domingo, 30 de outubro de 2011

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 6


 

LIÇÃO  6

 

A SUPERIORIDADE DA PROMESSA

 

Verso para memorizar: "Porque, se a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão."  Gálatas 3:18.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Gálatas 3:15 a 29; Romanos 3:19 e 20; Rm 4; 7:12 e 14; 8:3; Gênesis 9:11 a 17; 12; Mateus 5:17 a 20; Êxodo 16:22 a 26; 20:3 a 17.

 

INTRODUÇÃO

 

A lição desta semana continua o arrazoado da Lição 5, focalizando a pessoa de Abraão em seu relacionamento de fé com o Deus Eterno. O texto de Gálatas 3 deve sempre ser lido junto com Romanos 4, pois ambos se intercompletam e se explicam. Romanos 4 é ainda mais compreensível em sua abordagem sobre como Abraão chegou a ser JUSTIFICADO diante de Deus. Leia Gálatas 3 e Romanos 4 com uma caneta na mão, para fazer suas marcações e anotações.

 

A promessa divina que gerou todas as demais promessas está registrada em Gênesis 3:15. Esta é a PROMESSA geradora de fé e esperança naqueles que, na Terra,  decidiram ficar do lado de IAVÉ, no grande conflito entre o Bem e o Mal, entre a SERPENTE (Satanás) e o DESCENDENTE DA MULHER (Jesus, o Messias-Cristo). Todos os Concertos e Alianças feitas entre Deus e Seu povo, em cada geração posterior àquela primeira Promessa somente se tornou possível devido àquela primeira promessa. ELA ANTECEDE ATÉ À FÉ NO DEUS QUE FEZ A PROMESSA, pois a FÉ é uma resposta do homem à promessa de Deus: "Pela fé, Abel..."; "pela fé, Noé..."; "pela fé..."; "pela fé..."; sim, somente pela FÉ NO DEUS QUE FEZ AQUELA PRIMEIRA PROMESSA HÁ ESPERANÇA DE SALVAÇÃO.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 30 de outubro.

 

LEI E FÉ  (Ou:  FÉ E LEI?)

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 3:15 a 18

 

Por que colocar LEI e FÉ; ou: FÉ e LEI como se ambas estivessem em confronto? Nunca foi este o pensamento de Deus, quando Ele deu a Lei a Seu povo, quer seja no Éden (Gênesis 2:16 e 17), quer seja no Sinai (Êxodo 20:3 a 17). Em ambos os casos, a Lei não foi dada para servir de confronto, pois a Lei não foi dada para substituir a Fé, nem a Fé foi permitida por Deus ao homem para substituir a Lei. A FÉ é um processo permitido e aceito por Deus, para que, por meio dela, o homem pecador entre na posse do DOM GRACIOSO DA JUSTIFICAÇÃO E DA SALVAÇÃO que Deus oferece aos pecadores. A Lei foi dada para ser uma PEDAGOGIA divina, a fim de ajudar ao homem a permanecer firme na Fé, por isso, a Lei vem depois da PROMESSA e depois da FÉ NA PROMESSA. Ambas, Fé e Lei (ponha sempre a Fé antes da Lei, em termos de justificação e salvação), são atos da Graça divina para iniciar, conservar e consumar a justificação e salvação dos pecadores. Devemos nós, os adventistas do sétimo dia, entender a coisa em sua dimensão correta, e nunca colocar Lei e Fé, ou Lei e Graça, como sendo elementos em confronto, pois Deus, que no-las concedeu gratuitamente, não está em confronto Consigo mesmo. O confronto entre ambas nasce na mente de pessoas que não entendem os diversos elementos presentes na Teologia da Salvação.

 

NADA NEM NINGUÉM PODE INVALIDAR A PROMESSA DIVINA!

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 31 de outubro.

 

FÉ E LEI

 

Leitura bíblica do dia: Romanos 3:21 a 31; Gálatas 3:15 a 18. Romanos 7:7, 12 e 14. Romanos 8:3-4; Mateus 5:17 a 20.

 

Antes de ler Romanos 3:31, leia tudo o que vem antes: 3:21 a 30. Devemos, como crentes em Jesus, conhecer o texto completo, para que nossa compreensão da Teologia da Salvação não fique restrita à questão da vigência da Lei Moral. Também evite o erro, cometido há muito pela nossa Igreja (IASD), de confundir FÉ EM JESUS com FIDELIDADE A JESUS. Fé em Jesus é a resposta individual de cada pessoa que aceita a Jesus como Salvador pessoal. FIDELIDADE A JESUS é o resultado posterior à fé em Jesus. Também não cometamos o erro, que foi durante muito tempo cometido por nossa igreja, de colocar em realce o JESUS NOSSO MODELO, deixando em segundo plano o JESUS NOSSO SUBSTITUTO. Cada pessoa precisa, para ser justificado e salvo, em PRIMEIRO LUGAR, aceitar a JESUS, o Cristo, como NOSSO SUBSTITUTO, pela fé somente. Em seqüência a isto, já como crentes em Jesus, salvos pela graça de Deus, tomemos a JESUS como NOSSO MODELO a ser imitado e copiado. O pentecostalismo comete o erro de enfatizar a JESUS COMO MODELO a ser alcançado pela obra do Espírito em nós, e em relegar a um plano secundário o JESUS NOSSO SUBSTITUTO. Põe maior ênfase na OBRA DO ESPÍRITO EM NÓS, do que na OBRA DE JESUS POR NÓS. Põem SANTIFICAÇÃO como sendo de maior realce que JUSTIFICAÇÃO. Ao fazerem assim, ignoram que a SANTIFICAÇÃO é impossível a uma pessoa que não aceita, pela fé, a JESUS COMO SUBSTITUTO. Muitos adventistas também cometem esse erro crasso, ao colocarem maior ênfase na OBEDIÊNCIA À LEI MORAL do que na JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ EM JESUS. Cada uma delas tem seu lugar próprio no Plano da Redenção, mas uma não deve substituir a outra. Primeiro, aceita-se a JESUS COMO SUBSTITUTO, pela fé, sendo JUSTIFICADO; em seqüência imediata, aceita-se JESUS COMO MODELO, o que produzirá santificação como obra do Espírito em nós.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 01 de novembro.

 

O PROPÓSITO DA LEI

 

Leitura bíblica do dia: Gálatas 3:19 a 29. Romanos 3:19 e 20. 5:13 e 20.

 

Duas declarações feitas por Paulo definem com muita propriedade e clareza qual seria e é o papel da Lei no Plano da Redenção:

 

"Ora, sabemos que tudo o que a Lei diz, aos que vivem na Lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus. Visto que NINGUÉM SERÁ JUSTIFICADO DIANTE DE DEUS POR OBRAS DA LEI, em razão de que, pela Lei, VEM O CONHECIMENTO DO PECADO." Romanos 3:19 e 20, grifos nossos.

 

"De maneira que A LEI NOS SERVIU DE AIO PARA NOS CONDUZIR A CRISTO, a fim de que FÔSSEMOS JUSTIFICADOS POR FÉ"  Gálatas 3:24, grifos nossos.

 

Que excelente e nobre papel teve e tem a Lei no Plano da Redenção! Deus a deu ao homem para que cumprisse missão específica. (1) A Lei revela o pecado, mesmo o pecado ainda em estado embrionário, em gestação na mente humana; (2) a Lei condena o pecado (leia Romanos 2:12); (3) a Lei serve de PEDAGOGO, ou de pedagogia, para "o ensino, para a repreensão, para a correção e para a educação na justiça" [ou em relação à Justiça de Deus, Jesus Cristo], II Timóteo 3:16 e 17, interpolações, grifo e comentários nossos.

 

"A Lei do Senhor é perfeita" Salmos 19:7.

"...a Lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom" Rm 7:12.

"...a Lei é espiritual..." Rm 7:14.

"...a Tua Lei é a própria verdade" Salmos 119:142.

 

O que deu errado, se a Lei de Deus é tudo isto?

 

"Eu...sou carnal, vendido à escravidão do pecado" Rm 7:14.

 

"Portanto, o que FORA IMPOSSÍVEL À LEI [justificar e salvar pessoas que não são perfeitas, nem santas, nem justas, nem boas, nem espirituais, e que não seguem a "verdade"], no que estava enferma [por estar debilitada, fragilizada] pela carne [por causa do pecado que há em mim, de minha natureza pecaminosa que ama o pecado, o encontro da Lei com minha vida de pecado, em vez de me justificar, me condena], isso  fez Deus [o ato de justificar e salvar o pecador é sempre obra de Deus], enviando o Seu próprio Filho [Jesus, o Cristo], em semelhança de carne pecaminosa [em semelhança de, mas não em carne pecaminosa real], e no tocante ao pecado [em relação ao pecado]; e com efeito condenou Deus, na carne [na carne, ou seja, no corpo de Jesus, corpo este que recebeu, na Cruz, a punição e condenação que o pecado humano merecia], o pecado." Romanos 8:3, com interpolações e comentários nossos.

 

O Pecado, presente na vida humana, tornou frágil no homem a ação primeira da Lei, que é trazer justiça, ou fazer justiça, ou, ainda, estabelecer a justiça do governo de Deus. O encontro do homem com a Lei de Deus, que deveria ser um casamento perfeito, mudou-se em conflito, em confronto. A Lei de Deus é "perfeita", "santa", "justa", "boa", "espiritual", expressão plena da "verdade". Quando ela se encontra com o pecador, que não é perfeito, não é santo, não é justo, não é bom, não é espiritual, nem é verdadeiro, em vez de perpetuar a Vida, provoca condenação e morte, porque encontra o homem sendo tudo o que a Lei rejeita e condena, um homem "vendido ao pecado".

 

Se a GRAÇA de Deus não viesse ao encontro da necessidade humana (Romanos 3:21 a 31), por amor, ninguém ficaria vivo para contar a história da raça humana na Terra.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 2 de novembro.

 

A DURAÇÃO DA LEI DE DEUS

 

Leitura bíblica do dia: Gênesis 9:5 e 6; 18:19; 26:5; 39:7 a 10; Êxodo 16:22 a 26. Gálatas 3:16 a 19.

 

Como intenção e propósito divino, a LEI DE DEUS é tão eterna quanto o é o próprio Deus, pois ela nasce no coração e na mente de Deus. Mas Deus não pode julgar outro ser, quer seja anjo, quer seja homem, sem que revele para anjos e homens o conteúdo dessa lei de forma tangível, clara, e concreta. Os seres a quem Deus quer que a Lei se dirija precisam entrar na posse do conhecimento dessa Lei que se encontra na mente de Deus. É preciso que Deus exteriorize e torne públicas Sua ideias e propósitos. E Deus fez isso no Éden, ao externar para Adão e Eva, de forma clara, em na forma de um único artigo, quais seriam, ali, seus limites éticos e morais (leia Gênesis 2:16 e 17). O ato posterior de Adão e Eva, comendo do fruto que lhe fora proibido, passa a ser uma TRANSGRESSÃO a uma norma legal conhecida. E a Bíblia chama isto de PECADO: "Pecado é a transgressão da Lei" I João 3:4. Somente Adão e Eva, entre os humanos, cometeram aquela transgressão, ninguém mais, pois toda a geração de homens e mulheres que nasceram de Adão e Eva nasceram fora do Éden. De Adão até Moisés, Deus não anunciou publicamente uma outra Lei, ou código legal, para os humanos. Cada um seguia sua consciência, acusando-se ou defendendo-se (leia Romanos 2:11 a 16; 5:12 a 14). De Adão até Moisés a INIQUIDADE, o MAL, expresso em muitos atos perversos e contra os propósitos de Deus, esteve presente na raça humana. Mas esses atos exteriores que expressavam a presença do MAL e da INJUSTIÇA nos homens ainda não eram classificados como TRANSGRESSÃO DA LEI, pois a Lei, como código moral escrito e revelado por Deus não existia. No tempo de Moisés (Êxodo 19 e 20), Deus tornou pública a LEI dos DEZ MANDAMENTOS, de caráter ético e moral. Agora fora revelado aos humanos pecadores, pelo Deus de todo o Cosmo, um CÓDIGO LEGAL, um conjunto de normas e regras morais que iriam disciplinar (1) as relações verticais,  do homem com Deus; e (2) as relações horizontais, do homem com seus semelhantes. O PECADO, agora, seria definido como "TRANSGRESSÃO DA LEI", por que agora existia uma Lei publicada, pela única autoridade moral que tinha condição de fazer isto, o próprio Deus, criador do Cosmo, da Terra, dos humanos.

 

Concluindo, a Lei de Deus é eterna, como propósito e ideia presente na mente e no coração de Deus. A Lei de Deus é temporal, no que tange à revelação pública dessa Lei, primeiro no Éden, na forma de um só mandamento; e depois no Sinai, na forma de Dez Mandamentos.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 03 e 04 de novembro.

 

A SUPERIORIDADE DA PROMESSA

 

Leitura bíblica do dia: Atos 7:38; Gênesis 15:1 a 6; 18:1 a 33; 22:1 a 18.

 

De que promessa Paulo está falando em Gálatas 3?  Da promessa feita a Adão e Eva no Éden? Ou da promessa feita a Abraão, em Gênesis 12, 15 e 17-18?

 

Quando Deus faz uma promessa, quaisquer que sejam essas promessas, ninguém a/as revoga. Nem o próprio Deus a revoga. Tudo o que Deus dá depois da promessa, irá colaborar para a confirmação e cumprimento da promessa, e não para substituí-la, revogá-la ou anulá-la.

 

Como Abraão recebeu a promessa de Deus, e dela tomou posse? Está escrito sobre isto: "ABRAÃO CREU EM DEUS, E ISTO LHE FOI IMPUTADO [creditado, depositado em sua conta, na contabilidade do Céu] COMO JUSTIÇA"  Gênesis 15:6, interpolação, grifos e comentários nossos. FÉ É A RESPOSTA!  Quando Deus nos fala, e nós queremos receber e tomar posse da fala de Deus, a única maneira de o fazer é CRENDO NO SENHOR. Isto equivale, ou significa, SALVAÇÃO (leia Atos 16:31). Depois da promessa que Deus fez a Abraão, e que ele a aceitou pela fé, Deus lhe falou muitas outras coisas. Porém, nada do que Deus lhe falou depois da promessa veio substituir, anular ou revogar a própria promessa. A PROMESSA DE DEUS É IRREVOGÁVEL E INSUBSTITUÍVEL!

 

Lei, Circuncisão, Templo, Batismo, Sacrifícios de animais ou pessoais, exercícios religiosos múltiplos, Santa Ceia, Vegetarianismo, ou coisas semelhantes a estas, nada substitui, revoga ou anula a PROMESSA DE DEUS AO HOMEM.  Vale o prometido por Deus. Creia nisto e seja salvo por Deus, mediante Jesus Cristo. Amém.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 
 

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