quarta-feira, 30 de junho de 2010

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 1 DA ES



Olá, amigos do site
 
 
Segue o comentário da Lição 1, sobre a Carta aos Romanos.
 
Creio que o estudo aprofundado desta Carta Paulino em muito ajudará a todos os seus leitores a terem o foco de sua vida centralizado na Pessoa e Obra de Cristo Jesus. Ele é o único justo, ontologicamente falando. Nenhum outro ser humano chegou a alcançar a Justiça Perfeita. Precisa aceitá-la em Jesus, pois somente Ele a possui. Não faça de seus exercícios religiosos um caminho para a Justiça, como os judeus o fizeram. Creia e dependa totalmente de Jesus Cristo. A Justiça que nos justifica e permite a Deus nos perdoar, justificar e salvar é sempre a Justiça de Deus, em Cristo Jesus; nunca a nossa justiça própria. Se você entender isso e crer assim, está justificado e salvo em Jesus, pela fé nEle.
 
Faça cópias destes comentários e as entregue aos professores de Escola Sabatina de sua igreja ou grupo. Agora, com este estudo teológico de alto nível, eles vão precisar mais ainda.
 
Abraços,
 
Pastor Otoniel de Carvalho
Diretor do Site


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segunda-feira, 28 de junho de 2010

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 1 DA ESCOLA SABATINA



TEMA GERAL DO TRIMESTRE:

 

"A REDENÇÃO NA CARTA AOS ROMANOS"

 

 

INTRODUÇÃO GERAL DAS LIÇÕES DO TRIMESTRE

 

Em 1522, Martinho Lutero escreveu seu prefácio ao comentário que fez sobre a Carta aos Romanos, no qual ele declarou:

 

"Esta Carta é a verdadeira parte principal do Novo Testamento e o evangelho mais puro. É digna de que todo cristão não somente a conheça de memória, palavra por palavra, mas também de que se ocupe nela como seu pão cotidiano da alma. Pois nunca pode chegar a ser lida ou ponderada o suficiente; e quanto mais ela é estudada, tanto mais preciosa e apetecível se torna."

 

Creio que Lutero não foi exagerado em suas declarações sobre a Carta aos Romanos.

 

Sempre que a IGREJA esteve em crise de identidade, por haver-se afastado dos claros ensinos trazidos por Jesus e pelos Apóstolos, foi a Carta aos Romanos que apontou a direção correta a seguir. Foi assim no final da Idade Média, quando a Igreja Católica Romana, depois de mil anos dominando o Cristianismo, tinha levado a Igreja ao penitencialismo, às indulgências pagas, à idolatria e culto aos chamados "santos" oficiais, e a uma ideia sincrética de salvação, que misturava FÉ e OBRAS PENITENCIAIS como sendo duas bases para a salvação dos humanos pecadores. Nesse tempo, surge na Alemanha um movimento de Reforma, a partir do interior da própria Igreja Católica Romana, na Alemanha, por meio do monge agostiniano Martinho Lutero, um professor de Teologia na Universidade de Wittemberg, o qual vinha fazendo estudos nas cartas Paulinas aos Gálatas e aos Romanos, descobrindo com alegria a doce verdade teológica da Justificação Somente pela Fé em Jesus Cristo. Em 31 de outubro de 1517, Lutero escreve suas Noventa e Cinco Teses acadêmicas contra a venda de Indulgências Papais na Alemanha, e enaltecendo a teologia paulina da Justificação somente pela fé em Jesus. Daí em diante não houve mais retorno. Em 1521, na Dieta de Worms, Lutero reafirmou a teologia bíblica da Justificação pela fé somente, e renegou publicamente a teologia escolástica defendida pela Igreja Católica Romana. Isto mudou toda a configuração do Cristianismo na Europa Ocidental e, depois, em todo o Ocidente. Esta foi a origem do Protestantismo, cujo fundamento teológico está baseado em cinco pilares principais:

 

  • SOLA SCRIPTURA. As Escrituras Sagradas são a única regra de fé e doutrina, e de prática religiosa. Nada além das Escrituras deve ser aceito por um cristão.

 

  • SOLA GRATIA. Pecador nenhum merece ser salvo, pois "o salário do pecado é a morte" Romanos 6:23. Mas Deus, em Sua livre Graça, tomou a iniciativa de perdoar e salvar os pecadores, sem nenhum mérito da parte destes. Então, Deus salva os pecadores por Sua livre e abundante Graça.

 

  • SOLUS CHRISTUS. E para perdoar, justificar e salvar os pecadores, por Sua livre Graça, Deus-Pai precisou enviar à Terra um Homem-Substituto, Jesus, o Messias-Cristo, o "Ungido" de Deus. João disse: "E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós" João 1:14. A Segunda Pessoa da Divindade Triúna Se fez humanidade na pessoa de Jesus. Aqui na Terra, Jesus passou pela mesma experiência de Adão, mas vivendo em situação adversa. Foi tentado em todas as coisas, mas, no fim de tudo, venceu Satanás, o Pecado e a Morte, tornando-se habilitado legalmente, pela Lei e Justiça divinas, para ser o SUBSTITUTO dos humanos pecadores, na vida e na morte. Somente Jesus passou por esse teste e por esta experiência de vida e de morte. Ao sair daquela sepultura, no terceiro dia após sua crucifixão, Jesus era, agora, o SALVADOR e SENHOR dos humanos pecadores. Por isso, somente Cristo, ou seja, Jesus, o Cristo, pode ser Salvador e Salvação para os humanos pecadores. Ninguém mais. Atos 4:11 e 12.

 

  • SOLA FIDE. Para receber na vida esta Salvação que Jesus providenciou, é preciso que o pecador CREIA EM JESUS. Paulo disse ao carcereiro da cidade de Filipos, que queria saber como alcançar esta salvação: "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa [tua família]" Atos 16:31, interpolação nossa.

 

  • JUSTIÇA IMPUTADA. Como Deus declara o humano pecador justificado? Lutero e os reformadores a ele associados responderam: Mediante uma JUSTIÇA IMPUTADA (creditada, sem méritos). Uma Justiça que está fora do pecador, e não dentro do pecador, como se fora uma qualidade moral deste. A Justiça de Cristo, perfeita e santa, é IMPUTADA (creditada, lançada na conta de) a todo pecador que crê em Jesus e se torna discípulo dEle. A Igreja de Roma também falava em Justificação pela Fé em Jesus, mas afirmava que essa Justiça de Cristo era INFUSA (inoculada) no homem, e isto o fazia justo moralmente, capaz de produzir o bem e a justiça perfeita. Como se fora uma vacina, Deus punha dentro da mente e da alma do pecador uma certa quantia da Justiça de Cristo, e este pecador se tornava justo e, por isso, praticava obras de justiça, ou boas obras. Lutero rejeitou por completo esse método de justificação pregado pela Igreja Católica Romana, pois defendia que a Justiça Perfeita com a qual Deus Justifica o pecador que crê em Jesus está fora do pecador crente. Esta Justiça Perfeita está sempre em Jesus, e é creditada, ou imputada, ao pecador que crê em Jesus. Nunca é justiça do pecador, como sendo uma propriedade deste; mas Justiça de Cristo, este, sim, seu verdadeiro e único proprietário, pois a conquistou mediante uma vida  moral perfeita, cumprindo a Lei Moral em toda a sua plenitude. E Jesus foi o único homem sobre a Terra que cumpriu a Lei Moral em sua plenitude, pois nunca pecou, nem por pensamento, nem por palavra, nem por ação.

Esta foi a teologia da Salvação, em termos gerais, pregada por Lutero, aprendida nas Cartas de Paulo aos Gálatas e aos Romanos. E esta teologia é fundamental para a Igreja Adventista do Sétimo Dia hoje.

 

De 1845 até 1888, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, embora não tivesse esse nome oficial por todo esse tempo, mas a partir de 1863, enfrentou séria crise de identidade evangélica. Embora se dissesse mensageira do "Evangelho Eterno", de Apocalipse 14:6 a 12, pregadora da Tríplice Mensagem Angélica de Apocalipse 14, nossa Igreja seguia uma teologia fundamentada na Lei Moral, em geral, e na santificação do Sábado semanal, em particular, sem dar o devido destaque à teologia da Graça de Deus, e sem dar a Jesus Cristo o enfoque central do Plano da Redenção. Ellen White, entre 1883 e 1888, muito escreveu sobre esta aridez de nossos pregadores e pregações em relação a colocar JESUS CRISTO como foco central da vida e da pregação (teologia, doutrina). Nossa Igreja seguiu uma teologia legalista, centralizada na Lei Moral e no Sábado. Como poderia ser ela a pregadora global do "Evangelho Eterno", se não entendia a doutrina central do Evangelho, e a Pessoa central do Evangelho: Jesus Cristo? Para vocês terem uma ideia de como era séria nossa crise de identidade com o Evangelho de Jesus Cristo, em nossas diversas listas de Crenças, ou Doutrinas, Fundamentais, de 1845 até 1888, não aparecia a Justificação pela Fé em Jesus Cristo. Mas estavam lá, em todas as listas, a Obediência aos Dez Mandamentos, e a Santificação do Sábado, em destaque. Isto não seria um erro, se os adventistas do sétimo dia não tivessem omitido a Justificação pela Fé em Jesus, pois esta doutrina é a principal mensagem da Teologia da Salvação em Jesus Cristo. Foi um maior estudo das Cartas de Paulo aos Gálatas e aos Romanos, através de Ellet Waggoner e Alonzo Jones, dois jovens estudiosos adventistas da Califórnia, e co-editores da Revista "Signs of the Times" (Sinais dos Tempos), e também a coragem e tenacidade deles, além de ousadia para confrontarem a teologia oficial da Igreja, defendida por George Butler, presidente da Conferência Geral, e Uriah Smith, redator da Revista "Review anda Herald" já por dezenas de anos. Contando com o apoio irrestrito de Ellen White, líder maior e mais acreditada dos adventistas do sétimo dia, Waggoner e Jones puderam apresentar a teologia bíblica da Justificação somente pela fé em Jesus, num concílio pastoral que antecedeu as reuniões da Assembleia Geral da Conferência Geral de 1888, na cidade de Mineápolis. A base bíblica e teológica do ensino e da teologia deles era a mesma usada por Lutero a partir de 1517: as Cartas de Paulo aos Gálatas e aos Romanos, e o tema da Justificação somente pela Fé em Jesus. Leia, para mais amplo conhecimento destes fatos, o livro do Dr. George Knight, professor da Universidade Adventista Andrews: "EM BUSCA DE IDENTIDADE", publicado pela CASA. Ou: "A Mão de Deus ao Leme", do pastor Enoch de Oliveira, da mesma editora.

 

Ainda hoje, muitos anos depois de 1888, nós, adventistas do sétimo dia, ainda temos certa dificuldade em lidar e entender com profundidade a teologia da Justificação pela fé somente em Jesus. Temos a tendência de seguir uma teologia católico-romana, que mistura FÉ e OBRAS, como sendo duas bases legais para a salvação, uma divina e outra humana; ou seja, Deus e "eu" operamos minha salvação. Salvação, jamais esqueçamos isto, é uma DÁDIVA de Deus a pecadores que não a merecem, mesmo que esses pecadores sejam participante de uma comunidade religiosa cristã, ou denominação cristã, e tenham sido batizados por imersão. Salvação nunca vem ao pecador crente como sendo um pagamento, ou um reconhecimento de méritos do homem. É sempre dádiva da Graça de Deus ao homem. Sempre! E a teologia da Carta aos Romanos vai provar que é assim.

 

 

LIÇÃO 1

 

PAULO E ROMA

 

Verso para Memorizar: "Primeiramente, dou graças a meu Deus, mediante Jesus Cristo, no tocante a todos vós, porque em todo o mundo é proclamada a vossa fé." Romanos 1:8.

 

Leitura Bíblica da Semana: Atos 28:17 a 31; Romanos 1:7 e 15:14, 20-27; Efésios 1; Filipenses 1:12.

 

INTRODUÇÃO

 

Depois que se converteu do judaísmo ao Cristianismo, de forma traumática e contundente, na estrada para Damasco (Síria), leia Atos 9, Paulo sempre teve vontade de visitar Roma, capital do Império e do mundo, e ali pregar o Evangelho de Jesus Cristo, o novo Senhor que agora dominava em sua vida de cristão.

 

Dividimos a vida de Paulo em duas etapas: (1) Saulo, o fariseu; e (2) Paulo, o Cristão. Como Fariseu zeloso e fanático, perseguidor dos cristãos, Saulo tinha sua vida focalizada na Lei, a Torá. Para ele, só interessava o que a Lei dizia, nada mais. E o que a Lei (Torá) dizia não parecia nada favorável a Jesus de Nazaré. Na Lei estava escrito: "...O que for pendurado no madeiro é maldito de Deus..." Deuteronômio 21:23. "Então", perguntava Saulo a si mesmo, "se a Lei afirma que é 'maldito de Deus' quem morre no madeiro, como pode Jesus de Nazaré ser o Messias de Deus, se Ele morreu num madeiro?" Saulo, em assim raciocinando, a partir do que a Lei dizia, rejeitava firme e decisivamente a Jesus de Nazaré como sendo o Messias que Deus enviara a Israel. Por causa dessa maneira de pensar legalista, Saulo via no Cristianismo um desvio dos ensinos das Escrituras hebraicas do Antigo Testamento, e uma negação da Lei, a Torá. Ele não conseguia ver nada além do que a Lei dizia. Ele a interpretava ao pé da letra, e se sentia seguro nesta interpretação. Jesus era para Saulo uma "pedra de tropeço" e uma "rocha de escândalo".  No entanto, na estrada para Damasco (Atos 9), Saulo se encontrou frente a frente com Jesus, a quem ele rejeitava e odiava. Jogado por terra, cego da visão física, amedrontado, Saulo ouviu as palavras: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" E sua pergunta foi: "Quem és tu, Senhor?" A resposta inequívoca foi: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues?" E Saulo, humilhado, trêmulo e assustado, pergunta a Jesus: "Que queres que eu faça?" Jesus lhe ordena continuar a viagem para Damasco; ali, o Senhor lhe diria o que fazer. Saulo chegou a Damasco conduzido pela mão, completamente cego. Foi levado a uma determinada casa, e ali, por alguns dias, teve tempo para refletir melhor sobre Jesus e a teologia da Salvação. Saulo teve sua cosmovisão sobre Jesus e Sua obra de redenção completamente mudada. Alguém veio falar com ele e lhe ensinou a verdadeira teologia da salvação, centralizada na vida e na obra de Jesus de Nazaré, o Messias-Cristo que Deus enviara a Israel e ao mundo. Saulo passou a entender que Jesus, para cumprir seu papel de Messias libertador de Israel, primeiro teria de ser o Servo Sofredor dos homens, como mostrado em Isaias 53, o "Cordeiro" que foi levado ao matadouro, como Substituto dos pecadores. E que a morte de Jesus em um madeiro realmente o fazia "maldito de Deus", como a Lei (Torá) proclamava, mas Ele Se fez "maldito de Deus", ou amaldiçoado por Deus, por causa de nós, por nos substituir, em Sua obra vicária, substituinte, de redenção e salvação. Quando Saulo entendeu isto, louvou a Deus por ter enviado a Jesus. E a partir de então, Jesus, que para Saulo tinha sido "pedra de tropeço", passou a ser a "pedra principal", a Rocha sobre a qual Paulo construiu sua nova realidade religiosa e espiritual. Então, e só então, ele afirmou: "Para mim, o viver é Cristo!" E escreveu aos irmãos da Galácia: "Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim." Gálatas 2:20. E quanto à Lei (Torá), que fora o foco central de sua teologia e sua vida? Ele declara: "Porque eu, mediante a própria Lei, morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo." Gálatas 2:19. E na Carta aos Romanos ele escreveu sobre a Lei (Torá): "Ora, sabemos que tudo o que a Lei diz, aos que vivem na Lei o diz, para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele [diante Deus] por obras da Lei, em razão de que pela Lei vem o pleno conhecimento do pecado." Romanos 3:19 e 20, interpolação nossa. E conclui com uma pergunta interessante: "Anulamos, pois, a Lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a Lei." Romanos 3:31.

 

É sobre este jogo constante de ideias e palavras entre Paulo e a Sinagoga que se processa o tema da Carta aos Romanos. O tema central da epístola é a Justificação pela Fé somente em Jesus. Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o foco central da epístola.

 

ESBOÇO GERAL DA CARTA AOS ROMANOS:

 

  1. Saudação – 1:1 a 15.
  2. Tema Central – 1:16-17.
  3. Diagnóstico Espiritual da Humanidade – 1:18 a 3:20.

3.1.  A Injustiça dos Gentios – Rm 1:18 a 32.

3.2.  A Justiça Legalista dos Judeus – Rm 2:1 a 3:20.

  1. Solução ou Remédio Espiritual para Todos os Humanos – 3:21 a 31.
  2. Abraão: Um modelo de justo pela fé – 4:1 a 25.
  3. Resultados Positivos da Justificação pela Fé – 5:1 a 8:39.

6.1.  A Justificação pela Fé em Jesus liberta da Ira de Deus – Rm 5.

6.2.  A Justificação pela Fé em Jesus liberta do domínio do pecado – Rm 6.

6.3.  A Justificação pela Fé em Jesus liberta da Condenação da Lei – Rm 7.

6.4.  A Justificação pela Fé em Jesus liberta da Morte Eterna – Rm 8.

  1. Israel Rejeita a Justiça pela Fé – 9:1 a 11:36.
  2. Uma Vida de Santificação e Obediência – 12:1 a 15:21.
  3. Novos Planos Evangelísticos de Paulo e suas Despedidas – 15:22 a 16:27.

 

 

Aproxime-se, pois, do estudo da Carta aos Romanos, neste novo Trimestre, em plena certeza de fé, aceitando a Jesus de todo o coração, pois Ele, e ninguém mais, é a Salvação e o Salvador de todo aquele que nEle crê e dEle se torna discípulo.

 

OBSERVAÇÃO: Para um estudo mais amplo e completo, capítulo por capítulo, da Carta aos Romanos, leia meu livro: "O Mistério de Deus Revelado", com 386 páginas, que analisa toda a Carta aos Romanos. Peça-o pelo e-mail: otoniel.carvalho@hotmail.com , ou pelo fone (71) 3321-2820. Preço: R$ 45,00, já com o custo do Correio.

 

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 27 de junho.

 

PAULO E ROMA

 

Leitura Bíblica do Dia: Atos 18:23.

 

Não existe uma declaração de Paulo afirmando quando foi que ele escreveu esta Carta aos Romanos. Os estudiosos do assunto declaram que Paulo estava em Corinto, no final de sua terceira viagem missionária, entre o final do ano 57 e início do ano 58AD, quando escreveu a Carta aos Romanos.

 

É interessante saber que não foi Paulo, nem Pedro, quem fundou a Igreja em Roma, ou seja, a comunidade cristã em Roma. É possível, e o mais provável, que tenham sido judeus, convertidos ao Cristianismo no Dia de Pentecoste (leia Atos 2:1 a 13), que, ao voltarem para casa, em Roma, onde residiam, os iniciadores da Comunidade Cristã, a Igreja, na capital do Império. Deve ter sido um pequeno grupo de judeus convertidos, reunidos em uma determinada casa de um deles, esses membros iniciais da Igreja Cristã em Roma, e seus fundadores.

A Carta aos Romanos é a única que Paulo escreve a uma comunidade de cristãos que ele não iniciou, e com quem jamais se havia reunido. Diversas vezes ele tentou ir a Roma, para pregar ali o Evangelho de Cristo. No entanto, ele tinha uma política de não evangelizar em cidades onde já havia uma comunidade cristã fundada por outros cristãos, visando ganhar tempo, e aproveitar para pregar em cidades ainda não evangelizadas. Paulo queria ir a Roma, passar ali alguns dias, tornar-se conhecido dos irmãos em Roma e, a partir dali, contando com o apoio financeiro e logístico desses irmãos, ir até à Espanha, bem ao ocidente da Europa, para evangelizar ali. Mas Deus, seu chefe e Senhor, sempre o desviou desse objetivo. Deus viu que ainda havia muito trabalho a ser feito na Ásia Menor, antes de Paulo ir para Roma e, posteriormente, Espanha, como era seu plano de trabalho.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 28 de junho.

 

TOQUE PESSOAL

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 1:8 a 15. 15:20 a 27.

 

Paulo não chegou a Roma da maneira que pensava chegar: Como um campeão do evangelismo cristão, fundador de dezenas de comunidades cristãs por toda a Ásia Menor. Paulo iria chegar a Roma como um "escravo" (grego, doulos) de Jesus Cristo, amarrado, prisioneiro, vigiado por autoridades romanas, para comparecer perante o imperador Nero, para quem ele apelara em julgamento (leia Atos 22 a 28).  Como já afirmamos, Paulo desejava ir até à Espanha, bem ao ocidente da Europa. Mas ele precisava de uma base de apoio para isto, pois queria ir para uma região do mundo onde não havia cristãos, e a presença dos judeus era insignificante, embora os judeus se opusessem à pregação de Paulo.

 

Paulo não era conhecido em Roma, embora alguns cristãos e judeus que ali residiam já o conhecessem, pois Paulo já se encontrara com muitos desses judeus em Jerusalém, por ocasião das festas anuais dos judeus, especialmente a Páscoa. Também alguns cristãos que residiam em Roma já conheciam Paulo de outras cidades onde ele evangelizara. Mas, no geral, ele era desconhecido. Mas Paulo afirma que dedicava tempo a orar por eles (leia Romanos 1:8 a 15). Queria ir a Roma não somente para lhes ensinar o Evangelho, como se nada tivesse a aprender deles. Paulo lhes declara: "desejo ver-vos, a fim de repartir convosco algum dom espiritual, para que sejais confirmados, isto é, para que, em vossa companhia, reciprocamente nos confortemos por intermédio da fé mútua, vossa e minha" Rm 1:11-12. Paulo queria ir a Roma para dar e receber apoio. Isto é a verdadeira "Koinonia", ou comunhão entre os irmãos de uma fé mútua.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 29 de junho.

 

PAULO CHEGA A ROMA

 

Leitura Bíblica do Dia: Atos 28:16 a 31.

 

A viagem de Paulo para Roma foi cheia de percalços. Até um naufrágio do navio no qual eles viajaram aconteceu.

 

Paulo chegou a Roma como prisioneiro de Cristo Jesus. Seu eficiente testemunho do Evangelho, por toda a Ásia Menor, levou a Cristo centenas de pessoas. Ele se tornou o maior fundador de igrejas locais em todo o primeiro século. Foi o evangelista aos gentios, embora tivesse conquistado para Cristo muitos judeus. Agora, em Roma, Paulo iria dar seu testemunho a judeus e gentios, e testemunharia diante do imperador.

 

Dizem os bons historiadores que Nero, em sua loucura e demência, mandou tocar fogo num bairro da periferia de Roma, pois queria compor uma canção em homenagem a Roma pegando fogo. O povo sabia que fora Nero o incendiário de Roma. No entanto, o imperador, querendo livrar sua cara, culpou os cristãos como responsáveis pelo incêndio. Pedro e Paulo se achavam em Roma nesse período. Nero mandou prender ambos, e os acusou como responsáveis por chefiarem uma possível revolta dos cristãos contra o Império. Pedro foi crucificado de cabeça para baixo; e Paulo foi decapitado. Então Nero mandou distribuir ao povo, para o acalmar, grandes porções de alimentos, e lhes ofereceu repetidos espetáculos de gladiadores e matança de cristãos pelas feras nos circos de Roma.

 

Enquanto teve oportunidade, Paulo foi incansável em testemunhar de Cristo aos romanos. Não há registro de que ele tenha ido à Espanha, como pretendera, antes de sua prisão. Mas a obra que realizou foi formidável.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 30 de junho.

 

CHAMADOS PARA SE "SANTOS"

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 1:1 a 7. Efésios 1:4. Hebreus 2:9. II Pedro 3:9.

 

O Tríplice chamado de Deus aos cristãos:

 

  1. Chamado para ser de Jesus Cristo. Romanos 1:6.
  2. Chamado para ser santo. Romanos 1:7.
  3. Chamado para ser apóstolo (mensageiro, missionário). Romanos 1:1. Ellen White afirma que "todo cristão nasce no Reino de Deus como um missionário".

 

Vivendo no mundo, alienados de Deus, cada pecador é apenas mais um na grande multidão de pecadores. No entanto, quando alguém aceita o chamado de Deus para ser cristão, ele ganha uma nova identidade: filho de Deus, por adoção (Romanos 8:12-17). Vinculado a este "chamado para ser de Jesus Cristo" está o "chamados para serdes santos". E vinculado a estes dois chamados anteriores, está o "chamado para ser apóstolo", ou missionário de Deus aos outros pecadores.

 

O termo "santo" não tem o significado de perfeição moral, uma qualificação moral, mas o sentido de ser separado dentre os pecadores para servir a Deus. O "santo" bíblico não é uma pessoal moralmente perfeita em um certo momento de sua vida, mas um "santo" em processo de construção, ou santificação. Cada pessoa que aceita, pela fé, a Jesus como Salvador é declarado justificado, pelo Céu. E logo se inicia nesta pessoa o processo de santificação, processo este que dura toda a vida. Em cada momento da vida, o cristão está sendo santificado; um processo continuado, sob a ação do Espírito Santo.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 01 e 02 de julho.

 

REPUTAÇÃO MUNDIAL

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 1:8 a 15. Romanos 15:14.

 

"Primeiramente dou graças a meu Deus, mediante Jesus Cristo, no tocante a todos vós [os cristãos de Roma], porque em todo o mundo é proclamada a vossa fé." Romanos 1:8, interpolação nossa.

 

"E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos outros." Romanos 15:24.

 

Paulo conhecia a congregação cristã de Roma por informações que recebera de cristãos que lá estiveram antes dele. Mas, como já vimos, não foi Paulo o fundador desta comunidade de cristãos na capital do Império Romano. Também não foi Pedro, pois este apóstolo esteve ali muitos anos depois de a comunidade cristã de Roma ter sido fundada. Também não foi Pedro o seu primeiro "bispo", como afirma a tradição católico-romana, traçando daí a origem apostólica do bispado romano.

 

Tudo o que acontecia no mundo acontecia em Roma. Todas as novidades convergiam para a capital do Império, sua cidade mais importante. De Roma partiam muitas pessoas; para Roma se dirigiam muitas pessoas. Desse ir e vir de pessoas, de todos os credos e de todas as culturas, vinham as informações, as notícias, as novidades. Paulo, um homem muito viajado por todo o Império Romano, especialmente por toda a Ásia Menor, encontrava-se com viajantes que vinham de Roma ou iam para Roma. E muitos desses viajantes eram judeus, conhecidos de Paulo, ou cristãos, também conhecidos de Paulo. Dos viajantes cristãos, Paulo recebia informações sobre o andamento da Igreja em Roma. E pelas informações que recebera até então, Paulo gostou do que ouviu sobre a Igreja em Roma. As informações eram positivas. A vida de fé e discipulado dos cristãos em Roma era destacada pelas pessoas que ali estiveram. Era uma comunidade que gostava de orar, de evangelizar, de viver fraternalmente em Cristo. Este foi o melhor período para a Igreja em Roma. Foi a partir do segundo século que as coisas começaram a mudar para pior na Igreja em Roma.

 

E cada vez mais Paulo ansiava pelo dia de chegar com sua mensagem de Salvação somente em e por Jesus, à capital do Império e do mundo. E essa oportunidade finalmente aconteceu, embora da maneira como ele não esperava. Chegou ali como prisioneiro de César, uma espécie de preso federal.

 

Que fama tem a Igreja Adventista do Sétimo Dia no cenário religioso mundial? O que dizem dela seus membros, e os não membros? Que fama possui sua comunidade adventista do sétimo dia no bairro ou cidade onde você mora? O que dizem os vizinhos da igreja sobre seus membros? A igreja local é amada ou odiada? É ajudadora na comunidade, ou se aliena das necessidades da comunidade? Que imagem passamos aos não crentes sobre nossa presença como igreja na comunidade onde estamos presentes?

 

Pense nessas perguntas a respeito de sua comunidade adventista local, onde você frequenta, ou lidera! Pode ser que algo precise de mudança em sua vida e em sua igreja local.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 

 

 

 

 




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domingo, 20 de junho de 2010

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 13 DA ES



LIÇÃO 13

 

APOIO SOCIAL: Laços de Amor

 

Verso para Memorizar: "Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros." João 13:34-35.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Gênesis 1:27; João 1:1 a 3; Romanos 14:7; I Coríntios 12:14 a 26; I Coríntios 13; Gálatas 6:2; Efésios 4:1 a 16.

 

Chegamos ao final do segundo trimestre do ano. O atual caderno de lições da Escola Sabatina chega ao final, nesta décima-terceira semana de estudos do tema geral: SAÚDE E CURA.

 

Nesta semana, estamos estudando a questão do amor dentro de nossos múltiplos relacionamentos. Amor em família; amor entre os irmãos na igreja ; amor entre amigos e colegas: de estudo, de trabalho, de lazer. Assim como os 12 elementos anteriormente estudados são elementos curativos e restauradores, o amor o é mais do que todos eles. Uma pessoa que ama seus semelhantes está sendo para essas pessoas uma fonte de bem-estar, de amizade, de apoio, de compreensão, de perdão, de aceitação. As pessoas que se relacionam com alguém que sabe amar sabem o quanto é valioso se amigo dessa pessoa. Muitos estão morrendo por falta de amor. Muitos se sentem isolados, alienados, sozinhos, perdidos, desorientados: por falta de amor. Vamos, nesta semana, através do estudo, aprender a como melhor podemos apoiar tais pessoas; vamos aprender a amar nossos semelhantes, sempre como um reflexo do nosso amor a Deus.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 20 de junho.

 

A IMAGEM ORIGINAL

 

Leitura Bíblica do Dia: Gênesis 1:27. I João 4:8.

 

"Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou." Gênesis 1:27.

 

"Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor." I João 4:8.

 

Se fomos criados  "à imagem de Deus"; e se "Deus é amor", então nós fomos criados para amar e ser amados. Fomos criados para vivermos em um ambiente onde o amor seja predominante nas relações especiais. Assim deveria ser sempre entre os humanos. E por que não é? Porque o PECADO entrou na alma humana e a contaminou com o egoísmo, com o ciúme, com a dúvida, com a violência, com a falta de humildade. Os humanos se distanciaram de Deus. Isto significa dizer que os humanos se distanciaram do amor. E quem se distancia do amor se aproxima do desamor, da agressividade e da falta de companheirismo. Com o passar do tempo, a raça humana desaprendeu a arte de amar: a Deus e ao próximo. Somente uma conversão total do homem a Deus, retornando às suas origens divinas, é que possibilitará aos humanos voltar a aprender a amar. Mesmo os membros da igreja, que a si mesmo se nomeiam cristãos, revelam que ainda não sabem amar como convém. É preciso que o cristão se submeta à ação transformadora do Espírito Santo (ceia Romanos 5:5) para poder voltar a amar como Deus quer que ele ame. Precisamos, portanto, ser restaurados à imagem e semelhança de Deus, para que possamos cumprir o mandamento de "amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo." Sem esta restauração da imagem de Deus em nós, seremos membros de uma igreja cristã, mas não saberemos amar da maneira como Deus quer que amemos, imitando-O.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 21 de junho.

 

PESSOAS – Seres Sociais

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 14:7; I Coríntios 12:14 a 26; I Coríntios 13.

 

Pessoas devem ser tratadas como gente. Pessoas devem ser amadas. Pessoas devem ser cuidadas. Pessoas devem ser apoiadas. Pessoas devem ser compreendidas. Pessoas devem ser perdoadas. Pessoas devem ser bem recebidas em nossa casa, em nossa igreja, em nossa comunidade. Pessoas devem ser motivadas a serem melhores pessoas. E somente o AMOR capacita uma pessoa a agir corretamente em relação a outra pessoa. Um cristão que não aprende a amar não aprende a conviver com pessoas. Uma pessoa que não sabe amar nunca deveria ser um pastor cristão, um cuidador de pessoas. Pessoas que não gostam de pessoas não têm condição de se relacionar bem com outras pessoas. E a tendência é viver alienado, isolado, em guetos de raiva, de ressentimentos, de distanciamento do próximo. Deus nos criou para que vivêssemos rodeados de pessoas. Somos criados seres pessoais, espirituais e sociais. É gente amando gente e cuidando de gente. Se as pessoas forem devidamente tratadas, amadas, respeitadas, aceitas, compreendidas, animadas, motivadas, perdoadas, ensinadas, fortalecidas e apoiadas, essas pessoas aprenderão a melhor maneira de conviver socialmente.

 

Vivemos em uma época de muito individualismo e alienação, apesar de estarmos vivendo na era da comunicação. Parece um contrasenso. Você compra um computador e o liga à Internet. Você se isola em seu quarto, distancia-se da família, dos problemas reais da casa, das necessidades reais suas e da família, tentando se comunicar em uma dimensão virtual, com pessoas que você não ama, não respeita, não compreende, não perdoa, não apóia, e das quais quer distância. Seu quarto se torna um gueto, uma prisão, para aonde você voluntariamente se recolhe todo dia, para viver uma vida de alienação e anti-social. Você não conhece bem sua esposa, seus filhos, sua casa, suas reais necessidades, seus vizinhos, seus irmão na fé, porque está ocupado em conhecer pessoas que vivem bem longe de você, em se relacionar com pessoas somente à distância, porque você prefere viver afastado de pessoas reais. Assim acontece hoje com os pais, com os filhos, com os "amigos". Vivem uma alienação social em um mundo de redes sociais de comunicação virtual, mas não real. Saia desse mundinho virtual onde você se escondeu, e volte a ser gente que convive com gente real, que têm vidas reais, problemas reais, emoções e sentimentos reais, e não virtuais. Venha ser gente com a gente, e como a gente. Saia do túmulo do seu quarto, onde você se enterrou, e venha outra vez para fora. Peça a Jesus: "Senhor, desata-me e me deixa livre, para que eu possa me sentir vivo outra vez, convivendo com pessoas reais, e as amando, apoiando, incentivando, perdoando, em suas necessidades reais. Senhor, salva-me de mim mesmo, e me faz ressuscitar para o mundo real, onde eu possa aprender a ser outra vez tua 'imagem e semelhança', como Tu queres que eu seja. Amém"

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 22 de junho.

 

UNIDADE NA REDENÇÃO

 

Leitura Bíblica do Dia: Gn 1:26 a 28; João 1:1 a 3; Atos 17:26; Efésios 4:1 a 16.

 

John Done escreveu: "Nenhum homem é uma ilha". Isto quer dizer que nenhum ser humano tem vida isolada dos outros seres viventes que lhe são semelhantes. Paulo concorda com John Done, ao declarar que Deus "de um só [Adão] fez toda a raça humana para habitar sobre a face de toda a Terra..." Atos 17:26, interpolação nossa.

 

Quando a Bíblia afirma que Deus criou o homem, usa a seguinte linguagem: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança..." Gênesis 1:26. Revela-se aí a pluralidade da Divindade. Não são "três deuses", mas uma só DIVINDADE, formada por três pessoas distintas. Toda a DIVINDADE TRIÚNA esta unida na ideia e no ato de criar a raça humana.

 

Quando veio à Terra a Segunda Pessoa da Divindade, chamada no Evangelho de "o Verbo", com a finalidade de executar a redenção da raça humana que havia pecado, João, o apóstolo evangelista, escreveu: "No princípio era o VERBO, e o VERBO estava com Deus, e o VERBO era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez. ...E o VERBO se fez carne, e habitou entre nós." João 1:1 a 3 e 14, com grifos nossos.

 

Jesus, o VERBO que "era Deus", e que "Se fez carne, e habitou entre nós", orou certa vez a Deus-Pai, e Lhe pediu em favor dos Seus discípulos terrestres: "Pai santo, guarda-os em Teu nome, que Me deste, para que eles sejam um, assim como nós." João 17:11. E o mesmo Jesus disse-lhes: ""Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros." João 13:34-35, grifos nossos.

 

O mundo precisa ver e provar que o Povo de Deus na Terra é uma UNIDADE. Que o Povo de Deus pensa de forma unida, trabalha de forma unida, vive de forma unida e cumpre a missão de forma unida. O mundo vive uma guerra constante. São pessoas usando pessoas; pessoas pisando em pessoas; pessoas humilhando pessoas; pessoas matando pessoas; pessoas rejeitando pessoas; pessoas traindo pessoas. A Igreja, a Comunidade dos Salvos pela Fé em Jesus, o Povo de Deus, deve ser diferente do mundo em sua maneira de ser e conviver. Precisamos estar unidos em Cristo. Pobres e ricos; cultos e incultos; brancos, atos, pretos e amarelos; jovens e idosos; homens e mulheres; Somos uma unidade em Jesus Cristo. Amor, perdão, aceitação, comunhão, apoio, amizade, companheirismo, estímulo mútuo, fé, esperança, dedicação total, são palavras e expressões que devem predominar em nosso vocabulário de servos de Deus. Somos diferentes em muitas coisas; temos diferenças de pensamento e maneiras diferentes de ver muitas coisas. Mas, por amor uns aos outros, precisamos aprender a viver em união, mesmo sendo diferentes. Unidos em Cristo, seguindo os propósitos de Cristo. Toda a Igreja. Se queremos viver com Cristo e com os anjos para todo o sempre.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 23 de junho.

 

APOIO MÚTUO

 

Leitura Bíblica do Dia: João 13:35; Romanos 15:7; Efésios 4:32; Colossenses 3:13; I Tessalonicenses 4:18; Tiago 5:16; I Pedro 3:8; 4:9; I João 1:7.

 

Todas as pessoas precisam de ajuda, mais cedo ou mais tarde. Não existe nenhuma pessoa que, em determinado momento da vida, não precise da ajuda de alguém. É possível que alguém, de forma arrogante e cheia de orgulho tolo, diga que não precisa da ajuda de ninguém. Está mentindo. Já precisou do apoio de alguém; continua precisando; e vai precisar sempre. Quem acha que não precisa da ajuda de ninguém é uma pessoa infeliz, alienada, egoísta, orgulhosa e cega. Está falando do que não sabe, e dizendo mentira. Mas até entre os cristãos se ouve alguém dizer isto. Ora, se essa pessoa não precisa de ninguém, então não pode ser salva, pois a salvação só acontece pela Obra realizada por outra pessoa em meu favor, e me é dada gratuitamente, como um presente, pois "todos pecaram e carecem da Graça de Deus" (Romanos 3:23). Ninguém é tão auto-suficiente que se salve a si mesmo. No Plano da Salvação, esta é concedida por Deus aos pecadores, mediante um favor feito por um Homem-Substituto que morre em nosso lugar. Se alguém não quer a ajuda de ninguém, jamais será salvo, e não pode ser um cristão salvo pela Graça de Deus, mediante a fé em Jesus (Efésios 2:8-9).

 

Em toda e qualquer igreja adventista local, da qual fazemos parte, há pessoas à espera de nosso apoio. Temos muito o que fazer nesta área. Nós mesmos precisamos de apoio. E, cumprindo a ordem do Mestre, precisamos apoiar nossos irmãos sempre que isto se fizer necessário (leia Mateus 25:31 a 42). Nunca nos devemos esquivar de prestar auxílio e apoio a alguém que dele necessita. Muitas vezes, as pessoas querem apenas que nós sejamos o ouvido que ouve. Muitos querem ser ouvidas. Querem um ombro amigo. Um ouvido amigo. Uma voz amiga. Querem ser aceitas, perdoadas, apoiadas, motivadas, compreendidas, amadas. E se os cristãos falharem nisto, quem vai os ajudar?

Pense nisto hoje!

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 24 e 25 de junho

 

SERVINDO UNS AOS OUTROS

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 12:9 a 21; I Coríntios 12:1 a 5; Efésios 4:8 a 11.

 

A Tríplice Missão da Igreja: Koinonia (comunhão); Diaconia (serviços pelos necessitados); Kerigma (proclamação pública do Evangelho). Essas três coisas devem ser consideradas importantes na Igreja, e devem ser postas em ação simultaneamente.

 

A Koinonia é a comunhão que deve haver entre os irmãos; a convivência amiga, fraterna, abençoada e santa, na qual os irmãos se estimulam na fé mútua, se apóiam em suas carências espirituais, e oram uns pelos outros. É a convivência pacífica, em unidade, que deve haver entre o Povo de Deus. Um irmão mais forte ajudando seu irmão a ser forte na fé. Um irmão de coração aberto para receber em paz o outro irmão, indiferente a questões externas, tais como sexo, raça, posição econômica, nível cultural. Todos amando a todos. Todos aceitando a todos. Todos apoiando a todos. Um irmão olhando seu irmão sempre com bons olhos, sem ciúmes, sem malícia, sem ódio, sem agressividades, sem repulsa. Um irmão se sentando junto ao outro no templo, e se sentindo feliz por tê-lo como companheiro na mesma jornada de fé.

 

A Diaconia é o ministério em favor dos desfavorecidos: órfãos, viúvas, enfermos, idosos, pobres de bens materiais, alienados, rejeitados, drogados, párias sociais. É a Igreja mostrando como Jesus faria, se essas pessoas estivessem diante dele. O Diaconato, masculino e/ou feminino, foi estabelecido na Igreja (Atos 6) como um ministério especial em favor dos menos favorecidos dos bens materiais. Dar de comer a quem tem fome. Dar de beber a quem tem sede. Dar uma cama a quem não tem onde dormir. Conseguir algum trabalho para o desempregado. Visitar os prisioneiros. Visitar asilos e abrigos, de crianças e de idosos. Visitar enfermos, em casa ou nos hospitais. Vestir o que não tem roupa ou calçado. Amar aqueles pessoas que não conseguem amar a si mesmas.

 

O Kerigma é a evangelização, pessoal ou publicar. É a proclamação pública do EVANGELHO, anunciando aos humanos pecadores que há SALVAÇÃO em Deus, e de Deus, para eles, gratuitamente, mediante a fé em Jesus Cristo. É dizer aos que não têm esperança que Jesus é a esperança que eles querem ter. É lhes ensinar as doutrinas bíblicas com amor, doutrinas estas centralizadas na vida e obra de Jesus. É trabalhar para tirar das trevas do pecado e da morte milhares de pessoas que não conhecem que Deus deseja lhes perdoar os pecados, e os aceitar na família universal e cósmica dos filhos de Deus. É testemunhar da Salvação que Jesus dá a todos que a querem receber.

 

Que Deus nos motive, ensine, inspire e nos mova à ação, como indivíduos e como Igreja!

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 




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quinta-feira, 17 de junho de 2010

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 12

 

LIÇÃO 12

 

NUTRIÇÃO NA BÍBLIA

 

Verso para Memorizar: "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus."  I Coríntios 10:31.

 

LEITURAS BÍBLICAS DA SEMANA: Gn 1:26 a 30; 7:1 e 2; 8:20; Levítico 11; Dt 14; Provérbios 23:19-21; Atos 10:1 a 28; Rm 14:17; I Timóteo 4:1 a 5.

 

INTRODUÇÃO

 

A Lição da Escola Sabatina desta semana focaliza, dentro do tema geral do trimestre "SAÚDE E CURA", a questão da alimentação.

 

Qual é o regime alimentar mais apropriado e mais saudável para os seres humanos: Fazer uso da carne na alimentação? O regime ovo-lacto-vegetariano? Ou o regime estritamente vegetariano, sem usar ovos, nem leite? Essa discussão tem sido longa e acalorada ao longo de séculos e milênios, especialmente nos últimos cem anos. Novos estudos científicos têm revelado fatos verdadeiros sobre a carne dos animais mortos, e preparada para consumo humano; e esse fatos científicos revelados têm levado muitas pessoas cultas, bem formadas e bem informadas a fazerem opção pelo vegetarianismo, ou pelo regime ovo-lacto-vegetariano, sem estar presente nesta opção qualquer conotação religiosa, mas somente de saúde e bem-estar pessoal, e uma busca por vida longeva. O que disse Deus, na Bíblia Sagrada, sobre qual deveria ser o regime alimentar dos humanos? Ou Deus nada falou sobre o assunto, e os adventistas estão enganados ao defenderem a revelação bíblica? Vamos aos fatos que a Bíblia revela.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 13 de junho.

 

A ALIMENTAÇÃO ORIGINAL

 

Leitura Bíblica do Dia: Gênesis 1:26 a 30.

 

"E disse Deus, ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra, e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isto vos será para mantimento. E a todos os animais da terra, e a todas as aves dos céus, e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda a erva verde lhes será para mantimento. E assim se fez." Gênesis 1:29 e 30.

 

Aí está o que Deus determinou para homens e animais terrestres comerem inicialmente, em um planeta onde a morte não existia. O uso de CARNE como alimento não fazia parte do propósito original de Deus, o Criador dos animais e da raça humana. Ora, quem cria uma máquina, sabe qual é o melhor óleo que deve ser usado para que esta máquina funcione bem, e tenha vida longa. Sendo IAVÉ o Deus Criador dos animais e da raça humana, sabe Ele melhor do que ninguém qual é a alimentação mais adequada para animais e pessoas. Nesse regime alimentar original, fala-se somente em "todas as ervas que dão semente" e em "fruto que dê semente", ou frutas, como dizemos hoje. Não se fala em "leite", nem em "ovos" como próprios para a alimentação humana. Nem fala a favor, nem contra. Há um silêncio quanto a isto. Algumas mudanças vieram somente depois da entrada do Pecado na vida humana.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 14 de junho

 

A ALIMENTAÇÃO APÓS O DILÚVIO

 

Leitura Bíblia do Dia: Gênesis 7:1 e 2; 8:20; 9:3 e 4. Levítico 11 e Deut. 14.

 

"Tudo o que se move e vive ser-vos-á para alimento; como vos dei a erva verde, tudo vos dou agora. Carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis." Gênesis 9:3 e 4.

 

Esta é uma declaração geral. Ela não estabelece diferenças entre os animais, se alguns são limpos, e outros, imundos. À primeira vista, tem-se a impressão de que Deus está aprovando ao homem posdiluviano comer a carne de todos os animais, sem distinção alguma, exceto que não coma a carne com seu sangue, e que não coma o sangue de maneira nenhuma, pois o "sangue" representa a vida. No entanto, a leitura de Gênesis 7:1 e 2 e 8:20 revela que Noé e sua família, que com ele acabara de sair da Arca, salvando-se do Dilúvio devastador, sabiam fazer diferença entre os animais "limpos", ou próprios para servirem de alimentação; e "imundos", ou impróprios para consumo e alimentação. Essa revelação se amplia e se torna sistemática em Levítico 11 e Deuteronômio 14, quando Deus revela a todo o povo de Israel quais são algumas espécies e famílias de animais que não deveriam ser usados como alimento humano, para o próprio bem-estar dos humanos.

 

Esse novo regime alimentar, dado por Deus após o dilúvio a Noé e sua família, não queria dizer que fosse o ideal. Era um regime novo, circunstancial, fazia uma abertura para permitir o uso da carne de certos animais "limpos" para consumo humano, num tempo onde o Pecado e a Morte já reinavam no universo humano. Por esse tempo, e mesmo antes do Dilúvio, os humanos já caçavam e matavam animais para consumo próprio, mesmo que para isto não houvesse uma autorização divina. Logo, nenhum animal deveria ser consumido com seu sangue. O animal deveria ser degolado, e o sangue escorrido e lançado fora, pois Deus não autorizou o seu consumo pelos humanos. Assim se deve fazer hoje também. Deus sabia que, mesmo que proibisse aos humanos comerem qualquer tipo de carne, ainda assim eles desobedeceriam a Deus e comeriam alimento cárneo. Entre o ideal, presente no Éden, onde não havia morte; e o real, fora do Éden, onde a morte era uma constante, e a desobediência a Deus somente aumentou, o Senhor Deus, em sua eterna sabedoria, aproveitou o fato real e o amenizou, orientando a Seus filhos e servos que não usassem o sangue como alimento, e fizessem uma escolha inteligente ao optarem por comer "carne"; que soubessem fazer distinção consciente entre animais "limpos", e próprios para consumo humano; e animais "imundos", não apropriados para consumo humano. Quem fizesse essa escolha inteligente, viveria mais e melhor sobre a Terra, e se aproximaria mais do ideal de Deus.

 

A revelação de Deus ao homem é progressiva. Ela começa com o menos conhecido, e vai ampliando esse conhecimento, levando o homem, através do tempo, a um conhecimento maior de si mesmo e do mundo e dos fatos que o cercam.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 15 de junho.

 

ALIMENTAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO

 

Leitura Bíblica do Dia: Atos 10:9 a 16. I Timóteo 4:1 a 5.

 

Pedro, Apóstolo de Jesus, fazia uso da carne como parte de sua alimentação, inclusive comendo muito peixe, mas seguia as recomendações de Levítico 11 e Deuteronômio 14. Sua resposta a Deus, quando em visão, reflete sua cultura alimentar. No entanto, a visão não estava centrada em comida, mas em pessoas. Os judeus consideravam os gentios (os não judeus) como pessoas imundas, por não serem circuncidadas como eles o eram, e por se alimentarem de animais "imundos", ou impróprios para consumo humano, e, também, porque os gentios não adoravam o Deus Verdadeiro e Único, mas cultuavam a muitos deuses, e os adoravam diante de imagens de escultura. Deus disse a Pedro que ele precisava superar o preconceito racial, social, religioso, cultural, caso quisesse evangelizar os gentios da Palestina e do mundo. Foi depois da visita de Pedro à casa do centurião romano Cornélio (leia Atos 10), quando dezenas de gentios se converteram a Cristo e se tornaram cristãos, sendo batizados, que Pedro começou a entender que a visão que tivera falava de pessoas de carne e ossos, e não de alimento cárneo.

 

Paulo, em suas jornadas de evangelização, se deparou com muitas culturas bem diferentes da dos judeus. Havia entre os gentios, ou povos não judeus, muito culto de adoração aos demônios, através da idolatria que predominava entre eles. E nessas celebrações aos demônios, havia muitos rituais, com sacrifícios de animais, com jejuns, com o uso do sangue como alimento, coisa que Deus proibira, e também havia ensinos que se opunham à revelação de Deus nas Escrituras Sagradas dos profetas hebreus. Em sua primeira Carta a Timóteo, um jovem pastor que o auxiliava na evangelização dos gentios, Paulo lhe aconselha a ter cuidado com a influência de alguns ensinos e filosofias que predominavam nessas culturas não judaicas e não cristãs. Paulo ensina a Timóteo, dizendo-lhe: "Ora, o Espírito [Santo] afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores [espíritos satânicos] e a ensinos de demônios [Paulo declara de quem são tais ensinos]; pela hipocrisia dos que falam mentira e têm cauterizada [insensível] a própria consciência, que proíbem o casamento [coisa que Deus autorizou] e exigem a abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ações de graça pelos fieis e por quantos conhecem plenamente a verdade; pois tudo o que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque pela Palavra de Deus e ela oração é santificado." I Timóteo 4:1 a 5.

 

De que Paulo está falando? Está ele dizendo que uma oração feita a Deus por um cristão torna "limpo" algum tipo de alimento que Deus considerou "imundo"? Está Paulo, aqui, liberando geral, e aconselhando o contrário de Levítico 11 e Deuteronômio 14, e até considerando o uso de sangue animal próprio para consumo, desde que o cristão faça uma oração antes de o comer? Estaria Paulo desfazendo o que Deus construíra antes, nas Escrituras?  Não, de maneira nenhuma. Primeiro, Paulo afirma que essas filosofias e ensinos vêm de "espíritos enganadores", e de pessoas que "falam mentiras", pois suas ideias religiosas são "ensinos de demônios". Entre os ensinos dessas pessoas apostatadas da fé está a proibição do matrimônio, coisa que Deus jamais ensinou. Outra coisa, essas pessoas, além de proibirem o casamento de seus adeptos, proíbem o uso de "alimentos que Deus criou para serem recebidos com ações de graças pelos fieis e por quantos conhecem plenamente a verdade". Não se trata da lista de animais de Levítico 11 e Deuteronômio 14, pois estas listas foram revelações dadas por Deus a Moisés, e eram a "verdade" de Deus para Seu povo fiel. Aquilo que é a "verdade" revelada por Deus jamais se torna em "ensinos de demônios", com o passar do tempo. E a oração do crente não pode transformar a "verdade" revelada por Deus, em "mentira", ou "ensino de demônios". Paulo está falando a Timóteo sobre coisas e filosofias que ele iria encontra na cultura gentílica, politeísta, de adoração e culto aos demônios, e nos rituais de adoração diante de ídolos, ou imagens de escultura. Paulo, um homem guiado pelo Espírito Santo, jamais iria orientar um ministro auxiliar a se precaver contra revelações feitas por Deus há centenas de anos no passado, e que faziam parte do Cânon sagrado, aceito por ele, Paulo, como revelação divina. Se o fizesse, Paulo estaria negando e contradizendo a Palavra de Deus, revelada aos profetas, aos apóstolos e ao Cristo.

 

As recomendações sobre alimentação, reveladas em Gênesis 1:26 a 30; Gn 7:1-2; 8:20 e 9:3-4; além das reveladas em Levítico 11 e Deuteronômio 14, formam um conjunto de orientações divinas para o bem-estar e felicidade da pessoa humana. Tudo isto forma uma PEDAGOGIA DIVINA, visando criar em Seus filhos uma cultura de amor ao que é bom, saudável, o melhor para uma pessoa viver com saúde e ter longevidade de vida, enquanto se acha neste mundo. Revela a preocupação de Deus com nossa saúde física. E para se ter melhor saúde física, é preciso ter cuidado com o regime alimentar que adotamos.

 

Se você é um cristão do século 21, conhece todas as instruções bíblicas sobre o regime alimentar estabelecido por Deus ao longo do tempo e da história, mas ainda não se enquadrou nisso, peça a Deus forças e coragem para o fazer. Lembrando-se de que o regime alimentar ideal para os humanos é o regime vegetariano, conforme Gênesis 1:29 e 30. No entanto, se você ainda está no regime "real" de Gênesis 7:1 e 2 e 9:3 e 4, Levítico 11 e Deuteronômio 14, siga-o conforme as orientações de Deus para você nestas porções bíblicas, pois isto é revelação divina. Em qualquer dos dois regimes em que você esteja, não fique julgando e condenando seu irmão em Cristo, achando-se melhor e mais santo do que o outro. Deus julgará a ambos, seguindo rígidos critérios de justiça. Que ninguém se sinta condenado ou inseguro no que está fazendo. Quer no regime de Gn 1:29-30, quer no regime de Gn 7:1-2 e 9:3-4, além de Lv 11 e Dt 14, viva essas fases do culto a Deus como um ato de fé e dependência de Deus. Pois, como afirma Paulo, "tudo o que não provém de fé [ou da fé] é pecado" Romanos 14:23, interpolação nossa. Pois "o justo pela fé viverá" Romanos 1:17.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 16 de junho.

 

ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA

 

Leitura Bíblica do Dia: Provérbios 23:19 a 21.

 

O equilíbrio e o bom senso devem dirigir sua vida como um todo. E nessa questão alimentar é sempre necessário agir com equilíbrio e bom senso. Os extremos devem ser evitados, pois os extremos são sempre perigosos. O fanatismo religioso não deve ser permitido em sua vida. Tudo que você seguir, em matéria de alimentação, certifique-se primeiro de que é o melhor para sua saúde e bem-estar, e longevidade de vida. Leia muito, mantendo-se sempre bem informado(a). Pesquise em bons livros sobre alimentação. Leia revistas de boa qualidade sobre o assunto. Nem sempre o que é bom para uma pessoa é bom para todas as pessoas. Evite os julgamentos precipitados sobre pessoas de sua igreja. Não diga jamais que alguém está salvo ou perdido por causa do regime alimentar que segue. Não ponha diante da Igreja o regime alimentar como sendo uma BASE LEGAL e bíblica para a salvação dos humanos. Não use o regime alimentar que você segue como uma nova forma de LEGALISMO, uma forma de justificação própria, achando que sua Justiça e Salvação estão em seguir tal ou qual tipo de regime alimentar. Cuidado! Não ensine aos outros o que a Bíblia não ensina. Não se faça de parâmetro para os outros. Siga seu regime alimentar como um ato de fé em Jesus, aceitando por fé a revelação da Palavra de Deus. Esteja plenamente certo de que você escolheu o certo neste assunto. Não se faça de juiz de seus irmãos, emitindo sentenças condenatórias sobre eles, por não se alimentarem dentro da mesma rigidez alimentar que você segue. Deus julgará você e seus irmãos em Cristo.

 

Nesses quase cinquenta anos como adventistas do sétimo dia, tenho visto muita coisa ser dita, vivida e comentada em nossos arraiais. Tenho visto irmãos sábios e irmãos hipócritas no que se refere ao regime alimentar. Tenho visto pessoas sensatas, que seguem seu regime alimentar de maneira normal, como um estilo de vida, sem tentar impor tal regime aos demais, e sem julgar os que pensam e agem de forma diferente. Mas tenho visto também irmãos extremistas, julgadores, e até perseguidores de quem não lhe imita o regime alimentar. Alguns fazem deste assunto um tema para polêmica, bate-boca e debate sem fim, irritando a muitos, e se fazendo vítima de todos. Outros têm sido negligentes e relapsos em seguir as orientações da Bíblia neste assunto. Tudo isto dentro da Igreja da qual sou membro. É preciso ter equilíbrio, bom senso e humildade.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 17 e 18 de junho.

 

ALIMENTAÇÃO HOJE

 

Leitura Bíblica do Dia: Romanos 14.

 

Como adventistas do sétimo dia, e tendo o conjunto de informações que temos sobre o tema da alimentação, com base na Bíblia Sagrada e nos muitos escritos da escritora inspirada Ellen White, deveríamos estar sempre na dianteira tanto no conhecimento como na prática do que constitui um regime alimentar de excelente nível. No entanto, nem sempre pomos em prática a teoria que nos sobra.

 

Muitas pessoas, que antes criticavam os adventistas devido a suas mensagens de saúde e alimentação, hoje veem o assunto com novos olhos. Há um novo olhar para o vegetarianismo, ou para o regime ovo-lacto-vegetariano. As pessoas mais esclarecidas e estudadas de nossa sociedade já põe em prática um programa alimentar de elevado nível, mesmo sem aceitar as considerações de natureza teológica que seguimos. Como adventistas, aconselhamos a todos que sigam um regime alimentar de orientação bíblica, pois, como crentes em Jesus Cristo, devemos viver e agir para a glória de Deus. Muitos não crentes em Jesus também seguem um excelente regime alimentar, mas não o subordinam a um elemento filosófico mais elevado, a Glória de Deus, como nós o fazemos. Se eles fossem servos de Deus como o somos, possivelmente o fariam.

 

Como vimos nas lições estudadas até aqui, neste trimestre, a excelência da qualidade de vida, revelada na Bíblia, não se restringe ao regime alimentar. É um conjunto de ações que, somadas, forma uma filosofia de vida melhor, mais sadia, e mais de acordo com as revelações de Deus na Bíblia: Ar puro, luz solar, água, abstinência de tudo o que é nocivo, exercício físico diário, alimentação bem orientada, repouso no tempo certo e total confiança em Deus (fé), são os elementos naturais e cura e vida longeva que o Senhor Deus põe à disposição de todos nós na natureza e em nossa mente. Quem faz um sábio uso diário desses oito elementos naturais consegue viver melhor, e em maior quantidade de anos. Faça uso deles, e glorifique a Deus, que os deu a você e a mim.

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

Estimados irmãos em Cristo:

 

As Lições da Escola Sabatina do próximo trimestre, que se inicia em julho, são todas elas na CARTA AOS ROMANOS.

 

Venho estudando esta Carta de Paulo já por 25 anos. Escrevi um COMENTÁRIO DACARTA AOS ROMANOS, com 386 páginas, fazendo comentário teológico de todos os capítulos. Isto seria muito enriquecedor para todos os professores e alunos da Escola Sabatina.

 

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Obrigado pela confiança,

 

PR. Otoniel de Carvalho

 



 


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