segunda-feira, 27 de setembro de 2010

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 1 DA ESCOLA SABATINA


 

 

TEMA GERAL DO TRIMESTRE: 

"FIGURAS DOS BASTIDORES"

 

 

LIÇÃO 1

 

HISTÓRIA E HISTÓRIAS

 

Verso para Memorizar: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra."    II Timóteo 3:16-17.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Gênesis 39:6 a 12; Josué 3:9 a 17; I Samuel  24:1 a 6; I Reis 12:1 a 16; Jô 1:1 a 12.

 

INTRODUÇÃO

 

Estamos iniciando o QUARTO TRIMESTRE de 2010, e, com ele, o estudo de um novo conjunto de lições semanais da Escola Sabatina.

 

O Tema Geral das lições é: "FIGURAS DOS BASTIDORES". Será um trimestre repleto de histórias bíblicas, histórias essas que trazem para nós belas lições de vida, e nos ajudarão a crescer na vida espiritual.

 

Quando eu estudei Teologia, no Educandário Nordestino Adventista (ENA), na década de setenta, havia um professor muito amado por todos os alunos, chamado José Monteiro, que costumava dizer, filosoficamente: "Por trás de cada história há uma outra história: a História de Deus." E ele nos explicava sua reflexão, e nós ficávamos contentes em receber tamanha lição de sabedoria.

 

Essas histórias bíblicas sobre as quais estaremos estudando nesse novo trimestre vão nos mostrar que por trás de cada uma dessas histórias sobre homens, países e acontecimentos, está a ação de um Deus poderosíssimo que acompanha atentamente nossa história, e muitas vezes interfere em nossa história, visando sempre nossa felicidade e bem-estar. Nunca se esqueça de um fato real: Todas as histórias narradas na Bíblia fazem parte de um contexto cósmico bem mais amplo do que as pessoas e fatos visíveis narrados na história. Está em desenvolvimento um grande conflito cósmico, universal, entre Deus e Seus anjos e homens associados contra Satanás, seus anjos e homens associados. Eu e você, ao vivermos e agirmos na Terra, estamos, pelas nossas escolhas e decisões, participando desse grande conflito cósmico, ficando ou ao lado de Deus (Pai, Filho e Espírito Santo), ou ao lado de Satanás, o adversário de Deus. Não há pessoas neutras em relação a este grande conflito cósmico. Portanto, fique atento ao assunto e aprenda profundas lições de vida e salvação.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, 26 de setembro.

 

PESSOAS E ENREDOS

 

Leitura Bíblica do Dia: II Reis 22:14.   Jó1:1 a 12.

 

A história de Jó revela a todos nós, hoje, coisas que nem o próprio Jó entendeu em seus dias. Nem Jó, nem sua esposa, nem seus melhores e mais íntimos amigos souberam definir o por quê de estar acontecendo a Jó aqueles fatos desagradáveis. Somente a revelação divina conseguiu explicar as razões da tragédia que se abateu sobre Jó. Nós, humanos, vemos somente o que os nossos olhos enxergam. Não conseguimos ver os "bastidores" da existência humana.

 

Jó 1:1 a 12 narra que houve, no Céu, um encontro entre Deus e Satanás. Então Deus perguntou a Satanás:

-- Donde vens?

Satanás respondeu a Deus:

-- Venho de rodear a Terra e passear por ela.

Deus, então, pergunta a Satanás:

-- Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na Terra semelhante a ele: homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal.

Satanás, revelando que já conhecia Jó, respondeu a Deus:

-- Porventura, Jó, de fato, teme a Deus? Acaso não cercaste com sebe, a ele, a sua casa e tudo quanto ele tem? A obra das suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na Terra. Estende, porém, a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto ele tem, e verás se ele não blasfema contra Ti, na Tua face.

Então o Senhor Deus disse a Satanás:

-- Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão.

 

E Satanás saiu rápido da presença de Deus, para atacar a Jó, e lhe tirar todos os seus bens, matando inclusive seus filhos e filhas.

Note você que o debate entre Deus e Satanás acontece no Céu, como parte do grande conflito cósmico, e Jó é envolvido diretamente, sem o saber. Satanás pôs em dúvida a honestidade da adoração de Jó a Deus. Satanás deixou claro o que ele achava da questão. Ele disse a Deus que Jó somente adorava e servia a Deus porque fora ele abençoado por Deus com muitas riquezas. E que se Deus tirasse de Jó os bens materiais, Jó se voltaria contra Deus, pronunciando blasfêmias e impropérios. Então Deus aceita o desafio lançado por Satanás, e permite que Satanás atribule a vida de Jó, tirando-lhe todos os seus bens materiais, inclusive matando seus filhos e filhas. E Satanás corre para fazer sua obra maligna contra Jó, visando desmascarar Deus, tentando provar que Deus Se engana e não sabe bem o que se passa com os humanos.

 

Jó era inocente a respeito do que se passava nos bastidores de sua história. Deus e Satanás estavam disputando sobre Jó. E Deus foi vitorioso nesse debate, pois o Livro de Jó revela o final da história, e mostra que Jó provou, diante do Universo, que era um homem completamente convertido em servo e adorador de IAVÉ. E que sua fé em Deus não existia somente porque Deus o abençoara, mas que Deus o abençoara devido à sua fé real, honesta e bem firmada no Senhor. A vitória de Jó, na Terra, ficando fiel a Deus, significou, no Céu, a vitória de Deus sobre Satanás. Deus foi vindicado na fidelidade total de Jó a Deus, pela decisão diária de Jó em não se rebelar contra Deus, mesmo que ele não soubesse explicar o porquê daqueles fatos trágicos que lhe aconteceram. O silêncio de Deus perturbou Jó, mas não o fez renunciar a fé. O silêncio de Jó fez Deus falar, e mostrar a Jó que Ele, Deus, continuava no comando da situação e da história.

 

A história de Jó revela a todos nós, humanos moradores da Terra, que tudo o que fazemos por aqui revela a todo o Universo de que lado estamos, e a quem seguimos, no grande conflito cósmico entre Deus e Satanás. Estamos do lado de Deus e do Bem; ou estamos do lado de Satanás e do Mal? Precisamos definir isto em nossa vida diária com muita clareza.

 

A segunda história revela que Deus usa, no tempo devido, humildes servos Seus, pessoas que não se aliam entre os grandes da nação. A profetiza Hulda nunca escreveu um dos livros do Antigo Testamento. Seu nome aparece somente neste relato. No entanto, a obra que ela realizou em Israel, nos dias do rei Josias, motivou uma das maiores reformas religiosas que aconteceram ao povo de Israel, desde sua saída do cativeiro egípcio. Ela interpretou a Lei (Torah) para os mensageiros que o rei Josias enviou à sua casa, em busca de informações sobre o significado de um velho e roto livro encontrado nas ruínas do templo de Jerusalém. Foi a partir desse fato, que a profetisa Hulda apareceu em cena, e seu nome se tornou destaque em Israel.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 27 de setembro.

