domingo, 26 de fevereiro de 2012

COMENTÁRIO TEOLÓGICO

LIÇÃO  9

 

A BÍBLIA E A HISTÓRIA

 

Verso para memorizar: "Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, Aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso." Apocalipse 1:8.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Salmo 104:1 a 9; II Pedro 1:21; Daniel 2; Apocalipse 11:3; q2:7 a 17; Romanos 16:20; II Coríntios 5:17 a 19.

 

INTRODUÇÃO

 

Lembro de um professor com quem estudei no Curso de Teologia, o pastor José Monteiro, o qual costumava dizer aos alunos, ao falar da filosofia da História: "Por trás de cada história existe uma outra história: a história de Deus."

 

E a escritora Ellen White escreveu sobre o mesmo assunto: "Nos anais da história humana, o desenvolvimento das nações, o nascimento e queda dos impérios, aparecem como que dependendo da vontade e proeza do homem; a configuração dos acontecimentos parecem determinados em grande medida pelo seu poder, ambição ou capricho. Mas na Palavra de Deus a cortina é afastada e podemos ver acima, para trás e pelos lados as partidas e contrapartidas do interesse, do poder e das paixões humanas – as instrumentalidades do Todo-misericordioso – executando paciente e silenciosamente os conselhos de Sua própria vontade." Ellen G. White, Profetas e Reis, páginas 499 e 500.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 26 de fevereiro.

 

O PASSADO E O FUTURO

 

Leitura bíblica do dia: Gênesis 1:1; Jó 38:1 a 7; Salmos 104:1 a 9; II Pedro 1:21; Apocalipse 1:1 a 3 e 19;  21:1 a 6.

 

"No princípio, criou Deus os céus e a terra." Gn 1:1.

 

Deus criou "os céus e a terra". Esta declaração é, ao mesmo tempo, geral e específica, indicando que DEUS é o Criador do Cosmo, em geral, e da Terra, em particular. A expressão "no princípio", em Gn 1:1, não define um tempo exato sobre quando foi essa criação realizada, mas define um COMEÇO para "céus e terra", indicando que os tais não são eternos, como Eterno é o Deus Criador, pois "céus e terra" tiveram um começo, um início, em um tempo proto-histórico chamado de "no princípio". No contexto geral e total da Bíblia Sagrada, existe uma clara revelação sobre a filosofia da História, da Terra, do homem e dos animais e coisas que foram criadas sobre a Terra. E essa filosofia bíblica revela que a história da existência humana na Terra não se desenvolve em ciclos, ou círculos, formando unidades e sistemas sem fim, como o quer explicar a filosofia evolucionista da História, mas se desenvolve de forma linear, pois todas as coisas sobre a Terra tiveram um começo e se dirigem para um fim, dentro de um propósito inteligente definido por Deus. Por isso, as pessoas que adoram IAVÉ vivem em esperança, pela fé nEle, pois sabem que toda a atual tragédia humana, por causa do Pecado iniciado no Éden (leia Gn 3:1 a 6), chegará a seu final, quando Deus destruir para sempre, pela ação do fogo misturado com enxofre, Satanás, o mentalizador e motivador do Pecado (tanto no Céu, Ap 12:7 a 9; como na Terra, Gn 3:1 a 6), será queimado e destruído para sempre, e, com ele, os seus anjos, conforme Apocalipse 20, depois do período escatológico dos "mil anos".

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 27 de fevereiro.

 

PROFETAS COMO HISTORIADORES

 

Leitura bíblica do dia: Jeremias 1:14 a 19; Isaías 14:24 a 27; Amós 3:7; Naum 1:5 a 10; II Hebreus 1:1 e 2; Pedro 1:21.

 

"Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma sem primeiro revelar o seu segredo [ou mistério] aos Seus servos, os profetas." Amós 3:7, interpolação nossa.

 

"Porque nunca jamais qualquer profecia [bíblica] foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos [inspirados] pelo Espírito Santo." II Pedro 1:21, interpolações nossas.

 

"Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes e de muitas maneiras aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo." Hebreus 1:1 e 2.

 

As anotações que Moisés e os profetas hebreus fizeram resultou no conjunto de textos escritos, por quase 1.500 anos, formando o cânon do Antigo Testamento, mais conhecido como A LEI E OS PROFETAS (Mateus 5:17; Romanos 3:21). Se alguém quiser conhecer a história da nação chamada Israel, precisa estudar os textos sagrados (39 livros) do Antigo Testamento. Nesses textos também recebemos informações sobre povos históricos que existiam no passado, contemporâneos de Moisés e dos profetas hebreus, tais como os cananeus, filisteus, fereseus, assírios, sírios, babilônios, gregos, egípcios, moabitas, amonitas, edomitas, hititas, amalequitas. Ficamos sabendo de cidades como Nínive, Sodoma, Gomorra, Jericó, Samaria, Jerusalém, Berseba, Belém, Gaza, Escalom, Gate, e nações e reinos como Egito, Israel, Síria, Assíria, Babilônia, Média, Pérsia, Grécia, etc. Esses nomes de pessoas, cidades, reinos e nações, além de muitos acidentes geográficos citados pelos profetas hebreus, contidos no texto sagrado do Antigo Testamento, formam no seu todo um amplo espectro de elementos históricos conhecidos das pessoas que estudam o assunto. Embora os profetas bíblicos não fossem historiadores por formação acadêmica, as mensagens que Deus lhes deu em forma de oráculos e revelações proféticas continham esses nomes, e se dirigiam a pessoas que habitavam ou dirigiam esses fatos históricos do passado antigo. Isto quer dizer que os profetas hebreus não escreveram dentro de um vácuo histórico, mas foram eles testemunhas oculares de muitos desses fatos históricos que mencionaram.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 28 de fevereiro.

 

DANIEL 2 E A PROVIDÊNCIA DE DEUS NA HISTÓRIA

 

Leitura bíblica do dia: Daniel 2.

 

O profeta Daniel, por exemplo, chegou a Babilônia em 605AC, depois que Jerusalém foi invadida pela primeira vez por Nabucodonosor, rei da Babilônia (Daniel 1). Ele viveu em Babilônia até a chegada do domínio medo-persa, quando Ciro, o persa, invadiu Babilônia em 539AC, e começou a reinar ali (Daniel 1:21). O texto de Daniel 2 narra um sonho que Nabucodonosor, rei de Babilônia teve. Daniel revelou e interpretou o sonho do rei, e foi elevado a um posto de destaque no reinado de Nabucodonosor (Daniel 2). Neste sonho, Deus abre para Nabucodonosor Sua agenda histórica para o planeta Terra, e revela a sucessão e queda de reinos universais, sucessão esta que se inicia com o próprio Nabucodonosor, em 605AC, passa pelos reinos universais da Media/Pérsia (539 a 331AC); Grécia (331 a 168AC); Império Romano (168AC até 476DC); Sacro Império Romano, dominado pela Igreja Católica Romana Medieval (538 a 1798); Os Dez Reinos que formaram inicialmente a EUROPA (476 em diante, até os nossos dias); e se estende até à Segunda Vinda de Jesus, para estabelecer na Terra o Reino de Deus, no fim do Tempo da Graça (leia com atenção Daniel 2), exemplificado no sonho pela PEDRA que desce do Céu e se lança sobre a Terra, levando a seu fim todos os domínios humanos, e estabelecendo na Terra uma NOVA ORDEM  MUNDIAL, que é o Reino Eterno de Deus, chefiado por Jesus Cristo.

 

Todo esse desenrolar da história de povos, reinos e nações da Terra foi revelado por Deus aos profetas hebreus (israelitas) e, em especial, ao profeta Daniel. Isto mostra uma coisa muito importante: DEUS ESTÁ NO CONTROLE DA HISTÓRIA, como afirma Ellen White:  "Nos anais da história humana, o desenvolvimento das nações, o nascimento e queda dos impérios, aparecem como que dependendo da vontade e proeza do homem; a configuração dos acontecimentos parecem determinados em grande medida pelo seu poder, ambição ou capricho. Mas na Palavra de Deus a cortina é afastada e podemos ver acima, para trás e pelos lados as partidas e contrapartidas do interesse, do poder e das paixões humanas – as instrumentalidades do Todo-misericordioso – executando paciente e silenciosamente os conselhos de Sua própria vontade." Ellen G. White, Profetas e Reis, páginas 499 e 500.

 

Como tudo vai terminar, quando a PEDRA (Jesus Cristo, conforme Atos 4:11 e 12) firmar na Terra seu Reino Eterno?  Daniel escreveu sobre esse evento escatológico, o qual se tornará história visível e concreta: "O Reino e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo [ou: ao povo santo do Altíssimo, o Povo de Deus, salvo pela Graça, mediante a fé em Jesus, conforme Efésios 2:8 e 9]; o Seu reino será reino eterno, e todos os domínios O servirão e Lhe obedecerão" Daniel 7:27, interpolações e comentários nossos.

 

Esta é a "bendita esperança" do cristão fiel a Deus, pois tudo se cumprirá como Deus o anunciou pela boca dos Seus profetas bíblicos.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 29 de fevereiro.

 

O GRANDE CONFLITO E A HISTÓRIA

 

Leitura bíblica do dia: Apocalipse 12:7 a 9; Jó 2:1 e 2; Isaías 14:12 a 14; Gênesis 3:1 a 6;  3:15; Efésios 6:12; Romanos 16:20.

 

A história do GRANDE CONFLITO CÓSMICO, entre DEUS e SATANÁS, iniciado no Céu, "antes da fundação do mundo" (I Pedro 1:18 a 20; Ap 12:7 a 9), veio para a Terra (Gn 2:16 e 17; 3:1 a 5), e aqui dominou a vida de Adão e Eva, os pais da raça humana, levando-os a praticar a transgressão de uma norma divina (Gn 2:16 e 17), tornando-os pecadores, pois "Pecado é a transgressão da lei" de Deus (I João 3:4).  Isto quer dizer que o GRANDE CONFLITO, que antes era cósmico, pois ocorrera inicialmente no Céu, tornou-se MICROCÓSMICO ao ser introduzido na Terra, pois Satanás o inoculou na mente (na alma) de Adão e Eva. Isto quer dizer que o GRANDE CONFLITO CÓSMICO teve seu início na proto-história (antes da existência do homem na Terra), e se estenderá até o fim da presente história humana neste planeta (leia Apocalipse 20). Depois que tudo isso passar, e Deus estabelecer aqui "um novo céu e uma nova terra, nos quais habita a justiça" (II Pedro 3:13), então terá início para os crentes salvos em Jesus a pós-história. Por isso, o EVANGELHO da salvação em e por Jesus, é chamado, em Apocalipse 14:6 e 7, de EVANGELHO ETERNO, pois o mesmo tem início no Céu, nos tempos que antecedem à história do homem na Terra, tempos proto-históricos, com a elaboração, no Céu, do GRANDE PLANO DA REDENÇÃO DO HOMEM, e se estende, em seus resultados e conquistas, pela eternidade, ou tempos pós-históricos. Jesus disse a Nicodemos: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nEle crê, não pereça, mas tenha a VIDA ETERNA" João 3:16. Essa VIDA ETERNA é resultado direto da ação de Deus no e através do EVANGELHO, conforme Romanos 1:16 e 17. Com o EVANGELHO, Deus invade a história humana de pecado, fracasso e morte, e, em e por Cristo, cria uma nova história para esse velho homem, ao convidá-lo a "nascer de novo", ou "nascer da água e do Espírito", através de uma união espiritual com o Segundo Adão, Jesus Cristo (leia João 3:1 a 16).

 

Os deístas e ateístas, seguidores do Iluminismo, teimavam em dizer que Deus não se interessa nem interfere na história humana; e por isso, não existiu a Encarnação de Deus na pessoa de Jesus, o Cristo, como a Bíblia menciona; e como consequência dessa não intervenção de Deus na história humana, não existe SALVAÇÃO de Deus para o homem em seu desequilíbrio e fracasso. Tanto a ENCARNAÇÃO de Deus no homem Jesus, o Cristo, bem como a Obra de Redenção que Ele executou em lugar e em favor dos humanos pecadores, tornaram-se fenômenos históricos, com tempo e lugar definidos para acontecer. Também Sua RESSURREIÇÃO e Sua ASCENSÃO de volta ao Céu foram presenciadas por muitas pessoas. Mas os deístas e ateístas, manipulados pelo grande mentiroso de todos os tempos, Satanás, preferem acreditar na mentira do Diabo, a crer na Verdade revelada por Deus, e serem salvos. Preferem a perdição, a incredulidade e a morte eterna. Lutam com unhas e dentes para negar o óbvio da revelação de Deus ao homem e Sua intervenção na História humana. Por isso, os humanos estão do jeito que estão, cada vez piores em questões de ética, moral e fé em Deus. Satanás ri às escâncaras de tanta ignorância supostamente erudita. Intelectuais que nada sabem da Bíblia, nem da atuação de Deus na História. Falam do que não entendem, pois suas universidades não estão preparadas para lhes ensinar as Escrituras Sagradas. Ensinam humanismo e filosofia humana. Mas nada sabem da Teologia da revelação de Deus na história humana. São cegos guiando outros cegos. Todos eles cairão no mesmo buraco escuro da estupidez acadêmica.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 01 e 02 de março.

 

A CRUZ NA HISTÓRIA

 

Leitura bíblica do dia: Mateus 1 e 2; Mt 26 a 28; Lucas 1 e 2; Lc 23 e 24; Romanos 3:21 a 31; I Coríntios 1:18 a 25 e 30; II Coríntios 5:17 a 21.

 

A HISTÓRIA DA CRUZ DE CRISTO é a mais verdadeira, bela e misteriosa história de amor que o universo conheceu e conhece. Paulo a chama de "o mistério de Deus" que deveria ser revelado aos homens. É a História do AMOR DE DEUS por uma humanidade que se fez a si mesma inimiga de Deus, por meio do Pecado que cometeu.

 

Para aqueles que nada sabem de Teologia bíblica, o episódio histórico do julgamento e morte de Jesus de Nazaré, por volta do ano 31AD, em frente à cidade de Jerusalém, com a completa anuência e apoio dos líderes judeus, e pela ordem legal do governador Pôncio Pilatos, tudo lhes parece um erro jurídico, no qual uma pessoa inocente foi condenada à morte de cruz. Nada mais que isso. Um episódio fortuito e ocasional da história humana. Nada mais. E tudo acaba aí. Este é o olhar simplório e comum de quem não entende a Teologia divina da Redenção do homem.

 

No entanto, quem estuda a Bíblia Sagrada, do Gênesis ao Apocalipse, e penetra com sabedoria em seus múltiplos relatos, no Antigo e no Novo Testamentos, tem uma cosmovisão completamente distinta e diferente do episódio da cruz onde Jesus morreu. A visão do estudioso da Teologia bíblica o leva a ver com os olhos da fé e do entendimento questões espirituais de elevado nível, as quais fazem parte direta do assunto em análise. Antes de se chegar ao episódio da Cruz do Calvário, há todo um conjunto de fatos éticos, morais e espirituais envolvidos. É impossível ao leitor da Bíblia entender o episódio da Cruz do Calvário se ele não entende o episódio acontecido no Jardim do Éden, cerca de 4.000 anos antes da Cruz de Cristo. É a prática do PECADO, da transgressão e queda de Adão e Eva, os pais carnais de toda a raça humana, que provoca o episódio da Cruz de Cristo. É a promessa feita por Deus, relatada em Gênesis 3:15, que conduz a história do homem depois da Queda, ao episódio da Morte de Jesus na Cruz do Calvário. É a posição de ADÃO, como homem-coletivo, em Gênesis 1 e 2 e 3, que leva Deus a enviar do Céu Seu Filho, o qual Se faz humanidade na pessoa de Jesus de Nazaré, o Cristo, tornando-Se um Segundo Adão, um segundo Homem-coletivo, ou representativo de toda a raça humana. Adão é o representante de toda uma humanidade que pecou, se corrompeu e foi condenado à morte, por culpa própria; e Jesus de Nazaré é o Homem representante de uma nova humanidade, a qual se dirige para a vida eterna (leia Romanos 5:12 a 21). Tudo o que a humanidade perdeu em e com Adão, ganhou de sobras com a Morte-Ressureição de Jesus, o Messias-Cristo. "Pelas Suas pisaduras fomos sarados", diz o Isaías, em linguagem poética e profética (leia Isaías 53:3 a 12).

 

Paulo escreve: "Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem [porque se recusam a crer na obra de Deus em e por meio de Jesus Cristo]; mas para nós, que somos salvos [por Jesus], poder de Deus. Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios [conforme a sabedoria humana, deste mundo] e aniquilarei a inteligência dos instruídos [dos eruditos, que pensam entender a história da Cruz e da Redenção]. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor [pesquisador] deste século [das coisas deste mundo]? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo [os não crentes, que recusam aceitar Jesus como o Filho de Deus, que Se fez carne e invadiu a história humana, visando salvar o homem] não O conheceu por sua própria sabedoria [por sua própria pesquisa humanista], aprouve a Deus SALVAR OS QUE CREEM, pela [mediante, através de] loucura da pregação [a pregação do EVANGELHO da salvação em e pela fé em Jesus]. Porque tanto os judeus [israelitas] pedem sinais [evidências de que Jesus é o Messias vindo de Deus], como os gregos [gentios, povos em geral, não israelitas] buscam sabedoria [sabedoria humana, por meio de suas pesquisas em livros e textos produzidos por homens não crentes em IAVÉ]; mas nós [os crentes em Jesus] pregamos a Cristo crucificado [anunciamos publicamente Jesus, o que foi crucificado], escândalo para os judeus e loucura para os gentios. Mas, para os que foram chamados [para fazer parte da Comunidade dos Salvos pela Graça de Deus, mediante a fé em Jesus, o Messias-Cristo, a Igreja], tanto judeus como gregos [que creem em Jesus, e O aceitam como Salvador e Senhor], pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Porque a loucura [conforme afirmam os não crentes] de Deus é mais sábia [e confiável, e crível] do que os homens; e a fraqueza de Deus [Deus Se fazendo carne humana em e através de Jesus] é mais forte do que os homens." I Coríntios 1:18 a 25, com interpolações, comentários e grifos nossos.

 

E Paulo diz mais ainda, animando os crentes em Cristo: "Mas vós [os crentes em Jesus] sois dEle [de Deus, o Pai], em Cristo Jesus, o qual Se tornou, da parte de Deus [enviado por Deus para nós], sabedoria, e justiça, e santificação e redenção." I Coríntios 1:30, com interpolações e comentários nossos.

 

Paulo disse mais, ensinando a todos nós: "Ora, tudo provém de Deus [justificação, salvação, santificação, glorificação], que nos reconciliou consigo mesmo por meio [através de] Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; a saber, que Deus estava em Cristo [a Encarnação, um mistério que homem algum tem a capacidade de explicar em sua totalidade], reconciliando consigo o mundo, não imputando [não creditando] aos homens as suas transgressões [para que eles mesmo pagassem por elas com sua própria vida], e nos confiou [confiou aos crentes em Cristo] a palavra [o ministério] da reconciliação [do pecador com seu Criador e Deus]. De sorte que somos [todos nós, os crentes em Cristo] embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse [aos descrentes e impenitentes] por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. Àquele que não conheceu pecado [Jesus, o Cristo], Ele [Deus, o Pai] O fez pecado [fez dEle uma oferta pelo pecado] por nós; para que nEle [em e por Jesus] fôssemos feitos justiça de Deus [em Sua morte-ressurreição, a Justiça de Deus é feita, e nós somos declarados justificados de nossos pecados]" II Coríntios 5:18 a 21, com interpolações e comentários nossos.

 

A História da Cruz traz em si mesma a revelação do "mistério" de Deus. O próprio Deus Se fez humanidade – "Emanuel, Deus conosco", Mateus 1:23 – com a finalidade de, por meio do Sacrifício Expiatório feito na Cruz, perdoar os pecados de toda a raça humana, dando-lhe chance de um novo começo e de vida eterna. Sem essa morte vicária, substituinte, de Jesus Cristo sobre a cruz do Calvário, não teria havido o sacrifício de expiação da culpa humana, e toda a raça humana morreria eternamente em seu pecado, em sua culpa, sem esperança de ressurreição e vida eterna. Por esse motivo, todos nós devemos ser gratos a Deus, o Pai, e a Jesus Cristo, o Filho, pelo sacrifício de expiação  ocorrido naquela cruz maldita.

 

LOUVADO SEJA DEUS POR TÃO MARAVILHOSA SALVAÇÃO!

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

Diretor do Site Missionário: www.averdaderevelada.com.br 

 

 

 

 

 

 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 8 DA ES

LIÇÃO   8

 

CUIDANDO DA CRIAÇÃO

 

Verso para memorizar:  "O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultiva-lo" Gênesis 2:15, NVI.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Romanos 1:25; II Pedro 3:10 a 14; Gênesis 2:15; Neemias 13:16 a 19; Hebreus 1:3; Salmo 100; Gênesis 1:26 a 28.

 

INTRODUÇÃO

 

Todos os seres humanos, quer sejam cristãos quer não, têm responsabilidade moral e social pela conservação e preservação do ecossistema que o abriga e lhe serve de morada. E os cristãos, pelo conhecimento que têm da Bíblia, têm responsabilidade ainda maior por isso. E os adventistas do sétimo dia devem estar na dianteira desse empreendimento, devido ao seu conhecimento da vontade de Deus, pelo estudo diário da Bíblia Sagrada, por sua crença Criacionista, por se fundamentar na Palavra de Deus em tudo o que crê.

 

A Lição desta semana focaliza este assunto atualíssimo para todos nós.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 19 de fevereiro.

 

O PERIGO DO AMBIENTALISMO EXTREMISTA

 

Leitura bíblica do dia: II Pedro 3:10 a 14; Isaías 51:6; Oseias 4:2 e 3; Isaías 24:4 a 6; Isaías 65:17; Apocalipse 21:1.

 

Muitas pessoas têm levado a extremos essa questão da preservação ambiental. Nota-se em alguns desses movimentos ambientalistas um CULTO À NATUREZA. Para tudo precisa haver equilíbrio e bom senso. Muitos ambientalistas, querendo "defender" a natureza, ou algum elemento natural, como animais e plantas, cometem violência e agressão. Alguns até cometem furto de patrimônio alheio, sempre usando em sua defesa o álibi de que estão lutando em favor da preservação do meio ambiente. Alguns agridem e ferem modelos em desfile, ou nas ruas, por estas se encontrarem vestidas de peles de certos animais raros; outros entram em restaurantes famosos, agridem os clientes que estão comendo a carne de determinados animais; outros invadem empresas em nome do ambientalismo, e causam sérios estragos ao patrimônio dessa empresa invadida. Seria esse extremismo violento e irresponsável de certos ambientalista o modo certo de agir em relação à natureza? E o mais paradoxal é que essas mesmas pessoas nada fazem para promover o amor, os bons costumes morais e sociais, a paz entre as pessoas, e o cuidado pelos seres humanos pobres, famintos e carentes de apoio. Lutam tanto por árvores e animais, mas deixam abandonados seres humanos, os quais são encontrados se arrastando pela vida, nas esquinas de nossas ruas, nas praças de nossas cidades, embaixo das marquizes de nossos edifícios. Será que nossa sensibilidade moral e social é mais aguda com os sofrimentos de animais e plantas, do que com o extremo sofrer dos humanos carentes? Portanto, em nome da preservação ambiental, jamais deve alguém ir a extremos, roubando, matando, agredindo e ferindo pessoas. Esta jamais será a abordagem correta a esses problemas que afligem nossa sociedade e comunidade. O cuidado com os animais, com as plantas, com os rios, com o ar que respiramos, tudo isto é louvável e deve ser executado. Porém jamais se deve usar de extremismo, atos violentos e agressivos, roubo, mentira, trapaça e outras atitudes antiéticas, e antiestéticas, para se cumprir uma agenda atual no campo da preservação ambiental. Leia os evangelhosMateus, Marcos, Lucas e João – e, e sigam o modelo dado por Jesus Cristo, o mais excelente ambientalista que este mundo já conheceu. Sua preocupação número um era com pessoas; depois, com as coisas e animais que servem às pessoas.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 20 de fevereiro.

 

DECLARAÇÃO SOBRE O CUIDADO DA CRIAÇÃO

 

Leitura bíblica do dia: Gênesis 1:1, 26 a 28; 9:7; Salmos 24:1; Salmos 100; Tiago 5:1 a 5; Hebreus 1:3.

 

"Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra." Gênesis 1:26.

 

Alguns fatos importantes sobre essa revelação feita em Gênesis 1:26:

 

·         Deus criou o homem;

·         Deus criou o homem "conforme a Sua imagem e semelhança";

·         Deus criou o homem para que este fosse conforme o caráter de Deus;

·         Assim como Deus domina o COSMO, o Universo como um todo, Ele deu ao homem "domínio" sobre todas as coisas que Deus criara sobre a Terra, e domínio sobre a própria Terra. Mas não diz o texto que Deus deu ao homem domínio sobre os demais homens. Somente sobre animais e coisas.

·         Cada pessoa revela seu caráter através da maneira como exerce domínio: de si mesmo, da família, da empresa, das riquezas e do ecossistema no qual está inserido.

·         Na mente de Deus, TER DOMÍNIO significa cuidar, zelar, administrar com responsabilidade, respeitar limites, gerar confiança, produzir resultados positivos e elevados para a conservação da coisa dominada em sua plenitude e integralidade.

·         Tendo sido o homem criado "conforme" a "imagem" e "semelhança" de Deus, deveria seguir o modo de Deus dominar sobre as pessoas, coisas e animais que Ele criou. O padrão de referência para o homem proceder nesse "domínio" era Deus. Não agir conforme Deus, significava pecar contra Deus, o Criador.


Está você, meu irmão, seguindo o caráter de Deus em sua administração das pessoas, coisas e animais postos sob os seus cuidados? Se sua resposta é "não", então você não é um crente fiel. Se sua resposta for "sim", você está sendo um crente fiel a Deus neste assunto. Pense nisto: "Portanto, quer comais, quer bebais, OU FAÇAIS OUTRA QUALQUER COISA, fazei tudo para a glória de Deus" I Coríntios 10:31, grifos nossos. Não dê desculpas tolas por não estar fazendo a coisa certa. Simplesmente faça o que deve ser feito.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 21 de fevereiro.

 

CUIDANDO DA CRIAÇÃO

 

Leitura bíblica do dia: Gênesis 2:15. Mateus 22:37 a 40.

 

"Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no Jardim do Éden para o CULTIVAR e o GUARDAR."  Gênesis 2:15, grifos nossos.

 

Deus, o Senhor do trabalho, deu ao homem recém-criado um trabalho específico e determinado:  CULTIVAR e GUARDAR o Jardim do Éden, seu lar dali em diante. O jardim chamado Éden era o lar, a moradia, a casa, de Adão e Eva, os pais da raça humana. Um ambiente perfeito, sem defeito nenhum. Luz, ar, animais, plantas, animais e os humanos aí residentes, tudo era perfeito e harmonioso nesse ecossistema preparado por Deus para a raça humana.

 

Qual seria o trabalho confiado por Deus aos humanos? CULTIVAR e GUARDAR.  Cuidar, zelar, proteger, nomear cada coisa e cada animal, criar vínculos de amizade e companheirismo, desenvolver laços pacíficos de convivência com animais e coisas. As palavras "destruir", "quebrar", "arruinar", "depredar", "sujar", "poluir", "matar", "arrasar", etc., estavam fora de cogitação, fora do projeto divino para a vida laboral de Adão e Eva.

 

No entanto, o PECADO entrou na vida e na história da raça humana, destruindo seus múltiplos relacionamentos. O Pecado destruiu:

·         O relacionamento do homem com Deus;

·         O relacionamento do homem consigo mesmo;

·         O relacionamento do homem com seu próximo;

·         O relacionamento do homem com o ecossistema que o abriga.

Por causa disso, em consequência de o PECADO ter tomado posse do ser todo do homem, este deixou de ser CUIDADOR do ecossistema, como Deus lhe recomendara, e se tornou um PREDADOR do ecossistema, coisa que Deus jamais lhe ordenara. Seu novo senhor, Satanás, também conhecido como "o Diabo", o inspirou e o motivou a ser destruidor do ecossistema.

 

O profeta Oseias escreveu sobre o que o ser humano vem fazendo na Terra, desde que o PECADO e SATANÁS se tornaram chefes por aqui: "O que só prevalece [na Terra] é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios; por isso a Terra está de luto e todo o que mora nela desfalece, com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar perecem." Oseias 4:2 e 3. E por que se chegou a essa depredação do ecossistema?  O profeta explica: "...Porque o Senhor [o Criador] tem uma contenda com os habitantes da Terra, porque nela NÃO HÁ VERDADE, nem AMOR, nem CONHECIMENTO DE DEUS" Oseias 4:1, com interpolação e grifos nossos.

 

Também o profeta Isaías explicou o que vem acontecendo com as atitudes comportamentais – éticas, morais e espirituais – dos humanos:

 

"A Terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enlanguescem os mais altos do povo da Terra. Na verdade, a Terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto transgridem as leis, violam os estatutos [e tratados] e quebram a Aliança eterna [fundamentada na Lei Moral, os Dez M<andamentos, conforme Êxodo 20:3 a 17]. Por isso a MALDIÇÃO consome a Terra, e os que nela habitam se tornam culpados; por isso [por esses motivos] serão queimados os moradores da Terra [não será mais um Dilúvio, mas será pela ação do fogo que a Terra será destruída, conforme II Pedro 3:10 a 12 e Apocalipse 20], e poucos homens restarão" Isaías 24:4 a 6, com interpolações, grifos e comentários nossos.

 

Tentar solucionar os problemas ambientais existentes na Terra somente com passeatas e gritaria, não resolve. Toda a nossa tragédia ambiental é o resultado da operação do PECADO e da MORTE na Terra. Enquanto o problema do PECADO no ser humano, o qual transforma o homem em um predador,  não for resolvido, a destruição do meio ambiente vai continuar, pois a cobiça, a ganância e a ambição do coração humano predominarão na Terra. Até as pessoas que fazem passeata em favor do meio ambiente fumam, usam drogas ilícitas, tomam bebida alcoólica e se prostituem moral e sexualmente, trazendo poluição, maldição e morte para o planeta que eles afirmam defender com tanta energia.  São predadores da natureza querendo corrigir outros predadores. São cegos tentando guiar outros cegos. Todos caem juntos no mesmo buraco fundo da incoerência e transgressão da Lei de Deus.

 

Somente uma pessoa crente em Jesus, plenamente convertida em servo de Deus e discípulo de Cristo voltará a ser um coerente e equilibrado ambientalista, sem, no entanto, cultuar a natureza, mas cultuando com fidelidade o Deus que criou a natureza.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 22 de fevereiro.

 

SÁBADO E MEIO AMBIENTE

 

Leitura bíblica do dia: Êxodo 20:8 a 11. Provérbios 27:20.

 

"...Os olhos dos homens nunca se satisfazem"  Provérbios 27:20, última parte.

 

A filosofia de vida seguida pelos predadores na Terra, costumeiramente, é:

 

"OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS"

 

Toda pessoa que polui e depreda o meio ambiente onde vive e atua profissionalmente costuma ter respostas na ponta da língua para justificar seus crimes ambientais. Sempre procuram alegar um BOM MOTIVO para realizar uma MÁ AÇÃO. Afirma que está fazendo algo sujo, errado, ilegal, por bons propósitos. E, para justificar seus crimes – ambientais ou não – desfilam uma série de argumentos que acreditam ser suficientes para comprovar sua teoria e sua filosofia de vida e ação, de que "os fins justificam os meios". É como se estivessem tentando nos convencer: "O mal que eu faço tem como propósito alcançar um bem para a comunidade".   Falam de trabalho para muitos; falam da renda que os empregados ganham; falam dos lucros financeiros que a cidade, o Estado e o país recebem através de impostos. No fim de seu discurso, ficam contentes, achando que enganaram a todos. No fundo, porém, esses predadores do meio ambiente não convenceram nem a eles mesmos. Eles sabem que se assemelham aos vendedores de armas. Vendem armas sabendo que estão promovendo a morte de milhares, mas se enganam a si mesmos com a explicação de que essas armas vendidas farão o fim da guerra, o que é uma mentira, e eles sabem isso. Maior é a soma gasta com medicamentos e internações hospitalares de pessoas afetadas pela poluição ambiental, do que os ganhos recebidos por municípios, estados e pelo governo federal com os impostos recebidos dos destruidores do meio ambiente. O dinheiro que as instituições recebem dos predadores logo se acaba, e desaparece. As doenças e males causados pela destruição do meio ambiente se prolongam anos a fio, causando prejuízos não só financeiros, mas também na destruição da qualidade de vida das pessoas que aí residem. Não se vence o mal com um mal maior. A vitória sobre o mal só se alcança através do Bem. Fazer a coisa certa é a melhor arma contra o mal e a coisa errada.

 

Quando Deus deu o Mandamento ordenando o DESCANSO e a SANTIFICAÇÃO do sétimo dia, o Sábado, Ele estava cuidando do bem-estar e da felicidade humana. Nem as máquinas devem trabalhar sem cessar. Algumas pessoas tolas, querendo mostrar aos demais que são muito dedicadas ao trabalho, afirmam: "Eu não tiro férias. Trabalho todos os dias e o ano todo." Tal pessoa é tola, louca e insensata. Pensa que está sendo um modelo para os outros, mas está apenas sendo um modelo do que as pessoas não devem fazer. Todos precisam de um período de repouso, depois de uma jornada de trabalho: para o dia, Deus separou a "noite" para repouso; para a semana, Deus separou o "dia sétimo", ao qual Ele chamou de SÁBADO, para descanso. Mas Deus quis mais do que o descanso físico no Sábado. Deus abençoou o "dia sétimo" e o santificou, considerando-o separado para fins sagrados. O SÁBADO não foi separado somente para repouso físico do trabalhador, como o são outros dias feriados. O SÁBADO foi estabelecido por Deus para descanso e CULTO A DEUS. É dia de CELEBRAÇÃO da obra de Deus, quer seja a obra de Criação, quer seja a obra de Redenção. Depois de um ano de trabalho, a legislação trabalhista define um mês (30 dias) de férias, tempo este para o trabalhador descansar o corpo e a mente, tomando tempo para estar mais com a família, despreocupado com o trabalho.

 

O Quarto Mandamento da Lei de Deus, que ordena Descanso no Sábado e a santificação (considerar o Sábado dia santo ao Senhor) do mesmo, traz embutido nesse mandamento uma preocupação social. Deus afirma QUEM DEVE PARTICIPAR DO DESCANSO SABÁTICO: Tu, teu filho, tua filha, teu servo (empregado), tua serva (empregada), teu boi, teu jumento (teu carro, tua van, tuas ferramentas e instrumentos de trabalho, tua moto, etc.), e até a pessoa que está de visita em nossa casa deve ser aconselhada a descansar no sábado e a o considerar como dia santo, em respeito ao dono da casa que o recebe e acolhe. Numa época –cerca de 1500 anos antes de Cristo –em que nada era falado sobre "direitos trabalhistas", ou "direitos da pessoa humana", pois se vivia em um regime tribal, no qual o chefe da tribo definia as leis, definia o "certo" e o "errado" a ser feito, Deus atua nas questões não somente religiosas, mas também trabalhistas e sociais, exigindo do pai e do patrão que respeitem o direito de santificar e descansar no Sábado, do filho, da filha e dos empregados. E ao exigir também que os animais de serviço e de carga deixassem de trabalhar no Sábado, o Senhor Deus estava cuidando deles, e prolongando os anos de existência dos mesmos, além de melhorar a qualidade de vida de homens e dos animais. O que Deus ensinou a Adão e Eva fazerem, "CULTIVAR E GUARDAR" o meio ambiente que de Deus receberam, agora, cerca de 2.500 anos depois da Criação, ao dar a Lei dos Dez Mandamentos, Deus repete aos humanos a necessidade de CULTIVAR E GUARDAR o ecossistema, preservando a natureza, aumentando a qualidade de vida, e prolongando para todos os anos de vida. Este é o Senhor, nosso Deus! Ninguém o iguala em sabedoria e bondade.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 23 e 24 de fevereiro.

 

O DOMÍNIO DA HUMANIDADE

 

Leitura bíblica do dia: Gênesis 1:26 a 28. Salmos 24:1. Salmos 100.

 

No texto de Gênesis 1:26, como já mostramos, Deus, o Criador, dá ao homem a missão de ser o GERENTE e ADMINISTRADOR do planeta Terra. Dá-lhe domínio sobre os animais, todos eles; e lhe dá domínio sobre todas as coisas que há na Terra. No entanto, é curioso que o texto não afirma que Deus deu ao homem domínio sobre outros homens. Esse domínio sobre pessoas pertence ao próprio Deus. Os humanos deveriam se tratar como iguais. Nenhum homem deveria ter domínio e controle sobre outro homem. Os humanos deveriam conviver num plano horizontal, nivelado, no qual um homem vale tanto quanto o outro, perante Deus. Assim quis Deus. Assim fez Deus. Todas as distorções que surgiram depois, que fizeram com que um homem dominasse sobre outro homem, ou sobre muitos homens (humanos), surgiram depois que o PECADO entrou na vida e na história humanas sobre a Terra. O Pecado é elemento gerador de desequilíbrio, de desarmonia, pois o Pecado quebra os relacionamentos entre as pessoas e gera conflitos e guerra. Todos os conflitos, todas as distorções nos relacionamentos, toda falta de entendimento entre as pessoas, tudo isso vem através do Pecado. Adão agiu contra Deus. Adão agiu contra si mesmo. Adão agiu contra o ecossistema. Adão morreu. Por que? Porque Adão pecou contra uma ordem divina (Gênesis 2:16 e 17; 3:1 a 6; 3:8 a 24). Adão deixou de fazer as coisas como Deus lhe ensinara fazer, e começou a fazê-las por meio do ACHISMO: "eu acho que assim é melhor..."; "eu penso que é melhor fazer do meu jeito...". O filho mais velho de Adão, Caim, sabendo do exemplo de seu pai no Éden, fazendo as coisas à sua maneira, e não como Deus ordenara, seguiu os passos de seu pai Adão. Ao fazer um culto a Deus, fora do Éden, Caim decidiu fazer a coisa do seu jeito, seguindo sua intuição, tomando um caminho alternativo ao de Deus (leia Gênesis 4). Caim pecou contra Deus, seguindo o mesmo princípio pecaminoso de seu pai, Adão: Fazer as coisas "do meu jeito", "como eu quero", e não segundo um "assim diz o Senhor...". Caim se tornou assassino de seu irmão. Caim se tornou o primeiro grande predador sobre a Terra. Hoje, a Terra toda está cheia de predadores.  E por que eles existem aos milhões? Porque todos eles decidiram fazer as coisas "do seu jeito", seguindo "sua intuição", ou seguindo os conselhos de outros pecadores, em desafio ao que Deus falara desde o começo do mundo. Resultado: Toda a Terra sofre os efeitos negativos e as consequências más e destruidoras da ação maléfica de um planeta habitado e dominado por predadores: predadores espirituais; predadores sociais; predadores morais; predadores físicos. Todos unidos pela destruição, na Terra, da imagem e semelhança de Deus; unidos pela destruição da Lei de Deus, da Palavra de Deus, do Governo de Deus, e, se for possível, do próprio Deus.

 

Nós, crentes em Cristo, o Filho de Deus, não podemos jamais nos unir com os predadores da Terra, pecando contra Deus como eles pecam. Devemos nos unir a Deus a cada dia, fazendo as coisas – todas as coisas – como Deus mandou que fossem feitas, desde o princípio da vida humana sobre a Terra. Este é o nosso eterno compromisso com Deus. Este é o Evangelho Eterno que devemos anunciar, pela palavra e pelo exemplo de vida, "a cada nação, e tribo, e língua, e povo", dizendo em voz alta a todos os moradores da Terra: "TEMEI A DEUS E DAÍ-LHE GLÓRIA, POIS CHEGOU A HORA DO SEU JUÍZO. E adorai Aquele que fez os céus, a terra, o mar e as fontes das águas." Apocalipse 14:6 e 7, grifos nossos.

 

Façamos chegar essa mensagem a todos os habitantes da Terra; a todos os predadores que destroem a Terra.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

Diretor do Site Missionário: www.averdaderevelada.com.br 

 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 7

 

LIÇÃO  7

 

SENHOR DO SÁBADO

 

Verso para memorizar: "O Sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do Sábado; de sorte que o Filho do Homem é senhor também do Sábado." Marcos 2:28.

 

Leitura Bíblica da Semana: Gênesis 1; Gênesis 2:1 a 3; Êxodo 20:8 a 11. Deuteronômio 5:12 a 15;  Isaías 56:1 a 8; Isaías 58:13 e 14; Jeremias 17; Ezequiel 20:12 e 20; Mateus 12:1 a 13; João 9; 19:30; Atos 13; Atos 17:1-3.

 

INTRODUÇÃO

 

Foi na Semana da Criação, quando toda a raça humana se compunha de apenas duas pessoas, Adão e Eva, que Deus DESCANSOU no "dia sétimo", e o ABENÇOOU e o SANTIFICOU (separou-o dos demais dias comuns, que o antecedem). Nesse tempo, não havia na Terra o povo de Israel, nem Moisés. Nesse tempo, não havia denominações religiosas ditando normas para seus seguidores. Por que Deus fez isto? Porque, em Sua sabedoria, Deus viu que isto seria o melhor para o bem-estar e felicidade da raça humana como um todo. Seria uma bênção para todos os humanos. Logo, o SÁBADO, como dia abençoado e santificado (separado) para repouso, culto e relacionamento com Deus, foi uma bênção da abundante Graça divina, e assim deve ser visto e aceito pelos servos de Deus, de todos os tempos e lugares.

A LIÇÃO desta semana focaliza o SÁBADO como Deus o planejou para todos nós.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 12 de fevereiro.

 

O SÁBADO EM GÊNESIS

 

Leitura bíblica do dia: Gênesis 1; Gênesis 2:1 a 3.

 

"Assim foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E havendo Deus terminado no dia sétimo a Sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a Sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera." Gênesis 2:1 a 3.

 

O texto acima deve ser lido à luz do texto mais amplo de Gênesis 1, pois é parte complementar dele; nunca o leia separadamente.

 

Alguns fatos se destacam no texto de Gênesis 2:1 a 3:

·         Ao findar o "dia sexto", hoje conhecido em português como "sexta-feira", havia terminado toda a obra de criação "que fizera" (note o verbo "fazer" no pretérito);

·         Ao iniciar o "dia sétimo", hoje conhecido em português como "Sábado", o Senhor Deus, o Criador, já o inicia descansando: "descansou nesse dia de toda a Sua obra que tinha feito" (Gn 2:2), uma referência à obra realizada por Deus na Semana da Criação, conforme relatado em Gênesis 1:1 a 31.

·         Deus decide, por livre vontade, sem imposição de ninguém, ABENÇOAR e SANTIFICAR o "dia sétimo", conforme Gênesis 2:3. O termo "ABENÇOAR" significa "dar uma bênção", ou "considerar especial" em relação à vontade de Deus, o Criador. "SANTIFICAR" significa "separar" uma parte de um todo, declarando a coisa ou pessoa "separada" como destinada a um propósito diferente das demais coisas e pessoas no qual a parte separada está inserida. Isto torna essa parte separada, ou essa pessoa separada, como sendo diferenciada, especial, voltada para um objetivo cuja finalidade está na mente de quem o separou. Como foi IAVÉ, o Deus Criador, que SANTIFICOU (separou) o "dia sétimo", e Deus é Santo, então o "dia sétimo" foi separado por Deus, dos seis dias que o antecedem, para cumprir um sagrado e abençoado propósito divino.

·         DEUS DESCANSOU no "dia sétimo" não porque estivesse cansado, extenuado, com a obra da Criação "que fizera". Deus, que planeja o fim das coisas antes de seu início, pensava na FELICIDADE HUMANA ao lhe dar o Repouso Sabático no "dia sétimo". Deus estava criando modelos, paradigmas de procedimento para a raça humana em geral. E a maneira de Deus trabalhar é: "Assim como Eu vos fiz, assim façais vós também" João 13:15.

·         Descansar no Sábado do "dia sétimo" e Santificar, ou aceitar como sendo "santo" o "dia sétimo" nada tem a ver com denominacionalismo. Isto não é coisa inventada por religião A ou religião B. É escolha de Deus, tendo valor eterno, para todas as pessoas em todas as nações, pois foi dada como modelo de procedimento a Adão e Eva, os pais da raça humana.

 

Faça o que Deus exemplificou, e mostre com isto ser um servo fiel. Não tenha medo do patrulhamento de pastor A ou pastor B, de Igreja A, B, ou C, que insistem no erro de recusar agir como Deus ensinou desde o começo do mundo. Deixe IAVÉ ser Deus para sua vida, e não se deixe levar pelos falsos ensinos não bíblicos que predominam em nossa sociedade contemporânea.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 13 de fevereiro.

 

O SÁBADO EM ÊXODO

 

Leitura bíblica do dia: Êxodo 16; Êxodo 20:8 a 11 (leia Êxodo 20:3 a 17).

 

Uma das regras básicas da boa hermenêutica (interpretação da Bíblia) é que ao lermos um texto bíblico, procuremos ler também o contexto mais amplo no qual o texto está inserido, e procuremos compreender o assunto estudado à luz de um espectro mais amplo de informação dada pela Bíblia como um todo.

 

Na lição de ontem, vimos como IAVÉ, o Eterno, decidiu estabelecer o "dia sétimo" como dia para DESCANSO, BÊNÇÃO E SANTIFICAÇÃO (Gênesis 2:1 a 3).

 

Agora, na lição de hoje, vamos considerar especialmente o texto de Êxodo 20:8 a 11, no qual Deus, cerca de 2.500 anos depois do Éden, reafirma o DESCANSO, a BÊNÇÃO e a SANTIFICAÇÃO do "dia sétimo", ou "sétimo dia".

 

O QUARTO MANDAMENTO:

 

·         "Lembra-te do DIA DE SÁBADO para o SANTIFICAR...." – Este é o princípio geral que Deus estabelece no Quarto Mandamento da Lei Moral, os Dez Mandamentos. Tudo o que Deus afirma depois disto, é o desdobramento e são as particularidades espirituais, sociais, éticas e morais dessa ordem divina: LEMBRA-TE DE SANTIFICAR O SÉTIMO DIA!

 

·         "Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra." – Cada pessoa é ordenada por Deus a trabalhar para sua manutenção e para manutenção da família durante os "seis dias" que antecedem o "sétimo dia", ou "dia sétimo", o dia de SÁBADO.

 

·         "Mas o sétimo dia é o SÁBADO do Senhor, teu Deus...".O SÁBADO PERTENCE A IAVÉ, o Deus Eterno. Foi Ele que disse isto, e não Moisés, nem os judeus, nem os adventistas do sétimo dia. Quando você SANTIFICA O SÁBADO como Dia do Senhor, descansando de suas tarefas e trabalhos comuns, regulares, neste "dia sétimo", você está reconhecendo, em sua alma, que IAVÉ É O SENHOR DO TEMPO; e que, em Seu Senhorio, Ele escolheu, desde a Semana da Criação, o DIA SÉTIMO para DESCANSO, BÊNÇÃO E SANTIFICAÇÃO. Quem se lembra de SANTIFICAR O SÉTIMO DIA, está se colocando à disposição de Deus para receber as bênção de Deus. Bênçãos estas que partem do Amor e da Graça de Deus. Quem guarda e santifica o Sábado é uma pessoa abençoada.

 

·         "Não farás nenhum trabalho [conforme o que fazes nos primeiros seis dias da semana, trabalhos comuns, para manutenção própria e da família]; nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal [hoje, seria: teu automóvel, tua lotação, teu ônibus, teu barco, etc.], nem o forasteiro das tuas portas para dentro [aquele que está em visita à tua casa]...", as interpolações e os comentários são nossos. – Deus entra em minúcias sobre quem deve, em cada família de crentes em IAVÉ, santificar o Sábado no "dia sétimo" e descansar nesse dia, não realizando, em casa e fora de casa, trabalhos comuns, trabalhos que vêm sendo feitos nos seis dias que antecedem ao Sábado, ao sétimo dia.

 

A JUSTIFICATIVA DADA POR DEUS PARA SE GUARDAR O SÁBADO:

 

"Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e, ao SÉTIMO DIA, DESCANSOU; por isso [por esse motivo, por esta razão], o Senhor ABENÇOOU O DIA DE SÁBADO e o SANTIFICOU." Êxodo 20:11, grifos e interpolações nossos.

 

Deus, em Sua sabedoria, conduz a mente de Seus servos e leitores da Bíblia para a Semana da Criação, quando Ele, tendo concluído Sua Obra de Criação, separou (santificou) e abençoou (consagrou, deu uma bênção) ao "DIA SÉTIMO", dia no qual DESCANSOU de toda a obra que fizera. Deus não modifica nada daquilo que estabelecera cerca de 2.500 anos antes. Deus nos declara: "Porque EU, o Senhor, não mudo..." Malaquias 3:6. É o mesmo Deus. É o mesmo "dia sétimo", ou "sétimo dia", ao qual Ele chama de SÁBADO e o chama de "SÁBADO DO SENHOR TEU DEUS". Ele não o chama "sábado dos católicos"; nem "sábados dos protestantes". Ele declara enfaticamente: "O SÉTIMO DIA É O SÁBADO DO SENHOR TEU DEUS".  E assim é. É Lei de Deus para os humanos. Não tem o que discutir, contestar, recusar, modificar, estabelecer outro dia em seu lugar. Nada disso Deus aceita. Vale o que Ele afirmou. Vale o que está escrito. Ponto final. Amém!

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 14 de fevereiro.

 

O SÁBADO EM DEUTERONÔMIO

 

Leitura bíblica do dia:  Deuteronômio 5:12 a 15. Leia-o à luz de Êxodo 20:3 a 17.

 

Segundo o  Bible Dictionary, preparado pelo erudito William Smith, a palavra "DEUTERONÔMIO" tem o significado de "a repetição da Lei", (páginas 143-144), pois no Deuteronômio Moisés repete os Dez Mandamentos, a Lei Moral de Deus, mandamentos estes que, algumas dezenas de anos antes, o próprio Deus os proclamara de viva voz, do alto da montanha de Sinai. É uma reafirmação, de maneira didático-pedagógica, da Lei de Deus.

 

Nesse tempo, Deus havia, por amor a Abraão, escolhido ISRAEL para ser o Povo de Deus de uma maneira especial. Deus fez com Israel uma Aliança de Pertencimento. Nela, ficava definido para sempre este princípio: "Eu serei o teu Deus e tu serás o Meu povo". Por estar em Aliança com IAVÉ, o Deus Santo, Israel, à semelhança do Sábado do sétimo dia, era um "Povo Santo". Não se tratava de um povo santo em sentido moral, pois Israel não alcançara a perfeição moral. Era um povo santo relacional. Sua relação de Aliança com Deus, o Deus Santo, santificava (ou separava) Israel para que este povo vivesse para fazer toda a vontade de Deus, expressa na Lei e nos Profetas. Israel seria também um "reino de sacerdotes" (Êxodo 19:5 a 7), isto é, a nação que Deus estava separando na Terra para interceder junto a IAVÉ em favor de todos os moradores da Terra, chamando-os para se integrarem à Aliança de pertencimento com Deus, o Senhor de toda a Terra. Deus deu o Sábado como mandamento para Israel, e Israel deveria levar a todas as nações da Terra o conhecimento de que Deus separara o dia sétimo para ser o SÁBADO de repouso, bênção e santificação. Todos os povos da Terra deveriam ser convidados para se unir a IAVÉ, e para guardar a Lei Moral de IAVÉ, os Dez Mandamentos, incluído neles o Quarto Mandamento. Mas Israel não fez as coisas como Deus mandou que fossem feitas. O próprio Israel quebrou o repouso do Sábado, e quebrou toda a Lei de Deus, agindo como se fosse um gentio. Hoje, milhares de cristãos quebram a Lei de Deus e o mandamento de santificação do Sábado, como se Deus nada tivesse falado sobre este assunto. O erro se repete entre os cristãos.

 

LIÇÃO DE QUARTA, QUINTA e SEXTA, dias 15, 16 e 17 de fevereiro.

 

JESUS E O SÁBADO

 

Leitura bíblica do dia: Mateus 12:1 a 13. Marcos 2:27 e 28. Lucas 23:51 a 56. João 9.

 

Jesus declarou: "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir." Mateus 5:17.

 

Jesus, o Messias para Israel e o Cristo, para os cristãos, não veio para a Terra com a finalidade de revogar, anular ou quebrar as normas e leis que IAVÉ, Seu Pai, havia estabelecido no passado, pois o próprio "Verbo" de Deus, a Segunda Pessoa da Divindade, o "Logos" divino, participara de tudo, conforme João 1:1 a 3 e 14. Jesus veio para cumprir o propósito de Deus. João declara que "o Filho de Deus se manifestou para destruir as obras do Diabo" I João 3:8. Portanto, Jesus não veio para "destruir", "revogar" nem "anular" a obra de Deus, quer seja a Lei como um todo, quer seja o SÁBADO como um mandamento da Lei. Mas Jesus veio corrigir desvios que estavam acontecendo.

 

No tempo que Jesus esteve em Israel, durante 33 anos, Ele viu o que os mestres religiosos judeus haviam feito em relação à Lei (a Torá). Eles desenvolveram uma forma de pensar sobre a Lei, que recebeu o apelido pejorativo de LEGALISMO, ou "justificação pelas obras da Lei". Nessa forma de pensar, cada israelita poderia alcançar a perfeição moral e a obediência perfeita da Lei, mediante esforços próprios para guardar a Lei, em todas as suas dimensões. Para cada mandamento, os mestres judeus criaram normas, estatutos e regras de obediência. Eles desenvolveram milhares de regras para ensinar ao povo como guardar a Lei. Ninguém conseguia decorar e entender tanta regrinha, o que levava o povo ao desespero, a não se sentirem confortáveis e à vontade com a religião ensinada pelos mestres do judaísmo. Havia também severas punições para quem violasse essas regras farisaicas. Jesus não concordava com essas regras, e com essa maneira legalista de cultuar a IAVÉ, Seu Pai. Jesus veio ensinar a todos, dentro e fora de Israel, que a verdadeira obediência deve ser voluntária, de coração, e se chega a ela através do amor a Deus, e por meio da fé. Uma fé que produz obediência. Uma fé que une a pessoa a Deus, e, unida a Deus mediante a fé, tal pessoa se sente motivada, estimulada a obedecer a Deus. Jesus ensinou que os humanos deveriam chamar a Deus de "Pai": "Pai nosso, que estás no Céu, santificado seja o Teu nome..., seja feita a Tua vontade assim na Terra como no Céu..." Mateus 6:9 a 12. Uma relação entre pai e filhos deve ser uma relação fundamentada no amor e na confiança entre eles. Quanto mais um filho ama e confia em seu pai, mis lhe obedece as ordens e pedidos. E Paulo ensina os cristãos a chamarem Deus de "Aba", Paizinho, papaizinho, num modo bem afetivo, que revela haver entre eles um relacionamento bem próximo e confiante. Não havia isto na religião contratual dos judeus no tempo de Cristo. A norma era: "Obedece e vive". "Desobedece e morre".  Jesus veio para corrigir essas distorções em relação à compreensão da Lei, em geral, e do Sábado, em particular.

 

É dentro desse contexto de divergência entre a cosmovisão dos mestres judeus, da Sinagoga dos judeus, no que se refere à compreensão dos mandamentos da Lei (a Torá) e sua aplicação prática à vida diária do povo; e a cosmovisão de Jesus sobre o mesmo assunto. Para os mestres judeus, as atitudes de Jesus, e sua forma de Se expressar em relação à Lei (a Torá), lhes dava a falsa impressão de que Jesus de Nazaré fosse um anarquista, um subversivo das normas, um violador da Lei (a Torá). Os episódios relatados em Mateus 12 e Marcos 2, bem como as muitas outras curas que Jesus realizou no Sábado, como as citadas em João 5 e 9, todos eles provocaram a ira dos mestres de Israel contra Jesus. Eles não entendiam as coisas como Jesus as entendia. Leia os textos citados com muita atenção.

 

O que me causa estranheza, é que pastores, mestres e ensinadores de religião cristã, católicos ou protestantes de todas as correntes, afirmam sem timidez nenhuma que Jesus foi um transgressor do mandamento do Sábado. Esses mestres religiosos de hoje se juntam aos escribas, sacerdotes e fariseus de Israel, no propósito de considerar Jesus como sendo um transgressor da Lei de Deus. Ora, isto é uma blasfêmia e um absurdo sem tamanho. Esses líderes cristãos de hoje estão em situação difícil diante de Deus, pois estão acusando o Filho de Deus de ser transgressor da Lei dada por Seu Pai. Recusam santificar o Sábado, hoje, como Deus ordena, sempre aludindo que Jesus foi um transgressor do mandamento do Sábado. Nivelam Jesus a eles mesmos, e põem Jesus como sendo semelhantes a homens pecadores. Você acha que Deus concorda com esses líderes cristãos, católicos e protestantes? Você acha que Deus aprova tantas mentiras e tantos ensinos errados sobre a Bíblia e sobre a Lei de Deus? Creio que Deus não concorda nem aprova quem falta com o devido respeito à Sua Lei e a Seu Filho, o Salvador dos humanos. Isto é obra satânica, e os cristãos jamais deveriam dar seu apoio intelectual e moral a ela. Fique, pois, do lado de Deus, o lado correto.

 

Santifique o Sábado pela perspectiva da Graça e não pela perspectiva do legalismo judaico dos tempos de Jesus. Veja o Sábado como uma bênção, um deleite e um prazer. Veja o Sábado como uma dádiva da abundante Graça divina. E seja feliz assim!

 

 

Pr. Otoniel Tavares de Carvalho

Diretor do Site Missionário: www.averdaderevelada.com.br