CURSO DE ORATÓRIA SACRA E HOMILÉTICA BÍBLICA
Local: Salvador (BA). IASD do Largo dos Paranhos. Matatu de Brotas.
Dia: Domingo, dia 9 de dezembro. Das 8:30 às 15:30.
Quem pode fazer o curso? Qualquer pessoa acima dos 15 anos de idade.
Professor: Otoniel de Carvalho
Informações: Fone (71) 3321-2820. E-mail: otoniel.carvalho@hotmail.com
Custo do Material Didático: Somente R$ 30,00
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LIÇÃO 10
A LEI E O EVANGELHO
Verso para memorizar: "Ora, sabemos que O temos conhecido por isto: se guardamos os Seus mandamentos. Aquele que diz: Eu O conheço, mas não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade" I João 2:3 e 4.
Leitura Bíblica da Semana: Salmos 19:7 e 8; Êxodo 23:1 a 9; I João 2:4 a 6; 5:3; Romanos 3:19 e 20; Êxodo 20:3 a 17; Deuteronômio 5:15.
INTRODUÇÃO
O grande erro de muitos teólogos e estudiosos da Bíblia, ao longos dos anos, tem sido colocar LEI e EVANGELHO numa relação de confronto. Quem nos deu a Lei? Resposta: DEUS. Quem nos deu o EVANGELHO? Resposta: DEUS. Pergunta: Se Lei e Evangelho estão em confrontos, não seria isto um confronto de Deus Consigo mesmo? Pelo menos três erros básicos têm sido cometidos pelos teólogos e religiosos:
· Apresentar o EVANGELHO sem a Lei, que torna o Evangelho algo permissivo, excessivamente liberal, uma porta aberta para o pecado sem culpa. Seria a chamada "Graça barata".
· Apresentar a Lei à parte do Evangelho, torna a justificação e a salvação em obras humanas, conquistas do esforço humano; nesse caso, a Lei se torna um fim em si mesma, e não um MEIO DE GRAÇA para se chegar a um fim. Isto é aberto legalismo, que a ninguém salva.
· Apresentar Lei e Evangelho como sendo DUAS BASES (Fé + Obras = justificação e salvação), dois fundamentos, para a justificação e salvação dos homens, como se estes fossem justificados e salvos pela Lei e pela Fé, simultaneamente. Esta é uma espécie de consubstanciação entre Lei e Evangelho.
Vamos estudar a Lição desta semana de olhos abertos para esses erros teológicos, buscando encontrar o caminho certo: Jesus Cristo.
LIÇÃO DE DOMINGO, dia 02 de dezembro.
LEIS E NORMAS DIVINAS
Leitura bíblica do dia: Êxodo 20:3 a 17; Salmos 19:7 e 8; Romanos 7:12; Salmos 119:151-152 e 172.
Desde que o homem e a mulher foram criados, e postos para morar no Jardim do Éden, e ainda quando nem haviam pecado, o Senhor Deus, o Criador, lhes deu normas a serem seguidas. Pelo menos duas normas deveriam ser obedecidas por Adão e Eva no Éden, antes do Pecado: (1) O repouso e a santificação do "dia sétimo" (Gênesis 2:2-3); (2) Não comer "da árvore do conhecimento do Bem e do Mal" (Gn 2:16 e 17).
Todos os elementos criados são sujeitos a leis determinadas pelo Criador. Desde os astros no cosmo até aos humanos na Terra, tudo está submetido a leis que regem sua existência. Nada fica solto, à deriva, sem uma norma de procedimento, no Universo criado por Deus.
Quando IAVÉ tirou o povo de Israel do Egito, por volta do ano 1445 antes de Cristo, cerca dois milhões de pessoas, deu-lhes leis sábias, inteligentes, apropriadas, as melhores leis e normas que a humanidade já teve. Nenhuma outra nação do mundo teve leis de tão elevado nível ético, moral e espiritual, como foram as leis dadas por IAVÉ ao povo de Israel. Leia os livros de Moisés: Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio e comprove esta verdade.
Moisés lembrou aos israelitas: "Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si, como o Senhor, nosso Deus, todas as vezes que O invocamos? E que grande nação há que tenha ESTATUTOS E JUÍZOS TÃO JUSTOS COMO ESTA LEI QUE EU HOJE VOS PROPONHO?" Deuteronômio 4:7 e 8, grifos nossos. Não, nenhuma nação da Terra tinha algo semelhante, no mesmo nível da Lei (Torá) que o Senhor dera a Israel.
LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 03 de dezembro.
A LEI MORAL HOJE
Leitura Bíblica do dia: Gênesis 2:2-3; Gn 4:8 a 11; 35:1 a 4; Êxodo 20:3 a 17. Tiago 2:11. I João 2:4 a 6.
Chama-se de LEI MORAL à Lei dos DEZ MANDAMENTOS (leia com toda atenção Êxodo 20:3 a 17), pois elas definem normas a serem seguidas nas relações verticais – relações entre o homem e a Divindade – e nas relações horizontais – relações entre o homem e seu semelhante. O termo "MORAL" vem do latim "mor, moris", que significa "costumes", "práticas", "usos". Cada mandamento da Lei Moral de Deus define legal e juridicamente, perante a Justiça e o Governo de Deus, o que é CERTO e o que é ERRADO ao homem fazer. Os primeiros quatro mandamentos normatizam sobre as relações entre os humanos e a Divindade Celeste, doadora da Lei. Os seis últimos mandamentos normatizam as múltiplas relações humanas, interpessoais, entre humanos e humanos. O quarto mandamento faz um duplo papel, pois em sua primeira parte normatiza sobre as relações do homem com Deus; e em sua segunda parte normatiza as relações entre humanos e humanos.
Paulo afirmou: "Por conseguinte, a LEI É SANTA; e o MANDAMENTO[É], SANTO, JUSTO E BOM" Romanos 7:12, grifos nossos. Nisso, a Lei de Deus expressa e revela elementos positivos e destacados do caráter de Deus: santidade, justiça e bondade (amor, misericórdia, compaixão). O salmista afirma: "A LEI DO SENHOR é PERFEITA" Salmos 19:7. A perfeição da Lei revela a perfeição de Deus, o Doador da Lei. Assim é a Lei de Deus, especialmente como revelado nos DEZ MANDAMENTOS.
LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 04 de dezembro.
A LEI E O EVANGELHO
Leitura bíblica do dia: Romanos 3:19 e 20. Efésios 2:8 e 9. Gálatas 2:16 a 20.
O que veio primeiro ao homem: a Lei ou o Evangelho? A leitura de Gênesis 1 a 3 nos mostra que a Lei veio em primeiro lugar: leia Gênesis 2:2 e 3; e 2:16 e 17. A primeira menção divina ao Evangelho está em Gênesis 3:15, quando Deus promete salvar os pecadores através do "Descendente" de mulher, uma referência ao Messias-Cristo que Deus providenciaria mais tarde, para libertar e salvar o homem do domínio de Satanás.
Como afirmamos antes, na Introdução a este comentário, a Lei e o Evangelho jamais foram postos em confrontos. Juntos, Lei e Evangelho são dádivas da Graça de Deus, visando a Redenção e Restauração do homem, conforme o Plano da Redenção que fora por Deus elaborado no Céu, "antes da fundação do mundo", conforme I Pedro 1:18 a 20. Cada um dos elementos, Lei e Evangelho, tem seu papel definido a cumprir, sempre dentro do espectro do Plano da Redenção.
Paulo declara, em Romanos 3:19 e 20, que "pela Lei vem o pleno conhecimento do pecado" (ou do que seja pecado). A expressão "pleno conhecimento" significa plena conscientização. A Lei tem esse papel principal de definir perante a consciência humana o que seja PECADO. Esta é a função da Lei. Ela não foi dada como elemento salvador do homem. A Lei, em si mesma, não salva pessoa alguma. A Lei assemelha-se a um espelho. O espelho mostra a sujeira mas não tira a sujeira. A Lei de Deus mostra-nos o pecado que há em nós, mas não soluciona para nós o problema do pecado. Somente Deus, através de Jesus Cristo, soluciona o nosso problema com o Pecado. Em Gálatas 3:24, Paulo afirma que "a Lei nos serviu de AIO para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé". O "aio" era um servo que pegava o filho do seu senhor em casa e o levava para a academia. E enquanto o servo e o filho do seu senhor caminhavam para a academia, o servo ia ensinando a lição para a criança. E quando esta chegava à academia, e era levada à presença do mestre, ela estava sabendo sua lição. Nesse caso, o "aio" era um professor, um pedagogo, que preparava a criança para comparecer diante do mestre. Ele não era o pai da criança, nem o mestre da criança. Seu trabalho era de preparação antecipada. Paulo afirma que a Lei fez e faz um papel de "aio", de pedagogo, preparando os pecadores para comparecerem à presença de Cristo. A Lei é uma Pedagogia divina (leia meu livro: "OS DEZ MANDAMENTOS –Pedagogia Divina para a Felicidade Humana". Peça-o pela Internet, mandando um e-mail para otoniel.carvalho@hotmail.com ).
LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 5 de dezembro.
O SÁBADO E A LEI
Leitura bíblica do dia: Gênesis 2:2-3; Êxodo 20:8 a 11; Isaías 56:1 a 8; 58:13 e 14; 66:23; Jeremias 17; Ezequiel 20:12 e 20; Marcos 2:27-28; Lucas 23:54 a 56.
A santificação do SÁBADO, o sétimo dia, foi incluído por Deus na forma de MANDAMENTO. A santificação do Sábado do sétimo dia antecede em milhares de anos a doação da Lei Moral dos Dez Mandamentos. O repouso no sétimo dia, o SÁBADO, é uma graça divina que favorece e abençoa os humanos. Um dia que Deus "abençoou" e "santificou", porque o Senhor Deus queria dar ao dia de Sábado um caráter diferenciado dos demais dias. Assim como é "pecado" (transgressão da Lei, conforme I João 3:4) blasfemar de Deus, adorar ídolos, tomar o nome de Deus em vão, desobedecer a pai e mãe, matar, roubar, adulterar, mentir e cobiçar, também é pecado, no mesmo nível de gravidade, qualquer ser humano transgredir o repouso e a santificação do sétimo dia, o Sábado. Foi Deus, antes da existência das muitas denominações religiosas, que definiu que as coisas fossem assim definidas. Sendo Deus o Autor da Lei e do Sábado, somente nos cabe obedecer e respeitar, sem ficar brigando com Deus. Não deve nenhuma religião, católica ou protestante, mudar o que Deus estabeleceu. Deus não pediu que fizéssemos isto. Ele nos mandou obedecer, e obedecer como prova de amor: "Se Me amais, guardareis os meus mandamentos" João 14:15. E isto vale para todos os mandamentos de Deus.
LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 6 e 7 de dezembro.
O SÁBADO E O EVANGELHO
Leitura bíblica do dia: Colossenses Ezequiel 20:12 e 20; Colossenses 1:14 a 16; Lucas 23:54 a 56; João 1:1 a 14.
A santificação do SÁBADO, o sétimo dia, não contraria o EVANGELHO. A salvação pela fé em Jesus (Evangelho) não anula nossa obrigação de santificar o Sábado do sétimo dia. Paulo escreveu: "Anulamos, pois, a Lei pela fé? Não, de maneira nenhuma; antes, confirmamos a Lei" Romanos 3:31.
Guardar o Sábado como dia santo de repouso é parte do Plano Divino para a raça humana. É tanto que Deus deu o Sábado do sétimo dia para Adão e Eva –ambos ali no Éden representando toda a raça humana –num tempo quando eles eram perfeitos e o Pecado ainda não fazia parte da vida deles. Mais tarde, Deus incorpora a guarda e santificação do Sábado do sétimo dia à Lei dos Dez Mandamentos, e explica que faz isto como um memorial e uma lembrança do dia em que Ele, Deus, criou a Terra e o homem, e, no sétimo dia, descansou, abençoando e santificando este dia sétimo. Note que Deus chama nossa atenção, no quarto mandamento, para Ele mesmo. E justifica perante os humanos a guarda e santificação do sábado do sétimo dia com base em uma ação deliberada Sua, na Semana da Criação. Ora, se você me pergunta: "Por que eu devo guardar e santificar o Sábado do sétimo dia?" A minha resposta imediata será: Porque Deus assim o fez e assim o manda. Diz um ditado: "Manda quem pode e obedece quem tem juízo". Se Deus manda fazer assim – santificar o sétimo dia como Sábado – é porque Ele pode. E se formos inteligentes e tivermos juízo, iremos obedecer a Deus, pois daí virão bênçãos sobre nós.
A FONTE da minha salvação é sempre Deus, através do Filho, Jesus Cristo. Nada nem ninguém muda isto. A santificação do Sábado faz parte de minha relação de fé e compromisso com o Deus que me salva.
Pastor Otoniel Tavares de Carvalho
Diretor do site missionário: www.averdaderevelada.com.br
E-mail para contatos: otoniel.carvalho@hotmail.com
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