 

ONDE E COMO?

 

Leitura Bíblica do Dia: Gênesis 39:6 a 12; Rute 4:1 e 2. I Samuel 24:1 a 6;

 

A lição de hoje focaliza três histórias bíblicas bem interessantes:

 

  • José e a mulher de Potifar, oficial do rei Faraó, do Egito.
  • Rute, a moabita e o judeu Boaz.
  • Davi e Saul.

 

Na primeira história, envolvendo o jovem escravo israelita José, bisneto de Abraão, e a esposa de Potifar, destacado oficial de Faraó, rei do Egito, revela a maneira honesta e fiel como procede um jovem adorador de IAVÉ. José aprendeu, na casa de seu Pai, Jacó, que o sexo deve ser praticado dentro do casamento. Fora do casamento, a prática do sexo é pecado contra Deus e contra o próprio ser humano, pois viola princípios elementares de pureza moral, honra e dignidade da pessoa humana. A mulher de Potifar, vinda de algum país politeísta, hedonista, entendia que essas coisas de pureza moral, fidelidade conjugal ou coisas semelhantes a essas não deveriam ser levadas ao pé-da-letra. Essas coisas dependiam dos sentimentos e vontade de cada um. José seguia os absolutos de Deus. A mulher de Potifar seguia filosoficamente o relativismo moral, coisa tão destacada em nossa era de posmodernismo. José preferiu ficar do lado de Deus, no grande conflito cósmico, mesmo que tivesse de sofrer as consequências de sua decisão. Era um jovem que sabia o que queria, e estava pronto a viver e morrer por aquilo em que ele acreditava, sem timidez, sem medo das consequências. José foi o vitorioso nesse embate, e nos deixou excelentes lições de vida.

 

Rute, a moabita, tinha sido, desde cedo na vida, separada para ser oferecida no altar do ídolo principal lá de Moabe. No entanto, Rute se apaixonou por um judeu que tinha ido morar em Moabe, e com ele se casou. Depois de alguns anos, seu esposo faleceu ainda jovem, e ela ficou viúva. Sua sogra, Noemi, perdeu seu esposo e seus dois filhos. Isto a fez decidir voltar para a terra de Judá, para os seus parentes e amigos. Noemi aconselhou a suas duas noras, Orfa e Rute, a ficarem em Moabe, com seus parentes. Orfa aceitou o conselho da sogra, e voltou à casa de seus pais. Rute, ao contrário, tomou a decisão de seguir com a sogra para o território de Judá, em Israel. E assim aconteceu. Em ali chegando, Noemi aconselhou Rute a buscar alguma comida nas roças de trigo e cevada que havia ali por perto de sua casa. Rute, sem saber, chegou à roça de Boaz, um parente do esposo de Noemi, e um dos resgatadores do patrimônio da família de Noemi, pois as terras deles estavam nas mãos dos credores. Boaz tratou Rute com amor e misericórdia, e isto os levou a se aproximarem e se casarem. Depois de casados legalmente, nasceu-lhes um filho chamado Obede, que veio a ser um dos ancestrais do rei Davi. Por isso, Rute e Obede fazem parte da genealogia humana de JESUS, o Filho de Deus (leia Mateus 1:1 a 13). Nota-se nisso a bondade e a misericórdia de Deus. Também notamos a universalidade da Graça divina em favor de todos os humanos pecadores. Uma moabita, gentia, se torna ancestral do Messias. Uma anônima estrangeira entra para a história da vida do Messias, o Rei Libertador e Salvador de Israel e de todos os humanos. Maravilha do amor de Deus!

 

A terceira história focaliza Davi e Saul. Saul fora escolhido e ungido rei para todo o Israel. Mas Saul se mostrou de caráter falho, escorregadio, e constante em desobedecer as ordens divina. Ele cumpria a ordem divina pela metade e se sentia satisfeito com isso. Saul foi diversas vezes repreendido pelo profeta Samuel, por causa desse defeito de caráter, mas não se corrigiu. Davi foi o escolhido de Deus para ser o sucessor de Saul. Isto foi feito às escondidas, para que Saul não soubesse que seu sucessor já estava escolhido e ungido para ser o futuro rei de Israel. Mas depois que Davi venceu o grandalhão Golias, o filisteu, e seu nome se tornou destaque em Israel, todos já imaginavam que Davi seria o sucessor de Saul. Davi saía vitorioso em todos os empreendimentos militares nos quais o rei Saul o envolvia. As mulheres em Israel cantavam que Saul matou milhares, mas Davi matara dezenas de milhares. Esses cânticos encheram Saul de ciúmes e pensamentos ruins contra Davi, seu fiel guerreiro. Então Saul decidiu que mataria Davi a qualquer custo. A vida de Davi se tornou um inferno. Ele era perseguido dia e noite por Saul e seus soldados. Ninguém podia dar abrigo a Davi, em Israel, nem alimentar a ele e  suas tropas de fugitivos. Numa dessas perseguições de Saul a Davi, relatada em I Samuel 24:1 a 22, o rei Saul entrou numa caverna, sem saber que Davi estava na mesma caverna, aliviando o ventre. Davi sai da caverna, e vê o rei dormindo ali, pois estava muito cansado. Davi pensou em matar o rei e acabar seu próprio sofrimento e as perseguições. Mas vieram à mente de Davi algumas reflexões éticas e espirituais, pois aquele homem, Saul, mesmo agindo de forma errada, era seu rei, o rei de Israel, e um ungido de Deus para aquele ofício, e somente Deus deveria tirá-lo do trono, pois fora Deus que o pusera ali. Davi agiu com honra e dignidade. Ele apenas corta um pedaço da "orla do manto" de Saul, como prova de que estivera ali na caverna, tivera a oportunidade de matar o rei, e nada fizera contra ele. Isto era uma prova das boas intenções de Davi em relação a Saul. Agindo assim, Davi revelou a todos, aos de seu tempo e aos de hoje, que leem a Bíblia, que a ética e a honra são mais importantes do que as conquistas sociais, políticas e materiais. É mais importante fazer o que é certo, porque é certo fazer, na hora certa, do que agir por precipitação e por emocionalismo, fazendo coisas que engrandecem a si mesmo, mas que não são eticamente corretas.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 28 de setembro.

 

DA VITÓRIA À IDADE DAS TREVAS

 

Leitura Bíblica do Dia: Êxodo 14; Josué 3:9 a 17; Juízes 1:27 e 28; Juízes 17:6.

 

Depois de quarenta anos de caminhada em direção a Canaã, finalmente Israel chegou à terra que Deus lhes prometera dar, terra fértil e produtiva. Por Seu poder, Deus abriu diante de Israel as águas do rio Jordão, e por ali fez passar a Israel a pé enxuto, pelo meio do rio. Todo o povo de Israel cantou a grande vitória do Senhor. No entanto, nem tudo foi louvor o tempo todo. Havia muito território para ser conquistado, e era necessário que Israel ficasse todo o tempo bem firmado na fé em IAVÉ, pois somente do Senhor vem a vitória e a Salvação. Mas Israel não ficou firme na fé no Deus que lhes abrira o Mar Vermelho e o rio Jordão. Israel confiou em si mesmo, e desprezou ao Deus de Israel. Com essa apostasia quase generalizada, Israel começou a sofrer derrotas, e não expulsou por completo os inimigos dos territórios que deveria ocupar. E esses povos politeístas, inimigos de Israel, se tornaram constante dor de cabeça aos israelitas. Também a cultura religiosa deles, politeísta, animista e panteísta, foi aprendida pelos israelitas, os quais passaram a cultuar os deuses que não eram deuses. A idolatria reinou entre os israelitas. Eles passaram do templo glorioso das conquistas e das vitórias sobre seus inimigos, pelo poder de Deus, para um tempo de apostasia, derrotas e negação da fé no Deus que salva e liberta. Foram da Luz para as trevas em pouco tempo. Israel passou a viver como escravo de reis gentios, dependendo do favor deles, por se recusarem a viver pela fé, na dependência do Deus de Israel. Fica, para todos nós, o exemplo e o testemunho do que acontece a toda uma comunidade de pessoas, quando esta, depois de ser iluminada pela luz da Verdade vinda de Deus, renega essa luz e essa verdade, e aceita ser dominada pelas trevas da mentira, do engano e da sedução do diabo. Exatamente isto é o que ocorre a uma pessoa, a uma família ou a uma igreja que abandona a Luz vinda de Deus, e aceita as trevas do engano e da apostasia.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 29 de setembro.

 

SOBRE REIS E PRÍNCIPES

 

Leitura Bíblica do Dia: I Samuel 8:1 a 7; I Samuel 10:1; 15:3 a 9; 31:1 a 6; I Reis 2:1 a 11; 3:1 a 13; 11:1 a 42.

 

Os israelitas olhavam as nações ao seu redor, e viam que todas elas tinham um rei para lhes governar o destino. Somente Israel parecia ser governado por um Juiz, o qual já estava idoso. Então os mais afoitos em Israel foram até ao profeta e juiz Samuel, e lhe disseram que queriam ser governados por um rei. Samuel ficou triste com esse pedido, pois até ali o Senhor não lhe informara sobre este assunto. Samuel consultou ao Senhor, e Deus lhe disse que escolhesse um rei para Israel, conforme o povo pedira. Saul, criador de animais e agricultor da tribo de Benjamim foi escolhido e ungido para ser o primeiro rei em Israel. Saul se revelou um homem fraco de caráter, e não cumpria as ordens de Deus em sua totalidade. Ele fazia as coisas do jeito que ele queria, e não do jeito que Deus mandava. Saul seguia a filosofia do "eu acho...", ou "eu penso...", tão comum entre os cristãos de hoje. Em vez de seguirem todos os cristãos um "assim diz o Senhor...", cada um segue o que sua mente e consciência manda, mesmo que isto signifique violação a uma ordem divina. Mesmo em nossa igreja essa filosofia tem muitos seguidores. Mesmo no ministério pastoral e no ancionato essa filosofia de procedimento do rei Saul encontra muitos admiradores. Fazer as coisas que Deus manda fazer não do jeito que Deus mandou, mas do jeito que cada um acha que deve fazer.

 

Davi foi o escolhido de Deus para substituir Saul como rei para Israel. Davi nem sempre agiu conforme a vontade de Deus. Cometeu horríveis pecados. Adulterou, assassinou inocentes e desobedeceu a Deus em várias ocasiões. O que havia de diferente em Davi era sua prontidão para se arrepender e aceitar a disciplina do Senhor. Quando Saul pecava contra uma ordem divina, e Deus lhe mandava uma repreensão, Saul se justificava a si mesmo e não aceitava a repreensão de Deus. Davi, ao contrário, sempre que confrontado com seu erro pedia perdão a Deus, e aceitava com humildade a disciplina que Deus lhe dava. Saul representa todas as pessoas, dentro e fora da Igreja, que sempre estão justificando seus erros, achando que Deus está enganado em relação à sinceridade de propósito delas. São pessoas que fazem as coisas do jeito que querem, à revelia de Deus, mas sempre têm uma justificativa a dar a Deus, querendo forçar Deus a aceitar suas ações como sendo o melhor que têm a dar. É a famosa oferta de Caim. Davi representa os pecadores, dentro e fora da Igreja, que são apanhados cometendo erros, recebem a repreensão divina, reconhecem seus erros, arrependem-se, pedem perdão a Deus e procuram seguir, dali em diante, fazendo as coisas do jeito que Deus quer. Estes são os seguidores e imitadores de Abel.

 

Deus sabe que todos nós erramos. Deus está aberto a dialogar com os pecadores. Deus chama os pecadores para junto de Si, e lhes pede: "Vinde e arrazoemos..." (Isaías 1:18). Deus quer trocar ideias com os pecadores; quer ouvir suas confissões; que saber o que eles pensam sobre a vida, sobre Deus, sobre liberdade, sobre adoração, e tudo o mais. Porém, o que mais aborrece a Deus é o orgulho e a hipocrisia dos pecadores. É a falsidade e falta de honestidade no relacionamento Deus-homem. Você erra, comete pecado contra Deus, nega fazer as coisas do jeito que Deus manda, e, ainda assim, vem para Deus cheio de argumentos, tentando justificar seus erros, querendo quase dizer a Deus que Ele está enganado sobre o assunto em discussão. Isto aborrece a Deus. Mas quando o pecador erra e, ao ser repreendido e censurado por Deus, reconhece seu erro e arrepende-se, reconhecendo que Deus está certo e que ele está errado, Deus Se abre em sorriso de alegria e aceitação desse pecador que se humilha diante da face do Senhor e reconhece suas falhas de caráter. Este pecador sai da presença do Senhor perdoado, justificado, aceito e salvo.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 30 de setembro e 01 de outubro.

 

O ERRO DE ROBOÃO

 

Leitura Bíblica do Dia: I Reis 12:1 a 16.

 

Roboão era filho de Salomão. Roboão sucedeu a seu pai no trono de Israel. Roboão era ainda jovem quando começou a reinar. Quando estava para iniciar seu reinado, Roboão consultou os conselheiros do reino, homens idosos, experimentados na arte de aconselhar o rei Salomão na administração da justiça em Israel. Roboão perguntou a esses conselheiros idosos e experientes a respeito de como deveria tratar as pessoas durante seu reinado em Israel. Deveria ser um rei tirano, excessivamente severo, um ditador sem misericórdia? Ou deveria ser um rei bondoso, justo, tratando o povo com amor, misericórdia e brandura, aliviando-lhes a pesada carga de impostos e tributos que o rei Salomão impusera ao povo? Os conselheiros idosos, experientes, aconselharam Roboão a ser um rei bondoso, a tratar o povo com bondade e lhes aliviando a carga de impostos e tributos. Roboão os ouviu, mas ainda não ficou satisfeito com o conselho deles. Então Roboão decidiu ouvir seus jovens amigos, jovens de sua idade, de sua geração, inexperientes, pessoas que nunca administraram nada na vida. Esses jovens aconselharam Roboão a ser um rei severo, ditador, insensível às dores e sofrimentos do povo, e que deveria aumentar a carga de impostos e tributos cobrados dos cidadãos. Roboão tomou a infeliz e desastrada decisão de desprezar os conselhos dos conselheiros experientes, e seguir os conselhos de seus jovens e inexperientes amigos. Foi um desastre completo. Surgiu um cidadão chamado Jeroboão, um servo do rei Salomão que fugira para o Egito, pois Salomão prometera matá-lo, e este moço liderou uma revolta contra Roboão, filho de Salomão, até como vingança contra o que Salomão lhe fizera. E sua rebelião teve sucesso. Roboão teve de fugir às pressas para não ser morto. Jeroboão conseguiu dividir o reino, criando, na região norte, com sede em Efraim, e com capital em Samaria, o Reino de Israel. Roboão ficou reinando no Sul, no Reino de Judá, formado pelas tribos de Judá e Benjamim, com capital em Jerusalém. Toda essa tragédia causada por uma decisão errada tomada por um jovem e inexperiente rei, em início de mandato. Uma decisão fundamentada nas ideias e conceitos modernistas de jovens intelectuais e jovens administradores, recém-saídos de suas universidades, mas não testados na arte de governar com êxito uma nação. Decisão precipitada, inconveniente, orgulhosa e alienada da justiça.

 

Hoje, também, nós tomamos muitas decisões erradas, com base em conselhos dados por pessoas que não têm um fundamento sólido em que se basear. Decisões que tomamos e que afetam todo o resto de nossa vida neste mundo. Afetam a nós mesmos, a nossa família, nossa igreja, nossa comunidade e a muita gente. Decisões não pensadas, emocionais, precipitadas, tomadas sem reflexão, sem análise objetiva dos fatos. Decisões tomadas ao sabor de um momento de raiva, de inundação emocional, de orgulho ferido e sentimentos desfocados da verdade. Cada um de nós pode ter alguma história pessoal para contar sobre decisões que tomamos de forma precipitada e desajuizada. Cada um sabe o quanto sofre, até hoje, por causa desse tipo de decisão. Quem são seus conselheiros? Você costuma seguir o conselho de que tipo de pessoa?

 

Que Deus ilumine todos nós, para que submetamos ao seu critério e juízo nossas decisões na vida.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO 13 DA ESCOLA SABATINA

 

 

LIÇÃO 13

 

A "FORÇA" DO IRMÃO FRACO E A "FRAQUEZA" DO IRMÃO FORTE

 

Verso para Memorizar: "Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos [nós] compareceremos perante o tribunal de Deus." Romanos 14:10.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA:  Romanos 14 a 16.

 

INTRODUÇÃO

 

Romanos 14 e 15 focalizam problemas reais que estavam ocorrendo dentro da Igreja fundada por Jesus Cristo, envolvendo cristãos de origem judaica e cristãos de origem gentílica.

 

Havia na Igreja, nos dias de Paulo, discussões entre cristãos de origem judaica e cristãos de origem gentílica. E mesmo entre os cristãos de origem gentílica havia discussões. Pelo menos duas questões, segundo Paulo, estavam sendo motivo de disputas e debates na Igreja, tanto em Roma como em Corinto e em outras cidades. A questão relativa aos animais cujas carnes eram vendidas no mercado; e a questão dos feriados litúrgicos dos judeus, uma tradição que vinha dos tempos de Moisés. Em relação ao uso de CARNE como alimento, a discussão não era sobre Levítico 11, ou seja, entre animais "limpos", e próprios para alimentação; e animais "imundos", considerados impróprios para alimentação. A discussão girava em torno de ALIMENTOS SACRIFICADOS AOS ÍDOLOS, antes de serem vendidos no mercado. Muitos daqueles cristãos tinham sido, antes da conversão, adoradores de ídolos, e tinham presenciado os rituais onde esses animais eram oferecidos. Agora, convertidos ao cristianismo, preferiam não comprar essas carnes vendidas no mercado, pois não tinham certeza de que esses animais haviam sido oferecido antes a algum ídolo, em culto ao demônio. Por não terem tal certeza, preferiam comer legumes em lugar de carne. Alguns irmãos mais ousados e afoitos, que se achavam "fortes na fé" cristã, zombavam da sensibilidade desses irmãos e os consideravam pessoas "frágeis", ou "débeis" na fé, pessoas muito sensíveis a essas coisas, e que se deixavam impressionar facilmente. Essa ousadia dos irmãos "fortes na fé" parecia aos "frágeis na fé" ser uma insensibilidade, ou falta de fé, uma espécie de liberalismo que escandalizava a Igreja. Desse choque de opiniões nasciam os debates e as discussões acaloradas, provocando divisões entre irmãos, e um clima de conflito entre eles. Quanto aos judeus, as discussões giravam em torno dos feriados anuais litúrgicos dos judeus, os "sábados" anuais, que os judeus observavam religiosamente, com jejuns, orações, celebrações litúrgicas comemorativas de sua libertação do cativeiro egípcio, uma história completamente desconhecida para os cristãos gentios. No entanto, mestres judaizantes, presentes na Igreja em cada cidade, e que pareciam estar convertidos ao cristianismo, exigiam que os cristãos gentílicos seguissem essas comemorações litúrgicas anuais dos judeus, como se eles fossem judeus. Isto também provocava brigas, debates e discussões na Igreja.

Que fez Paulo? Aconselho que cada cristão respeitasse seu irmão. Que o AMOR deveria ser a ponte que facilitasse o diálogo entre eles. Mas cada um deveria amar seu irmão, e respeitar sua maneira de ser, aceitando-o como irmão em Cristo, quer fosse ele de uma fé sensível, frágil; quer fosse ele de uma fé forte, ousada e corajosa. Enfim, todos estavam ali, na Igreja, como irmãos em Cristo. Quanto ao julgamento de cada um, deixassem essa tarefa para Deus, o Juiz de todos, quer "fracos na fé", quer "fortes na fé". Que nenhum irmão se fizesse de juiz de seu próximo, emitindo juízo condenatório sobre ele. Isto iria facilitar a convivência deles, em suas diferenças, na Igreja. E haveria PAZ entre os irmãos, pois todos eles viveriam servindo a Jesus, em AMOR.

 

Estude a lição com muita atenção e aprenda a ser um cristão que aceita seu irmão em Cristo, mesmo ele sendo diferente de você.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 19 de setembro.

 

O IRMÃO "FRACO" E O IRMÃO "FORTE"

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 14:1 a 5

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Não foi Paulo quem classificou os membros da Igreja em "fracos" e "fortes". Essa classificação surgiu dentro da própria Igreja em Roma, assim como já havia surgido na Igreja em Corinto (leia I Coríntios 8). Paulo fez uso da linguagem corrente dentro da Igreja, para ensinar aos crentes a boa convivência que deve existir entre pessoas que expressam sua fé em Deus de maneiras diferentes.

 

O chamado "irmão fraco", ou pessoa de uma fé frágil, débil, era aquele irmão muito sensível na fé, e que se deixava impressionar por algumas coisas que via acontecer na Igreja. Esse irmão possuidor de uma fé sensível, frágil, fácil de se escandalizar com pequenas coisas que vê na Igreja, ficava ofendido e escandalizado quando via alguns irmãos se alimentando das carnes vendidas nos mercados da cidade, sem nenhuma preocupação em saber se aqueles animais haviam ou não sido antes oferecidos em algum culto de ídolos. Essa "ousadia" de alguns irmãos causava escândalo no irmão que tinha uma fé sensível e frágil. Então, esse irmão aparentemente "frágil" ou "débil" na fé fazia uso de sua aparente "fragilidade", ou sensibilidade, para julgar o irmão ousado, julgando-o como apostatado da fé, um liberal que escandalizava os irmãos mais conservadores. Por outro lado, o irmão que se achava "forte na fé", reagia com insensibilidade e dureza à fragilidade e sensibilidade do irmão que o acusava de liberal, e o declarava pessoa possuidora de uma fé "débil", "frágil" e "sensível", chamando-o de fanático religioso, fariseu, hipócrita e conservador. Na verdade, nem o "irmão fraco" era tão fraco assim; nem o "irmão forte" era tão forte assim. Cada um deles era um misto de "força" e de "fraqueza". Ambos os grupos precisavam aprender a AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO, para que houvesse PAZ na Igreja. Paulo declarou a ambos os grupos: "Porque nenhum de nós [cristãos] vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois vivamos ou morramos, somos do Senhor." Romanos 14:7 e 8, interpolação nossa.

 

O que vemos aí? Vemos a "força" do irmão "fraco" sendo usada para julgar e criticar os irmãos julgados "fortes", liberais e até apóstatas. Vemos, por outro lado, a "fraqueza" do irmão "forte", o qual ficava irado com seus irmãos frágeis, e reagia exageradamente, até com agressividade, recusando-se a se unir a eles. Cada um desses grupos se considerava vítima das críticas do outro grupo. E a Igreja se tornava em campo de guerra de opiniões, pois os debates e as discussões sobre tais assuntos eram constantes. E até hoje isto acontece em nossas igrejas, embora os temas que motivam os debates sejam outros, tais como cabelo, barba, roupas, comidas, maquiagem, costumes, posturas, etc. 

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 20 de setembro.

 

A MEDIDA QUE VOCÊS USAREM

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 14:10 a 14.

 

Jesus ensinou a todos nós:

 

"Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério [medida] com que julgardes, sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também." Mateus 7:1 e 2, interpolação nossa.

 

É sempre mais fácil julgar nosso semelhante do que julgar a nós mesmos. Somos demasiadamente severos com o juízo que emitimos contra nosso próximo, especialmente se esse "próximo" não é alguém de nossa família, ou de nosso círculo íntimo de amizade. Com estes costumamos ser mais condescendentes e permissivos em nosso julgamento. No entanto, quando julgamos pessoas de quem não gostamos e a quem não apreciamos, somos excessivamente severos em nosso julgamento. Esta é a tendência natural em todas as pessoas, dentro ou fora da Igreja.

 

Em Romanos 14:10, Paulo declara que "todos compareceremos perante o tribunal de Deus", para sermos julgados.  O apóstolo Tiago aconselha-nos: "Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela Lei da liberdade. Porque o juízo [o julgamento de Deus] é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia [a graça, o favor não merecido] triunfa sobre o juízo [ou: no juízo]" Tiago 2:12 e 13, com interpolações nossas.

 

O fato é que todos os humanos, crentes ou não-crentes, serão julgados pelo Tribunal de Deus, conforme Eclesiastes 12:13-14; Romanos 14:12; II Coríntios 5:10. Ninguém ficará sem ser julgado por Deus, o Supremo Juiz de todo o Universo. E a "medida" para julgamento serão as nossas obras praticadas neste mundo. Jesus anuncia no Apocalipse: "Eis que venho sem demora; e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um SEGUNDO AS SUAS OBRAS." Apocalipse 22:12, grifos nossos. Somos salvos pela Graça de Deus, mediante a fé em Jesus. Mas seremos julgados pelas obras que realizamos nesta vida.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 21 de setembro.

 

NÃO DANDO MOTIVO PARA ESCÂNDALO

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 14:15 a 23; I Coríntios 8:12 e 13.

 

Nossa sociedade contemporânea perdeu a vergonha por completo, e há muito tempo não sabe o que é envergonhar-se, tamanha é a quantidade e frequência dos escândalos que acontecem entre nós. Os escândalos se sucedem, e já não causam muita reação negativa da parte daqueles que lidam com a boa moral e com os bons costumes. Pessoas que deveriam ser um exemplo de honestidade se tornam acostumados e viciados em serem desonestos, roubando com descaramento o dinheiro público. Poucas pessoas –acho que nem eles mesmos –acreditam nos políticos que governam nossas cidades, nossos estados e a nação. Quando estes falam em honestidade e moralidade, todos ao redor riem, pois sabem que se trata da raposa cuidando do galinheiro. No meio artístico, os escândalos também são frequentes, e há programas de televisão e revistas noticiosas que se especializam na divulgação pública desses escândalos. Também nos meios religiosos os escândalos se sucedem. Padres que são viciados em abusar de crianças; pastores viciados em sexo com membros da igreja que dirigem, e até com prostitutas; pastores que ganham verdadeiras fortunas explorando a credibilidade dos cristãos, especialmente dos cristãos pobres e de classe média. E por aí vai a maré de escândalos. Juízes que vendem sentenças, em todos os tribunais, geralmente liberando o rico e condenando o pobre, deixando desacreditada a "justiça", a qual continua cega, especialmente em relação aos membros do judiciário. Advogados que se vendem e também compram sentenças para seus clientes. Médicos que ganham verdadeiras fortunas vendendo atestados de saúde ou receitando drogas, e cometendo todo tipo de vileza na profissão. Professores que corrompem moral e sexualmente seus alunos e alunas. Comunicadores que ensinam a população a roubar, mentir, e a se prostituir moralmente. Escândalos, muitos escândalos.

 

Jesus advertiu a todos os moradores da Terra:

 

"Ai do mundo por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham os escândalos; mas AI DO HOMEM PELO QUAL VEM O ESCÂNDALO!"  Mateus 18:7, grifos nossos.

 

"Mandará o Filho do Homem os seus anjos, que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes." Mateus 13:41.

 

Paulo escreveu aos cristãos:

 

"Se a comida serve de escândalo a meu irmão, nunca mais comerei carne para que não venha a escandalizá-lo" I Coríntios 8:13.

 

Paulo ensina, em Romanos 14, que os crentes em Jesus devem fugir dos escândalos em todos os sentidos. E se o nosso viver como cristãos está, em algum sentido, provocando vergonha e escândalo a alguém, devemos abandonar tal procedimento diante de nossos irmãos, mesmo que em nossa consciência nada haja que nos acuse diante de Deus. Por amor ao irmão "sensível", devo evitar, em sua presença, agir como se ele não existisse. Para evitar o tropeço e o escândalo do meu irmão mais "frágil" na fé, devo agir em respeito a ele, e não o desafiando. O AMOR manda que eu faça isto.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 22 de setembro.

 

OBSERVÂNCIA DE DIAS

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 14:5 e 6.

 

É verdade que a discussão, aqui, não é sobre o SÁBADO SEMANAL, pois este era um MANDAMENTO do Senhor, já observado pela Igreja desde o seu início. O evangelista Lucas escreveu sobre as mulheres e outras pessoas da Galileia que viajaram até à Judéia para as festas da Páscoa, naquela sexta-feira fatídica, quando Jesus foi julgado e condenado à morte: "Era o dia da preparação, e COMEÇAVA O SÁBADO. As mulheres que tinham vindo da Galileia com Jesus, seguindo, viram o túmulo e como o corpo fora ali depositado. Então se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E NO SÁBADO DESCANSARAM, SEGUNDO O MANDAMENTO." Lucas 23:54 a 56, com grifos nossos. A Igreja, fundada por Jesus a partir de um remanescente fiel em Israel, tinha a cultura e o costume de guardar o SÁBADO do sétimo dia, conforme o mandamento (leia Êxodo 20:8 a 11). Não havia entre eles nenhuma noção de que o primeiro dia da semana, hoje chamado "domingo", fosse dia sagrado de culto semanal. Este é um costume que veio do paganismo para a Igreja sob a influência da Igreja de Roma. Paulo, em Romanos 14:5 e 6, não discute a validade do Quarto Mandamento da Lei de Deus. Não revoga a santificação do Sábado semanal.

 

Toda a discussão gira em torno dos dias sagrados das festas judaicas, os famosos "sábados" litúrgicos ou cerimoniais. Havia algumas festas fixas anuais em Israel, as quais comemoravam algum aspecto da libertação de Israel do Egito, por volta do décimo-quarto século antes de Cristo. Era costume e tradição dos judeus, mesmo dos judeus convertidos ao cristianismo, comemorarem esses dias festivos anuais. Não havia nada de errado ou pecaminoso nessas comemorações. O erro estava em que alguns mestres judaizantes, convertidos ao cristianismo, ensinavam que os cristãos vindos do ambiente gentílico deveriam também celebrar essas festas, considerar esses dias como santos, e seguir todo o ritual que os judeus seguiam, inclusive os jejuns. Nenhum cristão gentílico tinha esse costume e essa tradição. Aquelas festas nada falavam à cultura deles, pois eles não vieram do ambiente israelita. Não deveriam ser forçados e obrigados a seguirem tradições e costumes nacionais dos judeus, quando eles não eram judeus. Aquilo não era assunto de salvação eterna, nem da justificação pela fé em Jesus. Era questão de costumes e tradições religiosas de um povo. Este assunto foi discutido no Concílio de Jerusalém, no ano 49 DC, e ficou definido, com o aval do Espírito Santo (leia Atos 15), que aos cristãos gentílicos somente deveria ser exigido, de todas as instruções litúrgicas de Israel, o seguinte: (1) Abstenção da idolatria. Não deveriam cultuar a Deus fazendo uso de ídolos, ou seja, imagens de escultura; (2) abstenção das relações sexuais ilícitas. Realizar ato sexual fora do casamento, ou práticas sexuais muito comuns entre os gentios não convertidos, tais como o homossexualismo, a sodomia, o coito com animais, e o incesto. (3) Abstenção do uso de animais que foram mortos por sufocação, e não por degola. (4) Abstenção do uso do sangue como alimento (Atos 15:20 e 29). Não fala em abstenção da santificação do Sábado semanal.

 

Muitos judeus, e também, hoje, muitos adventistas do sétimo dia, fazem da santificação do Sábado semanal uma pedra de tropeço para pessoas de outras denominações, com quem entram em contado. Nossos irmãos, por simplicidade, e por não entenderem bem a teologia adventista, fazem da santificação do sábado semanal um fim em si mesmo, e dão a entender que se consideram salvos, e até melhores do que pessoas de outras religiões cristãs, somente porque santificam o Sábado. Esta é uma forma legalista de guardar o Sábado semanal e de ensinar sobre o assunto. Essa maneira de fazer as coisas causa polêmica, discussão e debate sem boas consequências. É preciso que nós, adventistas do sétimo dia, evitemos colocar o Sábado semanal como sendo um muro de separação entre nós, os adventistas do sétimo dia, e os cristãos de outras denominações, guardadores do domingo. Precisamos apresentar o Sábado semanal não pela perspectiva da Lei, mas pela perspectiva da Graça de Deus, pois antes que a Lei de Deus, os Dez Mandamentos, fosse dada a Israel no Sinai (leia Êxodo 20), a santificação e repouso do Sábado já haviam sido dados por Deus a toda a raça humana, no Éden, conforme Gênesis 2:2 e 3, como uma dádiva da Graça divina para o bem-estar e felicidade da raça humana em geral. Essa perspectiva da Graça na doação do Sábado semanal à raça humana é a cosmovisão mais perfeita e correta sobre o assunto. Fugir dessa perspectiva significa desviar o foco, e centralizar a temática do Sábado sobre a Lei em si mesma, tornando a Lei e o Sábado fins em si mesmos, e não meios através dos quais Deus fez chegar Sua Graça até nós. Mude sua maneira de apresentar o assunto do Sábado semanal para pessoas guardadoras do domingo, e veja os resultados positivos que surgirão dessa nova abordagem teológica. Neste caso o AMOR fará com que haja compreensão, aceitação e boa convivência entre irmãos que pensam de forma diferente.

 

Cada cristão tenha sua fé bem firmada em Jesus. E tudo o que você fizer, em sua experiência religiosa, faça-o com convicção, com certeza de que está fazendo a vontade de Deus. Viva sempre mediante sua fé em Jesus. Pois "tudo o que não provém de fé [ou não é da fé em Jesus] é pecado." Romanos 14:23, interpolação nossa.

 

Para um estudo mais amplo sobre o assunto, leia meu livro:  "ABUNDANTE NO MANDAMENTO DO SÁBADO"

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 23 e 24 de setembro.

 

BÊNÇÃO FINAL E CONCLUSÃO

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 15 e 16.

 

O que significa ser crente em Jesus?

 

Significa viver pela fé na pessoa e obra de Jesus. Significa tomar a Jesus como Substituto e Exemplo de vida. Significa seguir os passos de Jesus.

 

Quer saber como ser um bom cristão? Olhe "firmemente para Jesus, Autor e Consumador da fé..." Hebreus 12:2. Faça de Jesus a sua referência, o seu Modelo, o seu Paradigma. Leia tudo o que puder, na Bíblia, sobre a pessoa, vida e obra de Jesus de Nazaré e, então, busque o poder do Espírito Santo para imitar Jesus em tudo o que Ele foi e fez. Assim agindo, você será reconhecido como verdadeiro seguidor de Jesus.

 

Paulo encerra sua Carta aos Romanos fazendo uma declaração profético-escatológica importante para a Igreja:

 

"E o Deus da paz em breve esmagará debaixo de vossos pés a Satanás..." Romanos 16:20. Esta será a vitória final da Igreja de Jesus Cristo sobre Satanás. Jesus já triunfou sobre Satanás, na Cruz e na Ressurreição. No final, pelo poder de Deus, e tendo a Jesus glorificado como o Grande Guerreiro em favor do Seu povo, a Igreja também conhecerá o seu triunfo sobre o maligno. Isto foi mostrado a João nas revelações do Apocalipse: "Pelejarão eles [Satanás e todos os ímpios presentes na Tríplice Aliança Ecumênica do Mal, conforme Apocalipse 13 e 17] contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fieis, que se acham com Ele [o remanescente fiel, a Igreja do final dos tempos]" Apocalipse 17:14, com interpolações e comentários nossos. Foi sobre essa vitória final de Jesus e de Sua Igreja fiel que Paulo falou em Romanos 16:20.

 

Que o Deus de toda paz conquiste seu coração, sua alma, sua vida. Amém.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho.

 

 

 

 



 

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO 12 DA ESCOLA SABATINA



LIÇÃO  12

 

AMOR E LEI

 

Verso para Memorizar: "Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus."  Romanos 12:2.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Romanos 12 e 13.

 

INTRODUÇÃO

 

Depois de focalizar questões teológica relativas à justificação e salvação de gentios e judeus (Romanos  1 a 11), Paulo, agora, começa a mostrar como as pessoas salvas pela Graça de Deus e justificadas pela fé em Jesus podem viver neste mundo de maneira tal que o Senhor Deus seja honrado e glorificado em suas vidas. A Justificação pela fé e a Salvação não devem ficar apenas no campo da teoria religiosa. A vida é para ser vivida. A fé deve ser aplicada na vida diária. Os resultados práticos, vivenciais, da justificação e da salvação terão que se revelar publicamente na vida do crente em Jesus. Religião que é somente de teoria, sem estabelecer marcas definitivas na vida e obra de um cristão, não é a religião ensinada por Jesus e pelos Apóstolos.

 

A Lição da ES desta semana focaliza os capítulos 12 e 13 de Romanos.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 12 de setembro.

 

SACRIFÍCIOS VIVOS

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 12:1 e 2.

 

Paulo escreveu:

 

"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus."  Romanos 12:1-2.

 

Note você que Paulo está fazendo um apelo aos crentes. Ele está pedindo, "pelas misericórdias de Deus", que os crentes, já justificados pela fé em Jesus, agora apresentem a Deus seu "corpo" como um "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". E ele chama esse ato de entrega total a Deus como sendo "o vosso culto racional", ou seja, a coisa mais inteligente e lógica que o crente em Jesus precisa e deve fazer. Uma entrega total, corpo e mente, a Deus. Um culto consciente. Muitos oferecem dinheiro a Deus. Outros oferecem serviço a Deus. Paulo pede aos crentes que se ofereçam a Deus como um todo psicossomático. A totalidade do ser entregue "por sacrifício vivo, santo e agradável".

 

Um outro apelo que Paulo faz aos crentes, no texto acima, é: "Não vos conformeis com este século", isto é, com "este mundo", como dizem outras versões, ou, ainda, "com esta era". O termo "conformar-se" significa "adaptar-se a uma forma", ou "encaixar-se numa forma".  O "mundo" tem sua forma própria, e os que são do "mundo" se encaixam, ou se adaptam, a esta forma mundana. Deus tem Sua "forma", e os que são de Deus conformam-se, isto é, se encaixam, ou se enquadram, na "forma" de Deus. Cada uma na sua forma própria. Paulo incentiva os crentes, também, a que se deixem "transformar", isto é, passar de uma forma –o mundo e seus velhos vícios e posturas – para uma nova forma – a ética e as posturas ensinada por Deus na Bíblia, a "forma" do Céu (leia também João 3:3 e 5 e II Coríntios 5:17). Se você, meu irmão em Cristo, atender ao apelo de Paulo, você vai EXPERIMENTAR  a "boa, agradável e perfeita vontade de Deus". Nesse caso, sua vida cristã deixa de ser apenas uma teoria religiosa, para se transformar em uma experiência religiosa positiva, firmada em Deus e na Palavra de Deus. Você vai se sentir bem, feliz, por estar enquadrado na "FORMA" de Deus. Então, EXPERIMENTE SER CRISTÃO.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 13 de setembro.

 

PENSANDO EM SI MESMO

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 12:3 a 21.

 

O que você pensa de você mesmo? Como você "se acha"?

 

Há dois enfoques errados quando pensamos sobre nós mesmos:

 

  1. BAIXA AUTOESTIMA. Muitos pensam de si mesmos de forma negativa, e não se valorizam como devem. Acham-se derrotados, um fracasso, incapazes de produzir alguma coisa boa. Pessoa que pensam assim estão sempre "para baixo". Nada empreendem, pois sempre imaginam que serão derrotados em tal empreendimento. São pessoa negativas e perdedoras.
  2. AUTOESTIMA EXAGERADA. Por outro lado, há pessoas que pensam de si mesmas de forma exagerada, achando-se superior e melhor do que todas as demais pessoas. Muitos inflam sua vaidade, seu orgulho pessoal, e se sentem invencíveis, capazes de dominar o mundo inteiro. Sempre exageram quando falam de suas qualidades pessoais.

 

Paulo ensinou: "Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que NÃO PENSE DE SI MESMO ALÉM DO QUE CONVÉM [nem para menos, nem para mais]; antes, pense com moderação [equilíbrio, bom senso], segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um." Romanos 12:3, com grifos e interpolações nossos.

 

Na sequência do capítulo 12 – versos 4 a 21 – Paulo aconselha a prática de algumas virtudes cristãs, o que irá revelar, na experiência de vida de cada crente se, de fato e verdade, ele foi justificado pela fé em Jesus, e vive, hoje, um tempo de santificação. A principal virtude é o AMOR, a Deus e ao próximo. Bondade, mansidão, domínio próprio, hospitalidade, partilhar o que tem, ser uma bênção para as demais pessoas, evitar a vingança e o ciúme, não pagar o mal que recebe com o mal que se faz, não ser orgulhoso, mas humilde e bom; ser um crente que "se alegra com os que se alegram e chora com os que choram"; viver em paz com todas as pessoas; fazer tudo com dignidade, com zelo e fazer bem feito; ser um doador liberal de suas ofertas a Deus; não deixar que a raiva o domine. São todas virtudes divinas, atributos do caráter de Deus, e que o Senhor quer ver reproduzidas em nosso caráter de cristãos salvos pela Graça e justificados pela fé em Jesus (leia Gálatas 5:22 e 23).

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 14 de setembro.

 

RELACIONAMENTO COM OS GOVERNANTES

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 13:

 

Paulo ensina a todos os crentes:

 

"Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por Ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação." Romanos 12:1 e 2.

 

Esta é a ÉTICA DE DEUS, ensinada aos crentes em Jesus.

 

A maior autoridade do Universo é DEUS, o Altíssimo. Daniel declarou a Nabucodonosor, o rei mais destacado daquele tempo: "Tu, ó rei, rei de reis, a quem o Deus do Céu conferiu o reino, o poder, a força e a glória; a cujas mãos foram entregues os filhos dos homens, onde quer que eles habitem, e os animais do campo e as aves do céu, para que dominasses sobre todos eles..." Daniel 2:37 e 38. Deus CONCEDE AUTORIDADE a pessoas que são investidas do poder, quer seja para ser rei, presidente, governador, prefeito, pastor, pai, mãe, presidente de empresa ou instituição, etc. Agora, o que essa pessoa vai fazer com a autoridade e o poder nos quais está investido é de escolha dele, ou dela. Ele pode governar em seu círculo de poder visando promover o BEM e a JUSTIÇA, segundo o propósito de Deus; ou pode governar este mesmo círculo de poder visando promover o MAL e a INJUSTIÇA, rejeitando a vontade e os propósitos de Deus. O que você costuma fazer com o PODER e a AUTORIDADE que Deus lhe confere no círculo onde você atua? Quem é você? Um pai? Uma mãe? Um Pastor de Igreja? Um Presidente da República? Um Governador de Estado? Um Prefeito municipal? Um Presidente de uma empresa ou instituição? Um Presidente de Associação/Missão, ou de União, ou da Divisão, ou da Conferência Geral dos ASD? Um Ancião de igreja local? Um Diretor de Departamento da Igreja? Um Reitor de Universidade? Um Diretor de Escola, Colégio ou Faculdade? Quem é você exatamente? Como você faz uso do PODER e da AUTORIDADE que lhe são confiados, e nos quais você está investido? Você sempre os usa para promover o BEM e a JUSTIÇA? Ou você costuma ser um promotor do MAL e da INJUSTIÇA? Pense seriamente nessas coisas!

 

Se uma pessoa se acha corajosa o suficiente para desafiar a autoridade de alguém investido de autoridade, deve também ser corajoso o suficiente para sofrer a pena por sua desobediência à autoridade constituída, em qualquer nível. Sempre há uma penalidade pela desobediência. Isto faz parte das normas legais e do Direito.

 

"Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra." Romanos 13:7.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 15 de setembro.

 

RELACIONAMENTO COM NOSSOS SEMELHANTES

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 13:8 a 10.

 

Paulo ensina:

 

"A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o AMOR com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a Lei [esta é a ética presente nos Mandamentos 5, 6, 7, 8, 9 e 10, conforme Êxodo 20:3 a 17]."   Romanos 13:8, com grifos, interpolações e comentários nossos.

 

"O AMOR NÃO PRATICA O MAL CONTRA O PRÓXIMO; de sorte que O CUMPRIMENTO DA LEI É O AMOR."  Romanos 13:10, grifos nossos.

 

As declarações paulinas sobre a ética de Deus para Seus filhos são tão claras e simples que não precisamos comentar mais nada. Vá, e proceda como Paulo ensinou, inspirado pelo Espírito Santo.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 16 e 17 de setembro.

 

"JÁ OUVIMOS OS PASSOS DE UM DEUS QUE SE APROXIMA"

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 13:11 a 14.

 

Que planos você está fazendo para sua vida nos próximos vinte anos?

 

Quanta coisa material você está acumulando no presente, pensando em usufruí-las ainda por muitos anos?

 

Até aonde você está envolvido em projetos pessoais, e na luta por adquirir bens –móveis, imóveis e automóveis – na tentativa de ser feliz segundo o mundo? 

 

Quanto dessas coisas você vai levar para o Céu ou para o Inferno de fogo?

 

Se Paulo declarou que, em seu tempo, por volta do ano 57AD, quando esta Carta aos Romanos foi escrita, "já é hora de despertardes do sono, porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando, no princípio, cremos"; o que diremos aos crentes que estão vivendo neste início do Século 21? Quão próximo para nós está próxima a Vinda do Senhor Jesus? Pense nisto com seriedade e equilíbrio.

 

"Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz" (13:12).

 

"Andemos [procedamos] dignamente, como em pleno dia [praticando as obras da Luz]; não [vivendo] em orgias e bebedices; não em impudicícias [impurezas morais diversas] e dissoluções [procedimentos condenados pelo Senhor]; não em contendas e ciúmes." (13:13, com interpolações e comentários nossos).

 

"Revesti-vos [sede cobertos com a justiça de Cristo] do Senhor Jesus Cristo, e nada disponhais [não façam planos] para a carne, no tocante [no que se refere a] às suas concupiscências [cobiças, desejos]" Romanos 13:14, com interpolações e comentários nossos.

 

Para aqueles que não crêem nas promessas divinas, ou Jesus jamais voltará à Terra, ou, se vier, virá daqui a milhares de anos. Alguns cristãos adventistas vivem de tal maneira, nesse tempo final, como se a Segunda Vinda de Jesus ainda fosse demorar centenas de anos. É bom e conveniente tais adventistas repensarem essas suas ideias sobre a Parousia. Podem ser apanhados de surpresa, e triste será seu fim.

 

Tudo o que Paulo está ensinado nos capítulos 12 e 13 de Romanos é a ÉTICA DO CÉU, vinda de Deus. É a LUZ que deve iluminar a vida de todo crente em Jesus. Logo, "andar na luz" significa proceder de acordo com essa ética bíblica, divina, aqui ensinada por Paulo. Ele está fazendo eco ao SERMÃO DO MONTE, citado em Mateus 5 a 7. A ÉTICA DO CÉU é única, e os que são de Jesus a amam e a obedecem com alegria.

 

FELIZES SÃO AQUELES QUE SE CONFORMAM COM ESTA ÉTICA DIVINA.

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho