domingo, 24 de junho de 2012

COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO

 

LIÇÃO 13

 

UM MINISTÉRIO PERPÉTUO

 

Verso para memorizar: "Com que se parece o Reino de Deus? Com que o compararei? É como um grão de mostarda que um homem semeou em sua horta. Ele cresceu e se tornou uma árvore, e as aves do céu fizeram nichos em seus ramos." Lc 13:18-19, NIV.

 

LEITURAS BÍBLICAS DA SEMANA: João 4:7 a 30; Atos 2:42; 11:19 a 23; II Timóteo 2:1 a 7; II Coríntios 5:18 a 20.

 

PENSAMENTO-CHAVE: Evangelismo e Testemunho são o meio pelo qual a semente de mostarda (a Igreja de Deus) se torna uma grande árvore que enche o mundo.

 

INTRODUÇÃO

 

Até quando devemos EVANGELIZAR e TESTEMUNHAR DE JESUS às pessoas a quem temos acesso? Até quando vai nosso MINISTÉRIO em favor da salvação deles? Todos nós, crentes em Jesus, já sabemos a resposta. Enquanto houver no crente o fôlego de vida, este deve evangelizar e testemunhar de Jesus.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 24 de junho.

 

EVANGELISMO E TESTEMUNHO INCESSANTES

 

Leitura bíblica do dia: João 4:7-30.

 

Jesus Cristo é nosso Modelo de Evangelista. O texto de João 4:7 a 30 revela o quanto Ele estava comprometido com a evangelização de pessoas. Enquanto esteve na Terra, Jesus aproveitou cada momento para evangelizar, para testemunhar do Céu e do Plano da Redenção. Ora, se Jesus fez isto, não deveríamos nós, Seus discípulos, copiar-lhe o exemplo e modelo de ação? Portanto, não nos cansemos, nem nos aposentemos, de fazer a obra que Jesus pediu que fizéssemos (Mateus 28:19 e 20; Marcos 16:15-16; Atos 1:8; Apocalipse 22:17). Esta é nossa missão, o ministério perpétuo de cada crente em Jesus.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 25 de junho.

 

UM AMBIENTE ESTIMULANTE

 

Leitura bíblica do dia: I João 1:7; Atos 2:42; 11:19 a 23; 20:35; Romanos 1:11 e 12.

 

"Se, porém, andarmos na luz, como ELE está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado" I João 1:7.

 

Todos os crentes, em uma comunidade cristã local (a igreja local), precisam primeiramente "andar na luz", do EVANGELHO. Precisa ser uma igreja evangélica em sua essência, para ser uma igreja evangélica em sua missão. Se cada um dos crentes anda "na luz", vivendo e agindo segundo a vontade e os propósitos de Deus, toda a comunidade de crentes será iluminada, e a vizinhança dessa comunidade vai ver a "luz" que emana dessa comunidade. Essa "luz" vai brilhar, e os pecadores ao redor serão atraídos pelo brilho dessa "luz" do Céu. Uma comunidade dessa, crente e iluminada, torna-se um ambiente propício para a "koinonia", para a comunhão de um irmão com outro, num ambiente de paz coletiva, e de harmonia de propósitos. Viver em um ambiente tal, significa estar sempre estimulado a cumprir a missão evangelizadora.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 26 de junho.

 

FORMANDO INSTRUTORES

 

Leitura bíblica do dia: II Timóteo 2:1 a 7.

 

Toda Igreja Adventista, onde quer que ela esteja situada, precisa ser um CAMPO DE TREINAMENTO de seus membros para o cumprimento do ministério da EVANGELIZAÇÃO de pessoas. Pastores e anciãos precisam ser diligentes e estar atentos para a necessidade de treinamento dos membros da igreja local, de maneira teórica e prática, para que eles estejam habilitados para evangelizar, testemunhar e cumprir na Terra a missão que Deus lhe confiou. Pastores e anciãos que não se tornam treinadores dos membros de sua igreja ficam muito a desejar como líderes de uma comunidade de crentes adventistas. Se o pastor ou ancião tem dificuldades para treinar os membros em algumas áreas e serviços da igreja, busque alguém capacitado para isto, mas não deixe de treinar os membros da igreja local. Todo adventista deve ser devidamente instruído na arte e ofício de ganhar almas para Cristo.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 27 de junho.

 

RESGATANDO PESSOAS AFASTADAS

 

Leitura bíblica do dia: II Coríntios 5:18 a 20.

 

"Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo, E NOS DEU O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO; a saber, que Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, E NOS CONFIOU A PALAVRA DA RECONCILIAÇÃO. De sorte que SOMOS EMBAIXADORES EM NOME DE Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. EM NOME DE CRISTO, POIS, ROGAMOS QUE VOS RECONCILIEIS COM DEUS" II Coríntios 5:18 a 20, com grifos nossos.

 

Reconciliar pessoas com Deus –mesmo pessoas que já aceitaram Jesus, mas abandonaram a Igreja e a Jesus, os chamados ex-membros da igreja –é o ministério perpétuo de todos os crentes adventistas do sétimo dia. Nenhum adventista deve dar de ombros e dizer: "Eu nada tenho a ver com isso. Isto é trabalho exclusivo do pastor da igreja". È verdade que é trabalho do pastor, mas não somente dele. Cada membro deve-se unir a seu pastor e ao ancião de sua igreja, para EVANGELIZAR e para RESGATAR pessoas para Jesus. Nesse caso, a obra missionária da igreja local é DUPLA e SIMULTÂNEA. Ao mesmo tempo em que a igreja local faz uso de todos os seus recursos e bens para EVANGELIZAR pessoas ainda não evangelizadas, precisa também TRAZER DE VOLTA pessoas que se batizaram mas que, por uma razão ou outra, abandonaram a comunhão e o convívio de seus irmãos em Cristo. Temos de trabalhar simultaneamente nessas duas frentes de ação, sempre. Fazer uma obra –evangelização – sem negligenciar a outra: conservação na fé. Além dessa obra dupla de evangelização e resgate, também a igreja local precisa ser ativa na CONSERVAÇÃO DOS CRENTES NA FÉ, visando sofrer o mínimo de perdas possível. Sempre haverá perda de membros, pois eles são livres para entrar ou para sair da igreja. No entanto, se os envolvemos com amor, atenção, apoio, companheirismo, treinamento, capacitação, ensino, etc, é possível diminuir em muito o número dos que saem da igreja e voltam para o mundo, para as trevas do pecado, para os braços do diabo.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 28 e 29 de junho.

 

A PORTA DOS FUNDOS

 

Leitura bíblica do dia: Hebreus 10:25 a 35.  Romanos 14:13. Gálatas 5:13. Efésios 4:32.

 

Segundo as estatísticas atuais, existe uma perda expressiva de membros recém-batizados, e até membros mais antigos, em cada igreja adventista local. Em muitos lugares, a IASD realiza animadas séries de conferências públicas, e batiza dezenas e até centenas de pessoas. Numa conferência pública onde são batizadas 300 pessoas, na IASD, existe uma perda de pelo menos 30% no final do primeiro ano do batismo delas. Em alguns casos, esse número pode ser maior; mas também pode ser menor. Cada ano, a IASD batiza, como fruto de conferências públicas, em todo o Brasil, milhares de pessoas. No entanto, a perda é muito expressiva no primeiro ano após o batismo delas. Também batiza milhares de pessoas por meio de Classes Bíblicas batismais em cada igreja e grupo; e batiza também por meio do evangelismo nos lares, de porta em porta. Por que tantas pessoas abandonam nossas igrejas a cada ano? O que está errado com nossas estratégias de EVANGELIZAÇÃO e de CONSERVAÇÃO NA FÉ? Onde está nosso ponto fraco neste assunto? Precisamos discutir mais a fundo essa perda anual de membros. Precisamos ser inteligentes – e diligentes – para evitarmos essa enxurrada de apostasia que acontece hoje em nossa comunidade de crentes. Resgatar e trazer de volta essas pessoas não é tarefa fácil. Por que um cristão adventista abandona sua igreja e volta para o mundo, ou vai para outra igreja evangélica? Como pode os líderes de cada igreja local evitar que isto ocorra, fechando assim a "porta dos fundos"? Cada professor na Escola Sabatina do próximo sábado tire algum tempo para discutir com os membros de sua classe as melhores estratégias de ação para evitar tanta perda de membros. Também o pastor, os anciãos, o secretário/a, e os líderes de departamentos precisam gastar tempo, 5 ou 8 horas, a cada trimestre, discutindo este assunto, e sempre desenvolvendo estratégias de ação para deter a perda de membros. Se os líderes locais da igreja não levarem este assunto a sério, estarão negando parte da missão da Igreja, conforme II Coríntios 5:18 a 20. Não se preocupem somente em batizar pessoas. Preocupem-se também em conservar na fé os que já são batizados, para que eles não desistam nem desanimem de sua fé. Deus os recompensará por esta obra.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

Diretor do site missionário www.averdaderevelada.com.br 

E-mail para contatos: otoniel.carvalho@hotmail.com

 

 

 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

 

LIÇÃO 12

 

AVALIANDO O TESTEMUNHO E

O EVANGELISMO

 

Verso para memorizar: "Como brinco de ouro e enfeite de ouro fino é a repreensão dada com sabedoria a quem se dispões a ouvir." Provérbios 25:12, NVI.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: II Coríntios 13:5 e 6; Hebreus 10:24 e 25; Deuteronômio 10:12 e 13; Mateus 23:15; Apocalipse 14:6 e 7.

 

PENSAMENTO-CHAVE: É um erro desenvolver a obra divina sem que se faça, periodicamente, a avaliação do evangelismo feito e do testemunho dado.

 

INTRODUÇÃO

 

AVALIAÇÃO é a palavra-chave na lição desta semana. Depois de uma obra realizada, deve-se proceder a uma criteriosa e honesta avaliação. As pessoas que lideram a Obra de Deus, tanto a nível de igreja local, como em outros níveis mais amplos, não precisam temer uma boa avaliação. Tudo que é feito na igreja e pela igreja precisa passar por um processo de avaliação, para se descobrir se tudo está correto, e, se há falhas, como corrigi-las, para que a obra avance com maior segurança e com melhores resultados.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 17 de junho.

 

POR QUE AVALIAR?

 

Leitura bíblica do dia: I Timóteo 3:1 a 13; I Coríntios 11:28; II Coríntios 13:5 e 6.

 

Por que deve um cristão se avaliar periodicamente à luz da Palavra de Deus? Por que a liderança da igreja deve avaliar métodos e processos aplicados pela Igreja, na obra de evangelizar o mundo?

 

Ninguém é perfeito. Há erros e defeitos em tudo o que nós, humanos pecadores, fazemos. Nenhum líder de igreja deve achar que o que é e o que faz é tão perfeito quer está acima e além de qualquer tipo de avaliação. Todas as coisas precisam ser avaliadas. Todo procedimento, depois de executado, precisa ser avaliado. Lembre-se dos passos que devem ser dados por um líder eficaz: PLANEJAMENTO,  INFORMAÇÃO, MOTIVAÇÃO, EXECUÇÃO e AVALIAÇÃO.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 18 de junho.

 

AVALIANDO DE MANEIRA CORDIAL

 

Leitura bíblica do dia: Atos 16:1 e 2; Romanos 16:1; I Coríntios 11:2; Filipenses 4:14; Hebreus 10:24 e 25.

 

Muitas vezes, por falta de educação, e por falta de um equilíbrio emocional (inteligência emocional) de líderes e dos liderados, certas reuniões de AVALIAÇÃO DE PROCEDIMENTOS E DE RESULTADOS se torna em sessão de brigas e acusações mútuas. Há líderes que são omissos em informar aos liderados; e há líderes que são omissos em avaliar procedimentos e resultados. Que tipo de líder é você?

 

Numa reunião de avaliação de procedimentos e resultados, as pessoas precisam agir com calma, equilíbrio e muita transparência. Quem lidera dá todas as informações necessárias. Quem é liderado e está avaliando (ou mesmo o líder que está avaliando) precisa ter sensibilidade e sabedoria para expressar seu ponto de vista. Palavras mal colocadas, e com espírito de vingança ou briga, geralmente tumultuam as reuniões. Muitas vezes, os resultados alcançados com a obra realizada são pífios e decepcionantes, quando se esperava que fossem bem melhores. Num caso desses, devem todos ser cordiais e respeitosos na avaliação, sem abrir mão da honestidade e da transparência. Quando pessoas são avaliadas, e não estão preparadas emocionalmente para serem avaliadas, geralmente se sentem ofendidos e partem para a discussão tola e sem sentido. Façam todos avaliação da obra realizada, e até de pessoas para determinadas funções na Igreja, mas nunca percam a cordialidade e o amor de uns para com os outros.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, 19 de junho.

 

O QUE O SENHOR PEDE

 

Leitura bíblica do dia: Mateus 22:37 a 39.:

 

"Respondeu-lhes Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Mateus 22:37 a 39.

 

Num processo de avaliação, especialmente de pessoas, deve predominar o AMOR. Se o amor a Deus e ao próximo não for predominante nessas reuniões de avaliação, é possível que uma ou mais pessoas saia da reunião ferida, magoada e não mais desejando fazer parte da equipe de trabalho. Se o amor a Deus e ao próximo não for posto em ação, reuniões de avaliação se tornam reuniões de acusação e de agressão verbal de um contra o outro. Nós temos dificuldades em avaliar e mais ainda em sermos avaliados.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 20 de junho.

 

AVALIANDO PARA O CRESCIMENTO ESPIRITUAL

 

Leitura bíblica do dia: I Samuel 16; Salmos 1:1 e 2; Mateus 26:41; I Tessalonicenses 5:17; Romanos 8:6; Efésios 6:17 e 18; II Timóteo 2:45.

 

Qual é o verdadeiro propósito de uma boa e sincera reunião de avaliação na Igreja? Que objetivos a liderança da Igreja quer alcançar com tal reunião? A liderança da igreja está preparada para ouvir os comentários e observações que serão feitas? Essa reunião de avaliação visa o crescimento espiritual da obra de Deus? Que sentimentos e pensamentos povoa a mente das pessoas que vão fazer a avaliação? São pessoas maduras, líderes espirituais, homens e mulheres de Deus? Querem todos que a Igreja corrija os erros e avance rumo a melhores conquistas? Pensem sempre nessas coisas, ao marcar uma reunião de avaliação.

 

Cada pessoa precisa fazer uma honesta e sincera avaliação de si mesma. Como você está em sua relação com Deus? Você está feliz na função que desempenha na igreja? Você está preparado e tem vocação para a obra que está realizando? Ou você se sente melhor fazendo algo diferente? Você está produzindo bem no cargo que desempenha? A igreja está feliz e contente com seu trabalho? Ou você está na função somente porque ama o cargo, mas não ama o que faz? Como você está com a família? Como você se relaciona com os irmão na igreja? Como é seu testemunho dentro e fora da igreja? Faça estas e outras perguntas a você mesmo. Se a maioria das resposta for negativa, então seu caso é deveras preocupante. Se forem positivas as respostas, então louve a Deus, e procure fazer melhor ainda. Sempre há o que melhorar na obra que fazemos e naquilo que somos como pessoa.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 21 e 22 de junho.

 

AVALIANDO PARA O CRESCIMENTO DA IGREJA

 

Leitura bíblica do dia: Apocalipse 14:6 e 7; Mateus 6:33; 10:7; 24:14; Lucas 4:43.

 

Nunca devemos estar satisfeitos com o que já foi alcançado. O que passou, passou. Devemos observar e analisar a obra realizada sempre com o intuito de avançar e crescer muito mais. A meta do evangelismo é ALCANÇAR O MUNDO INTEIRO COM A PREGAÇÃO DO EVANGELHO ETERNO, conforme Mateus 24:14 e Apocalipse 14:6 e 7. A Igreja não pode relaxar nesse desafio, achando que já fez a obra que deveria ser feita. Todos os dias, nascem milhões de pessoas na Terra, e outros milhões de pessoas morrem na Terra. Quantas dessas pessoas que morrem a cada dia já foram alcançadas com o EVANGELHO ETERNO?

 

Em sua casa e família, quantas pessoas já foram evangelizadas?

Em sua vizinhança, quantas pessoas já foram evangelizadas?

Em sua rua? E em sua escola? E em seu trabalho? E em seu grupo de esportes e lazer? E em sua cidade ou bairro? E em seu Estado? E em seu país?

 

Quantos membros tem sua igreja local? Que tipo de projeto ou projetos evangelísticos estão sendo levados adiante em sua igreja? Quantos membros assumiram compromisso com esses projetos? O que a liderança da igreja local está fazendo para envolver toda a comunidade adventista local nos projetos de evangelização? Que uso a igreja local está fazendo de programas nacionais doutrinários, tais como A VOZ DA PROFECIA e o ESTÁ ESCRITO? Como a igreja local, nos lugares onde existe a Rádio Novo Tempo, está usando este poderoso instrumento de evangelização? Como está sendo usada a Educação Adventista para a evangelização? E os hospitais e clínicas adventistas? E a ADRA ou ASA? Nós, da IASD, temos múltiplas ferramentas de evangelização à nossa disposição. Estamos usando eficazmente todas elas? O que as Associações estão fazendo para tornar conhecidos em toda a cidade (ou cidades) de sua influência os programas da TV NOVO TEMPO e das Rádios Novo Tempo? Existem cartazes e panfletos por toda a cidade informando a existência e os programas de destaque de nossa TV e de nossas rádios? Ou nada está sendo feito? Isto é uma avaliação abrangente, ampla, honesta. A IASD tem respostas boas para todas as perguntas acima? Ou a IASD é uma locomotiva grandiosa, mas que não sabe a força e o poder que tem para testemunhar e evangelizar? Estamos agindo como se fôssemos uma pequena denominação, quando somos uma denominação mundial?

 

Tudo isto precisa ser avaliado pelas pessoas que lideram em cada nível de ação.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

domingo, 10 de junho de 2012

COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO

 

LIÇÃO 11

 

LEVANDO INFORMAÇÃO À IGREJA

 

Verso para memorizar: "Voltaram os apóstolos à presença de Jesus e Lhe relataram tudo quanto haviam feito e ensinado" Marcos 6:30.

 

LEITURAS BÍBLICAS DA SEMANA: Atos 4:1 a 31; 21:19 a 25; I Coríntios 9:19 a 23; Números 13:17 a 33; Atos 11:1 a 18.

 

INTRODUÇÃO

 

Quando os apóstolos de Jesus voltaram do campo missionário, retornaram alegres, felizes pela nova experiência vivida. Eles queriam falar a todos, especialmente para Jesus, sobre o que lhes acontecera enquanto evangelizavam. Esse relatório fez muito bem a eles, os apóstolos, e também foi positivo para a jovem igreja que estava surgindo em Israel, a partir daquela obra missionária inicial.

 

Eu estava assistindo ao culto, no sábado passado (09/06/2012), na IASD, central de Salvador, quando o pastor que fizera o sermão anunciou a apresentação de um filmete sobre fatos ocorridos com a distribuição do livro "A Grande Esperança". Toda a congregação ficou em total silêncio, e muitos foram às lágrimas, ao ouvirem um lindo relato de conversão, provocado pelo livro distribuído. Fez muito bem a todos nós o relato-testemunho, dado pela própria pessoa que recebeu o livro, e se converteu em seguidora de Cristo, e em membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Testemunhos, relatórios e apresentação pública à igreja local, sobre tudo o que está sendo feito por esta mesma igreja, e também pela Igreja em nível nacional e mundial, são positivos para conservação na fé, e também como estímulo e incentivo à obra de evangelização local, obra esta que deve ser feita pela IASD local.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 10 de junho.

 

UM PRINCÍPIO BÍBLICO

 

Leitura bíblica do dia: Atos 4:1 a 31.

 

Pedro e João pregaram o Evangelho em Jerusalém, e milhares de pessoas os ouviram. As autoridades do Sinédrio judaico, iradas, ordenaram a prisão imediata dos dois evangelistas. Enquanto eles se achavam presos, toda a pequena comunidade cristã em Jerusalém esteve reunida em oração intercessória em favor deles, pedindo a Deus que causasse a libertação dos evangelistas cristãos. Os evangelistas foram presos, açoitados e proibidos de pregar o Evangelho. Logo eles foram soltos. E o que fizeram? Silenciaram, com medo de nova prisão? Ficaram revoltados com Deus, por terem sido presos enquanto faziam a obra de Deus? Não, de maneira nenhuma. Eles oraram, dizendo a Deus: "Agora, Senhor, olha para suas ameaças, e concede aos Teus servos que anunciem com toda a intrepidez a Tua Palavra, enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do Teu santo Servo Jesus" Atos 4:29 e 30. E o que aconteceu, depois dessa poderosa oração? "Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos ficaram cheios [tomados pelo] do Espírito Santo e, com intrepidez [com ousadia, com coragem] anunciaram a Palavra de Deus" Atos 4:31, interpolações e comentários nossos.

 

Não ficaram eles lamentando as dores e contusões causados pelos açoites recebidos. Não ficaram murmurando contra o Senhor da obra, reclamando por não haver Deus os livrado daqueles açoites. Pelo contrário, a oração deles a Deus foi para que tivessem ainda mais coragem e intrepidez para continuarem pregando, mesmo em meio a severas hostilidades, perseguições, açoites e prisões, além da costumeira ameaça de morte. Possuídos pelo Espírito Santo, nada nem ninguém os intimidava, nem os impedia de darem prosseguimento à pregação do Evangelho. E a IGREJA orava diuturnamente em favor deles. E em pouco tempo, o número dos homens que aceitaram a Jesus como Salvador chegou a "quase cinco mil" (Atos 4:4).

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 11 de junho.

 

"O QUE DEUS TEM FEITO"

 

Leitura bíblica do dia: Atos 21:19 a 25. I Coríntios 9:19 a 23.

 

"Tendo nós chegado a Jerusalém, os irmãos nos receberam com alegria. No dia seguinte, Paulo foi conosco encontrar-se com Tiago, e todos os presbíteros [ou anciãos] se reuniram. E, tendo-os saudado, contou [Paulo] minuciosamente o que Deus fizera entre os gentios por seu ministério. Ouvindo-o [ouvindo os anciãos o relato minucioso feito por Paulo], deram eles glória a Deus..." Atos 21:17 a 20, comentários interpostos nossos.

 

Paulo foi muito ético em relação à liderança da Igreja em Jerusalém. Retornando ele de suas três viagens missionárias, relatou aos líderes reunidos em assembleia todas as coisas que ocorreram durante a obra missionária que realizaram. Os líderes se alegraram com os relatos e deram glória a Deus, pela conversões acontecidas. Paulo procedeu de maneira correta. Paulo não agiu de maneira autônoma, como se fosse líder e membro da "IGREJA DO EU SOZINHO".  Muitos são os líderes que acham não ser necessário dar informações à comunidade local de crentes a respeito do que ocorre na e com a igreja local. Outros líderes há que escondem da congregação o que está acontecendo na obra missionária da igreja local. Isto não é correto. Quanto mais informações claras, corretas e detalhadas (além de honestas) o corpo de crentes de uma comunidade local tiver, melhor para essa congregação. Isto gera confiança nos líderes, e é motivador para os membros apoiarem planos e projetos missionários que a igreja local faz. Que cada líder de igreja local – e também da Igreja em níveis estaduais e nacional – siga este exemplo, e preste à comunidade de crentes as melhores e mais precisas informações sobre o andamento da Obra de Deus em seu território administrativo.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 12 de junho.

 

A IMPORTÂNCIA DE RELATAR

 

Leitura bíblica do dia: Atos 5:14; 8:4 e 12; 11:21; 14:21.

 

Os líderes da Igreja nos tempos apostólicos sentiam prazer e alegria em relatar com riqueza de detalhes o andamento da Obra de Deus. O Livro de Atos é rico em provas a respeito disto. Leia todos os textos indicados acima, e comprove esse fato. Muitos que ficam na retaguarda, orando pelos obreiros, fazendo uma obra de apoio ao evangelismo, gostariam de saber como as coisas estão acontecendo no campo missionário. Até hoje, milhares de irmãos se deliciam a cada sábado, ouvindo os relatos contidos na CARTA MISSIONÁRIA, que é apresentada na Escola Sabatina. Quando eu era adolescente, vivendo no interior de Pernambuco, nos finais dos anos de 1960 e inícios dos anos de 1970, tornei-me assinante da Revista Adventista, e a lia por completo todo mês. E algo que me fazia bem era a leitura das "notícias" que informavam sobre o que estava acontecendo na Igreja e com a Igreja no campo brasileiro. Eu sentia prazer em ler aquelas notícias. Fazia-me bem ao coração e à mente. E olhem que eu tinha somente dezessete anos de idade. Até hoje, aos sessenta anos, me delicio em ler o noticiário da Revista Adventista todo mês. Amo assistir, na TV Novo Tempo, a REVISTA NOVO TEMPO, a qual relata o andamento da Obra de Deus no Brasil. Isto me faz bem, pois me deixa informado e esclarecido sobre como anda a Causa de Deus. Também os relatos me motivam a me envolver nesse trabalho de missão que a Igreja desenvolve.

 

Fico muito triste quando ouço alguns irmãos contenciosos provocando brigas e discussões por causa do relatório usado pelos professores da Escola Sabatina. Muitos membros de nossa igreja se negam a dar informações sobre seu estudo diário, e sobre a obra missionária semanal que realizaram. Ora, existe tanta causa boa que merece de nós uma boa briga! Por que ficar brigando por coisa tão simples?

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 13 de junho.

 

RELATÓRIOS E MOTIVAÇÃO

 

Leitura bíblica do dia: Números 13 e 14.

 

Moisés era um líder excelente, que gostava de estar bem informado das coisas que aconteciam a Israel e com Israel. Em Números 13, lemos sobre a viagem que DOZE HOMENS de Israel fizeram ao território para onde eles se dirigiam: Canaã. Moisés lhes dera claras e detalhadas instruções sobre como deveriam proceder, e lhes pediu que fizessem fiéis anotações de tudo o que observassem. Moisés queria deles um relatório minucioso da viagem: lugares, pessoas, vegetação, costumes, acidentes geográficos, língua, capacidade bélica, força militar, poder de resistência a um ataque estrangeiro. Afinal, tudo tinha de ser relatado.

 

Ao retornarem os DOZE ESPIAS ao acampamento de Israel, deram a Moisés e ao povo um detalhado relatório de viagem. Mas eles cometeram alguns erros grosseiros: (1) Deveriam fazer o relato primeiro a Moisés, em particular. Mas caíram no erro de fazer o relatório em público, em primeira mão, sem a necessária filtragem de notícias que poderiam causar confusão e medo na congregação. (2) Agiram de forma extremamente emocional, e pouco racional. Expressaram em público o medo deles; a incapacidade deles em vencer os inimigos. E fizeram isto de maneira emocional, sem expressar fé inteligente no Deus de Israel. Esse emocionalismo irresponsável contagiou negativamente o povo de Israel, como se fora um rastilho de pólvora. Eles acenderam na congregação de Israel um fogo emocional que não conseguiram apagar. E terríveis foram os resultados negativos para todo o povo de Israel. Estavam quase salvos; estavam quase dentro de Canaã, mas esse procedimento emocional irresponsável provocou a ira de Deus sobre eles, por causa da incredulidade deles, e toda a geração que tinha acima de vinte anos, quando saiu do Egito, teve de morrer no deserto, com exceção de Josué e Calebe, os quais agiram com fé e com racionalidade responsável em seu relatório, mas não conseguiram conter a maré de emocionalismo irresponsável que tomara conta da congregação de Israel. (3) Em momento algum os "espias" (sempre com exceção de Josué e Calebe) deram glória a Deus por os haver trazido para morar em uma região tão fértil e propícia para a agricultura e para a pecuária. O emocionalismo irresponsável os cegou completamente, não lhes permitindo ver a Graça divina em ação. Seus olhos ficaram fechados em relação à graça divina. Por tudo isso, e muito mais, um relatório que era para provocar alegria, entusiasmo e louvor a IAVÉ, terminou em tragédia nacional, em crise de relacionamento com Deus, e com a morte de toda uma geração no deserto.

 

Portanto, caros líderes, pastores e anciãos da IASD, tenham muito cuidado nos relatórios que fazem à congregação. Uma coisa é discutir os fatos em uma comissão de igreja, ou em uma Mesa Administrativa, onde o grupo é menor, e os temas podem ser discutidos com maior racionalidade e capacidade de análise. Outra coisa é discutir um relatório em plenário, onde o grupo é bem maior, e o emocionalismo pode colocar tudo a perder. Uma turba tomada pela emoção de uma palavra dita de maneira perigosa, e, muitas vezes, intencional e provocativa, torna-se uma multidão sem controle das emoções pessoais. Cuidado, portanto, com as coisas que serão relatadas, e a maneira como esse relatório será apresentado, e a pessoa que vai apresentar o relatório. O relatório precisa ser educativo e motivador dos melhores propósitos e planos. Relatórios negativos, duvidosos, sem as informações claras e corretas podem gerar um clima de reação negativa e emocional, causando confusão e tumulto.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS,         dias 14 e 15 de junho.

 

DANDO GLÓRIA A DEUS

 

Leitura bíblica do dia:  Atos 11:1 a 18.

 

Pedro foi chamado às falas, pela liderança da Igreja em Jerusalém, por haver entrado em casa de gentios e lhes haver pregado o Evangelho (leia Atos 10). Então Pedro se defendeu das acusações, dando à liderança da Igreja um relatório detalhado de tudo o que lhe acontecera, e de tudo o que ocorrera quando de sua estada na casa do centurião romano Cornélio, um gentio que se convertera em discípulo de Jesus. Quando a liderança da Igreja, em Jerusalém, ouviu o relato dos fatos, como Pedro lhes apresentou, deu glória a Deus pela conversão também dos gentios. Foi importante, para Pedro, para a liderança da Igreja em Jerusalém, e para toda a Igreja, o relatório que Pedro apresentou. A partir daí, os líderes da Igreja, em Jerusalém, tiveram a confirmação de que Deus "não faz acepção de pessoas" (Romanos 2:11), e também aos gentios deve ser pregado o Evangelho da salvação em Jesus Cristo.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

Diretor do site missionário www.averdaderevelada.com.br

 

domingo, 3 de junho de 2012

COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO 10

LIÇÃO 10

 

UMA RESPOSTA DE AMOR

 

Verso para memorizar: "Se vocês me amam, obedecerão aos Meus mandamentos." João 14:15.

 

LEITURAS BÍBLICAS DA SEMANA: I João 4:18 e 19; Romanos 3:19 e 20; João 14:15; 15:13; Romanos 5:6 a 8; João 6:28 e 29.

 

PENSAMENTO-CHAVE: Devemos trabalhar para ganhar pessoas para Cristo. No entanto, precisamos refletir sobre a seguinte questão: O que nos motiva e impele a fazer isto? É o amor? Ou a base são outros sentimentos menos nobres?

 

INTRODUÇÃO:

 

Tudo o que é feito com amor e por amor sai bem feito. Toda atividade humana, dirigida a Deus ou ao próximo, na qual o amor não se faz presente, não alcança seu objetivo, não atende à vontade e propósito de Deus. Pense nisto, em cada coisa que fizer na vida!

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 03 de junho.

 

MOTIVADO PELO AMOR

 

Leitura bíblica do dia: Deuteronômio 6:4 a 8; Jeremias 29:13; I João 4:18 e 19.

 

"Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força."  Deuteronômio 6:5.

 

"Buscar-Me-ás e Me acharás quando Me buscardes de todo o vosso coração" Jeremias 29:13.

 

"No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo [o medo de rejeição, de negação, de confronto]. Ora, o medo produz tormento [angústia, dor, sofrimento, tristeza, solidão]; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor [o amor não encontra sua realização e plenitude nele]" I João 4:18, interpolações e comentários nossos.

 

O AMOR é o principal e mais excelente elemento de motivação na ações e relações humanas, tanto em seu relacionamento com Deus, como também em seu relacionamento com os semelhantes. Onde o AMOR se acha ausente, as relações acontecem em um clima frio, formal. Se nossas atividades religiosas são apenas um zeloso e formal cumprimento de regras, mandamentos, estatutos e compromissos, sem a presença do AMOR, então essa religião que temos é algo legalista, formal, contratual, mas sem alegria, sem prazer, sem contentamento, sem felicidade. É a religião pela religião. Não foi isto o que Deus quis alcançar em Suas relações com os humanos. Jesus declarou: "Tenho-vos dito estas coisas [Seu discurso aos discípulos, citado em João 15:1 a 10] para que o Meu gozo [prazer, alegria, contentamento, felicidade] esteja em vós, e o vosso gozo [alegria, prazer, felicidade] seja completo [pleno, total]" João 15:11, interpolações e comentários nossos. E isto somente se fará realidade se o AMOR for o elemento motivador de nossa religião e de nossos relacionamentos interpessoais.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 4 de junho.

 

MOTIVAÇÃO PELA CULPA (ou pelo medo de Deus}

 

Leitura bíblica do dia: Romanos 3:19 e 20; Tiago 2:8 a 10.

 

A CULPA surge na mente humana como consequência de uma acusação da consciência. Minha mente me informa que eu quebrei alguma norma, mandamento, preceito ou estatuto que conheço. Minha consciência é o meu mais severo juiz. E quando eu erro, e estou consciente desse erro, surge em mim o sentimento de culpa, o qual me atormenta dia e noite, e me traz inquietação, insegurança, fragilização emocional, raiva, tristeza, medo, fuga, falta de paz interior, perda de sono e do apetite, depressão, e pode levar uma pessoa emocionalmente mais frágil à loucura. O sentimento de CULPA pode ser saudável, ou pode ser destruidor, muito perigoso para a saúde física e mental. Nem todos sabem lidar com o sentimento de culpa. E nem todos procuram o remédio correto para curar o sentimento de culpa.

 

No processo de se viver a religião, pessoas há, e são muitas essas pessoas, que fazem do sentimento de culpa um elemento motivador para a realização de coisas espirituais. Pessoas há, no ambiente cristão, que quando se sentem culpadas multiplicam suas doações para a igreja e para obras de caridade, numa tentativa de purgação da culpa. O sentimento de culpa gera medo; medo de Deus, e medo da pessoa a quem ofendemos. O mais correto seria irmos a Deus, em oração, e confessarmos a Ele nosso erro, que gerou a culpa. E, em sequência, irmos à pessoa a quem ofendemos, e pedir-lhe perdão pelo erro cometido, inclusive, se for o caso, fazendo reparação moral ou financeira, pelo erro cometido. No entanto, a maioria não segue este receituário. A maioria dos cristãos (e também dos não cristãos), preferem a fuga, a alienação, porque entender ser o caminho mais fácil. Outros, preferem, como uma espécie de compensação, dar dinheiro para uma igreja, ou para uma obra social, na tentativa de remissão de culpa pela obras humanas, o que chamamos de "justificação pelas obras". Muitos pastores e sacerdotes católicos sabem que uma pessoa com medo de Deus é capaz de dar grandes somas para a igreja e para obras de caridade. Que fazem eles? Exploram esse medo, levando as pessoas a uma espécie de penitência, de purgação de culpa, por meio de "boas obras". Fazem essas pessoas acreditarem que Deus está irado contra elas, e que, para apaziguar a ira de Deus, elas precisam fazer "boas obras" religiosas, tais como dar dinheiro para a igreja e para obras de caridade, para que o sentimento de culpa seja aliviado. E assim as pessoas lotam certas igrejas, e lhes dão tudo o que seus pastores sugerem. Isto é paganismo. Deus ama as pessoas, quer elas estejam fazendo o bem ou o mal. Mas Deus não concorda nem apoia seus atos maus. Para os salvar, Deus enviou Seu Filho ao mundo, para viver e morrer por todos os humanos pecadores. Paulo afirma que "Deus PROVA O SEU AMOR para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" Romanos 5:8. E Paulo afirma que Jesus morreu por seres humanos "fracos", "ímpios" e "pecadores" (Rm 5:6 a 8). Não havia na Terra nenhuma pessoa boazinha, justa e santa, quando Jesus morreu pelos humanos pecadores. O AMOR de Deus por nós antecede nossa própria existência na Terra. E Deus não é motivado a nos amar, e a ser bom para conosco, por causa de nossas "boas obras". Ele nos amou e Se dispôs a nos perdoar, quando nenhuma boa obra havíamos feito. Isto é Cristianismo.

 

O que o motiva a adorar a Deus? O que o motiva a dar dízimos e ofertas? O que o motiva a testemunhar de sua fé em Jesus? O que o motiva a se conservar puro em uma sociedade humana impura? O que o motiva a ser santo, em uma sociedade ímpia? O que o motiva a fazer o bem, vivendo em uma sociedade competitiva, que pisa nas pessoas, para alcançar coisas? O que motiva você a santificar o Sábado no sétimo dia? O que o motiva a tratar bem as pessoas, quer sejam pobres, quer sejam ricas? O que o motiva a cooperar financeiramente e pessoalmente em projetos sociais de filantropia? Você vive com alegria espontânea sua religião? Ou você vai aos cultos mau humorado, criticando a tudo e a todos, como se fora um boi indo para o matadouro? Você é cristão porque ama a Deus, louvando-O pela redenção que Ele já lhe deu, em e por Jesus? Ou você é cristão por um processo de fuga, com medo de ser castigado por Deus?

 

Pense com carinho em cada uma dessas respostas.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 5 de junho.

 

MOTIVADOS PARA SERVIR

 

Leitura bíblica do dia: João 14:21; 15:13;  Romanos 5:6 a 8.

 

Tenho visto, ao longo de meus quase cinquenta anos de adventismo, pastores e diretores missionários, nas igrejas, se esgoelando, na tentativa de convencerem os membros de nossa igreja a participar da obra missionária. Tenho visto pastores e anciãos se esforçando ao máximo, visando convencer os membros de nossa igreja a darem dinheiro para algum projeto especial, ou para aumentarem o valor de suas ofertas, visando cobrir sem déficit o orçamento mensal da igreja local. Tudo isto tenho visto, e, como pastor, fiz isto várias vezes. Mas estou certo que este não é o caminho melhor a ser seguido.

 

Nem todos os membros de nossa igreja se sentem motivados a testemunhar de sua fé em Jesus. Outros não se sentem motivados, por uma razão ou outra, a darem seus dízimos e suas ofertas. Outros, ainda, não se sentem motivados a freqüentarem o templo todos os dias em que há culto público. O que vai motivar a todos os adventistas de maneira positiva? Será o carisma de um pastor, ancião, diretor missionário, ou diretor JA? O que vai motivar os irmãos a derem um dízimo correto, e a darem ofertas liberais e em valores mais elevados? Será a realização de algum projeto desafiador, como a reforma do templo, a construção de um novo templo, ou algum empreendimento de grande porte? Creio, com toda sinceridade, que o elemento motivador por excelência para cada membro da Igreja é o AMOR, a Deus e à Obra de Deus. É cada um possuir uma CONSCIÊNCIA do que significa ser cristão, e membro da igreja de Deus na Terra. É um sentimento permanente de gratidão e louvor a Jesus Cristo. Estas são motivações permanentes. Paulo afirma: "Agora, pois, PERMANECEM: a Fé, a Esperança e o Amor. Porém, o maior destes, é o AMOR" I Coríntios 13:13, grifos nossos.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 6 de junho.

 

A ARMADILHA DO LEGALISMO

 

Leitura bíblica do dia: João 6:28 e 29; Romanos 10:1 a 4; Romanos 11:5 e 6; Gálatas 2:16.

 

Existe um costume entre os cristãos, de todas as denominações, de apontarem para os judeus, especialmente para os sacerdotes, escribas e fariseus, a pecha de serem legalistas. Por quê? Exatamente porque os fariseus, de uma maneira geral, fizeram da Lei (Torá) uma espécie de Deus, e a puseram como sendo um elemento justificador e salvador do homem. Na mente dos fariseus, no judaísmo, para uma pessoa ser justificada e salva, diante de IAVÉ, seria preciso guardar com estrita fidelidade, toda a Lei (Torá), o que incluía a circuncisão, os sacrifícios no templo, a santificação do sábado semanal, a observância de todas as festas anuais dos judeus, e o seguir todas as interpretações da Lei desenvolvidas pelos mestres do judaísmo. O foco central estava na Lei (Torá), e em sua capacidade de provê justificação e salvação para que a cumprisse em todos os pontos e detalhes. Chamamos isto de LEGALISMO, ou de "justificação pela obras da Lei".

 

Paulo, em suas muitas cartas, condenou o LEGALISMO, sem rejeitar a Lei em si mesma. Ele defendia a justificação e a salvação como sendo bênçãos vindas pela Graça de Deus, as quais eram recebidas mediante a fé na pessoa e na obra salvífica realizada por Jesus Cristo. Os judeus rejeitaram a teologia paulina de justificação e salvação unicamente pela fé em Jesus, pois achavam que tal teologia tirava o foco de sobre a Lei (a Torá) e o punham sobre Jesus de Nazaré. Eles achavam que isto era uma negação e rejeição da Lei (Torá). No entanto, ao apresentar de maneira bem clara a teologia da justificação e da salvação somente pela fé em Jesus (leia Romanos 3:21 a 28), Paulo conclui seu arrazoado, afirmando: "Anulamos, pois, a Lei [Torá] pela fé [pela teologia da justificação e salvação unicamente pela fé em Jesus]? Não! De maneira nenhuma! Antes [em lugar disto; em vez disto; pelo contrário], confirmamos [ou reafirmamos] a Lei [a validade da Lei]" Romanos 3:31, interpolações e comentários nossos.

 

Muitos cristãos, em sua defesa da justificação e salvação somente pela fé, fora ao extremo oposto, e fizeram da FÉ um fim em si mesma, assim como, no Antigo Testamento, os israelitas fizeram da Lei um fim em si mesma. Que fazem muitos cristãos? Propõem uma justificação e salvação unicamente pela fé em Jesus (e nisto estão corretos), mas negando a validade da Lei de Deus para as pessoas salvas pela fé em Jesus (nisto estão errados). Paulo afirmou que a justificação e salvação somente pela fé em Jesus NÃO ANULA A LEI DE DEUS (leia Romanos 3:31). A Lei não justifica nem salva o pecador (Romanos 3:19 e 20; 8:3; Gálatas 2:16). Quem faz isto também não é a fé. Quem justifica e salva o pecador é Deus, somente Deus (Romanos 8:33). E Deus faz isto através da pessoa e da obra de Seu Filho, Jesus Cristo. A Fé nada acrescenta à justificação e salvação que Deus providencia para os pecadores. A Fé é um instrumento de recepção da justificação e da salvação. A Fé em Jesus toma posse, aceita, recebe a justificação e a salvação dadas por Deus aos pecadores, gratuitamente, mas nada lhes acrescenta. Não somos justificados e salvos pela fé, como se a fé fosse em si mesma o elemento salvador. Somos justificados e salvos por Deus, o Qual, em Sua Graça, decidiu justificar e salvar os pecadores, mediante a vida perfeita e a obra vicária, substituinte, realizada por Jesus Cristo, o Filho de Deus.

 

ACONTECE O LEGALISMO, ou a JUSTIFICAÇÃO PELA OBRAS, toda vez que um pecador, seja judeu, seja gentio, tira de Deus a glória e a honra de ser Aquele que justifica e salva os pecadores, mediante a pessoa e obra de Jesus, e a coloca sobre uma religião, uma filosofia, um livro religioso, um ato religioso, uma igreja, um pastor ou dirigente religioso, ou qualquer pessoa ou coisa em si mesmo, menos na Pessoa do Deus Eterno e de Seu Filho, Jesus Cristo. Mesmo a Fé, se for tomada em sentido absoluto e determinante para a justificação e salvação do homem, torna-se uma espécie de legalismo, ou justificação pelas obras humanas, pois torna o ato de crer em Jesus como sendo mais importante do que o próprio Jesus. Nós, todos os cristãos, precisamos estar atentos sempre a esse erro e desvio teológico. Cuidado, pastores e membros de nossa igreja, e de qualquer outra igreja que se afirma cristã.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 7 e 8 de junho.

 

LIVRE PARA SER ESCRAVO

 

Leitura bíblica do dia: Romanos 1:1; Filipenses 1:1; Tiago 1:1; II Pedro 1:1. João 8:34 a 36.

 

Na cultura atual, quer seja no Oriente, quer seja no Ocidente, a palavra "escravo" é termo ofensivo, quando dirigido a alguém. Nenhuma pessoa gosta de ser chamada de "escravo", ou de ser tratado como se fosse escravo de alguém.

 

Na Bíblia, especialmente no Novo Testamento, o termo grego "doulos", escravo, é bastante usado para descrever a relação espiritual, ética e moral que existe entre o homem salvo pela Graça de Deus, mediante a fé em Jesus, e o Senhor Jesus Cristo, de quem tal pessoa se tornou "servo" e "discípulo". Paulo o usou variadas vezes em seus escritos. Também o usaram Tiago, irmão de Jesus, e o apóstolo Pedro.

 

O termo bíblico REDENÇÃO tem sua origem na compra de escravos. Um cidadão de posses ia ao mercado de escravos e, ali, verificava os escravos à venda, e realizava a compra, conforme seus interesses. Depois de comprar um ou mais escravos, aquele novo senhor dos escravos comprados (ou redimidos) fazia deles o que bem queria, pois esses escravos se tornavam, legalmente, propriedade de quem os comprara. Paulo trabalha com essa mesma ideia, ao escrever: "Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque FOSTES COMPRADOS POR PREÇO; agora, pois, glorificai a Deus [vosso novo Senhor] no vosso [e com o vosso] corpo" I Coríntios 6:19 e 20, interpolações e grifos nossos. No livro do Apocalipse, lemos sobre a obra universal de Cristo na Terra: "E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro  e abrir-lhe os selos, porque foste morto, e COM O TEU SANGUE COMPRASTE PARA DEUS OS QUE PROCEDEM DE TODA TRIBO, LÍNGUA, POVO E NAÇÃO" Apocalipse 5:9, grifos nossos. Quem fez a compra dos pecadores, escravos de Satanás, do Pecado e da Morte? Resposta: Jesus Cristo. Qual foi o preço pago pela compra: Resposta: o sangue de Cristo. Para quem Jesus comprou todos os pecadores que habitam a Terra? Resposta: Comprou para DEUS. Que faz Deus com esses "escravos" da Terra, que Jesus comprou para Ele? Deus os deixa totalmente livres para escolherem a que "senhor" eles querem se unir. Cada pessoa é livre para fazer sua própria escolha a respeito de que "senhor" deseja para sua vida: Quer ser servo (escravo) de Satanás, o adversário de Deus? Ou deseja ser servo (escravo) de Jesus Cristo (de Deus)? Nossos anos de vida na Terra é somente para decidirmos a que "senhor" queremos servir. Você, irmão, já fez sua escolha definitiva? Você está feliz, contente, por ser servo de Deus? Ou vive triste com isso, e prefere voltar ao domínio do tirano Satanás?  Pense em sua vida espiritual hoje. Você está feliz em ser de Jesus? Ou vive murmurando e criticando por ser de Jesus, e está planejando voltar para o diabo?

 

Que você tome a decisão correta, e se alegre por ser de Deus. Cante este hino:

 

"Eu sou de Jesus, aleluia; de Cristo Jesus, meu Senhor! Eu quero falar! Eu quero cantar, do amor do meu Salvador!" (Hinário Adventista, 221).

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 

 

 

 

 

COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO 12

LIÇÃO 10

 

UMA RESPOSTA DE AMOR

 

Verso para memorizar: "Se vocês me amam, obedecerão aos Meus mandamentos." João 14:15.

 

LEITURAS BÍBLICAS DA SEMANA: I João 4:18 e 19; Romanos 3:19 e 20; João 14:15; 15:13; Romanos 5:6 a 8; João 6:28 e 29.

 

PENSAMENTO-CHAVE: Devemos trabalhar para ganhar pessoas para Cristo. No entanto, precisamos refletir sobre a seguinte questão: O que nos motiva e impele a fazer isto? É o amor? Ou a base são outros sentimentos menos nobres?

 

INTRODUÇÃO:

 

Tudo o que é feito com amor e por amor sai bem feito. Toda atividade humana, dirigida a Deus ou ao próximo, na qual o amor não se faz presente, não alcança seu objetivo, não atende à vontade e propósito de Deus. Pense nisto, em cada coisa que fizer na vida!

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 03 de junho.

 

MOTIVADO PELO AMOR

 

Leitura bíblica do dia: Deuteronômio 6:4 a 8; Jeremias 29:13; I João 4:18 e 19.

 

"Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força."  Deuteronômio 6:5.

 

"Buscar-Me-ás e Me acharás quando Me buscardes de todo o vosso coração" Jeremias 29:13.

 

"No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo [o medo de rejeição, de negação, de confronto]. Ora, o medo produz tormento [angústia, dor, sofrimento, tristeza, solidão]; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor [o amor não encontra sua realização e plenitude nele]" I João 4:18, interpolações e comentários nossos.

 

O AMOR é o principal e mais excelente elemento de motivação na ações e relações humanas, tanto em seu relacionamento com Deus, como também em seu relacionamento com os semelhantes. Onde o AMOR se acha ausente, as relações acontecem em um clima frio, formal. Se nossas atividades religiosas são apenas um zeloso e formal cumprimento de regras, mandamentos, estatutos e compromissos, sem a presença do AMOR, então essa religião que temos é algo legalista, formal, contratual, mas sem alegria, sem prazer, sem contentamento, sem felicidade. É a religião pela religião. Não foi isto o que Deus quis alcançar em Suas relações com os humanos. Jesus declarou: "Tenho-vos dito estas coisas [Seu discurso aos discípulos, citado em João 15:1 a 10] para que o Meu gozo [prazer, alegria, contentamento, felicidade] esteja em vós, e o vosso gozo [alegria, prazer, felicidade] seja completo [pleno, total]" João 15:11, interpolações e comentários nossos. E isto somente se fará realidade se o AMOR for o elemento motivador de nossa religião e de nossos relacionamentos interpessoais.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 4 de junho.

 

MOTIVAÇÃO PELA CULPA (ou pelo medo de Deus}

 

Leitura bíblica do dia: Romanos 3:19 e 20; Tiago 2:8 a 10.

 

A CULPA surge na mente humana como consequência de uma acusação da consciência. Minha mente me informa que eu quebrei alguma norma, mandamento, preceito ou estatuto que conheço. Minha consciência é o meu mais severo juiz. E quando eu erro, e estou consciente desse erro, surge em mim o sentimento de culpa, o qual me atormenta dia e noite, e me traz inquietação, insegurança, fragilização emocional, raiva, tristeza, medo, fuga, falta de paz interior, perda de sono e do apetite, depressão, e pode levar uma pessoa emocionalmente mais frágil à loucura. O sentimento de CULPA pode ser saudável, ou pode ser destruidor, muito perigoso para a saúde física e mental. Nem todos sabem lidar com o sentimento de culpa. E nem todos procuram o remédio correto para curar o sentimento de culpa.

 

No processo de se viver a religião, pessoas há, e são muitas essas pessoas, que fazem do sentimento de culpa um elemento motivador para a realização de coisas espirituais. Pessoas há, no ambiente cristão, que quando se sentem culpadas multiplicam suas doações para a igreja e para obras de caridade, numa tentativa de purgação da culpa. O sentimento de culpa gera medo; medo de Deus, e medo da pessoa a quem ofendemos. O mais correto seria irmos a Deus, em oração, e confessarmos a Ele nosso erro, que gerou a culpa. E, em sequência, irmos à pessoa a quem ofendemos, e pedir-lhe perdão pelo erro cometido, inclusive, se for o caso, fazendo reparação moral ou financeira, pelo erro cometido. No entanto, a maioria não segue este receituário. A maioria dos cristãos (e também dos não cristãos), preferem a fuga, a alienação, porque entender ser o caminho mais fácil. Outros, preferem, como uma espécie de compensação, dar dinheiro para uma igreja, ou para uma obra social, na tentativa de remissão de culpa pela obras humanas, o que chamamos de "justificação pelas obras". Muitos pastores e sacerdotes católicos sabem que uma pessoa com medo de Deus é capaz de dar grandes somas para a igreja e para obras de caridade. Que fazem eles? Exploram esse medo, levando as pessoas a uma espécie de penitência, de purgação de culpa, por meio de "boas obras". Fazem essas pessoas acreditarem que Deus está irado contra elas, e que, para apaziguar a ira de Deus, elas precisam fazer "boas obras" religiosas, tais como dar dinheiro para a igreja e para obras de caridade, para que o sentimento de culpa seja aliviado. E assim as pessoas lotam certas igrejas, e lhes dão tudo o que seus pastores sugerem. Isto é paganismo. Deus ama as pessoas, quer elas estejam fazendo o bem ou o mal. Mas Deus não concorda nem apoia seus atos maus. Para os salvar, Deus enviou Seu Filho ao mundo, para viver e morrer por todos os humanos pecadores. Paulo afirma que "Deus PROVA O SEU AMOR para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" Romanos 5:8. E Paulo afirma que Jesus morreu por seres humanos "fracos", "ímpios" e "pecadores" (Rm 5:6 a 8). Não havia na Terra nenhuma pessoa boazinha, justa e santa, quando Jesus morreu pelos humanos pecadores. O AMOR de Deus por nós antecede nossa própria existência na Terra. E Deus não é motivado a nos amar, e a ser bom para conosco, por causa de nossas "boas obras". Ele nos amou e Se dispôs a nos perdoar, quando nenhuma boa obra havíamos feito. Isto é Cristianismo.

 

O que o motiva a adorar a Deus? O que o motiva a dar dízimos e ofertas? O que o motiva a testemunhar de sua fé em Jesus? O que o motiva a se conservar puro em uma sociedade humana impura? O que o motiva a ser santo, em uma sociedade ímpia? O que o motiva a fazer o bem, vivendo em uma sociedade competitiva, que pisa nas pessoas, para alcançar coisas? O que motiva você a santificar o Sábado no sétimo dia? O que o motiva a tratar bem as pessoas, quer sejam pobres, quer sejam ricas? O que o motiva a cooperar financeiramente e pessoalmente em projetos sociais de filantropia? Você vive com alegria espontânea sua religião? Ou você vai aos cultos mau humorado, criticando a tudo e a todos, como se fora um boi indo para o matadouro? Você é cristão porque ama a Deus, louvando-O pela redenção que Ele já lhe deu, em e por Jesus? Ou você é cristão por um processo de fuga, com medo de ser castigado por Deus?

 

Pense com carinho em cada uma dessas respostas.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 5 de junho.

 

MOTIVADOS PARA SERVIR

 

Leitura bíblica do dia: João 14:21; 15:13;  Romanos 5:6 a 8.

 

Tenho visto, ao longo de meus quase cinquenta anos de adventismo, pastores e diretores missionários, nas igrejas, se esgoelando, na tentativa de convencerem os membros de nossa igreja a participar da obra missionária. Tenho visto pastores e anciãos se esforçando ao máximo, visando convencer os membros de nossa igreja a darem dinheiro para algum projeto especial, ou para aumentarem o valor de suas ofertas, visando cobrir sem déficit o orçamento mensal da igreja local. Tudo isto tenho visto, e, como pastor, fiz isto várias vezes. Mas estou certo que este não é o caminho melhor a ser seguido.

 

Nem todos os membros de nossa igreja se sentem motivados a testemunhar de sua fé em Jesus. Outros não se sentem motivados, por uma razão ou outra, a darem seus dízimos e suas ofertas. Outros, ainda, não se sentem motivados a freqüentarem o templo todos os dias em que há culto público. O que vai motivar a todos os adventistas de maneira positiva? Será o carisma de um pastor, ancião, diretor missionário, ou diretor JA? O que vai motivar os irmãos a derem um dízimo correto, e a darem ofertas liberais e em valores mais elevados? Será a realização de algum projeto desafiador, como a reforma do templo, a construção de um novo templo, ou algum empreendimento de grande porte? Creio, com toda sinceridade, que o elemento motivador por excelência para cada membro da Igreja é o AMOR, a Deus e à Obra de Deus. É cada um possuir uma CONSCIÊNCIA do que significa ser cristão, e membro da igreja de Deus na Terra. É um sentimento permanente de gratidão e louvor a Jesus Cristo. Estas são motivações permanentes. Paulo afirma: "Agora, pois, PERMANECEM: a Fé, a Esperança e o Amor. Porém, o maior destes, é o AMOR" I Coríntios 13:13, grifos nossos.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 6 de junho.

 

A ARMADILHA DO LEGALISMO

 

Leitura bíblica do dia: João 6:28 e 29; Romanos 10:1 a 4; Romanos 11:5 e 6; Gálatas 2:16.

 

Existe um costume entre os cristãos, de todas as denominações, de apontarem para os judeus, especialmente para os sacerdotes, escribas e fariseus, a pecha de serem legalistas. Por quê? Exatamente porque os fariseus, de uma maneira geral, fizeram da Lei (Torá) uma espécie de Deus, e a puseram como sendo um elemento justificador e salvador do homem. Na mente dos fariseus, no judaísmo, para uma pessoa ser justificada e salva, diante de IAVÉ, seria preciso guardar com estrita fidelidade, toda a Lei (Torá), o que incluía a circuncisão, os sacrifícios no templo, a santificação do sábado semanal, a observância de todas as festas anuais dos judeus, e o seguir todas as interpretações da Lei desenvolvidas pelos mestres do judaísmo. O foco central estava na Lei (Torá), e em sua capacidade de provê justificação e salvação para que a cumprisse em todos os pontos e detalhes. Chamamos isto de LEGALISMO, ou de "justificação pela obras da Lei".

 

Paulo, em suas muitas cartas, condenou o LEGALISMO, sem rejeitar a Lei em si mesma. Ele defendia a justificação e a salvação como sendo bênçãos vindas pela Graça de Deus, as quais eram recebidas mediante a fé na pessoa e na obra salvífica realizada por Jesus Cristo. Os judeus rejeitaram a teologia paulina de justificação e salvação unicamente pela fé em Jesus, pois achavam que tal teologia tirava o foco de sobre a Lei (a Torá) e o punham sobre Jesus de Nazaré. Eles achavam que isto era uma negação e rejeição da Lei (Torá). No entanto, ao apresentar de maneira bem clara a teologia da justificação e da salvação somente pela fé em Jesus (leia Romanos 3:21 a 28), Paulo conclui seu arrazoado, afirmando: "Anulamos, pois, a Lei [Torá] pela fé [pela teologia da justificação e salvação unicamente pela fé em Jesus]? Não! De maneira nenhuma! Antes [em lugar disto; em vez disto; pelo contrário], confirmamos [ou reafirmamos] a Lei [a validade da Lei]" Romanos 3:31, interpolações e comentários nossos.

 

Muitos cristãos, em sua defesa da justificação e salvação somente pela fé, fora ao extremo oposto, e fizeram da FÉ um fim em si mesma, assim como, no Antigo Testamento, os israelitas fizeram da Lei um fim em si mesma. Que fazem muitos cristãos? Propõem uma justificação e salvação unicamente pela fé em Jesus (e nisto estão corretos), mas negando a validade da Lei de Deus para as pessoas salvas pela fé em Jesus (nisto estão errados). Paulo afirmou que a justificação e salvação somente pela fé em Jesus NÃO ANULA A LEI DE DEUS (leia Romanos 3:31). A Lei não justifica nem salva o pecador (Romanos 3:19 e 20; 8:3; Gálatas 2:16). Quem faz isto também não é a fé. Quem justifica e salva o pecador é Deus, somente Deus (Romanos 8:33). E Deus faz isto através da pessoa e da obra de Seu Filho, Jesus Cristo. A Fé nada acrescenta à justificação e salvação que Deus providencia para os pecadores. A Fé é um instrumento de recepção da justificação e da salvação. A Fé em Jesus toma posse, aceita, recebe a justificação e a salvação dadas por Deus aos pecadores, gratuitamente, mas nada lhes acrescenta. Não somos justificados e salvos pela fé, como se a fé fosse em si mesma o elemento salvador. Somos justificados e salvos por Deus, o Qual, em Sua Graça, decidiu justificar e salvar os pecadores, mediante a vida perfeita e a obra vicária, substituinte, realizada por Jesus Cristo, o Filho de Deus.

 

ACONTECE O LEGALISMO, ou a JUSTIFICAÇÃO PELA OBRAS, toda vez que um pecador, seja judeu, seja gentio, tira de Deus a glória e a honra de ser Aquele que justifica e salva os pecadores, mediante a pessoa e obra de Jesus, e a coloca sobre uma religião, uma filosofia, um livro religioso, um ato religioso, uma igreja, um pastor ou dirigente religioso, ou qualquer pessoa ou coisa em si mesmo, menos na Pessoa do Deus Eterno e de Seu Filho, Jesus Cristo. Mesmo a Fé, se for tomada em sentido absoluto e determinante para a justificação e salvação do homem, torna-se uma espécie de legalismo, ou justificação pelas obras humanas, pois torna o ato de crer em Jesus como sendo mais importante do que o próprio Jesus. Nós, todos os cristãos, precisamos estar atentos sempre a esse erro e desvio teológico. Cuidado, pastores e membros de nossa igreja, e de qualquer outra igreja que se afirma cristã.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 7 e 8 de junho.

 

LIVRE PARA SER ESCRAVO

 

Leitura bíblica do dia: Romanos 1:1; Filipenses 1:1; Tiago 1:1; II Pedro 1:1. João 8:34 a 36.

 

Na cultura atual, quer seja no Oriente, quer seja no Ocidente, a palavra "escravo" é termo ofensivo, quando dirigido a alguém. Nenhuma pessoa gosta de ser chamada de "escravo", ou de ser tratado como se fosse escravo de alguém.

 

Na Bíblia, especialmente no Novo Testamento, o termo grego "doulos", escravo, é bastante usado para descrever a relação espiritual, ética e moral que existe entre o homem salvo pela Graça de Deus, mediante a fé em Jesus, e o Senhor Jesus Cristo, de quem tal pessoa se tornou "servo" e "discípulo". Paulo o usou variadas vezes em seus escritos. Também o usaram Tiago, irmão de Jesus, e o apóstolo Pedro.

 

O termo bíblico REDENÇÃO tem sua origem na compra de escravos. Um cidadão de posses ia ao mercado de escravos e, ali, verificava os escravos à venda, e realizava a compra, conforme seus interesses. Depois de comprar um ou mais escravos, aquele novo senhor dos escravos comprados (ou redimidos) fazia deles o que bem queria, pois esses escravos se tornavam, legalmente, propriedade de quem os comprara. Paulo trabalha com essa mesma ideia, ao escrever: "Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque FOSTES COMPRADOS POR PREÇO; agora, pois, glorificai a Deus [vosso novo Senhor] no vosso [e com o vosso] corpo" I Coríntios 6:19 e 20, interpolações e grifos nossos. No livro do Apocalipse, lemos sobre a obra universal de Cristo na Terra: "E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro  e abrir-lhe os selos, porque foste morto, e COM O TEU SANGUE COMPRASTE PARA DEUS OS QUE PROCEDEM DE TODA TRIBO, LÍNGUA, POVO E NAÇÃO" Apocalipse 5:9, grifos nossos. Quem fez a compra dos pecadores, escravos de Satanás, do Pecado e da Morte? Resposta: Jesus Cristo. Qual foi o preço pago pela compra: Resposta: o sangue de Cristo. Para quem Jesus comprou todos os pecadores que habitam a Terra? Resposta: Comprou para DEUS. Que faz Deus com esses "escravos" da Terra, que Jesus comprou para Ele? Deus os deixa totalmente livres para escolherem a que "senhor" eles querem se unir. Cada pessoa é livre para fazer sua própria escolha a respeito de que "senhor" deseja para sua vida: Quer ser servo (escravo) de Satanás, o adversário de Deus? Ou deseja ser servo (escravo) de Jesus Cristo (de Deus)? Nossos anos de vida na Terra é somente para decidirmos a que "senhor" queremos servir. Você, irmão, já fez sua escolha definitiva? Você está feliz, contente, por ser servo de Deus? Ou vive triste com isso, e prefere voltar ao domínio do tirano Satanás?  Pense em sua vida espiritual hoje. Você está feliz em ser de Jesus? Ou vive murmurando e criticando por ser de Jesus, e está planejando voltar para o diabo?

 

Que você tome a decisão correta, e se alegre por ser de Deus. Cante este hino:

 

"Eu sou de Jesus, aleluia; de Cristo Jesus, meu Senhor! Eu quero falar! Eu quero cantar, do amor do meu Salvador!" (Hinário Adventista, 221).

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho