor descobre que fomos criados para produzir bons frutos. Paulo corrobora esta mesma idéia quando escreve aos efésios: "Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus, de antemão, preparou para que andássemos nelas." Efésios 2:10. Deus nos criou para sermos bons e fazermos sempre o bem. Foi a entrada do PECADO no coração humano que perverteu o propósito de Deus para a raça humana. O termo grego "ramartia", traduzido como "pecado", significa "errar o alvo". E foi exatamente o que aconteceu. O Pecado fez o homem se desviar do "alvo", do "propósito", do "objetivo" original de Deus para ele. Esta é também a idéia de "apostasia", a qual significa um afastamento, um distanciamento de um objetivo anteriormente proposto.

Muitos cristãos, hoje, produzem bons frutos. No entanto, por sermos todos imperfeitos, produzimos muito menos do que poderíamos produzir para o Reino do Senhor. No entanto, se nos ligamos completamente a Deus, à semelhança da união que existe entre um galho e seu tronco, produziremos "mais fruto ainda", isto é, uma grande abundância de frutos bons. Deus, o Supremo Agricultor, quer nos limpar, treinar, motivar e inspirar, para que sejamos muito produtivos para o Reino Eterno. Permitamos, pois, que Deus faça em nós Sua obra benfazeja, preparando-nos para maiores e melhores conquistas.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 31/12/2009 e 01/1/2010.

 

"Se vier a dar fruto, bem está; se não..."  Lucas 13:9.

 

Para que foram criadas as árvores? Resposta lógica: Para dar frutos.

Para que foi criada a raça humana? Resposta: Para dar glória a Deus, mediante boas obras de justiça.

Se uma árvore não produz o seu respectivo fruto, está ocupando o lugar de uma outra árvore que deveria estar produzindo os frutos. Esta árvore infrutífera não cumpre o propósito de Deus para ela. Logo, deve ser cortada, e outra árvore, frutífera, deve ser plantada em seu lugar.

Se um cristão não vive para produzir boas obras, mas procede de maneira má e indigna, não cumpre o propósito de sua criação. Não alcança o ideal de Deus para ele. Vive para si mesmo, age de maneira autônoma, alienada e independente de Deus. Resultado: produz obras más, e desonra o nome de Deus na Terra.

Que fará Jesus quando vier como Juiz de todos? Recolherá para a Casa do Pai, o Céu, todos os que foram cristãos produtivos, todos os crentes que viveram para glorificar a Deus na Terra. Destinará ao fogo eterno toda árvore má, que produziu frutos maus, não dando glória a Deus. Este será o destino eterno dessa árvore improdutiva, ou que produziu maus frutos.

Como você, adventista do sétimo dia, se situa a si mesmo em relação a este assunto? Você acha que é um cristão assumido e comprometido com a ética e os valores do Reino de Deus? Suas obras glorificam a Deus? Suas obras desonram a Deus? Quem é você neste contexto?  A resposta fica com você. Dê essa resposta a Deus. Ele é seu Juiz e Senhor.

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho




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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

CIDADES DE REFÚGIO

Verso para Memorizar: "Nós, que nos refugiamos nEle para tomar posse da esperança a nós proposta. Temos esta esperança como âncora da alma."  Hebreus 6:18 e 19, NVI.

 

ESTUDO BÍBLICO DA SEMANA: Números 33 a 36; Josué 20:1 a 7; Efésios 2.

 

INTRODUÇÃO

 

A conquista de Canaã, pelos israelitas, foi obra especial de Deus. IAVÈ havia prometido a Abraão, Seu amigo: "Dar-te e à tua descendência a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus."  Gênesis 17:8. Agora, quando Israel, a descendência carnal de Abraão, estava chegando a Canaã para dela tomar posse em nome do Senhor de toda a Terra, as promessas divinas estavam sendo cumpridas, e Deus Se mostrava verdadeiro mais uma vez, e completamente fiel à promessa feita. Deus, não Israel, conquistou Canaã. E Israel deveria reconhecer que Canaã lhe era uma dádiva do Senhor. A Graça divina estava favorecendo Israel com aquela conquista. Israel não tinha méritos nisso, pois se mantivera, a velha e a nova geração, rebelde contra a Lei e o Governo de Deus.

 

A Lição desta semana vai tratar da conquista de Canaã, pelo poder de Deus, e sobre as "cidades de refúgio" que o Senhor mandou Moisés separar por todo o Israel. É um estudo interessante e bem enriquecedor. Fique atento aos detalhes.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 20 de dezembro.

 

LIÇÃO DA HISTÓRIA

 

Leitura Bíblica: Números 33.

 

Duas coisas muito interessantes se destacam da leitura de Números 33:

 

  1. Deus manda Moisés e Josué prepararem um relatório geral de toda a caminhada de Israel do Egito para Canaã, para que ficasse como registro histórico para as futuras gerações de israelitas, a maneira como Deus conduziu Seu povo desde a escravidão no Egito até à liberdade em Canaã. Tudo deveria estar anotado neste relatório. A jornada completa. Onde acamparam, o que aconteceu a eles enquanto estavam acampados, os momentos críticos, os momentos grandiosos, as perdas e os ganhos. Tudo precisava ficar anotado para a posteridade, como um documento histórico fidedigno. As futuras gerações de israelitas precisavam ter conhecimento desse jornadear, e de todas as dificuldades enfrentadas por eles. As futuras gerações precisavam saber que fora o Deus de Israel, IAVÉ, quem dera Canaã aos israelitas, como dádiva graciosa, em cumprimento de uma antiga promessa feita a Abraão, o amigo de Deus. O Senhor foi fiel em todas as coisas e cumpriu a palavra dada a Abraão, mais de quatrocentos anos antes do Êxodo.
  2. Deus ordena a Israel que lance fora as nações que ali habitavam, pois seus moradores haviam ultrapassado, com seus pecados, a medida da graça divina para eles. Israel não deveria morar na mesma terra que aqueles grandes pecadores, para que não fossem contaminado pela cultura politeísta e sexualmente promíscua que eles seguiam. Israel era povo "santo", isto é, separa das demais nações da terra para adorar e servir ao Senhor (Deuteronômio 6:4 a 7). Cada uma daquelas nações que ocupava o território de Canaã deveria ser vencida e destruída pelos israelitas. Esses moradores deveriam não somente ser expulsos dali, mas completamente destruídos. Todos os seus ídolos e os altares destes deveriam ser destruídos, tornados em pó (Números 33:50 a 56). Era ordem divina e deveria ser executada logo. Não deveria haver mistura entre Israel, um povo consagrado a IAVÉ, o Deus Único, e as demais nações, politeístas e cultuadores do demônio. Esta é uma grande lição para a Igreja de Deus, hoje, e que deve ser contextualizada dentro dos parâmetros contemporâneos, com respeito à lei civil de cada país.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 21 de dezembro.

 

CIDADES DOS LEVITAS

 

Leitura Bíblica: Números 35.

 

A tribo de Levi fora escolhida por Deus para ser a responsável pelas coisas sagradas em Israel. Os filhos de Levi cuidariam de tudo o que se referia ao Santuário e seus serviços. A família de Arão cuidaria do Altar e do oferecimento das ofertas ao Senhor. Esta foi uma escolha divina e não poderia ser alterado por nenhuma pessoa. Quando Israel tomasse posse de Canaã, os levitas não receberiam porção separada de terra, como as demais tribos. Eles deveriam receber possessões em meio a todas as tribos de Israel. Ao todo, "quarenta e oito cidades" (Números 35:1 a 8), com os seus arredores. Essas cidades dos levitas deveriam estar situadas dentro do território das onze tribos de Israel. Eram proporcionalmente distribuídas. Isto quer dizer que cada tribo deveria separar, em seu território, cidades para os levitas morarem. Eles eram os professores e pastores, líderes e conselheiros espirituais em Israel. Nenhuma tribo podia se negar a fazer esta cessão de terras e cidades aos levitas.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 22 de dezembro.

 

CIDADES DE REFÚGIO

 

Leitura Bíblica: Números 35.

 

Das cidades que os levitas receberam para morar no meio das tribos de Israel, seis delas deveriam servir como "cidades de refúgio" para casos especiais de homicídio. Em algumas situações, uma pessoa poderia ferir ou matar alguém, sem que tivesse o propósito de o fazer. Até que essa pessoa fosse julgada em definitivo, poderia correr e refugiar-se em uma dessas seis cidades escolhidas, cidades de levitas. Caso não se refugiasse ali, o "vingador do sangue" de seu parente poderia o encontrar e matar, vingando o sangue derramado. Ele só estava livre para sair dessa "cidade de refúgio" em ano de jubileu, ou quando da morte do sumo sacerdote em exercício. Isto não era um apoio ao crime, mas um tempo de reflexão e de investigação, para que não se cometesse injustiça em Israel. Disse o Senhor; "Escolhei para vós outros cidades que vos sirvam de refúgio, para que nelas se acolha o homicida que matar alguém involuntariamente. ...para que o homicida não morra antes de ser apresentado perante a congregação para julgamento." Nm 35:11 e 12. Esta foi uma bela lição que Deus estava ensinando a Israel. Em sentido teológico, Jesus é o nosso refúgio. Somos todos pecadores, culpados diante de Deus. Em Sua Graça, Deus provê para nós Salvação somente em e por meio de Jesus Cristo. Quem se refugia em Jesus, e a Ele confessa seus pecados, pedindo-lhe, pela fé, perdão, aceitação e restauração, recebe graciosamente essas bênçãos da Graça divina (leia Mateus 11:28 a 30).

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 23 de dezembro.

 

CIDADES DE REFÚGIO

 

Leitura Bíblica: Números 35:22 a 34.

 

Leia todo o texto indicado acima com muita atenção aos detalhes, e verifique que Deus na\o brinca com o pecado de ninguém. Estas cidades de refúgio não serviam de abrigo para assassinos confessos, aqueles que voluntária e espontaneamente mataram alguém. Pessoas que agiram propositadamente, na determinação de matar outra pessoa. As cidades de refúgio era lugar para abrigar somente homicidas que haviam matado alguém não propositadamente, mas acidentalmente. Em muitos desses casos, havia dúvidas se a pessoa agiu de propósito, querendo realmente matar seu próximo, ou se o que ocorrer foi um acidente. Até que tudo fosse devidamente esclarecido, e os juízes tivessem certeza de que o fato ocorrido não fora proposital, mas acidental, o homicida tinha direito de abrigar-se nessas cidades. O vingador do sangue não podia invadir a cidade e o matar ali dentro. Porém, se o homicida saísse da cidade, por conta própria, desobedecendo a ordem de permanecer ali, o que acontecesse com ele fora da cidade não era responsabilidade dos juízes, mas do próprio homicida. Ele levaria sobre si toda a culpa e responsabilidade por seus atos.

 

A LEI MORAL DE DEUS,  NOSSA CIDADE DE REFÚGIO (Êxodo 20:3 a 17).

 

Deus pôs diante de todos nós os DEZ MANDAMENTOS. Agir conforme estes mandamentos divinos ensinam significa ficar dentro dos parâmetros de Deus para nossa vida. Quando desobedecemos a Deus, e agimos de forma contrária à Lei Divina dos Dez Mandamentos, a culpa é nossa e a responsabilidade pelo erro também é nossa. Nós deixamos a "cidade de refúgio" que Deus estabeleceu para nós, Seu povo, e agimos contra Suas determinações. Toda a responsabilidade por tudo o que acontecer conosco, vivendo fora da Lei, ou contra a Lei, é nossa. Não podemos acusar Deus de ser culpado pela nossa irresponsabilidade; por agirmos como fora-da-lei. Deus estende a cada um de nós, culpados pecadores, Sua Graça do perdão, da aceitação, da salvação. Um retorno à Lei e à Ordem estabelecidas por Deus. Esse perdão divino para nós só é legalmente possível porque Jesus, o Filho de Deus, viveu e morreu em nosso lugar e em nosso favor, em sacrifício vicário, substituinte. Jesus afirmou a todos nós: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos." João 14:15. Isto é, "se vocês me amam verdadeiramente, vocês escolherão viver dentro dos limites da Lei Moral, os Dez Mandamentos que dei para vocês. Esta é Minha 'cidade de refúgio' que estabeleci para vocês neste mundo onde o pecado domina."

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 24 e 25 de dezembro.

 

CRISTO, NOSSO REFÚGIO

 

Leitura Bíblica: Números 35. II Samuel 22:3. Salmos 19:7 a 11.

 

"Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave e meu fardo é leve."  Mateus 11:28 a 30.

 

"Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim." João 14:6.

 

"Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos." Atos 4:11 e 12.

 

"E o testemunho é este: Que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no Seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida eterna." I João 5:11 e 12.

 

Jamais procure segurança e refúgio em coisas ou em pessoas, a não ser em Deus, o Pai, e em Seu Filho, Jesus Cristo. Deus é a nossa segurança, nossa certeza de que tudo vai acabar bem. Não ponha seu refúgio e segurança em dinheiro, ou na posse de bens materiais: casas, carros, poupança, nome famoso, e coisas semelhantes a estas. Essas pessoas e coisas jamais podem salvar você do Pecado e da Morte, dando-lhe vida eterna e paz perene. Somente Deus pode fazer isto. Portanto, corra imediatamente para Deus e nEle se refugie.

 

Neste Natal, faça de seu coração uma manjedoura, e deixe Jesus nascer em você. Neste Natal, faça de seu coração uma hospedaria, e deixe Jesus morar em você!

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A SEGUNDA GERAÇÃO: ADVERTÊNCIAS

Verso para Memorizar: "Ouça, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças." Deuteronômio 6:4 e 5, NVI.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Números 26 a 32; Romanos 5.

 

 

INTRODUÇÃO

 

Toda a velha geração, de vinte anos para cima, morreu no deserto, com exceção de Josué e Calebe. Miriã e Arão, também morreram. Moisés iria morrer pouco tempo depois. Deus mandou que fosse feito o censo em Israel, e se descobriu que o número da nova geração chegava a pouco mais de seiscentos mil homens com idade de irem à guerra. Estavam todos eles chegando à fronteira de Canaã. Alguns dias mais de caminhada, e logo chegariam à terra da promessa. Deus, então, orienta a Moisés e a Josué, como eles devem dividir a terra que irão conquistar, pelo poder de Deus. Cada tribo receberia uma porção de terra, de acordo com o número de pessoas dessa tribo. Estaria a nova geração melhor preparada para entrar na terra prometida, mais do que estiveram seus pais? Estavam eles convertido ao Senhor, e seriam uma bênção quando tomassem posse da terra? Agiriam de forma mais justa, fiel e obediente do que seus pais agiram durante a travessia? Ou seriam tão rebeldes e desobedientes a Deus, como o foram seus pais? O estudo da lição desta semana vai mostrar como tudo aconteceu nesse período.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 13 de dezembro.

 

DIVISÃO DA TERRA

 

Leitura Bíblica: Números 26:52 a 56. Nm 27:1 a 11.

 

"Disse o Senhor a Moisés: A estes se repartirá a terra em herança, segundo o censo." Nm 26:52-53.

 

A base de dados e informações para a divisão justa da terra que Israel iria conquistar em Canaã seria o censo recentemente realizado em Israel. Cada tribo prestou suas informações, e tudo foi anotado pelos agentes do censo. Os critérios a serem seguidos nessa partição de terras entre as doze tribos de Israel seguiriam os dados apresentados pelo censo. Os questionamentos especiais que surgissem seriam solucionados a partir de consultas ao Senhor, Deus de Israel. Um cidadão chamado "Zelofeade" morreu durante a travessia, mas não em revolta contra Deus. Ele morreu sem deixar filhos homens, mas deixando apenas filhas. Estas vieram até Moisés e Josué requerendo a porção que pertencia por direito a seus pais. Moisés consultou ao Senhor, e a petição das filhas de Zelofeade foi aceita. Elas herdaram a parte que caberia a seu pai (Números 27:1 a 11). Eram casos especiais que precisavam ser resolvidos logo. Nesta partição de terras, foi usado o princípio da proporcionalidade. Se uma tribo era grande, com um número maior de habitantes, receberia porção maior do que a tribo que tivesse menos habitantes. Mas todos receberam o suficiente para atende suas necessidades de moradia, criação de gado, agricultura, etc. Ninguém foi deixado sem herança. Somente aos levitas não se deu uma porção de terras em um lugar só, pois eles deveriam morar no meio de seus irmão, entre as doze tribos. Eles eram os pastores e conselheiros espirituais de seus irmãos.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 14 de dezembro.

 

O SUCESSOR DE MOISÉS

 

Leitura Bíblica: Números 27:12 a 23.

 

"Disse o Senhor a Moisés: Sobe a este monte Abarim e vê a terra que dei aos filhos de Israel. E, tendo-a visto, serás recolhido também ao teu povo, assim como foi com teu irmão, Arão. Porquanto no deserto de Zim, na contenda da congregação, fostes rebeldes ao meu mandado de me santificar nas águas diante dos seus olhos. São estas as águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim." Números 27:12 a 14.

 

"Disse o Senhor a Moisés: Toma Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e impõe-lhe as mãos; apresenta-o perante Eleazar, o sacerdote, e perante toda a congregação, e dá-lhe, à vista deles, as tuas ordens. Põe sobre ele da tua autoridade, para que lhe obedeça toda a congregação dos filhos de Israel." Números 27:18 a 20.

 

Deus dá a Moisés duas ordens específicas: (1) Que Moisés suba ao monte Abarim, veja a terra que será conquistada pelo povo de Israel, e se recolha ao leito de morte. (2) Antes disso, Moisés deve escolher publicamente a Josué como o novo dirigente do povo, e seu sucessor. Que Moisés apresente Josué ao povo como o novo líder deles, e que Moisés ponha sobre Josué uma porção da autoridade que o Senhor concedera a ele,  Moisés. O povo todo precisava saber que Josué era uma escolha de Deus. Isto premia Josué pela fidelidade dele no episódio dos espias (Números 13 e 14). Josué ficou fiel a Deus em momento crítico, quando quase todos apostataram. Josué pôs sua própria vida em risco para honrar ao Deus de Israel, exaltando-O diante de uma congregação ensandecida e rebelada. Agora, o Senhor o honra, e lhe dá o mais alto posto na liderança de Seu povo. Diz o Senhor: "Porque aos que me honram, honrarei..." I Samuel 2:30. Josué estava sendo honrado por Deus porque no tempo de crise ele honrara ao Senhor. O mesmo pode acontecer comigo e com você, em nossa relação com Deus, hoje.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 15 de dezembro.

 

SISTEMA SACRIFICAL REAFIRMADO

 

Leitura Bíblica: Números 28:1 a 8. Romanos 5.

 

"Dir-lhes-ás [aos israelitas]: Esta é a oferta queimada que oferecereis ao Senhor, dia após dia: dois cordeiros de um ano, sem defeito, em contínuo holocausto. Um cordeiro oferecerás pela manhã; e o outro, ao crepúsculo da tarde." Números 28:3 e 4, grifos nossos. "...No dia de sábado, oferecerás dois cordeiros de um ano, sem defeito...é holocausto de cada sábado, além do holocausto contínuo e a sua libação." Nm 28:9 e 10.

 

Este sacrifício contínuo, cada dia, pela manhã e pela tarde, era um sacrifício feito em favor de todos os pecadores em Israel, indistintamente. Era um sacrifício universal, pois fazia cobertura litúrgica e legal por todos os pecadores. Representava Jesus como "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (João 1:29), indicando a universalidade do pecado e a necessidade de se fazer expiação por toda a raça humana. Era contínuo e era universal. Assim como foi o Sacrifício de Jesus, na cruz, pelo pecado de Adão e de toda a sua descendência humana, a raça humana como um todo (Romanos 3:23). Era a Graça divina sendo estendida a toda uma humanidade pecadora e culpada diante de Deus e de Sua Lei Moral. Era uma provisão divina que fazia cobertura provisória pelo pecado humano, até que viesse o Messias-Cristo, o "Ungido" de Deus, e desse Sua vida perfeita e santa em sacrifício vicário e expiatório. Um sacrifício único e definitivo (leia Hebreus 9:23 a 28). Todo aquele ritual antigo, ordenado por Deus para funcionar em Israel, no santuário hebreu, era sombra, tipo e figura das realidades concretas e definitivas que estariam para ocorrer quando o Messias-Cristo viesse à Terra e Se apresentasse a Israel, o povo em Aliança com Deus, oferecendo-Se a Si mesmo em final e definitivo sacrifício de expiação e redenção. Nesse caso, em Jesus, o "Cordeiro de Deus", o tipo encontra o antítipo, e a figura se encontra com a realidade das coisas. A profecia se torna história e a promessa de Deus se torna salvação, em Jesus de Nazaré, o Messias-Cristo. O sistema sacrifical do antigo Israel se mostrou verdadeiro e cumpriu seu objetivo pedagógico proposto na vontade de Deus (Gálatas 3:24).

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 16 de dezembro.

 

CUMPRINDO A PALAVRA

 

Leitura Bíblica: Números 30. Eclesiastes 5.

 

"Quando um homem fizer voto ao Senhor, ou juramento, para obrigar-se a alguma abstinência, não violará a sua palavra; segundo tudo o que prometeu, fará." Números 30:2.

 

Este é um mandamento do Senhor e deve ser cumprido. Uma palavra dada deve ser uma palavra cumprida. Se você faz a Deus um voto, dizendo ao Senhor que fará determinada coisa, e jura que cumprirá sua palavra, deve cumprir o que jurou. Por causa disso, todo juramento que você fizer diante de Deus, ou todo voto que você tomar perante o Senhor, deve ser bem analisado antes de o voto ou juramento ser feito. Observe se o voto que você quer tomar diante de Deus está conforme os princípios da Bíblia Sagrada. Observe se o voto é para seu crescimento espiritual, e se o mesmo honra ao Senhor em seu cumprimento. Caso contrário, não faça determinados votos. Não se precipite em jurar ou votar algo diante de Deus. Esteja bem certo e seguro que o voto atende a vontade divina para você e honra ao Senhor.  Salomão escreveu sobre isto: "Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus, porque Deus está nos céus, e tu, na terra; porquanto sejam poucas as tuas palavras. ...Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque [o Senhor] não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes, do que votes e não cumpras." Eclesiastes 5:2, 4 e 5.  Muitos votos são tomados em momento de grande tensão emocional, quando as pessoas estão assustadas, com medo, e sob grande pressão psicológica. Muitos votos são tomados em momento quando a pessoa está cheia de sentimentos de culpa. Alguns desses votos são uma espécie de fuga, e são feitos sob o efeito do pânico, do medo extremo do castigo divino. Outros votos são tomados em momento de perda, quando as pessoas se acham mais fragilizadas. Precipitadamente, sem pensar bem no que estar falando, e sem calcular as consequências de seus atos, algumas pessoas fazem votos e juramentos ao Senhor, para logo depois, em momento de calma, equilíbrio e bom senso, descobrir que se precipitaram em seus votos, e juraram fazer algo que está acima e além de sua capacidade pessoal de cumprir esse voto. Depois, ao não o cumprirem vivem o drama arrasador da culpa e da autopunição. É preciso ser sábio neste assunto e agir com bom senso, sempre guiado pela Bíblia, pelo Espírito de Profecia e pela razão bem ajustada à vontade de Deus.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 17 e 18 de dezembro.

 

NA FRONTEIRA

 

Leitura Bíblica: Números 32.

 

Na fronteira de Canaã, surge um novo problema para ser administrado por Moisés e por Josué. "Os filhos de Rúben e os filhos de Gade", além de metade da tribo de Manassés, vieram a Moisés e a Josué pleitear algo que não estava no programa da conquista de Canaã. Eles possuíam muito gado, e viram que as terras que ficavam aquém do Jordão eram muito férteis e produziam pasto abundante para o gado. Então pediram aos dirigentes de Israel que os deixasse habitar nessas terras. No princípio, Moisés e Josué não quiseram concordar com eles, com medo que eles se rebelassem contra o Senhor, e contra seus irmãos, vindo, posteriormente, a formar uma nação independente de Israel, quebrando assim a unidade nacional, pois Israel não teria mais doze tribos. Eles, no entanto, juraram diante do Senhor, e perante Moisés e Josué, que a ideia deles não era de separatismo, mas de pragmatismo. Eles prometeram ir com seus irmãos até o final da conquista de Canaã, e lutariam com seus irmãos por este objetivo inicial. Porém seus filhos, esposas e gado ficariam já na posse daquelas terras tão próprias para a agricultura e criação de gado. Moisés e Josué exigiram deles que jurassem em nome do Senhor que cumpririam sua palavra, e os homens em idade de guerra, em cada uma dessas tribos, iriam juntos conquistar Canaã para o restante de seus irmãos. E eles assim juraram. Então Moisés e Josué levaram o assunto ao Senhor, e o pedido deles foi aprovado. Eles estavam dispostos a cumprir o que prometeram. Nunca nos esqueçamos que todo privilégio traz consigo as respectivas responsabilidades. Primeiro, eles teriam de provar que eram pessoas responsáveis pela palavra que deram a Moisés e a Josué, atravessando o Jordão e lutando as guerras de seu povo, para depois voltarem e viverem nas terras aquém do rio.

Muitos de nós, membros da Igreja de Deus, gostaríamos de ter já atravessado as dores e angústias desta vida e deste mundo, e estarmos no Céu com Jesus e os anjos. No entanto, Jesus orou ao Pai, dizendo: "Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do mal." João 17:20. Há uma obra a ser feita pelo povo de Deus ainda neste planeta Terra (leia Mateus 28:19-20 e Apocalipse 14:6 a 12). Existe a evangelização global a ser concluída, e a mesma deve ser efetuada pela Igreja fiel a Jesus. "E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim." Mateus 24:14. Esta evangelização foi por Deus comissionada à Igreja, e esta deve ser fiel no cumprimento desta missão, sem vacilar. É responsabilidade da Igreja, antes que a mesma goze o grande privilégio de viver no Céu com Jesus. Estamos quase no Lar Celeste. Podemos dizer que estamos nas fronteiras divisórias entre o Céu e a Terra. Mas a missão ainda não foi de todo concluída. E Deus quer que todos os membros de Sua Igreja, sem exceção, se engajem neste trabalho da evangelização global (leia Apocalipse 22:17). Você já está integrado e fazendo sua parte? Se não, por quê? Quando você vai tomar a decisão de fazer parte integrante do exército de Deus, envolvido na Campanha Evangelística da Evangelização Global? Pense nisto com carinho, e cumpra seu voto batismal com honra e dignidade.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho



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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

IMORALIDADE NA FRONTEIRA

Verso para Memorizar: "Não pratiquemos imoralidade, como alguns deles fizeram, e num só dia morreram vinte e três mil."  I Coríntios 10:8, NVI.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA:  Números 25 e 31; Deuteronômio 21:10 a 14; I Coríntios 10:1 a 14; Apocalipse 2:14.

 

INTRODUÇÃO

 

O que Balaão não conseguiu fazer contra Israel, em suas tentativas de amaldiçoar o povo de Deus, conseguiu mediante engodo e sedução. Os moabitas, aconselhados por Balaão, proclamaram uma festa, e para ela convidaram os israelitas, numa política de boa vizinhança. Todos podiam vir a esta festa, e tudo lhes seria gratuitamente concedido: danças, bebidas, alegria, descontração, mulheres bonitas, rapazes bem apessoados, e música, muita música, num verdadeiro carnaval moabita. E o povo de Israel foi à festa em Moabe. Foram aos milhares. Cantaram, dançaram, riram muito, beberam muita bebida, e foram promíscuos sexuais. Eles se esbaldaram naquela festa. Tudo em homenagem a Baal, deus da fertilidade.

Deus ficou irado contra a luxúria de Israel. Deus não deixaria impunes os rebeldes e promíscuos israelitas. E logo a punição divina se fez sentir sobre os desobedientes e infieis. Quase 24.000 israelitas foram mortos como culpados de terem pecado contra Deus.

A lição desta semana focaliza este episódio triste de profanação ao Senhor, e de desobediência aberta e voluntária contra os mandamentos de Deus. Fique atento aos detalhes.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 06 de dezembro.

 

SEDUÇÃO

 

Leitura Bíblica: Números 25:1 a 3.

 

SEDUÇÃO, a arma usada por Satanás para levar Eva a pecar contra Deus e contra si mesma, lá no jardim do Éden, agora funcionou perfeitamente ao ser usada por um profeta em apostasia. Balaão aconselhou ao rei Balaque a armar uma cilada contra Israel. Não seria bom para Balaque o confronto direto contra Deus e Seu povo. Um convite para uma grande festa seria uma arma mais poderosa e politicamente correta. Era uma festa consagrada a Baal, o deus da fertilidade entre eles. Uma festa regada a bebida, muita bebida; com muita música animada, de ritmo acelerado; muita mulher bonita e muito rapaz saradão. Todos os atrativos necessários para seduzir os israelitas. E estes vieram para a festa de Baal. Vieram aos milhares. Não quiseram saber se era festa sagrada ou profana, ou ambas as coisas. Queriam diversão, alegria, movimento, muito barulho. Queriam soltar as amarras. Queriam fugir da monotonia do deserto. Queriam movimento, ritmo, ação. Queriam algo diferente daquilo que havia dentro dos arraiais do povo de Deus. Queriam algo mais animado, mais quente, mais liberal e liberado. E o povo pecou sem limites! A sedução aconselhada por Balaão funcionou muito bem. Milhares de israelitas, homens e mulheres, aos milhares, vieram para a festa e pecaram até não querer mais. Muito sexo, muita bebida, muita comida, muita música. Tudo de graça para todos. Essa mesma arma mortífera de Satanás, a SEDUÇÃO, funciona até hoje muito bem, e tem levado milhares de adventistas à apostasia e ao pecado contra a Lei de Deus. Milhares já deixaram a igreja, e hoje penam pelo mundo a fora, porque se deixaram seduzir por essas coisas das quais o mundo está cheio: música ritmada e frenética, bebida, dança, alarido, homens e mulheres livres para pecar sexualmente, liberalidade, liberdade ilimitada. E milhares de adventistas seguem esse programa de vida, no Brasil e no mundo, achando tudo isso um "barato". O diabo sabe o que faz, e faz bem feito, visando, "se possível, enganar os próprios eleitos" (Mateus 24:24), disse Jesus.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 07 de dezembro.

 

ATRÁS DOS BASTIDORES

 

Leitura Bíblica: Números 31:16; Apocalipse 2:14.

 

Quem estava por trás dos bastidores, sendo o idealizador da festa a Baal, que levou milhares de israelitas ao pecado?  Balaão, o ex-profeta do Senhor. Sim, aquele mesmo que o rei moabita Balaque quis contratar para que ele amaldiçoasse a Israel, mas o Deus de Israel não o permitiu, e ele ficou zangado, pois perdeu muito dinheiro e bens com a recusa do Senhor. Às escondidas, sem mais pedir conselho ao Senhor, e se considerando livre da monitoração de IAVÉ, Balaão viu nessa festa a oportunidade ideal para ganhar o dinheiro fácil que Balaque lhe oferecera. Ele sabia que poderia ficar rico com esse dinheiro, e não iria perder essa oportunidade que lhe era oferecida. Antes, Balaque fora à procura de Balaão, pedindo a este que amaldiçoasse Israel. Mas o Senhor Se interpôs no caminho de Balaão e o impediu de amaldiçoar o povo em Aliança com Deus. Agora, Balaão insiste no assunto, à revelia de Deus, e vai a Balaque, rei dos moabitas, e lhe oferece um PROJETO FESTA A BAAL, no qual incluía convites aos israelitas para que viessem se divertir um pouco em Moabe; afinal, ninguém é de ferro! Balaque gostou do projeto e contratou Balaão para ser o executor, pagando-lhe boa soma em dinheiro. E o projeto foi um sucesso total. Os israelitas vieram à festa em homenagem a Baal, e deixaram o Deus de Israel de lado. Milhares deles vieram adorar Baal e se divertir em sua festa demoníaca. Foi um carnaval e tanto. Balaão estava muito feliz, pois seu projeto foi um sucesso. Balaão usou muitas mulheres para atraírem os israelitas. Milhares delas, bonitas, faceiras e que facilmente se entregavam para fazer sexo, de forma livre e gratuita, sem escrúpulo nenhum. Era só querer e fazer. Coisas incríveis acontecem na vida de uma pessoa que abandona ao Senhor e segue a Satanás e o mundo. O pecado lhe parece mais fácil. Ganha dinheiro fácil; faz sexo fácil; bebe facilmente e se prostitui, física e espiritualmente com toda facilidade. Assim ocorreu com Israel, no deserto; assim acontece, hoje, com milhares de adventistas. A história de apostasia se repete hoje na e com a Igreja de Deus.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 08 de dezembro.

 

PECADO E CASTIGO

 

Leitura Bíblica: Números 25:4, 5, 8 e 9.

 

Deus não brinca com o Pecado. Deus não considera o Pecado como coisa simples, sem importância. Para Deus, sempre, o "salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23, primeira parte). E "a alma que pecar, essa morrerá" (Ezequiel 18:4), mais cedo ou mais tarde.

 

No passado, em toda a história de Israel, em sua relação de Aliança com Deus, o Pecado foi tratado como inimigo, e os pecadores foram punidos. Às vezes, a punição foi imediata, com pena de morte também imediata. Depois, aproximando-se do tempo da chegada do Messias-Cristo Jesus de Nazaré a Israel, a pena de morte imediata continuou a ser aplicada em casos mais escandalosos de pecados em flagrante. É muito importante que você pense no que declara Salomão: "Visto como não se executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal." Eclesiastes 8:11, grifos nossos. Essa declaração de Salomão confirma o que afirmei acima, pois nos tempos de Salomão a lei do "olho por olho e dente por dente" já não era aplicada com tanto rigor. Salomão está deplorando isto. A punição imediata ao pecado não acaba com o pecado, mas serve de pedagogia a todos os pecadores, ensinando-os a levarem o pecado a sério e temerem suas imediatas consequências. Quando essa punição com pena de morte não é imediata, os pecadores se sentem livres e ousados para pecarem de forma mais escandalosa e aberta, à vista de todos. Também, se Deus aplicasse a pena de morte imediata aos pecadores, nenhum de nós estaria vivo hoje. Deus sempre sabe o que faz. Deus puniu nossos pecados em Jesus Cristo, entregando Seu Filho para morrer por nós e em nosso lugar. Isto foi a Graça misericordiosa de Deus, dando aos pecadores oportunidade e motivo para se arrependerem de seus pecados (Romanos 2:4). Mas alguns fazem uso da GRAÇA de Deus como se fosse uma porta aberta e uma autorização divina para pecarem mais ainda. Leia o que Paulo escreveu: "Permaneceremos no pecado para que seja a Graça mais abundante?"  Sua resposta imediata e definitiva foi: "DE MODO NENHUM!" Romanos 6:1, grifo nosso.

 

Em relação ao pecado dos israelitas naquela festa profana a Baal, a ordem de Deus a Moisés foi: "...Cada um mate os homens de sua tribo que se juntaram a Baal-Peor. ...Os que morreram da praga foram vinte e quatro mil." Números 25:5 e 9. Nesse episódio triste de apostasia e desobediência, destacou-se FINEIAS, filho de Eleazar e neto de Arão. O jovem sacerdote Fineias não suportou ver um israelita apóstata, num gesto tresloucado e insolente, trazendo uma mulher midianita para sua tenda, para fazer sexo louco com ela. Fineias não teve dúvidas: tomou uma lança e cravou o homem e a mulher ao solo, matando-os. Logo que ele agiu assim, zelando pela disciplina e pelo no do Deus de Israel, o Senhor fez cessar a praga e a matança em Israel. Fineias recebeu elogios de Deus por haver agido assim. Também hoje, muitos membros da igreja fazem loucuras dentro e fora da igreja e ficam impunes, levando a congregação a ser conivente com os pecados que ali acontecem. A frouxidão na disciplina, permitida e até incentivada por muitos pastores e anciãos, seguindo a filosofia do politicamente correto, e a diplomacia de ficar de bem com todos, sem importunar os irmãos, tem deixado muitas de nossas congregações locais à deriva, sem disciplina alguma, e cada um faz o que quer, e procede sem medo de ser chamado às falas. Também muitos irmãos que possuem dinheiro e nome na igreja se sentem livres para pecar, e os que dirigem a Obra de Deus têm medo desses "donos da igreja", ou dizimistas especiais, que dão grandes somas para a igreja. Os pecados deles são tratados com maior leniência do que os pecados dos mais pobres. Tudo isto está acontecendo em nossa Igreja, no Brasil e no mundo. Precisa-se de muitos Fineias na Igreja. É lógico que não se deve usar nunca a violência na disciplina eclesiástica, mas também nunca se deve deixar os membros da Igreja sem disciplina alguma. Ambos os extremos são perigosos e devem ser evitados. Mas que se tem de levar o pecado dos membros da Igreja mais a sérios, isto tem de ser feito logo. Fica aí o desafio para pastores e anciãos de nossas igrejas. Lembrem-se do zelo santo de Fineias, um homem de Deus, fazendo a coisa certa no tempo certo. E Deus o abençoou por isto!

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 09 de dezembro.

 

PECADO ABERTO

 

Leitura Bíblica:  Números 25:6 a 18.

 

"Aberto" ou "fechado", o Pecado é sempre pecado aos olhos de Deus. A diferença que existe entre um tipo e outro de pecado é que o "pecado aberto" traz mais escândalo para a Igreja do que o chamado "pecado fechado", ou às escondidas. Há pessoas mais sutis na arte de pecar, e pecam com mais arte e sutileza, mantendo uma aparência de pureza e retidão; é o chamado "hipócrita". Há pessoas, por outro lado, mais atrevidas e ousadas na arte de pecar, e não se importam com a opinião alheia sobre suas ações; sentem-se livres para pecarem livre e abertamente, aos olhos de todos. Ambos os grupos de pecadores estão agindo contra a Lei de Deus e se destruindo a si mesmos. Pecado é sempre Pecado. Não tente se enganar a si mesmo, racionalizando a respeito do modo como seu pecado foi cometido. Sempre se faz necessário que o pecador se arrependa de seu pecado, confesse-o a Deus e abandone o pecado (Provérbios 28:13).

O texto citado acima, Números 25:6 e 7, menciona o pecado de um israelita chamado "Zinri" com uma mulher midianita chamada "Cosbi" (Nm 25:14). Este foi um "pecado aberto", à vista de todos, pois muitos viram quando ele entrou na barraca já bêbado, trazendo consigo uma mulher midianita, e se pôs a fazer sexo com ela na barraca. Foi um ato atrevido e desafiador perante Deus. Fineias viu aquilo e partiu para a disciplina, pois ele era um pastor em Israel. Fineias era sacerdote de seu povo e lidava com os pecados deles no Santuário. Fineias, como pastor da igreja, viu que não podia deixar aquele membro de sua igreja pensando que podia pecar irrestritamente, sem sofrer a devida disciplina. Ele aplicou a disciplina orientada pelo "manual" da igreja de seu tempo (Êxodo 20:3 a 17 e Levítico 20). Uma pergunta aos leitores deste comentário: Como você costuma pecar: de maneira aberta, ou de maneira fechada? Você gosta de pecar sutilmente, ou abertamente?  Pense nisto.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 10 e 11 de dezembro.

 

DESTRUIÇÃO DOS MIDIANITAS

 

Leitura Bíblica: Números 31.

 

"Disse o Senhor a Moisés: Vinga os filhos de Israel dos midianitas; depois serás recolhido ao teu povo." Números 31:1 e 2.

 

Esta ordem radical de Deus contra os midianitas era ainda reflexo do que as mulheres midianitas tinham feito na festa de Baal-Peor, levando milhares de israelitas ao sexo promíscuo. Os midianitas eram povos cananitas, cujos pecados se acumularam até aos céus e reclamavam punição e aniquilamento, à semelhança de Sodoma e Gomorra. Talvez esta ordem divina para aniquilar pela morte os midianitas pareça radical a muitos que leem a Bíblia hoje. E é de fato. Deus foi radical, pois a Justiça de Deus exigia que assim o fosse, devido aos cuidados de Deus com Israel, um povo em Aliança com o Senhor. Israel era uma Teocracia. Deus era o Comandante e Rei de Israel. Os midianitas eram inimigos de Israel, e lutavam pela destruição total de Israel. Ou Israel ficaria existindo, ou os midianitas ficariam existindo. O Plano de Deus para o planeta Terra incluía Israel, povo em Aliança com IAVÉ. Esta fora a promessa de Deus a Abraão (Gênesis 15 a 17). Todos os inimigos de Israel, que não aceitassem a existência de Israel na Terra, não aceitando a coexistência pacífica com Israel, deveriam ser eliminados, para que Israel vivesse em paz com todas as demais nações ao redor. Os midianitas não aceitavam essa coexistência pacífica com Israel. Deus, o Autor da vida, e Senhor e Rei de Israel, ordenou que os midianitas fossem aniquilados. O Messias nasceria de Israel. Portanto, Israel deveria ser deixado livre para existir, pelo menos até à chegada do Messias a Seu povo, para o libertar e salvar. Deus não abriria mão dessa promessa feita a Abraão. Se alguma nação da Terra se opusesse a esse projeto divino, lutando pela aniquilação de Israel, deveria ser derrotado e aniquilado no campo de batalha. Depois do Sacrifício de Jesus na Cruz, e tendo sido feita a Nova Aliança no sangue de Cristo, todas as nações da Terra (Apocalipse 14:6 a 12) são chamadas a se unirem ao Rei Messias-Cristo, quer seja Israel étnico, nacional, quer sejam os gentios, ou seja, as demais nações. O Rei Messias-Cristo quer ser Rei para todos, e entrar em aliança de paz com todos os povos da Terra (leia Efésios 1 e 2). "Quem crer [no Rei Messias-Cristo e em Sua Obra de Redenção] e for batizado [imerso em água, como demonstração pública do discipulado cristão] será salvo. Quem, porém, não crer será condenado [à morte eterna]" Marcos 16:15 e 16, interpolações e comentários nossos. O Israel étnico, nacional, que vive hoje na Palestina não é mais um povo em Aliança com o Senhor, pois a Antiga Aliança, feita pelo Israel étnico, nacional, caducou e expirou. A partir da morte-ressurreição do Rei Messias-Cristo Jesus de Nazaré, somente os que aceitam participar, pela fé, da Nova Aliança em Jesus é que são salvos da morte eterna e do aniquilamento final. Todos os demais que recusam fazer parte, pela fé, da Nova Aliança em Jesus, israelitas e não israelitas, serão aniquilados a partir da Batalha do Armagedom (leia Apocalipse 16 a 20). Somente o REMANESCENTE FIEL, em Israel e nas demais nações da Terra, é que será salvo deste aniquilamento final (Romanos 9:27 e Apocalipse 14:12 e Ap 20). A Justiça Vindicativa de Deus, em Jesus Cristo, salvando todo o que nEle crê e dEle se torna discípulo, será a Justiça Punitiva de Deus, castigando os rebeldes e infieis, destinando-os ao aniquilamento eterno. Deus e Sua Justiça estão no comando de tudo. A Ele, portanto, nos convém crer e se apegar. Nisto reside nosso êxito e nossa vida eterna. Amém!

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho



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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A “LOUCURA” DO PROFETA

Verso para Memorizar: "Pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos."  I Timóteo 6:10, NVI.

 

LEITURAS BÍBLICAS DA SEMANA: Números 22 a 24; Deuteronômio 1:30; 20:4; Mateus 15:14; I Coríntios 2:14; II Pedro 2:14 a 16; Apocalipse 3:17.

 

INTRODUÇÃO

 

Toda pessoa normal gosta de ter dinheiro e bens materiais. Isto é a coisa mais comum em qualquer ser humano. Todos gostam de viver confortavelmente, tendo uma boa casa para morar, um bom carro para atender aos negócios e necessidades da família, bons móveis e bons utensílios, uma renda que garanta o sustento da família e alguma reserva financeira para as emergências, um bom plano de saúde, e coisas semelhantes a estas. Não existe pecado nenhum em um cristão possui com normalidade todas essas coisas, desde que as conquiste honestamente, fruto de um laborioso, inteligente e dedicado trabalho profissional. No entanto, nem todas as pessoas sabem lidar com a posse de bens materiais. Existem pessoas, mesmo na igreja – ou especialmente na igreja – que sofrem alteração de comportamento quando entram na posse de bens materiais. Alguns se isolam dos demais, alienando-se de pessoas amigas. Outros, ficam muito egoístas, e roubam a Deus nos dízimos e nas ofertas, e roubam os governos, negando o pagamento de tributos e impostos. Outros, ainda, usam o dinheiro para exercer domínio sobre pessoas, de dentro e de fora da igreja, pisando nessas pessoas. Outros há que se tornam cobiçosos pela posse de maiores riquezas, comprando casas e mais casas, carros e mais carros, lojas e mais lojas, coisas que excedem sua capacidade pessoal de as administrar. Essas coisas materiais exercem tal domínio sobre essas pessoas, que seu pensar só consegue ser dirigido a isto. Esses bens – móveis, imóveis e automóveis – que deveriam ser uma bênção para o cristão, tornam-se em maldição, "espinhos" (Mateus 13) que sufocam a plantinha chamada salvação, não a deixando tornar-se árvore frondosa na vida desse cristão. Sua riqueza o sufoca, o aliena, o mata. Logo, "de que vale ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?", perguntou Jesus.

 

Balaão era um profeta de Deus que viu na função profética uma oportunidade para ganhar dinheiro e bens materiais. Ele se assemelha a alguns pastores e líderes religiosos, defensores da "Teologia da Prosperidade", que veem na igreja e na função religiosa uma oportunidade para tirar para si mesmo vantagens pecuniárias, ganhando muito dinheiro, tornando-se rico. Balaão cobiçou as dádivas oferecidas pelo rei Balaque, de Moabe, e seguiu com ele para fazer o mal ao povo de Deus, mesmo sabendo que isto contrariava o propósito de Deus para Israel. Vejamos na lição desta semana como as coisas aconteceram lá pelos lados de Moabe.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 29 de novembro.

 

UM REI TEMEROSO E ILUDIDO

 

Leitura Bíblica: Gn 48:21; Êxodo 15:1; Números 22:1 a 6; Dt 1:30; 20:4.

 

Balaque, rei de Moabe, soube de tudo o que Israel fizera a Seom, rei de Hesbom, e a Ogue, rei de Basã, e temeu por sua terra e seu domínio. Ele "teve grande medo desse povo, porque era muito..." (Nm 22:3). Balaque sabia que morava em seu território um "vidente" que adorava ao mesmo Deus adorado pelos israelitas. Então ele mandou mensageiros a este vidente, oferecendo-lhe ricos e belos presentes, caso o vidente aceitasse amaldiçoar o povo de Israel. Balaque, sendo agoureiro e adorador de ídolos, acreditava em magia, artes mágicas e feitiçaria. E ele não distinguia o que era um profeta de IAVÉ e o que era um feiticeiro e mago. Para ele, tudo era a mesma coisa. Balaão , o vidente que morava em Moabe, ficou impressionado com os presentes que lhe foram oferecidos. Cobiçou os presentes e desejou possuí-los. Viu naquela oportunidade uma chance de ganhar bens materiais e ficar rico e famoso. Aquilo poderia ser o início de uma longa aliança com o rei Balaque, e uma fonte de recursos para o vidente. O que Balaque queria que Balaão, o vidente, fizesse? Ele queria que Balaão amaldiçoasse o povo de Deus e sua jornada para Canaã. Na verdade, Balaque era um aliado de Satanás, o qual usou Balaque para bloquear o propósito de Deus e o avanço do povo de Deus para seu objetivo final, a conquista de Canaã. Se Balaão aceitasse o pedido de Balaque, estaria unindo-se a Satanás, o adversário, para causar transtornos ao povo de Deus. Balaão, impressionado com as dádivas que lhe foram oferecidas, foi consultar ao Senhor sobre o assunto, mesmo sabendo que Deus não aprovaria o pedido do rei Balaque. O que deveria Balaão ter feito imediatamente? Recusado a proposta. Cortaria pela raiz o mal. Mas Balaão, cobiçoso como muitos cristãos adventistas (e não adventistas), arriscou-se no campo do inimigo de Deus. Pensou que Deus ficaria impressionado com aquelas coisas oferecidas. Deus não estava de acordo que Balaão dialogasse com Balaque sobre o assunto em pauta. Deus estava à frente do Seu povo naquela caminhada, a qual já se fizera longa demais, e não permitiria mais recuos ou impedimentos.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 30 de novembro.

 

BALAÃO

 

Leitura Bíblica: Números 22:7 a 21.

 

Quem era Balaão? 

 

Ellen White escreveu em seu maravilhoso livro "Patriarcas e Profetas", pág. 439:  "Balaão já havia sido um bom homem e profeta de Deus; mas havia caído em apostasia e se entregara à cobiça; todavia professava ainda ser servo do Altíssimo. Não ignorava a obra de Deus em prol de Israel; e quando os enviados [de Balaque] comunicaram sua mensagem, bem sabia que era seu dever recusar as recompensas de Balaque e despedir seus embaixadores. Mas se arriscou a contemporizar com a tentação."

 

Balaão não era Israelita. Possivelmente tinha-se tornado adorador de IAVÉ pelo testemunho dado, no passado, pelos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, em suas peregrinações por Canaã, quatrocentos anos antes do Êxodo. Pode ser que a família, ou algum antepassado remoto de Balaão, tenha sido adorador de IAVÉ, e passou esse costume aos seus familiares. O certo é que pouca coisa é dita sobre Balaão, na Bíblia. E o que sabemos é que ele era "vidente", profeta, e adorava o Deus de Israel. Portanto, Balaão era um monoteísta, vivendo em uma região repleta de politeístas. Um caso raro, e que chamava bastante a atenção das demais pessoas, todas elas politeístas. Balaque, rei de Moabe, achou que Balaão era um profeta com maiores poderes para amaldiçoar Israel, do que os magos e feiticeiros moabitas. Talvez ele tenha feito tal pedido aos magos e feiticeiros de Moabe, e estes, com medo do Senhor, o Deus de Israel, tendo em vista o que o Senhor fizera ao Egito e a Faraó, a Seom, rei de Hesbom, e a Ogue, rei de Basã, tenham recusado a empreitada, achando-se aquém da tarefa pedida. O fato é que Balaque viu em Balaão a pessoa certa para a nefasta empreitada. Talvez já corresse em Moabe a fama de que Balaão era adepto da "Teologia da Prosperidade", e recebia dinheiro para fazer suas consultas de vidente e profeta. O certo é que o rei Balaque não chegou até Balaão por acaso. Alguma informação ele recebeu sobre o "vidente".

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 01 de dezembro.

 

CONFRONTO SOBRENATURAL

 

Leitura Bíblica: Números 22:22 a 34. Sofonias 1:17; Mateus 15:14. Apocalipse 3:17.

 

Mesmo Deus o aconselhando a não seguir com os mensageiros de Balaque, ainda assim Balaão insistiu em sua desobediência e foi. "Acendeu-se a ira de Deus, porque ele se foi; e o Anjo do Senhor pôs-se-lhe no caminho por adversário..." Nm 22:22. Preste atenção neste detalhe: Nunca chame Deus para brigar com você; chame Deus para brigar por você. Balaão, ao agir de forma contrária à vontade de Deus, estava comprando uma briga com o Deus de Israel. O "Anjo do Senhor" se pôs em frente à jumenta na qual Balaão estava montado, e esta se desviou do caminho, assustada. Balaão, que era vidente mas não conseguia ver naquele momento, pois estava em apostasia, ficou irado contra a jumenta e a surrou impiedosamente. Nessa luta de Balaão contra sua jumenta, ele não prestou atenção no fato de que a jumenta "falou" algo para ele. Disse a jumenta a Balaão: "Que te fiz eu, que me espancaste já três vezes?" (Nm 22:28). Sem pensar que estava falando com um animal, e não com uma pessoa, Balaão respondeu à jumenta: "Porque zombaste de mim; tivera eu uma espada na mão, e, agora, te mataria" (Nm 22:29). O fato sobrenatural era uma jumenta falar. Mas o fato inusitado foi Balaão ter respondido à jumenta, sem prestar atenção ao fato de que bichos não falam. Ali estava desenhado o Grande Conflito entre Deus e Satanás, entre o Bem e o Mal.

Muitas vezes o mesmo acontece conosco, adventistas do sétimo dia. Ficamos tão cegos em nosso procedimento, que não damos ouvidos às razões do Senhor, o qual, mediante o Espírito Santo, fala à nossa mente, nos indicando o caminho certo a seguir e a coisa certa a fazer. Mesmo conhecendo "a Lei e os Profetas"; mesmo sabendo a vontade de Deus, ainda assim agimos como que por instinto, sem fazer uso da razão, do entendimento iluminado, e pecamos contra Deus, contra o próximo e contra nós mesmos. Somos teimosos, irreverentes, apóstatas, e procedemos como se nada soubéssemos dos propósitos e vontade de Deus, expressos na Bíblia. Agimos como se fôssemos ignorantes, mas o fato é que sabemos o que é certo, mas peitamos a Deus, e fazemos a coisa errada, numa espécie de auto-afirmação diante de Deus. Queremos mostrar a Deus que não O tememos, nem pretendemos que Ele reine sobre nós (leia Romanos 1:18 a 32). Este é o pecado voluntário, pecado que escolhemos e decidimos pecar, desafiando a Lei e o Governo de IAVÉ. É o pecado mais perigoso, pois é pecado para a morte eterna. Quando você está tão determinado a pecar contra a vontade de Deus, você não dará ouvidos nem a um anjo do Céu, se o mesmo vier para convencer você a não pecar. É assombroso isto!

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 02 de dezembro.

 

"A MORTE DOS JUSTOS"

 

Leitura Bíblica: Números 23:5 a 10. Romanos 3:20 a 24. I Coríntios 15.

 

Balaão, em sua profecia sobre o futuro e sucesso de Israel, disse entre outras coisas: "Que eu morra a morte dos justos, e o meu fim seja como o dele [como o fim de Jacó/Israel]" Números 23:10. Mas não foi assim. Logo depois desse episódio, quando Deus transformou as maldições que Balaão proferiria contra Israel em bênção, Balaão aconselhou o rei Balaque a preparar uma festa ao deus (ídolo) Baal, e chamar homens e mulheres israelitas para participarem. Sob o conselho de Balaão, o festim (carnaval) foi preparado, tendo muita música, danças, bebidas alcoólicas, adoração a Baal, risos, pilhérias, palavrões, maldições contra Israel, louvor aos ídolos de Moabe, tudo visando atrair Israel para a apostasia, para a idolatria, para a bebedeira, para a promiscuidade sexual. E os israelitas se deixaram levar pela tentação, participando de coração e alma da festa moabita. Israel pecou contra Deus e Sua Lei Moral. Vamos estudar um pouco mais este assunto na lição da próxima semana. Estamos contando um pouco dos fatos aqui, pois Balaão, em sua profecia, expressou o desejo de morrer "a morte dos justos". Mas Balaão não era mais um "justo", mas um apóstata. Ele morreu a morte de um apóstata. Seu corpo foi encontrado entre os mortos na chacina que o Senhor realizou contra os rebeldes da festança em honra a Baal. Somente os "justificados pela fé no Senhor" é que morrem "a morte dos justos". Um apóstata, infiel e desobediente a Deus, não pode morrer "a morte dos justos", e ressuscitar na primeira ressurreição (Ap 20:6).

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 03 e 04 de dezembro.

 

ESTRELA E CETRO

 

Leitura Bíblica: Números 24.  Mateus 2:1 e 2.

 

"Vê-lo-ei [o Rei Messias-Cristo, nascido de Judá], mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto [Balaão não morreu a "morte dos justos" e, por isso, não verá o Rei Jesus, de perto, pois, possivelmente, não subirá em glória com Jesus, o Messias-Cristo, para a Casa do Pai, quando da "Parousia"]. Uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro..." (Nm 24:17, interpolações e comentários nossos).

 

Balaão estava profetizando várias coisas importantes, tanto em relação a si mesmo, como em relação à vinda do Rei Messias-Cristo, Jesus de Nazaré. Diz a Bíblia Sagrada (Mateus 2:1-2) que quando Jesus nasceu, uma estrela guiou os sábios do Oriente, em sua viagem até Belém, para verem o Rei recém-nascido. Em relação ao "cetro", Balaão estava profetizando que o Messias-Cristo, que nasceria em Belém de Judá, seria um Rei. Jeremias confirma isto (Jeremias 23:5-6). Isaías declarou que o Messias seria o "Príncipe da Paz" (Isaías 9:6). Miquéias escreveu profeticamente: "E tu, Belém Efrata, pequena de mais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." Miquéias 5:2. Quem reina é um rei. Pilatos, governador romano que interrogou Jesus de Nazaré, lhe perguntou: "És tu o rei dos judeus?" (João 18:33). Depois da resposta que Jesus lhe deu, Pilatos insistiu no assunto: "Logo, tu és rei?" (João 18:37). A resposta enfática de Jesus de Nazaré foi: "Eu para isto nasci, e para isto vim ao mundo..." (18:37). Balaão estava profetizando, mais de 1.400 anos antes que o fato ocorresse, que o Rei Messias-Cristo, o Ungido de Deus, viria para Israel, e nasceria na tribo de Judá, na família de Davi, na cidade de Belém Efrata. Balaão também profetizou: "Vê-lo-ei, mas não agora...", indicando que ele, Balaão, veria o Messias, mas O veria muitos anos depois, em sua ressurreição dos mortos. Disse ainda: "Contemplá-lo-ei, mas não de perto...", profetizando que ele, Balaão veria o Messias, mas não O veria "de perto", assim como os "justos pela fé" verão Jesus no dia da Parousia, isto é, quando Jesus vier em glória e majestade, na companhia de todos os Seus anjos (leia Mateus 16:27 e 25:31). Balaão não morreu a "morte dos justos", como ele desejava, mas morreu a morte de um homem em apostasia. E estes não verão Jesus "de perto", quando Ele vier em toda a Sua glória, como "Rei dos reis e Senhor dos senhores" (Ap 19:16).

 

Daí surge uma pergunta para você, meu irmão adventista de hoje: "Como você verá o Rei Jesus, no dia da Sua vinda?  Vê-lo-á de perto, e O seguirá rumo à Casa do Pai? Ou vê-lo-á "mas não de perto", pois não irá com Jesus para o Céu, a Casa do Pai, pois se desviou da fé e seguiu caminhos de apostasia? Como você verá o Rei Jesus nesse Dia da Parousia?  Pense bem nisto, e prepare-se como é preciso para subir junto com Jesus para a Casa do Pai (I Tessalonicenses 4:16-17).

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho



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