segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 1 DA ESCOLA SABATINA



TEMA GERAL DO TRIMESTRE: 

A BÍBLIA E AS EMOÇÕES HUMANAS

--------------------------------------------------------------------------------------

 

LIÇÃO  1

 

EMOÇÕES

 

Verso para memorizar: "Em verdade, em verdade Eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria." João 16:20.

 

LEITURAS BÍBLICAS DA SEMANA: II Samuel 13; Lucas 19:41 a 44; João 16:20; Gálatas 5:22; Colossenses 3:12 a 14.

 

INTRODUÇÃO

 

Chegou um novo trimestre de estudos da Lição da Escola Sabatina. Por causa disto, iniciamos agora um novo caderno e ciclo de lições. O tema geral das lições deste primeiro trimestre de 2011 é: A BÍBLIA E AS EMOÇÕES HUMANAS. Vamos, pois, estudar algo que todas as pessoas possuem: EMOÇÕES.

As emoções humanas podem ser POSITIVAS, quando nos põem para cima e nos ajudam a vencer problemas e superar obstáculos; ou podem ser NEGATIVAS, quando nos põem para baixo e nos levam a ter sentimentos de derrota, de frustração, de que somos perdedores, não importando o que façamos.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 26 de dezembro.

 

EMOÇÕES NEGATIVAS

 

Leitura Bíblica do Dia: II Samuel 13.

 

O estudo do texto bíblico acima nos põe em contato com uma história na qual as emoções negativas levaram o jovem Amnom, filho do rei Davi, a cometer o indigno ato do estupro. Uma paixão avassaladora tomou conta do coração deste moço. Ele apaixonou-se por TAMAR, uma irmã sua por parte de pai. Ele usou de mentira, engano, sedução, violência, trapaça e outras atitudes mesquinhas para alcançar seus sujos intentos. Amnon se deixou dominar por Satanás, e usou contra Tamar as mesmas armas que Satanás usou no Éden. Ele não amava Tamar. Ele foi tomado por uma paixão de momento. Uma emoção perigosa, que, não sendo corretamente administrada, pode gerar conseqüências destruidoras para a alma e para a vida humana de maneira geral. E foi o que aconteceu. Amnon estuprou sua meia-irmã, e depois de abusar dela sexualmente, expulsou-a de sua casa e de sua vida. A conseqüência final é que ele foi morto por seu meio-irmão, Absalão, irmão pleno de Tamar. Foi um crime de vingança. Absalão matou Amnon como vingança pelo que ele fizera a sua irmã.

Muitas são as loucuras cometidas por pessoas que se deixam tomar por fortes emoções negativas, tais como raiva, medo, frustração, fúria, sentimentos de vingança, paixões irracionais, violência, alienação de Deus. Paulo fala dessas emoções negativas em Gálatas 5:19 a 21, como sendo AS OBRAS DA CARNE, ou os frutos da carnalidade humana. Evite ser dominado por emoções negativas. Deixe que emoções positivas dominem sua mente, sua alma. Uma pessoa com emoções negativas é um construtor de muros e destruidor de pontes. É uma pessoa egoísta, cheia de sentimentos de vingança, retaliação, dominação sobre seus semelhantes. Estar na presença de uma pessoa assim significa ser afetado negativamente.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 27 de dezembro.

 

EMOÇÕES POSITIVAS

 

Leitura Bíblica do Dia: Gálatas 5:22.

 

As emoções positivas, tais como união com Deus, fé, amor, paz, mansidão, paciência, generosidade, hospitalidade, gentileza, cortesia, aceitação do próximo, amizade, companheirismo, ajuda ao próximo, são como alavancas para a alma humana: estão sempre colocando você em um estado emocional positivo, construtivo e sólido. As emoções positivas fazem você sorrir mais, ser mais amigo das pessoas, ser ajudador, caridoso, gentil, gostar de gente, fortalecer laços de amizade. Faz bem à nossa alma estar na companhia de pessoas que pensam de forma positiva, que têm emoções positivas, e que sempre estão pensando em apoiar, ajudar e fortalecer a outrem. As emoções positivas fazem de você uma pessoa altruísta e muito mais feliz. Você ri mais, vive a vida numa perspectiva de vitória, pensa mais em construir  amizades. Uma  pessoa tomada por emoções positivas é um construtor de pontes para facilitar o diálogo e a convivência entre os semelhantes. Evita levantar muros de discórdia e de separação entre pessoas. Leia I Coríntios 13; Romanos 12:9 a 21.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 28 de dezembro.

 

AS MANIFESTAÇÕES EMOCIONAIS DE JESUS (Parte I)

Ou: A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL DE JESUS

 

Leitura Bíblica do Dia: Marcos 1:40-41; 6:34; 8:1 a 3.

 

Jesus declarou certa vez: "Todo o que vem a mim, de maneira nenhuma o lançarei fora." João 6:37. Jesus estava dizendo que receberia e aceitaria toda pessoa que O procurasse, solicitando ajuda e apoio. O verbo "REJEITAR", especialmente quando se referia a pessoas, não era conjugado por Jesus. Isto revela Sua elevada inteligência emocional. Pessoas simples, pobres, doentes, cegos, aleijados, pessoas com sentimentos de perda, pessoas perdidas, confusas, desorientadas, alienadas, desprezadas, rejeitadas, todos estes encontravam em Jesus um abrigo, um apoio, uma palavra de encorajamento. Todos encontravam salvação em Jesus. Todos se achavam a si mesmos em Jesus.

"Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas." Marcos 6:34. Jesus sabia acolher pessoas e orientar pessoas. Ele amava pessoas, e cuidava delas como ninguém. E as pessoas encontravam em Jesus, e junto a Jesus, amizade, acolhimento, salvação, abrigo, apoio, confiança, segurança, amizade sincera, amor verdadeiro. Jesus os alimentava. Jesus lhes ensinava a Verdade. Jesus curava as doenças deles. Jesus curava as emoções deles. Jesus lhes dava esperança e uma segura perspectiva em relação ao futuro.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 29 de dezembro.

 

A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL DE JESUS (Parte II)

 

Leitura Bíblica do Dia: Mateus 26:37 e 38. Marcos 3:5. 8:12. 11:15 e 16. João 11:32 e 38.

 

Jesus também lidava com Suas próprias emoções negativas; Sua hora decisiva estava-se aproximando, quando Ele teria que dar Sua vida santa como pagamento do resgate da vida de todos os moradores da Terra. Vida dada por vidas. Aquela Sua luta com as emoções negativas no horto do Getsêmani, quando a tristeza, a angústia e o medo de Se ver separado de Deus se abateram sobre Ele, Jesus declarou aos apóstolos: "Então lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui, e vigiai comigo." Mateus 26:38. Ele nunca havia Se separado do Pai, mesmo estando na Terra. Mas Ele iria tomar sobre Sua santa pessoa o pesado fardo da culpa e punição que deveria vir sobre os humanos pecadores. E o pecado "causa separação entre nós e o nosso Deus" (Isaías 59:2). Essa alienação do Pai; essa separação do Pai, que os punha em campos opostos no Grande Conflito, pois, devido ao Seu Sacrifício Vicário, substituinte, a Lei de Deus o pôs na posição de PECADOR, e como tal merecedor das penalidades da Lei, Ele jamais sofrera. Mesmo vivendo no planeta Terra, Jesus Se mantinha em total e diário contato e ligação com o Pai, que ficara no Céu. Agora, no Getsêmani, quando a decisão de caminhar rumo à Cruz estava para ser efetivada, Jesus já sentia as negativas emoções do medo, da perda, da alienação de Deus, da violência humana, e tudo o que isto representava para Ele. Jesus pediu a Seus apóstolos apoio e ajuda naquela hora decisiva. Jesus lhes pediu que orassem com Ele e por Ele; que eles vigiassem em oração constante ao Pai. Mas eles não conseguiram ficar acordados. Eles não vigiaram em oração por Jesus. Ele teve de, sozinho, tomar a decisão final. Esta foi a Sua maior batalha na Terra, contra as forças do mal, e contra sua própria emoção negativa de medo e angústia. Ele era humano, como nós o somos, exceto em relação aos atos pecaminosos.

Jesus chorou diante da tumba de Lázaro. Chorou, não por sentimentalismo ou emocionalismo. Chorou ao ver que o tempo de Seu retorno ao Céu se aproximava, e Seu povo, os judeus, se achava ainda em total ignorância sobre Sua Pessoa, sobre o fato de que o MESSIAS, o "Ungido" do Senhor, já por três anos estivera no meio deles sem ser corretamente identificado. Chorou ao ver que Seu povo, a quem viera salvar, se mantinha incrédulo em relação à Sua capacidade de os salvar. Um povo sem fé no seu Messias e Salvador. E um povo assim, sem fé, não pode ser salvo, nem do diabo, nem de sua própria ignorância e indiferença. É preciso crer, confiar no Salvador, pensar positivamente sobre Ele, e dEle se aproximar em plena certeza de que, nEle, achará salvação (Atos 4:11 e 12; Atos 16:31).

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 30 e 31 de dezembro.

 

O PLANO DE DEUS PARA NOSSAS EMOÇÕES DOLOROSAS

 

Leitura Bíblica do Dia: João 16:20 a 24.

 

As emoções negativas, tais como medo, ansiedade, tristeza, dor, sentimento de perda, ira, etc., não são pecaminosas em si mesmas, mas são perigosas para a alma. Se elas não forem corretamente administradas, podem causar grande e eternos estragos à alma humana. Se corretamente administradas, podem ser alavancas para se chegar às emoções positivas e às vitórias pessoais. Toda pessoa neste planeta Terra tem emoções positivas e emoções negativas. Isto é comum entre os humanos pecadores. O que fazemos dessas emoções, ou a maneira como lidamos com elas, é que vai determinar se seremos pessoas doentes das emoções, ou pessoas curadas pelas emoções. Tudo depende de como lidamos com as emoções. Nunca se esqueça desse detalhe.

Jesus advertiu a todos nós, Seus discípulos e apóstolos, do passado e do presente, que iríamos lidar com nossas emoções, positivas e negativas, e que também seríamos vitimados pelas emoções negativas de pessoas ao nosso redor, incluindo pessoas de nosso círculo mais íntimo de relacionamento, a família. Seu ensino a como deveríamos lidar com essas emoções foi:

"Em verdade, em verdade vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará [rirá do nosso sufoco, sofrimento]; vós ficareis tristes [com medo, ansiosos, preocupados], mas a vossa tristeza se converterá em alegria." João 16:20, com interpolações nossas. Então Jesus ilustra como isto funciona. Ele afirmou que isto é semelhante a uma mulher que, estando grávida, sente já as dores do parto. São dores fortes, que a fazem sofrer, gemer, chorar. Mas quando a criança nasce e as dores cessam, sua alegria em ver seu filho ou filha vivo e bem de saúde, recém-nascido dela, supera todo o sofrimento anterior.

Com essa breve ilustração, Jesus queria nos dizer que todo sofrimento e angústia que soframos um dia vai passar. Medo, tristeza, ansiedade, angústia, tudo passará. Logo chegarão dia em que nossa tristeza se tornará em alegria, pois veremos Jesus voltando para nos buscar e efetivar nossa redenção, nos tirando deste planeta em maldição, a Terra, e nos levando para o Céu, a Casa do Pai, onde a felicidade é total. Nossa tristeza de hoje se transformará na maior alegria de nossa vida. Vale a pena confiar em Jesus e perseverar firme nesta bendita esperança do breve retorno de Jesus à Terra. Certamente Ele virá (João 14:1 a 3). Paulo falou dessa espera em meio à angústia (leia Romanos 8:18 a 25).

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 

 

 

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 13



 

LIÇÃO  13

 

BARUQUE – Legado em um mundo em pedaços

 

Verso para memorizar: "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem dessa maneira, jamais verão a alva."  Isaías 8:20.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Isaías 53:1 a 5; Jeremias 7:1 a 11; 28; 45; Mateus 6:25 a 34.

 

INTRODUÇÃO

 

Chegamos à última lição deste trimestre. Foram focalizadas muitas figuras dos bastidores bíblicos, cada uma delas associada a um personagem principal. Nesta semana, vamos focalizar a vida e obra de Baruque, secretário e redator do profeta Jeremias.

 

Pouco sabemos sobre sua vida. O que dele é informado na Bíblia, é que trabalhou com o profeta Jeremias, sendo o escriba, o redator de algumas das mensagens reveladas por Deus a este profeta, num tempo de crise espiritual no reino de Judá, entre os anos 630 a 605 antes de Cristo, quando Jerusalém foi invadida pelos caldeus.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 19 de dezembro.

 

O MUNDO DE BARUQUE

 

Leitura Bíblica do Dia:  Jeremias 7:1 a 11.

 

Baruque viveu em Judá, num tempo de acentuada apostasia e declínio moral. As coisas não andavam bem em Judá, pois prevalecia a falta de ética nas relações dos judeus com Deus e com seus semelhantes. Matavam, mentiam, roubavam, transgrediam a santidade do Sábado semanal, adulteravam, violavam os direitos dos órfãos e das viúvas, maltratavam os estrangeiros que moravam em Judá e cultuavam a Baal. Depois, vinham ao templo como se nada tivessem feito de errado, confiando que a simples presença deles no lugar mais sagrado de Israel os purificasse de seus graves pecados.

 

Pergunta-lhes Jeremias: "Que é isto? Furtais, matais, cometeis adultério e jurais falsamente; queimais incenso a Baal e andais após outros deuses que não conheceis; e depois vindes, e vos pondes diante de Mim nesta casa que se chama pelo Meu nome, e dizeis: Estamos salvos. Sim, só para continuardes a praticar estas abominações. Será esta casa que se chama pelo Meu nome um covil de salteadores aos vossos olhos? Eis que Eu, Eu mesmo vi isto, diz o Senhor." Jeremias 7:1 a 11.

 

Não é muito diferente hoje em todas as igrejas que a si mesmas se nomeiam igrejas cristãs. Os membros de tais igrejas, inclusive da nossa, praticam todo tipo de pecado durante a semana, sem darem importância à Palavra de Deus, conhecida por eles, e, no Sábado, vêm ao templo sem arrependimento e sem conversão, para assistirem a reuniões religiosas que lhes acalmem a consciência culpada. E poucos são os que vão ao templo com o verdadeiro e honesto intuito de cultuar e adorar a Deus, pois alguns dos chamados "crentes" fazem de tudo no templo, menos cultuar. Existem em nossas igrejas, em dias de culto, especialmente nos sábados, uma outra congregação, a qual se reúne atrás do templo, ou ao lado do templo, ou, ainda, na frente do templo, cultuando a Satanás. É a "Igreja Adventista Movimento do Beco". É formada por adventistas não convertidos, críticos, pessoas do contra, cristãos irreverentes, profanos, vaidosos, que se acham superiores a todos os demais cristãos que adoram dentro do templo. Pode ser que você tenha essa "comunidade" em sua igreja, ou até faça parte dela. Cuidado, irmão! Pode ser esta a porta aberta e o caminho mais curto para a apostasia e para o inferno.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 20 de dezembro.

 

ESCRIBA DE JEREMIAS

 

Leitura Bíblica do Dia: Isaías 8:20; Jeremias 28:7 a 9; 36:4.

 

Jeremias teve de lutar em muitas frentes, defendendo a VERDADE revelada a ele por IAVÉ. Quando Jeremias deu uma forte mensagem de advertência ao rei Zedequias, de Judá, mensagem que aconselhava o rei a entregar-se ao rei da Babilônia, Nabucodonosor, para que não houvesse muitas mortes e grande carnificina em Jerusalém, saiu-lhe ao encontro, em oposição a ele e à mensagem vinda do Senhor, um falso profeta chamado Hananias, o qual contradizia a Palavra de Deus. Veio a Jeremias a Palavra do Senhor, informando que o falso profeta Hananias morreria naquele mesmo ano (Jeremias 28:16). Tudo se cumpriu conforme a Palavra do Senhor a Jeremias, e não segundo a falsa profecia de Hananias. Leia mais uma vez Isaías 8:20.

 

A única segurança para nós, cristãos, é ficarmos decididamente firmados num "assim diz o Senhor". Este é o nosso firme fundamento; nossa rocha inamovível. "À Lei [Pentateuco] e ao Testemunho [as revelações de Deus a Seus profetas, revelações estas que se acham na Bíblia]; se eles [os cristãos que se dizem orientados por Deus] não falarem desta maneira [isto é, conforme "a Lei e os Profetas", ou "a Lei e o Testemunho"], jamais verão a alva [uma referência ao nascer do dia, pois muitos morrem crendo na mentira; ou uma referência à Segunda Vinda de Jesus, o alvorecer de uma nova era para o povo de Deus e para o planeta Terra]" Isaías 8:20, com interpolações e comentários nossos.

 

"Baruque, filho de Nerias" (Jr 36:4), foi chamado por Jeremias para ser o redator de uma mensagem especial que o Senhor Deus lhe revelara. "Escreveu Baruque no rolo, segundo o que ditou Jeremias, todas as palavras que a este o Senhor havia revelado." Jeremias 36:4. Jeremias estava preso. Ao revelar ao rei e ao povo a mensagem vinda de Deus, que todos deveriam se entregar ao rei de Babilônia, Jeremias provocou a ira deles, e foi punido com prisão e privação de mantimentos. Devido a isto, ele teve de solicitar o auxílio de um redator confiável, Baruque, um leal amigo, para que este registrassem em rolo uma nova mensagem vinda do Senhor ao rei e nobres de Judá. E dura era a mensagem.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 21 de dezembro.

 

AMBIÇÕES CONTRARIADAS

 

Leitura Bíblica do Dia: Jeremias 36.

 

"A seriedade da situação finalmente parece ter sido percebida pelo povo de Judá. Em Jeremias 36:9, o povo se reuniu no templo para um dia de jejum diante do Senhor. Por sua ligação profissional com outros escribas, Baruque conseguiu um bom lugar público, na janela de Gemarias na entrada do templo. Ali, Baruque fez a leitura do rolo que havia escrito pelo ditado de Jeremias. Depois que Baruque leu a mensagem, as autoridades lhe pediram que fizesse uma leitura reservada. Depois de investigar de onde vinha a mensagem, os oficiais decidiram levá-la à atenção do rei. Por um breve momento, parecia que poderia haver mudanças em Judá. Para Baruque, esse foi um momento de esperança. Caso as coisas mudassem, seu apoio a Jeremias teria sido compensador. Na possível reforma, ele seria um homem de importância, talvez elevado a uma alta posição no governo." Lição da Escola Sabatina, CPB, na Internet.

 

A mensagem de Deus a Jeremias, que Baruque redigiu, anunciava a todo o reino de Judá que todo o povo devia se entregar ao rei de Babilônia, pois o Senhor Deus já determinara disciplinar o reino de Judá, por causa de seus muitos pecados. Esta disciplina iria durar "setenta anos" (Jeremias 25:11). Deus dissera já a Jeremias, em relação aos judeus: "Tu, pois, não intercedas por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração; nem me importunes, porque Eu não te ouvirei." Jeremias 7:16, grifo nosso. Nem as orações intercessórias do profeta Jeremias pelo povo de Judá, seus co-irmãos, seriam ouvidas por Deus. O Senhor já havia determinado punir o reino de Judá. A insistente rebeldia do rei, dos nobres e do povo, ao continuar resistindo a se entregar nas mãos do rei de Babilônia, somente piorava-lhes a situação. Quando Deus determina algo, isto se cumpre com certeza. Mas a mensagem de Deus a Judá, por meio de Jeremias, contrariava muitos interesses e ambições no reino de Judá. Muitos privilégios seriam cortados. Muita gente sairia perdendo materialmente. Por isso os nobres, que controlavam os negócios e negociatas em Judá, resistiam à mensagem de Deus. Eles se puseram contra Jeremias e contra Baruque, o escriba.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 22 de dezembro.

 

"AI DE MIM!"

 

Leitura Bíblica do Dia: I Reis 19:4. Jó 6:2 e 3. Salmos 55:4. Jeremias 9:1. Jr 36 e 45.

 

"Provera a Deus a minha cabeça se tornasse em águas; e os meus olhos, em fonte de lágrimas! Então choraria, de dia e de noite, os mortos da filha do meu povo!" Jr 9:1.

 

Jeremias desesperou-se e ficou deveras aflito, ao contemplar a dureza de coração do rei, dos nobres e do povo de Judá. Nenhuma mensagem vinda do Senhor, por meio do profeta, lhes parecia demasiado forte para movê-los ao arrependimento. As mensagens vindas do Senhor pareciam ter um efeito contrário: em vez de convencer e converter os judeus ao Senhor, fazia com que eles se afastassem ainda mais do seu Deus. Jeremias já lhes havia clamado dia e noite, e nenhuma reação espiritual positiva surgia. Não havia sentimento de tristeza pelo pecado; não havia arrependimento; não havia conversão. Era povo de dura cerviz e coração de pedra. Certamente eles iriam continuar assim, e a tragédia anunciada a eles certamente se cumpriria. E assim aconteceu.

 

Jeremias, um homem sensível à revelação divina; um homem cheio de amor por Jerusalém, pelo templo e por sua gente, gostaria de vê-los arrependidos e convertidos ao Senhor. Jeremias dava-lhes o melhor de si mesmo, tentando convencê-los a mudar de atitude, mas suas palavras pareciam provocar uma ira ainda maior. Eles ficaram enraivecidos com Jeremias e com Baruque, o posterior redator das mensagens, em um tempo quando Jeremias estivera preso. Jeremias chorava rios de lágrimas em vista dessas coisas. Ele sofria a desgraça espiritual de seu povo. Jeremias se mostrou um excelente pastor de seu povo, os judeus.

 

Jeremias também enviou uma mensagem a Baruque, dizendo-lhe:

 

"Assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca de ti, Baruque: Disseste: Ai de mim agora! Por que me acrescentou o Senhor tristeza ao meu sofrimento; estou cansado do meu gemer e não acho descanso. Assim lhe dirás: Isto diz o Senhor: Eis que estou demolindo o que edifiquei; e arrancando o que plantei, e isto em toda a terra. E procuras grandezas? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda a carne, diz o Senhor. A ti, porém, Eu te darei a tua vida como despojo, em todo lugar para aonde fores." Jeremias 45:2 a 5.

 

Baruque não tinha a mesma fibra de Jeremias. Sofrera um pouco com a rudeza dos judeus que o trataram mal, e já se lastimava pelo que havia sofrido. Enquanto Jeremias chorava a sorte de todos os judeus, Baruque chorava sua própria sorte. No juízo de Deus sobre Jerusalém e sobre os judeus, o Senhor Deus assegura a Baruque que ele seria salvo, e sua vida lhe seria dada a ele como despojo. O Senhor recompensa aqueles que Lhe são fieis. Nem Jeremias nem Baruque perderam a vida na tomada de Jerusalém.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 23 e 24 de dezembro.

 

O QUE HÁ PARA MIM?

 

Leitura Bíblica do Dia: Jeremias 21:9; 38:2; 39:18; Jeremias 45.  Mateus 6.

 

Nós, adventistas do sétimo dia, sabemos que dentro de pouco tempo o Senhor Deus abalará toda a Terra.

 

"Porque ainda dentro de pouco tempo Aquele que vem, virá, e não tardará. Todavia, o Meu justo viverá pela fé. Se retroceder, nele não se compraz a Minha alma."  Hebreus 10:37 a 39.

 

Num tempo como este, de severas provas para o povo de Deus, devemos manter o nosso olhar bem firmado em Deus; "olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual em troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus." Hebreus 12:2.

 

Jesus ensinou a todos nós: "Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir... Buscai, pois, em primeiro lugar o Seu Reino e a Sua Justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Mateus 6:25 e 33.

 

Caminhamos em direção ao fim da presente ordem mundial, e ao fim do presente estado de coisas. Dias muito difíceis estão diante de nós, os que cremos em Jesus, e optamos por Lhe ser fiel em todos os sentidos. Deus promete que a nossa vida nos será dada como despojo, assim como o prometeu a Baruque. Toda a tragédia que se abateu sobre o reino de Judá, tanto nos tempos de Jeremias como no primeiro século da Era Cristã, como a destruição de Jerusalém no ano 70AD, são parábolas e figuras do que vai ocorrer a todo o planeta Terra dentro de mais algum breve tempo. Deus afirma que "abalará" toda a Terra. Para o povo que permanece fiel a Deus, a vida lhe será dada como despojo. Para os que não crêem em Jesus, e também para os que apostatam da fé no Senhor, somente lhes resta a morte eterna, num lago cheio de fogo e enxofre (leia Mateus 25:31 a 46; Apocalipse 20:7 a 10).

 

Seja um cristão como Jeremias, que chora e lamenta tudo o que vê acontecer na Igreja e no mundo. Não como Baruque, que pensava somente em si mesmo. Baruque se preocupava com o que ocorreria com ele: "Ai de mim!"  Jeremias, com o que estava ocorrendo e ainda ocorreria com todo o Judá (leia Jeremias 9:1). Precisamos nos interessar pela sorte dos que hoje ainda são ímpios, buscando convencê-los e convertê-los em servos de Deus, para que escapem da tragédia final. Como povo de Deus, somos um "reino de sacerdotes", ou "sacerdócio real" (I Pedro 2:9); ou seja, "embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse [a Igreja e o mundo] por nosso intermédio" II Coríntios 5:20, interpolação nossa.

 

Cumpramos, pois, nossa missão de intercessores, dentro e fora da Igreja!

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 

 

 

 

 

 


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

COMENTÁRIO DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA



 

 

____________________________________________

NESTE NATAL, FAÇA DE SUA VIDA UMA MANJEDOURA,

DEIXANDO JESUS NASCER EM SUA VIDA!

 

NESTE NATAL, FAÇA DE SUA VIDA UMA HOSPEDARIA,

DEIXANDO JESUS MORAR EM VOCÊ PARA SEMPRE!

_____________________________________________

 

 

LIÇÃO 12

 

GEAZI -  ERRANDO O ALVO

 

Verso para memorizar: "Sigam somente o Senhor, o seu Deus, e temam a Ele somente. Cumpram os seus mandamentos e obedeçam-Lhe; sirvam-nO e apeguem-se a Ele."   Deuteronômio 13:4.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Gênesis 39:4 a 6; II Reis 4; 5; 8:1 a 6; Jeremias 9:23 e 24; João 13:1 a 17; I Timóteo 6:10.

 

INTRODUÇÃO

 

Geazi foi um servo do profeta Eliseu. Ele ficou conhecido mais por haver cobiçado as riquezas do general sírio Naamã, o qual fora curado pelo profeta Eliseu. Naamã quis recompensar Eliseu pela cura, mas o profeta recusou isto terminantemente. Geazi achou que seu senhor, o profeta, fora tolo ao recusar as dádivas de Naamã, pois aquele dinheiro poderia ser de grande ajuda à "obra de Deus". Ele pensou como muitos pastores, de todas as igrejas, sem exceção, pensam hoje: Se uma pessoa foi agraciada com bênçãos do Céu, como uma cura ou um emprego, por que não ser grato materialmente por isto, fazendo doações ou ofertas de algum valor material? Com base nessa visão religiosa, muitos pastores quase que forçam a doação de algum valor financeiro, ou bens materiais, para sua igreja, afirmando que isto se trata de uma oferta de gratidão. Geazi pensou do mesmo jeito, e o profeta não concordou com sua forma de pensar. Geazi foi punido severamente por agir como agiu. Vamos aos fatos.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 12 de dezembro.

 

SERVIDÃO

 

Leitura Bíblica do Dia: Gênesis 24:2 a 4; 39:4 a 6; Lucas 14:17; 17:7 e 8; João 13:1 a 17; Atos 2:18.

 

Era muito comum a pessoas de certas posses ter em casa um ou mais servos de estimação, pessoas que viviam para servir seus amos. Também os profetas mais destacados tiveram seus servos de profeta. Havia em Israel uma Escola de Profetas, escola esta onde jovens hebreus eram treinados para o ministério profético. Eles aprendiam o ofício e ministério servindo a um profeta experiente, o qual lhes servia de professor e treinador. Possivelmente este era o caso de Geazi, em relação a Eliseu. Também pode ter sido uma espécie de "menino de recado" do profeta. Eliseu já não era muito jovem, e sempre que necessário enviava Geazi para a realização de algumas missões mais simples, as quais não exigiam sua presença no lugar.

 

Geazi parecia dedicado em servir o profeta Eliseu. Ele tinha lá suas limitações, suas dificuldades em compreender algumas ordens e ações do profeta, pois esta compreensão estava aquém de sua formação. Geazi não era um profeta, mas apenas o servo do profeta. Toda a revelação divina vinha a Eliseu, o profeta que sucedeu ao profeta Elias, quando este foi arrebatado para o Céu. Geazi também não tinha a compreensão espiritual da vontade de Deus no mesmo nível de Eliseu. Vamos verificar isto no decorrer desta lição.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 13 de dezembro.

 

APRENDIZADO DE PRIMEIRA MÃO

 

Leitura Bíblica do Dia: II Reis 4:8 a 31.

 

Vivendo na companhia de Eliseu, Geazi teve muitas oportunidades de ver, ouvir e vivenciar episódios bem singulares. Ele pode ver a mão de Deus atuando na vida de diversas pessoas, e muitos milagres ocorrendo através do ministério de Eliseu. Era uma aprendizagem de primeira mão. Ele viu os fatos acontecerem. Ele foi testemunha ocular desses fatos.

 

O capítulo 4 do segundo Livro dos Reis narra pelo menos quatro episódios miraculosos realizados por Eliseu, pelo poder de Deus, e em todos eles Geazi esteve presente e teve de agir sob as ordens de Eliseu, nem sempre crendo no resultado final. Geazi teve de ver para conseguir crer; (1) Eliseu aumentando o azeite de uma mulher viúva – 2 Reis 4:1 a 7;  (2) Eliseu faz a estéril sunamita dar à luz um filho; este filho morre, e, pelo poder de Deus, Eliseu o ressuscita – 2 Reis 4:8 a 37; (3) Os alunos da Escola de Profetas comem uma erva venenosa que puseram numa panela, sem o saber, e alguns adoecem; Eliseu ora a Deus em favor deles e o veneno perde seu efeito nocivo – 2 Reis 4:38 a 41; (4) Um certo homem trouxe ao profeta "vinte pães de cevada" para cem homens deles comerem; o que seria insuficiente. Eliseu ora a Deus, e pede a Geazi que reparta os vinte pães com os cem homens; Geazi protesta, dizendo que era insuficiente. Mas o pão deu para todos comerem e se fartarem – 2 Reis 4:42 a 44. Em todos esses episódios, Geazi pode aprender a maneira poderosa e efetiva como Deus atuava através de seu amo e professor, o profeta Eliseu.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 14 de dezembro.

 

UMA QUESTÃO DE FÉ

 

Leitura Bíblica do Dia:  II Reis 5:1 a 19.

 

Naamã era general comandante do exército da Síria. Nesse tempo, a Síria havia invadido Israel, o reino do norte, e o submetido a pesados impostos. Naamã gozava de grande prestígio junto a seu rei, mas sofria muito com a lepra que o devorava aos poucos.

 

Numa dessas guerras entre Israel e os sírios, estes levaram para a Síria uma menina israelita, para ser serva na casa de Naamã, auxiliando a esposa deste nos serviços domésticos (II Reis 5:2). Era uma menina esperta, com boa mentalidade espiritual, e que confiava em Deus, e confiava nas revelações de Deus ao profeta Eliseu. Vendo seu amo sofrendo com a lepra, ela disse à esposa deste: "Tomara [quisera eu que] o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria de sua lepra." (II Reis 5:3). Aquela menina cativa deu a seus amos o mais expressivo testemunho de sua fé no Deus de Israel, e em Seu profeta (II Crônicas 20:20). Naamã ouviu isto, e foi falar com seu senhor, o rei da Síria, esperando deste uma mediação com o rei de Israel, para que ele, Naamã, pudesse ser curado pelo Deus de Israel. O rei da Síria concordou com Naamã e escreveu uma carta de apresentação ao rei de Israel, pedindo-lhe que agisse em favor de seu servo e general. Naamã levou ao rei de Israel, da parte do rei da Síria, "dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez vestes festivais" (5:5).

 

Quando o rei de Israel recebeu aquela carta estranha, vinda do rei da Síria, pedindo cura para seu general mais destacado, ficou assustado, achando que o rei sírio o estava provocando, querendo invadir Samaria; para tanto, buscava somente um motivo, e este seria a recusa do rei de Israel em atender seu pedido. O rei de Israel pensou como político, e não teve a esperteza e sabedoria de encaminhar as coisas de maneira espiritual.

 

De uma certa maneira, o profeta Eliseu ficou sabendo do assunto. Ele mandou dizer ao rei de Israel: "Por que rasgastes as tuas vestes [em sinal de medo de que algo trágico ocorresse]? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel" II reis 5:8, com comentário nosso. "Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e os seus carros, e parou à porta da casa de Eliseu. Então Eliseu lhe mandou um mensageiro [possivelmente Geazi], dizendo: Vai, lava-te sete vezes no rio Jordão, e atua carne será restaurada; e ficarás limpo." (5:9 e 10, com comentário nosso). Naamã não gostou de duas coisas: (1) O profeta não veio pessoalmente falar com ele; (2) O profeta o mandou mergulhar sete vezes no rio Jordão, um rio de águas barrentas; por que ele não o mandara mergulhar nos rios da Síria, os quais tinham águas mais limpas?  Naamã irritou-se, sentiu seu orgulho ferido, e decidiu que não faria o que o profeta lhe mandara fazer. Nessa hora, alguns dos seus oficiais, agindo com sabedoria, aconselharam o general a fazer o que o profeta ordenara, da maneira como ordenara. Ele mudou de ideia, deixou de lado a soberba e o orgulho ferido, e seguiu o conselho de seus oficiais. Mergulhou sete vezes nas águas do Jordão, e a cura se operou, pelo poder de Deus. Vendo-se curado completamente, Naamã se dirigiu com sua caravana à casa do profeta Eliseu, a fim de mostrar-lhe sua gratidão pela bênção alcançada. Disse Naamã a Eliseu: "Eis que, agora, reconheço que em toda a terra não há Deus, senão em Israel; agora, pois, te peço aceites um presente do teu servo." (5:15). Eliseu respondeu com veemência: "Tão certo como vive o Senhor, em cuja presença estou, não o aceitarei." (5:16). Naamã insistiu, mas Eliseu recusou receber qualquer tipo de doação pela cura realizada. Então Naamã pediu a Eliseu que o permitisse levar para a Síria uma carga da terra de Israel, pois, a partir daquele momento, ele, Naamã, não mais se ajoelharia diante de ídolos mudos, mas adoraria somente ao Deus de Israel (5:17). 

 

Naamã chegou a Israel com pouca confiança; depois, perdeu toda a confiança. Aconselhado por ser oficiais, ele entrou nas águas do Jordão, mas não havia nele fé no Deus de Israel. Ele apenas estava cumprindo um ritual, de forma mecânica. Ainda não passara para o nível da fé em Deus. Somente depois da cura é que a fé lhe nasceu e se confirmou. Ele decidiu, depois de curado, abandonar a idolatria e servir e adorar somente ao Deus de Israel. A fé em Deus se manifestou então e as mudanças de vida, hábitos e costumes começaram a ocorrer, como no caso de Zaqueu (Lucas 19:1 a 10).

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 15 de dezembro.

 

A QUEDA DE GEAZI

 

Leitura Bíblica do Dia: II Reis 5:20 a 27.

 

Sempre que um cristão acha que pode confiar mais em si mesmo do que confiar na Palavra de Deus, a apostasia começa em sua vida pessoal. Assim aconteceu a Geazi, servo do profeta Eliseu. Ele cobiçou os bens materiais trazidos por Naamã e recusados por Eliseu. Geazi ficou fora de si quando viu o profeta Eliseu recusar receber as dádivas de Naamã. Ele pensou que Eliseu estava sendo orgulhoso e tolo ao fazer isto. Geazi esteve ali, junto a Eliseu, vendo e ouvindo tudo. Geazi ficou com raiva do profeta por haver este recusado as doações de Naamã. Que fez Geazi, logo que Naamã saiu de volta para a Síria? Geazi correu em busca de Naamã, sem dizer nada a Eliseu, e, falando coisas mentirosas, convenceu Naamã a lhe entregar alguma doação, dizendo que estava ali a pedido do profeta Eliseu. Naamã lhe entregou "dois talentos de prata" e "duas vestes festivais". Geazi retornou alegre, imaginando que fizera a coisa certa, e também pensando que, neste assunto, fora mais esperto que o profeta. Ele guardou tudo o que recebera de Naamã, e veio ficar na presença de Eliseu, como se nada de errado tivesse feito. Eliseu lhe perguntou: "Donde vens, Geazi?" Ele respondeu: "Teu servo não foi a parte alguma." No entanto, Eliseu lhe disse: "Porventura não fui contigo em espírito quando aquele homem voltou do seu carro a encontrar-te? Era isto ocasião para tomares prata e para tomares vestes, olivais e vinhas, bois e ovelhas, servos e servas? Portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre. Então saiu ele da presença de Eliseu leproso, branco como a neve." (II reis 5:22 a 27).

 

Se Geazi soubesse que sua esperteza terminaria em lepra jamais teria agido de maneira contrária à Palavra de Deus. Não foi compensador ter recebido aquelas dádivas. A culpa não foi de Naamã, mas do próprio Geazi. Ele cobiçou as coisas materiais, e até mentiu e trapaceou para alcançá-las. Geazi seguiu a filosofia seguida por muitos pastores e líderes religiosos, católicos e protestantes, de nossos dias: "Os fins justificam os meios".

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 16 e 17 de dezembro.

 

VIVENDO DO PASSADO

 

Leitura Bíblica do Dia: II Reis 8:1 a 6.

 

Vários anos se passaram. Veio sobre Israel um novo período de estiagem e fome. Eliseu foi até à casa da mulher sunamita, a quem ele ressuscitara o filho, e lhe disse que deixasse o reino de Israel e fosse morar em outras terras. Ela abandonou tudo o que tinha e foi para outro país, onde viveu por cerca de sete anos.

 

"Ao cabo de sete anos, a mulher [sunamita] voltou da terra dos filisteus e saiu a clamar ao rei [de Israel] pela sua casa e por suas terras." (2 Reis 8:3). Ela queria que lhe devolvessem as terras que lhe pertenciam, mas o rei relutava em fazer isto, pois não estava certo de que aquelas terras pertenciam àquela mulher. Então o rei de Israel chamou Geazi, e pediu a este que lhe contasse todas as grandes obras que o profeta Eliseu realizara antes disto. Geazi abriu a boca e quase não parou mais de falar ao rei sobre todas as coisas excelentes e miraculosas que seu senhor, o profeta Eliseu realizara, pelo poder de Deus. Ele fora testemunha ocular de todos os fatos narrados, e seu testemunho foi recebido pelo rei como fidedigno. Em relação à mulher sunamita, Geazi contou em detalhes tudo o que acontecera, oferecendo ao rei riqueza de detalhes em sua narrativa. Então o rei de Israel chamou um oficial e mandou fazer um levantamento de todos os bens que pertenciam antes à sunamita, ordenando que esses bens lhe fossem devolvidos em sua totalidade. O testemunho de Geazi foi fundamental para que a justiça fosse feita à mulher sunamita. Ele, agora, vivia dos fatos do passado; de um tempo em que ele era feliz ao lado do profeta Eliseu, e não entendia assim. Geazi teve diante de si todas as oportunidades de ser fiel a Deus da maneira como viu seu senhor Eliseu ser fiel. O testemunho diário de fidelidade a Deus, que o profeta lhe dava, era mais do que suficiente para ele, Geazi, ter uma vida de fé e lealdade a Deus. Mas Geazi optou pelos ganhos materiais e se descuidou de ser fiel a toda palavra que procede da boca do Senhor. Agora, já leproso, Geazi vivia do passado. Já não mais podia ser o servo do profeta. Tinha de se recolher da sociedade, e terminar seus dias em recolhimento e tristeza. Fica o exemplo dele para todos nós que nos declaramos crentes no Deus de Israel. Que Deus tenha misericórdia de nós, e nos dê sabedoria para tomar as decisões que sejam mais acertadas.

 

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 

COMENTÁRIO DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA



 

LIÇÃO 12

 

GEAZI -  ERRANDO O ALVO

 

Verso para memorizar: "Sigam somente o Senhor, o seu Deus, e temam a Ele somente. Cumpram os seus mandamentos e obedeçam-Lhe; sirvam-nO e apeguem-se a Ele."   Deuteronômio 13:4.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Gênesis 39:4 a 6; II Reis 4; 5; 8:1 a 6; Jeremias 9:23 e 24; João 13:1 a 17; I Timóteo 6:10.

 

INTRODUÇÃO

 

Geazi foi um servo do profeta Eliseu. Ele ficou conhecido mais por haver cobiçado as riquezas do general sírio Naamã, o qual fora curado pelo profeta Eliseu. Naamã quis recompensar Eliseu pela cura, mas o profeta recusou isto terminantemente. Geazi achou que seu senhor, o profeta, fora tolo ao recusar as dádivas de Naamã, pois aquele dinheiro poderia ser de grande ajuda à "obra de Deus". Ele pensou como muitos pastores, de todas as igrejas, sem exceção, pensam hoje: Se uma pessoa foi agraciada com bênçãos do Céu, como uma cura ou um emprego, por que não ser grato materialmente por isto, fazendo doações ou ofertas de algum valor material? Com base nessa visão religiosa, muitos pastores quase que forçam a doação de algum valor financeiro, ou bens materiais, para sua igreja, afirmando que isto se trata de uma oferta de gratidão. Geazi pensou do mesmo jeito, e o profeta não concordou com sua forma de pensar. Geazi foi punido severamente por agir como agiu. Vamos aos fatos.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 12 de dezembro.

 

SERVIDÃO

 

Leitura Bíblica do Dia: Gênesis 24:2 a 4; 39:4 a 6; Lucas 14:17; 17:7 e 8; João 13:1 a 17; Atos 2:18.

 

Era muito comum a pessoas de certas posses ter em casa um ou mais servos de estimação, pessoas que viviam para servir seus amos. Também os profetas mais destacados tiveram seus servos de profeta. Havia em Israel uma Escola de Profetas, escola esta onde jovens hebreus eram treinados para o ministério profético. Eles aprendiam o ofício e ministério servindo a um profeta experiente, o qual lhes servia de professor e treinador. Possivelmente este era o caso de Geazi, em relação a Eliseu. Também pode ter sido uma espécie de "menino de recado" do profeta. Eliseu já não era muito jovem, e sempre que necessário enviava Geazi para a realização de algumas missões mais simples, as quais não exigiam sua presença no lugar.

 

Geazi parecia dedicado em servir o profeta Eliseu. Ele tinha lá suas limitações, suas dificuldades em compreender algumas ordens e ações do profeta, pois esta compreensão estava aquém de sua formação. Geazi não era um profeta, mas apenas o servo do profeta. Toda a revelação divina vinha a Eliseu, o profeta que sucedeu ao profeta Elias, quando este foi arrebatado para o Céu. Geazi também não tinha a compreensão espiritual da vontade de Deus no mesmo nível de Eliseu. Vamos verificar isto no decorrer desta lição.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 13 de dezembro.

 

APRENDIZADO DE PRIMEIRA MÃO

 

Leitura Bíblica do Dia: II Reis 4:8 a 31.

 

Vivendo na companhia de Eliseu, Geazi teve muitas oportunidades de ver, ouvir e vivenciar episódios bem singulares. Ele pode ver a mão de Deus atuando na vida de diversas pessoas, e muitos milagres ocorrendo através do ministério de Eliseu. Era uma aprendizagem de primeira mão. Ele viu os fatos acontecerem. Ele foi testemunha ocular desses fatos.

 

O capítulo 4 do segundo Livro dos Reis narra pelo menos quatro episódios miraculosos realizados por Eliseu, pelo poder de Deus, e em todos eles Geazi esteve presente e teve de agir sob as ordens de Eliseu, nem sempre crendo no resultado final. Geazi teve de ver para conseguir crer; (1) Eliseu aumentando o azeite de uma mulher viúva – 2 Reis 4:1 a 7;  (2) Eliseu faz a estéril sunamita dar à luz um filho; este filho morre, e, pelo poder de Deus, Eliseu o ressuscita – 2 Reis 4:8 a 37; (3) Os alunos da Escola de Profetas comem uma erva venenosa que puseram numa panela, sem o saber, e alguns adoecem; Eliseu ora a Deus em favor deles e o veneno perde seu efeito nocivo – 2 Reis 4:38 a 41; (4) Um certo homem trouxe ao profeta "vinte pães de cevada" para cem homens deles comerem; o que seria insuficiente. Eliseu ora a Deus, e pede a Geazi que reparta os vinte pães com os cem homens; Geazi protesta, dizendo que era insuficiente. Mas o pão deu para todos comerem e se fartarem – 2 Reis 4:42 a 44. Em todos esses episódios, Geazi pode aprender a maneira poderosa e efetiva como Deus atuava através de seu amo e professor, o profeta Eliseu.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 14 de dezembro.

 

UMA QUESTÃO DE FÉ

 

Leitura Bíblica do Dia:  II Reis 5:1 a 19.

 

Naamã era general comandante do exército da Síria. Nesse tempo, a Síria havia invadido Israel, o reino do norte, e o submetido a pesados impostos. Naamã gozava de grande prestígio junto a seu rei, mas sofria muito com a lepra que o devorava aos poucos.

 

Numa dessas guerras entre Israel e os sírios, estes levaram para a Síria uma menina israelita, para ser serva na casa de Naamã, auxiliando a esposa deste nos serviços domésticos (II Reis 5:2). Era uma menina esperta, com boa mentalidade espiritual, e que confiava em Deus, e confiava nas revelações de Deus ao profeta Eliseu. Vendo seu amo sofrendo com a lepra, ela disse à esposa deste: "Tomara [quisera eu que] o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria de sua lepra." (II Reis 5:3). Aquela menina cativa deu a seus amos o mais expressivo testemunho de sua fé no Deus de Israel, e em Seu profeta (II Crônicas 20:20). Naamã ouviu isto, e foi falar com seu senhor, o rei da Síria, esperando deste uma mediação com o rei de Israel, para que ele, Naamã, pudesse ser curado pelo Deus de Israel. O rei da Síria concordou com Naamã e escreveu uma carta de apresentação ao rei de Israel, pedindo-lhe que agisse em favor de seu servo e general. Naamã levou ao rei de Israel, da parte do rei da Síria, "dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez vestes festivais" (5:5).

 

Quando o rei de Israel recebeu aquela carta estranha, vinda do rei da Síria, pedindo cura para seu general mais destacado, ficou assustado, achando que o rei sírio o estava provocando, querendo invadir Samaria; para tanto, buscava somente um motivo, e este seria a recusa do rei de Israel em atender seu pedido. O rei de Israel pensou como político, e não teve a esperteza e sabedoria de encaminhar as coisas de maneira espiritual.

 

De uma certa maneira, o profeta Eliseu ficou sabendo do assunto. Ele mandou dizer ao rei de Israel: "Por que rasgastes as tuas vestes [em sinal de medo de que algo trágico ocorresse]? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel" II reis 5:8, com comentário nosso. "Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e os seus carros, e parou à porta da casa de Eliseu. Então Eliseu lhe mandou um mensageiro [possivelmente Geazi], dizendo: Vai, lava-te sete vezes no rio Jordão, e atua carne será restaurada; e ficarás limpo." (5:9 e 10, com comentário nosso). Naamã não gostou de duas coisas: (1) O profeta não veio pessoalmente falar com ele; (2) O profeta o mandou mergulhar sete vezes no rio Jordão, um rio de águas barrentas; por que ele não o mandara mergulhar nos rios da Síria, os quais tinham águas mais limpas?  Naamã irritou-se, sentiu seu orgulho ferido, e decidiu que não faria o que o profeta lhe mandara fazer. Nessa hora, alguns dos seus oficiais, agindo com sabedoria, aconselharam o general a fazer o que o profeta ordenara, da maneira como ordenara. Ele mudou de ideia, deixou de lado a soberba e o orgulho ferido, e seguiu o conselho de seus oficiais. Mergulhou sete vezes nas águas do Jordão, e a cura se operou, pelo poder de Deus. Vendo-se curado completamente, Naamã se dirigiu com sua caravana à casa do profeta Eliseu, a fim de mostrar-lhe sua gratidão pela bênção alcançada. Disse Naamã a Eliseu: "Eis que, agora, reconheço que em toda a terra não há Deus, senão em Israel; agora, pois, te peço aceites um presente do teu servo." (5:15). Eliseu respondeu com veemência: "Tão certo como vive o Senhor, em cuja presença estou, não o aceitarei." (5:16). Naamã insistiu, mas Eliseu recusou receber qualquer tipo de doação pela cura realizada. Então Naamã pediu a Eliseu que o permitisse levar para a Síria uma carga da terra de Israel, pois, a partir daquele momento, ele, Naamã, não mais se ajoelharia diante de ídolos mudos, mas adoraria somente ao Deus de Israel (5:17).  

 

Naamã chegou a Israel com pouca confiança; depois, perdeu toda a confiança. Aconselhado por ser oficiais, ele entrou nas águas do Jordão, mas não havia nele fé no Deus de Israel. Ele apenas estava cumprindo um ritual, de forma mecânica. Ainda não passara para o nível da fé em Deus. Somente depois da cura é que a fé lhe nasceu e se confirmou. Ele decidiu, depois de curado, abandonar a idolatria e servir e adorar somente ao Deus de Israel. A fé em Deus se manifestou então e as mudanças de vida, hábitos e costumes começaram a ocorrer, como no caso de Zaqueu (Lucas 19:1 a 10).

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 15 de dezembro.

 

A QUEDA DE GEAZI

 

Leitura Bíblica do Dia: II Reis 5:20 a 27.

 

Sempre que um cristão acha que pode confiar mais em si mesmo do que confiar na Palavra de Deus, a apostasia começa em sua vida pessoal. Assim aconteceu a Geazi, servo do profeta Eliseu. Ele cobiçou os bens materiais trazidos por Naamã e recusados por Eliseu. Geazi ficou fora de si quando viu o profeta Eliseu recusar receber as dádivas de Naamã. Ele pensou que Eliseu estava sendo orgulhoso e tolo ao fazer isto. Geazi esteve ali, junto a Eliseu, vendo e ouvindo tudo. Geazi ficou com raiva do profeta por haver este recusado as doações de Naamã. Que fez Geazi, logo que Naamã saiu de volta para a Síria? Geazi correu em busca de Naamã, sem dizer nada a Eliseu, e, falando coisas mentirosas, convenceu Naamã a lhe entregar alguma doação, dizendo que estava ali a pedido do profeta Eliseu. Naamã lhe entregou "dois talentos de prata" e "duas vestes festivais". Geazi retornou alegre, imaginando que fizera a coisa certa, e também pensando que, neste assunto, fora mais esperto que o profeta. Ele guardou tudo o que recebera de Naamã, e veio ficar na presença de Eliseu, como se nada de errado tivesse feito. Eliseu lhe perguntou: "Donde vens, Geazi?" Ele respondeu: "Teu servo não foi a parte alguma." No entanto, Eliseu lhe disse: "Porventura não fui contigo em espírito quando aquele homem voltou do seu carro a encontrar-te? Era isto ocasião para tomares prata e para tomares vestes, olivais e vinhas, bois e ovelhas, servos e servas? Portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre. Então saiu ele da presença de Eliseu leproso, branco como a neve." (II reis 5:22 a 27).

 

Se Geazi soubesse que sua esperteza terminaria em lepra jamais teria agido de maneira contrária à Palavra de Deus. Não foi compensador ter recebido aquelas dádivas. A culpa não foi de Naamã, mas do próprio Geazi. Ele cobiçou as coisas materiais, e até mentiu e trapaceou para alcançá-las. Geazi seguiu a filosofia seguida por muitos pastores e líderes religiosos, católicos e protestantes, de nossos dias: "Os fins justificam os meios".

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 16 e 17 de dezembro.

 

VIVENDO DO PASSADO

 

Leitura Bíblica do Dia: II Reis 8:1 a 6.

 

Vários anos se passaram. Veio sobre Israel um novo período de estiagem e fome. Eliseu foi até à casa da mulher sunamita, a quem ele ressuscitara o filho, e lhe disse que deixasse o reino de Israel e fosse morar em outras terras. Ela abandonou tudo o que tinha e foi para outro país, onde viveu por cerca de sete anos.

 

"Ao cabo de sete anos, a mulher [sunamita] voltou da terra dos filisteus e saiu a clamar ao rei [de Israel] pela sua casa e por suas terras." (2 Reis 8:3). Ela queria que lhe devolvessem as terras que lhe pertenciam, mas o rei relutava em fazer isto, pois não estava certo de que aquelas terras pertenciam àquela mulher. Então o rei de Israel chamou Geazi, e pediu a este que lhe contasse todas as grandes obras que o profeta Eliseu realizara antes disto. Geazi abriu a boca e quase não parou mais de falar ao rei sobre todas as coisas excelentes e miraculosas que seu senhor, o profeta Eliseu realizara, pelo poder de Deus. Ele fora testemunha ocular de todos os fatos narrados, e seu testemunho foi recebido pelo rei como fidedigno. Em relação à mulher sunamita, Geazi contou em detalhes tudo o que acontecera, oferecendo ao rei riqueza de detalhes em sua narrativa. Então o rei de Israel chamou um oficial e mandou fazer um levantamento de todos os bens que pertenciam antes à sunamita, ordenando que esses bens lhe fossem devolvidos em sua totalidade. O testemunho de Geazi foi fundamental para que a justiça fosse feita à mulher sunamita. Ele, agora, vivia dos fatos do passado; de um tempo em que ele era feliz ao lado do profeta Eliseu, e não entendia assim. Geazi teve diante de si todas as oportunidades de ser fiel a Deus da maneira como viu seu senhor Eliseu ser fiel. O testemunho diário de fidelidade a Deus, que o profeta lhe dava, era mais do que suficiente para ele, Geazi, ter uma vida de fé e lealdade a Deus. Mas Geazi optou pelos ganhos materiais e se descuidou de ser fiel a toda palavra que procede da boca do Senhor. Agora, já leproso, Geazi vivia do passado. Já não mais podia ser o servo do profeta. Tinha de se recolher da sociedade, e terminar seus dias em recolhimento e tristeza. Fica o exemplo dele para todos nós que nos declaramos crentes no Deus de Israel. Que Deus tenha misericórdia de nós, e nos dê sabedoria para tomar as decisões que sejam mais acertadas.

 

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho