segunda-feira, 28 de setembro de 2009

UMA NOVA ORDEM

 

Verso para Memorizar: "Essas coisas aconteceram a eles [os israelitas] como exemplos, e foram escritas como advertência para nós, sobre quem tem chegado o fim dos tempos." I Coríntios 10:11 – NVI.

 

Leitura Bíblica da Semana:  Gênesis 15:14-16; Levítico 10:1 a 11; Números 1 a 4; Jeremias 23:23-24; João 14:15-18 e 23.

 

INTRODUÇÃO

 

Estamos iniciado o estudo da Lição da Escola Sabatina do quarto trimestre do ano 2009. Estas lições estarão sendo estudadas até o final de dezembro. Mudam as lições, e com isto muda o enfoque. Agora estudaremos o livro de NÚMEROS, o quarto livro do Antigo Testamento, escrito por Moisés.

 

O erudito Gleason L. Archer Jr., escreveu sobre o livro de Números: "O título hebraico deste Livro é "Bemidbãr", que significa "no deserto de...", tirado do primeiro versículo "...falou o Senhor a Moisés, no deserto de Sinai..."  A LXX [versão grega dos Setenta] dá o nome "Arithmoi", ou "Números", por causa do destaque dados aos números de censo no Livro. Apesar disto, o título hebraico é bem apropriado ao tema geral: Israel sendo treinado por Deus no deserto. A narrativa histórica ocupa mais espaço neste livro do que no caso de Levítico ou Deuteronômio, e o período de anos que cobre é maior (quarenta anos de disciplina) do que em outros livros do Pentateuco (excluindo-se Gênesis). ...A lição espiritual ressaltada pelo Livro inteiro é que o povo de Deus só pode avançar na medida de sua disposição em confiar totalmente em Suas promessas, dependendo totalmente da Sua força. ...Só os que realmente creem entram no descanso de Deus. Sem esta fé, só lhes resta morrer em vão no deserto." Gleason L. Archer Jr., Merece Confiança o Antigo Testamento, páginas 273-274.

 

Portanto, caro estudante, preste muita atenção em tudo o que será dito nestas páginas.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 27 de setembro

 

ORGANIZANDO O EXÉRCITO

 

Leitura Bíblica: Gênesis 15:14-16; Números 1:1 a 3; Deuteronômio 9:5.

 

Com mão forte e braço estendido, IAVÉ, o Deus Supremo, o Eterno Senhor, tirou o povo de Israel do Egito, onde eles tinham estado por mais de quatrocentos anos. Foram anos de grande sofrimento para os israelitas; anos de penúria, de angústia e dor. Por amor a Abraão, Seu amigo, o "pai" dos israelitas, IAVÉ cumpriu a promessa que fizera ao patriarca hebreu (Gênesis 15:12 a 21), e retirou da escravidão o povo de Israel, descendentes carnais de Abraão. Israel saiu do cativeiro como uma massa humana de cerca de dois milhões de pessoas, contando-se homens, mulheres e crianças. Não tinham ainda uma pátria, nem possuíam uma identidade nacional. Tudo isto teria de ser construído ao longo da caminhada, do Egito para Canaã. IAVÉ seria o Grande Construtor dessa identidade nacional de Israel. Para tanto, Deus precisava organizar Israel como nação. Para começar, Deus lhes deu um conjunto de leis, abrangendo todos os aspectos da vida nacional: adoração, saúde, litígios interpessoais, propriedades, trabalho, penalidades por crimes cometidos, etc. Deu-lhes, inicialmente, um Código Moral, composto de DEZ MANDAMENTOS (leia Êxodo 20:3 a 17), mandamentos estes que regeriam as relações de Israel com Deus (primeiro ao quarto mandamento) e de um israelita com outro (do quarto ao décimo mandamentos). A felicidade, segurança e bem-estar de Israel estava em que cada israelita fosse fiel em seguir com regularidade essas leis que Deus lhes dera (a TORÁ). Se Israel obedecesse e cumprisse essas leis, seria a nação mais esclarecida e de maior sucesso neste mundo. Israel seria um povo abençoado, enriquecido, e preparado para ser uma bênção para todas as demais nações da Terra.

O Senhor Deus fez uma ALIANÇA com Israel. Nesta Aliança, ficou estabelecido que Israel seria o "Povo de Deus" na Terra, isto é, o povo com quem Deus dialogaria na Terra. Tudo o que Deus tivesse para ensinar e dizer à raça humana, diria primeiro a Israel; e este povo diria essas coisas às demais nações da Terra. Israel seria um povo missionário, o qual falaria, em nome de Deus, as revelações que Deus lhes fizesse ao longo do tempo e da História (Êxodo 19). Deus mandou que Moisés, o líder visível de Israel, o qual falava em nome de Deus ao povo, construísse um SANTUÁRIO (Êxodo 25:8), pois o próprio Deus queria morar no meio do acampamento de Israel. E assim foi feito. O povo de Israel não adorava um deus ausente, distante, insensível às necessidades do povo, mas a ao Deus Eterno, o Senhor, o qual descia até Israel e se manifestava em glória através do "chequiná", sobre o propiciatório, no Lugar Santíssimo do Santuário. Ali, Deus falava com Israel, através de Arão e seus sacerdotes associados. Deus estava presente ali. Era "Deus conosco". Deus ouvia os questionamentos de Seu povo, e dava resposta reais a esses questionamentos. Israel foi organizado como nação, pronta para funcionar como uma Teocracia, na qual IAVÉ era o governante principal, e dirigia Israel de maneira bem especial. O dirigente visível, humano, era Moisés. Depois veio Josué, e depois vieram os Juízes; por último veio a monarquia, na qual Israel passou a ser governado visivelmente por um rei. Mas a Teocracia deveria continuar, pois Israel era uma nação em Aliança com o Deus Eterno.

No plano de Deus, Israel não seria uma nação de guerreiros, preparados para conquistar as demais nações pelo uso da força, tais como a Assíria, Babilônia, a Grécia e o Império Romano. Israel seria uma nação sacerdotal, fazendo intercessão em favor dos humanos, e os conquistando para Deus pela força do Amor e da Justiça. Deus disse a Moisés: "Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa." Êxodo 19:6. Todas as guerras em que Israel estivesse envolvido, depois de já estabelecido em Canaã, seriam para defesa da nação, e não guerras para dominar outras nações e chegar ao domínio do mundo.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 28 de setembro.

 

A PRESENÇA DO SENHOR

 

Leitura Bíblica: Números 1:50 a 54; Salmos 139:1 a 10; Isaías 57:15; Jer. 23:23-24; João 14:15-18 e 23.

 

IAVÉ seria uma presença constante em Israel. O SANTUÁRIO, ou Tabernáculo, foi erguido, em forma de tenda, no deserto, e seus diversos móveis e utensílios foram confeccionados e postos ali. Cada um tinha sua função determinada por Deus: o altar do sacrifício, a bacia de lavar, o candelabro, a mesa com os pães da proposição, o altar de incenso, e a Arca da Aliança. Tudo feito do melhor material possível, e cada objeto colocado em seu devido lugar, tendo cada um deles um significado especial. O móvel mais sagrado e destacado era a ARCA DA ALIANÇA. Esta ficava no compartimento mais interior da Tenda, ou Tabernáculo, chamado LUGAR SANTÍSSIMO. Sobre a ARCA estava o PROPICIATÓRIO. Ali, sobre o Propiciatório, brilhava de forma intensa a Luz da presença de Deus; era o CHEQUINÁ. Todo o povo de Israel sabia que o Deus Eterno, cujas moradas remontam aos mais altos dos céus, o Deus transcendente, Se faria o Deus imanente, e estaria ali, no Santuário, Sua morada na Terra, na Tenda que ficava no centro do acampamento. O lugar mais santo do acampamento; daí chamar-se de SANTUÁRIO. Todos ali sabiam que Deus estava presente entre eles. Deus era um Amigo em quem eles poderiam confiar sempre, e a quem poderiam recorrer sempre. Era um Deus que falava, que ouvia Seu povo, que criava leis, que determinava o destino de Seu povo; era o Deus de Israel, IAVÉ, o Senhor, Aquele que ia adiante deles, e guerreava as suas guerras, e lhes dava a vitória sobre seus inimigos. Israel sabia que não estava sozinho, nem abandonado neste mundo. Seu Deus estava ali, pronto para escutar, pronto para atender, pronto para socorrer. Isto era muito confortador para todo israelita que confiasse no Senhor, e vivesse pela fé nEle.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 29 de setembro.

 

DEBAIXO DOS ESTANDARTES

 

Leitura Bíblica: Números 2.

 

"Assim fizeram os filhos de Israel; conforme tudo o que o Senhor ordenara a Moisés, se acamparam segundo os seus estandartes e assim marcharam, cada qual segundo as suas famílias, segundo a casa de seus pais."  Números 2:34.

 

Nada era bagunçado na caminhada do Egito para Canaã. IAVÉ é um Deus de ordem. Tudo o que Ele faz é bem feito, e segue uma ordem harmonicamente estabelecida. Cada pessoa e cada coisa em seu devido lugar. Cada tribo bem organizada por famílias. Cada tribo tinha seu lugar fixo no acampamento, segundo a ordem de Deus. Quando se levantavam para viajar e quando paravam e se estabeleciam em determinado lugar, tudo era feito dentro de uma ordem lógica, bem organizada. Não foi deixado a cada um fazer o que bem queria. Deus definiu junto com Moisés como as coisas deveriam ser organizadas e estabelecidas. Cada tribo tinha sua bandeira, seu estandarte que a identificava entre as demais tribos. E todos teriam de obedecer e seguir o que fora planejado e estabelecido por Deus. Nenhuma tribo poderia invadir o território da outra. E tudo funcionou muito bem, durante quarenta anos, tempo que Israel peregrinou pelo deserto, até chegar a Canaã.

Fica, aí, o exemplo de decência e ordem para os cristãos hoje. Entre o povo de Deus, hoje, tudo deve ser feito com decência e ordem. As coisas na Igreja devem seguir a ordem e a decência. O culto deve ter uma ordem determinada, uma liturgia apropriada. Deve ter hora certa para começar e hora certa para terminar. Os oficiais da Igreja devem respeitar a ordem e a decência estabelecidas para o culto no templo de Deus, onde a Igreja se reúne em adoração ao Senhor. Nada profano, não sagrado, deve penetrar no templo. Nenhuma conversa profana deve ser falada no templo. Deve haver ordem na entrada e na saída do templo. O templo deve ser bonito e funcional. Deve estar sempre muito limpo e bem cuidado em todos os seus setores. As crianças devem receber um cuidado especial, e as salas no templo onde elas se reúnem para adorar a Deus devem ser limpas, claras, bem ventiladas e com todos os objetos próprios para seus momentos de adoração. Cada adorador deve zelar para que as coisas funcionem ordenadamente durante a adoração no templo. Cada adorador deve estar cônscio de que foi ao templo para se encontrar, pela fé,  com o Senhor Deus, o Altíssimo. Não foi ali para namorar, brincar, fazer algazarra, contar piadas, ficar andando de um lado para outro, conversar, fazer negócios comerciais, bisbilhotar a vida alheia. Essas coisas nunca devem ter lugar no templo onde Deus é adorado. Também os pregadores devem ter decência em suas pregações, evitando brincadeiras e chocarrices quando estiverem ao púlpito, pois ali não é o picadeiro de um circo, mas o lugar onde o Nome e a Palavra de Deus são anunciados solenemente ao povo do Senhor ali reunido para adoração e louvor. Deve cada crente ficar sempre "sob os estandartes" do Príncipe Emanuel, Jesus Cristo. Ele é o nosso General mais capaz e habilitado.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 30 de setembro.

 

CHAMADO PARA O MINISTÉRIO

 

Leitura Bíblica: Êxodo 13:2 e 12 a 15; Números 3:46 a 51.

 

Deus separou a Tribo de Levi para o sagrado ministério (serviço) de cuidar do SANTUÁRIO. Isto significava que tudo o que se referia ao SANTUÁRIO, e, mais tarde, ao TEMPLO, ficava a cargo e sob a responsabilidade da Tribo de Levi. E dentre a Tribo de Levi, Deus separou a Família de Arão para serem SACERDOTES no SANTUÁRIO, oficiando diretamente em favor do povo de Israel. Todo sacerdote que oficiava nas cerimônias do Santuário, oferecendo dons e sacrifícios, e fazendo intercessão em favor do povo, deveria ser da família de Arão. Isto foi determinado por Deus a Moisés, e precisava ser seguido à risca, sem erros. Eles eram os MINISTROS DO CULTO em Israel. Quando Israel chegou a Canaã, e ali se estabeleceu, cada tribo em seu devido território, a Tribo de Levi não recebeu território próprio. Cada tribo deveria separar, em seu território, algum espaço para os levitas habitarem. Assim os levitas moravam no meio dos seus irmãos, mas não tinham um território próprio, vivendo como uma Tribo em um só lugar. A presença deles entre seus irmãos, em todas as tribos, fazia com que o ministério que eles desempenhavam beneficiasse a todos em Israel. Eles era os conselheiros, os instrutores e intercessores em favor do povo. Sua presença entre eles deveria ser uma bênção para seus irmãos. Eles eram os PASTORES daquela grande Igreja nacional. E deveriam ser fiéis a Deus ao exercerem seu ministério pastoral. Muitos deles se tornaram juízes para toda a nação, como foi o caso de Samuel.

Fica um exemplo para os pastores adventistas de hoje. Eles devem morar onde moram os membros de sua igreja. Não devem morar em lugar distante de seu rebanho, alienados do que acontece a suas ovelhas. Os membros da igreja precisam saber que seu pastor está ali, por perto, e podem buscar sua ajuda, conselho e instrução sempre que precisarem. Eles se sentem seguros e felizes em saber que seu pastor mora perto deles, e os socorrerá sempre que for necessário. O pastor que escolhe morar longe de seu rebanho, afastado de sua igreja, está demonstrando que não sente alegria nem prazer em morar junto aos seus irmãos em Cristo. Prefere ficar à distância deles, evitando-os. Isto é muito perigoso para o pastor e para sua família. A Igreja é uma grande família. Assim como o pastor da igreja cuida de suas "ovelhas", também essas "ovelhas" cuidam de seu pastor.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 01 e 02 de outubro.

 

PROTEGENDO O QUE É SAGRADO

 

Leitura Bíblica: Levítico 10:1 a 11.

 

A ordem divina, dada a Moisés, é que nada profano (que vem de fora do templo) deveria fazer parte das coisas sagradas que havia e que se fazia no Santuário. Inclusive o FOGO que acendia o incensário deveria vir do Altar do Sacrifício, do próprio santuário. Era proibido a qualquer sacerdote oficiante usar fogo próprio, que não fosse do próprio santuário, em seu incensário, quando estivesse oficiando ali. Nadabe e Abiú, bem como seu pai, Arão, e seus irmãos Itamar e Eleazar, eram os oficiais que dirigiam a adoração no Santuário. Se os dirigentes do culto não seguem as normas, nem respeitam a Deus e ao templo sagrado, que moral têm para exigir do povo a mesma coisa? Dificilmente o povo vai além daquilo que seus dirigentes são e fazem. Eles deveriam proteger e guardar o templo de qualquer coisa profana ou fora de ordem.

Dois filhos de Arão, Nadabe e Abiu, não respeitaram o Santuário, nem as ordens estabelecidas para a adoração. Nadabe e Abiu decidiram agir por conta própria, sem respeitar as normas sagradas. Eles tomaram seus incensários, e puseram neles fogo não tirado do Altar do Sacrifício. Não estavam autorizados a agirem assim, e sabiam como deveriam proceder. Mas pensaram que nesse negócio de adoração qualquer coisa serve, "desde que seja feito de coração", como dizem alguns liberais. Eles agiram da mesma maneira que Caim. Caim ofereceu a Deus o que ele quis oferecer, no culto ao Senhor, e não o que Deus determinara que fosse oferecido, como fizera seu irmão Abel (leia Gênesis 4). Assim procederam os dois filhos de Arão, Nadabe e Abiú. Decidiram fazer as coisas do seu jeito, sem nenhum respeito e sem nenhuma consideração à ordem estabelecida do por Deus. Agiram de maneira humanista, insensata, irresponsável e profana. Talvez estivessem bêbados quando agiram assim. Profanaram o Santuário de Deus com essa atitude irresponsável. Imediatamente receberam a punição de seu erro: ambos foram fulminados ali mesmo, dentro do Santuário. Ambos morreram na hora. E Deus disse a seu pai, Arão, que não chorasse pelos filhos profanos, nem pusesse luto por eles. Eles não eram dignos disso.

Alguns anos atrás fui pastor de uma igreja, aqui em Salvador, onde aconteceu no templo, na hora de culto, algo bem desagradável. Duas moças brigaram, chegando até a trocar tapas, na sala pastoral, por causa de um rapaz, também membro daquela igreja. Recebi naquela noite muitos telefonemas sobre o assunto. Conversei com todas as partes envolvidas, e tomamos juntos um voto, na Comissão da Igreja, que as três pessoas envolvidas na questão deveriam ser suspensas de suas funções na igreja por seis meses, e se reincidissem no problema seriam desligadas da membresia da igreja. Os pais de dois dos envolvidos, anciãos da igreja, fizeram de tudo para que seus filhos não fossem disciplinados. Mas não teve jeito, pois a Comissão da Igreja votou a disciplina, e o plenário da igreja ratificou o voto da Comissão. O assunto exigia ação rápida e justa, para que o mal não se repetisse naquela igreja. Não ficamos impressionados com as críticas recebidas, pois fizemos a coisa que era certa fazer naquela hora.

Alguns mais liberais, que se arvoram em juízes de Deus, criticam o Senhor por haver matado Nadabe e Abiu, achando que o que eles fizeram foi coisa pequena. Não foi coisa pequena. Se Deus deixasse aquele ato profano sem punição, logo todos os demais sacerdotes e o povo em geral iria querer proceder cada um à sua maneira, sem respeitar a ordem divina para a adoração no Santuário. Isto viraria uma bagunça, um desgoverno, e ninguém saberia exatamente que seria a maneira correta, segundo a vontade de Deus, de proceder quando em adoração no templo. Algumas igrejas deixam essa bagunça acontecer, e o culto vira uma festa de loucos, com pessoas falando ao mesmo tempo, pessoas gritando, pessoas brincando durante a adoração, outros se agarrando em namoros profanos. Um desrespeito ao que é solene e sagrado. Deus agiu corretamente, e na hora certa, para cortar o mal pela raiz. Louvado seja Deus por isso! Fica um exemplo para os pastores e anciãos adventistas hoje; eles devem ser zelosos e devem agir com respeito, decência e ordem nos momentos de culto no templo. Nenhum dirigente de culto deve deixar que a adoração ao Senhor descambe para a anarquia, chacorrice ou festival de coisas profanas no templo do Senhor. O povo de Deus deve ser ensinado e instruído, continuamente, em como deve proceder nos momentos em que a Igreja está reunida no templo para adoração ao Senhor, quer seja na Escola Sabatina, no Culto de Adoração, no Culto Jovem, ou nos cultos de Domingo e de Quarta-feira. O mesmo respeito a Deus e ao que é sagrado deve prevalecer nas reuniões dos Pequenos Grupos, mesmo que estas ocorram em casas de membros da Igreja, ou em casas de pessoas que estão recebendo estudos bíblicos. Decência, ordem, seriedade, solenidade e muito respeito a Deus devem predominar na hora da adoração.

Se Deus agisse hoje da mesma forma, e matasse a todos os adoradores que são profanos e irreverentes no templo, quantos adoradores ficariam vivos? Pense nisso!

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 

 

 



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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A BATALHA PELO PODER

 

 Verso para Memorizar: "Amado, não imites o que é mau, senão o que é bom. Aquele que pratica o bem procede de Deus; aquele que pratica o mal jamais viu a Deus." III João 11.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Isaías 14:13 e 14; Marcos 9:35; I Coríntios 12:7 a 31; I Coríntios 13; Filipenses 2:3; III João; Apocalipse 14:6-7 e 12.

 

INTRODUÇÃO

 

 O poder empolga. Pessoas há que se modificam completamente, geralmente para pior, quando estão investidas de poder. Até na Igreja isso é visto. Há membros da Igreja que procedem de maneira mais humilde quando não estão investidas de certa medida de poder, mas que se modificam acentuadamente quando a Igreja lhe concede algum nível de poder. O poder sobe com facilidade à cabeça de muita gente, o que o faz agir de maneira diferente, passando a se isolar mais das pessoas, e a exercer certo grau de tirania sobre seus irmãos. É por este motivo que tanta gente luta, no mundo e na Igreja, para ser investido de poder. Pensa-se no "poder" como sendo uma possibilidade de mandar em alguém, de dominar sobre alguém, e não uma excelente ocasião para servir pessoas, tornando a vida dessas pessoas sempre melhor.

No Céu, Lúcifer cobiçou o poder exercido pela Divindade Triúna. Lúcifer queria muito ter todo aquele poder que Deus tinha, de comandar todo o Universo. Esta sede de poder lhe subiu à cabeça, e ele lutou para o conseguir (Isaías 14:13 e 14; Apocalipse 12:7 a 9). Lúcifer conseguiu domínio e influência sobre milhares de anjos celestes, e os comandou em sua louca aventura de tomar de Deus o poder de governar os mundos e as pessoas que neles habitavam. O cobiçoso Lúcifer foi expulso do Céu, e com ele todos os anjos que se lhe associaram nessa cobiça. Eles vieram para a Terra, e aqui implantaram seu império, dominando com mão de ferro sobre a raça humana que Deus criou (Gênesis 3:1 a 6). A "batalha final" dessa guerra que começou no Céu (Ap 12:7 a 9) se dará aqui na Terra. Será o ARMAGEDOM, a batalha final, da qual Jesus Cristo, Seus anjos, e os homens a Ele associados serão os vencedores (Apocalipse 17:14).

 

Como é você, e como você age, quando lhe investem de algum tipo de poder: no trabalho, na Igreja, na Escola ou na comunidade?  É bom refletir nessas coisas. Você deixa que Deus mande e governe em sua vida e em suas ações? Ou você se faz de Deus, e domina sobre tudo e sobre todos? Pense nisto.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 20 de setembro.

 

O ANCIÃO GAIO

 

Leitura Bíblica: III João 1 a 4 e 13 a 15.

 

João dirige sua terceira Carta a um amigo chamado Gaio. Este amigo exercia na Igreja a função de Presbítero (uma espécie de "ancião", na linguagem adventista), um líder de uma congregação local. Possivelmente esse líder chamado Gaio foi ganho para o Evangelho mediante a obra da pregação feita por João. Ele o considera "filho" (verso 4). João expressa sua alegria em saber que Gaio se mantém fiel à verdade que João lhe ensinou.

João inquiriu de alguns "irmãos" qual era o verdadeiro estado espiritual de Gaio. Então lhe foi dito que Gaio continuava firme na fé, andando "na verdade", ou conforme a verdade. Uma das coisas mais importantes na vida de um pastor, obreiro, missionário, pessoa que prega o Evangelho, é saber que aqueles a quem ele ensinou a "verdade", e se decidiram por essa "verdade", permanecem "na verdade" depois de muitos anos. Eu, como pastor, mesmo estando fora do ministério assalariado, sinto-me muito contente em saber que determinadas pessoas a quem dei estudos bíblicos e batizei em nome de Jesus, permanecem firmes na fé. Dá-me muita tristeza quando recebo notícia oposta a isto, a qual revela a apostasia daqueles a quem ajudei a conhecer a "verdade".

João escreve esta Carta a Gaio de forma pastoral. Ele declara: "Não tenho maior alegria do que esta: a de ouvir que meus filhos andam na verdade." III João 4. Tanto se pode dizer isto a respeito dos "filhos na fé", espirituais, ou em relação aos filhos biológicos, naturais. A apostasia, a infidelidade, a traição e abandono à fé cristã são coisas repugnantes, dolorosas, que causam tristeza e dor.

Como pastor amorável, João expressa sua preocupação com a saúde física e espiritual de Gaio. João finaliza sua Carta a Gaio dizendo-lhe que pretende vê-lo em breve, e que teria muita coisa para juntos conversarem. Assim devem agir os pastores e anciãos da Igreja: preocupar-se com a saúde espiritual e física de seus irmãos em Cristo. Visitá-los em seus lares. Conviver com eles de forma fraterna, amiga. Não exercendo poder sobre esses irmãos, visando dominá-los, escravizá-los a uma forma de pensar única, governando sobre eles. Lembre-se cada líder cristão, pastor ou ancião, que os membros de sua igreja são "irmãos em Cristo", e não uma "massa", um aglomerado de pessoas sobre quem você domina. Siga o exemplo de Jesus Cristo, o Cabeça da Igreja e seu fundador.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 21 de setembro.

 

GAIO E SEU MINISTÉRIO À IGREJA

 

Leitura Bíblica: III João 5 a 8.

 

"Amado, procede fielmente naquilo que praticas para com os irmãos, e isto fazes mesmo quando são estrangeiros, os quais, perante a igreja, deram testemunho do teu amor [por eles]. Bem farás encaminhando-os em sua jornada por modo digno de Deus, pois por causa do Nome [o nome de Jesus, a fidelidade deles a Jesus] foi que saíram, nada recebendo dos gentios. Portanto, devemos acolher esses irmãos, para nos tornarmos cooperadores da verdade." III João 5 a 8, interpolações nossas.

 

João está aqui discutindo com Gaio um aspecto definido da congregação onde Gaio era "Presbítero" (Ancião). Pessoa haviam chegado àquela congregação, vindas de outros lugares, sem as condições básicas para a sobrevivência. Cristãos que haviam fugido de sua cidade, ou até de sua nação, em busca de um lugar onde fossem bem recebidos pelos membros da Igreja, seus irmãos em Cristo. Eles estavam sofrendo por causa do "Nome", isto é, por ficarem fiéis a Jesus Cristo, e não aceitarem as mentiras dos gentios. Preferiram perder tudo, no sentido de continuarem fiéis ao Nome de Jesus, bem firmados na fé. João aconselha a Gaio, o ancião da igreja local, que receba bem esses irmãos e os trate com amor, atendendo às suas necessidades mais imediatas. Esses irmãos "deram bom testemunho" de sua fé, tanto diante da igreja da qual eram membros, como também diante dos gentios incrédulos. É mais que justo que Gaio, como líder de uma congregação local acolha com amor e bondade esses irmãos em Cristo. Esta é a prática do amor, tão destaca por João em suas cartas.

Em cada congregação local, hoje, os membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia convivem com "irmãos em Cristo" que sofrem a carência de coisas básicas da vida: comida, roupa, emprego, educação, calçado, moradia e apoio espiritual dos líderes. Há na mesma congregação pessoa de classe média, e até ricos, que podem muito bem prover as necessidades materiais desses irmãos carentes, não somente lhes dando assistência material imediata, como também provendo emprego e treinamento para essas pessoas ganharem o pão de cada dia pelo seu próprio esforço e com dignidade. Era assim que acontecia na Igreja nos tempos apostólicos, segundo a leitura de Atos 2 a 6. Podemos, hoje, na devida proporção das necessidades materiais dos pobres e miseráveis da igreja local, ajudá-los a superar sua tragédia pessoal. Para isso, precisa-se de líderes de igreja que saibam amar a Deus e a seus semelhantes; líderes que não lhes tire a pouca "lã" que lhes resta, mas que os cubra de ajuda e apoio, como fazia Jesus Cristo. Era isto que João estava solicitando ao "Presbítero" (ou Ancião) Gaio.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 22 de setembro.

 

DIOTREFES

 

Leitura Bíblica: III João 9 e 10.

 

"Escrevi alguma coisa à Igreja, mas Diotrefes, que gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá acolhida."  III João 9.

 

Havia um sério problema em determinada Congregação. Havia um líder que agia de forma oposta àquela como Gaio agira. Havia nessa Congregação um líder perverso, dominador, ditador, que se apossara do poder para fazer o mal na Igreja local. O nome dele era DIOTREFES. Era um ditador. Exercia domínio sobre o rebanho de Cristo. Era tão autoritário que não aceitava em sua congregação local os ensinos do Apóstolo João. E, notem, os Apóstolos de Jesus eram as maiores autoridades da Igreja, naquele tempo. O Diotrefes era tão grosseiro, antiético e dominador, que nem um Apóstolo de Cristo conseguir ensinar, mesmo por carta, os membros daquela congregação por ele liderado. Aí está o exemplo de como jamais devem proceder os "anciãos" e "pastores" da Igreja Adventista do Sétimo Dia, e também os chamados "presidentes", ou "tesoureiros", ou, ainda "secretários" de Associações/Missões, Uniões e da Divisão. Nenhum ancião ou pastor é dono da Igreja. Nenhum deles foi constituído por Deus como "chefe" da Igreja, nem do Ministério da Igreja. Todos nós, líderes e liderados, somos irmãos em Cristo. Todos os crentes são "sacerdotes", em Cristo, para reconciliar os homens com Deus (leia II Coríntios 5:17 a 21).

Devem ser removidos da função de líder da Igreja todas as pessoas que usam o poder para dominar sobre os crentes. Tais pessoas devem ser retiradas de suas funções, mediante votos da maioria, em nossas assembléias anuais, quadrienais ou quinquenais. Somente devem continuar no cargo de líder da Igreja, em qualquer nível, pessoas que se deixem governar pelo Espírito Santo, e que aceitem trabalhar sob a regência de Jesus Cristo, o Cabeça da Igreja (I Coríntios 12). Isto é bíblico, e deve ser seguido pelos crentes em assembléia.

Para tristeza e decepção nossa, ainda vemos muitos líderes na Igreja Adventista do Sétimo Dia que seguem o partido e a filosofia de ação de Diotréfes. Estes devem ser removidos de seus cargos, de forma regular, quando da eleição dos oficiais da Igreja, ou dos campos locais. Se não o forem, as igrejas locais, e os Campos, continuarão sofrendo os desgovernos e a falta de ética e respeito causada por esses "diotréfes" de hoje. A Igreja local, regional e mundial somente tem a perder com a liderança deles. Tais pessoas são uma praga e uma maldição para a Igreja. Mas muitos deles continuam sendo votados e escolhidos como líderes. Isto é um erro que precisa ser corrigido com zelo e amor.

João declara a Gaio que pretende ir até à congregação liderada por Diotréfes, e, em ali chegando, lhe fará lembrar "as obras que ele pratica, proferindo contra nós palavras maliciosas." João estava sendo vítima da língua solta e ferina de Diotréfes. Esse líder, Diotréfes, "nem ele mesmo acolhe os irmãos [conforme referido em III João 6 a 8], como impede os que querem recebê-los, e os expulsa da igreja." III João 11, interpolação nossa. João aconselha a Gaio que não imite o mau exemplo de Diotréfes. E este conselho serve também para os líderes adventistas hoje.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 23 de setembro.

 

DANDO TESTEMUNHO SOBRE DEMÉTRIO

 

Leitura Bíblica: III João 12.

 

"Quanto a Demétrio, todos lhe dão testemunho, até a própria verdade, e nós também damos testemunho; e sabes que o nosso testemunho é verdadeiro."  III João 12.

 

É muito bonito e prazeroso ouvir testemunho como este a respeito de um líder cristão. João, uma autoridade da Igreja fundada por Jesus Cristo, testemunha sobre um líder que sabia ser líder cristão. Demétrio era um homem de Deus: fiel, zeloso, cheio de amor a Deus e a seus irmãos em Cristo. Liderava a Igreja de maneira santa, pura e fiel. Não dominava sobre os irmãos; conduzia-os à verdade em amor e bondade. Era um irmão entre seus irmãos; um amigo, um ajudador; um conselheiro; um pai espiritual. Como estamos precisando de pastores e anciãos desse porte em nossa igreja hoje!

Demétrio era fiel. Demétrio ama a verdade. Demétrio ama a Igreja. Demétrio cuida da Igreja com carinho, respeito e amor. Que igreja não gostaria de ter um líder assim?

Este é o modelo de ancião e de pastor de igreja que deve ser seguido e imitado. Deve-se rejeitar o padrão Diotréfes, e aceitar o padrão Demétrio para toda igreja nossa, e também para as chamadas instituições superiores, embora nada seja superior à Igreja local. Demétrio é o modelo de presidente de Campo, ou de União, ou da Conferência Geral, em nossa Igreja. Um líder comprometido com a Verdade, com a Fé, com a Justiça, e preocupado em seguir os passos de Jesus Cristo. Não via a igreja local como plataforma para ganhar dinheiro, ampliar poder e dominar sobre o rebanho. Demétrio não tirava a lã das ovelhas, enriquecendo com isto. Demétrio dava-se a si mesmo pelas ovelhas, imitando o exemplo de Jesus.

E você, amigo líder adventista? Como age você como pastor ou ancião? Você domina sobre a Igreja, e exige que ela faça todas as suas vontades? Ou você partilha a liderança, e trata seus irmãos como iguais? Você aproveita seu cargo para tirar lucros materiais disto? Ou você se entrega para servir, sem esperar ganhos materiais com isto? Que tipo de líder você acha que é para a Igreja que você lidera?

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 24 e 25 de setembro.

 

CRISE DE LIDERANÇA NO INÍCIO DA IGREJA

 

Leitura Bíblica: Atos 20:28 a 31. III João 9 a 12.

 

O que João revela em sua terceira Carta é que havia uma séria crise de liderança na Igreja fundada por Jesus Cristo.

Nesse tempo, todos os Apóstolos haviam morrido, com exceção de João. Paulo também havia morrido. E Paulo já advertira aos "presbíteros" (ou anciãos) de Éfeso, reunidos em Mileto: "Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos [supervisores], para pastoreardes a igreja de Deus, a qual Ele comprou com o Seu próprio sangue. Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos [os crentes em geral] atrás deles. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, por três anos e meio, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um." Atos 20:28 a 31.

Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, já antevira o surgimento de muitas crises na Igreja; e uma delas, muito séria, seria a crise de liderança.

João escreve por volta do ano 100AD, e confirma, com tintas bem fortes, tudo o que Paulo havia antevisto. Depois da morte dos Apóstolos, uma nova liderança se adonou da Igreja, em Éfeso, em Corinto, em Roma e em muitos outros lugares. Essa nova liderança não possuía o mesmo grau de comprometimento com Jesus e Seus ensinos, nem com a fidelidade ao Senhor. Era uma liderança mais voltada para os negócios deste mundo, especialmente os ganhos materiais e políticos. Uma nova liderança que não ficou firme na "verdade", como revelada em Jesus e nas Escrituras Sagradas. Uma nova liderança que tratava seus irmãos não como "co-iguais", mas como "liderados". Novos líderes que se acharam como "chefes" da Igreja, e não como irmãos entre irmãos. Assim, a Igreja desviou-se da rota, pecou contra Jesus e contra a Bíblia, e sofreu (e ainda vive sofrendo) as consequências dessas escolhas erradas, e de lideranças não habilitadas emocional e espiritualmente para a função de liderar pessoas.

Hoje, na Igreja Adventista do Sétimo Dia, sente-se com clareza evidente esta falta de boa liderança, pessoas que amem a Jesus e estejam comprometidas em seguir seus passos. Há uma minoria que se salva da tragédia de liderança, mas a maioria segue uma rota oposta àquela traça por Jesus. Isto não quer dizer que a Igreja Adventista do Sétimo Dia está errada, em sua teologia e ensino. Os maiores problemas nossos se localizam exatamente em crise de liderança. Pastores, de todos os níveis e funções, os quais são líderes assalariados pela Igreja; além de anciãos, os quais são líderes voluntários, não assalariados, precisam urgentemente voltar aos pés de Jesus. Precisam novamente fazer da Bíblia seu livro de cabeceira, e deixar que o Espírito Santo dirija a agenda da Igreja nesse tempo do fim.

Quando nossas comissões e mesas administrativas se reunirem, para escolherem líderes, ou para tomar votos sobre assuntos da Igreja, que deixem Jesus ser o Cabeça, e o Espírito Santo o Instrutor das decisões. Muitos líderes vão a essas reuniões já com todo o seu esquema pessoal estabelecido, e oram somente no sentido de Deus confirmar suas opiniões. Não dão tempo e espaço para o Espírito Santo de Deus agir. Fazem-se de Deus para si mesmos e para a Igreja, e, na prancheta, já definem tudo. E para isto recebem o aval dos chamados "presidentes" de organizações superiores. Todos eles estão iludidos e errados em agir assim, e não deixar que Deus faça as escolhas. É preciso mudar rapidamente esse processo. Sigam nossos líderes a Bíblia e o Espírito de Profecia, e tudo se resolverá na Igreja como Deus quer. Deixem Deus ser Deus para Sua Igreja. Não façam o papel de Deus.

Será que você, pastor ou ancião adventista, tem coragem de deixar que Deus seja Deus para sua Igreja? Quer tentar isso na próxima reunião de comissão, ou mesa administrativa, ou nas quadrienais? Ou prefere seguir o modelo "Diotréfes" de administrar a Igreja? Experimente a alegria de servir a Deus e seguir Suas orientações!

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho



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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A EPÍSTOLA DE JOÃO PARA A SENHORA ELEITA

Verso para Memorizar: "Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho."  II João 9.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Êxodo 20:1 a 17; Romanos 6:17; II Tessalonicenses 2:10; Hebreus 13:2; II João 2; Apocalipse 2:14 e 15; 14:12.

 

INTRODUÇÃO

 

A expressão joanina "senhora eleita" refere-se à IGREJA fundada por Jesus Cristo, a Comunidade dos Salvos pela Fé em Jesus, nos tempos da Nova Aliança. Os crentes fiéis a Jesus são "santos" e "eleitos", ou, também, "escolhidos". São eles os discípulos de Jesus neste mundo, Suas Testemunhas, os quais vão por todos os lugares da Terra proclamando o EVANGELHO, ou seja, as Boas Novas (boas notícias) de que o Messias-Cristo, o Salvador, já veio, morreu e ressuscitou por todos nós, e nos convida a nos associarmos a ele, mediante fé viva e operante, tornando-nos, pela fé, discípulos dEle.

A segunda Carta de João elogia a "senhora eleita", a Igreja fiel a Deus, por permanecer na verdade, e por viver o amor pregado por Jesus. Fé em Jesus e amor de uns para com os outros, eis dois elementos de fundamental importância para nossa Comunidade de Salvos em Jesus.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 13 de setembro.

 

EM AMOR E VERDADE

 

Leitura Bíblica: João 8:32 e 36; I Coríntios 13; II Tessalonicenses 2:10; II João 1 a 4.

 

"O Presbítero à senhora eleita [a Igreja] e aos seus filhos [os cristãos] a quem eu amo na verdade, e não somente eu, mas também todos os que conhecem a verdade." II João 1, interpolação nossa.

 

João amava a Igreja de Jesus Cristo. Se possível, ele se sacrificaria por ela. João amava a VERDADE. Muitas vezes enfrentou prisões, torturas e exílio por ela. João queria que cada crente amasse a Verdade e a Igreja, pois, no dizer de Paulo (I Coríntios 3:15), a Igreja deve ser, neste mundo, "coluna e baluarte da verdade". Se a Igreja falhar em amar a verdade, falar a verdade e viver a verdade, então a mentira vai predominar, e o maligno vai reinar.

Os crentes devem viver em AMOR e na VERDADE. Isto não é uma entre muitas outras opções da Igreja. Esta é a diretriz celeste para a Igreja. Um cristão que não aprende a amar, também não compreende o que seja viver a Verdade, pois vive uma mentira, uma espiritualidade falsa, aparente, hipócrita e formal.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 14 de setembro.

 

ANDANDO CONFORME OS MANDAMENTOS

 

Leitura Bíblica: Mateus 5:17; João 14:15; Romanos 3:31; I João 2:4 a 6; II João 6; Apocalipse 14:12.

 

Existem muitos teólogos que entendem e pregam que a LEI, ou seja, os Dez Mandamentos, como expressos em Êxodo 20:3 a 17, passou, não sendo mais necessário que os cristãos se preocupem com suas exigências. Dizem eles que a Salvação pela Graça, mediante a fé em Jesus, anula para nós a obrigatoriedade de obedecermos os Mandamentos de Deus. São os ANTINOMISTAS. Seria isto verdadeiro ou falso?  Jesus e os apóstolos declaram coisas semelhantes a esta?

Jesus declarou: "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar; vim para cumprir." Mateus 5:17. E ensinou a Seus discípulos: "Se vós me amais, guardareis os meus mandamentos." João 14:15.

Paulo ensinou aos cristãos: "Anulamos, pois, a Lei pela fé? Não, de maneira nenhuma. Antes, confirmamos a Lei." Romanos 3:31.

João, o Apóstolo, ensinou à "senhora eleita":  "Aquele que diz: 'Eu o conheço', mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade."  I João 2:4. E acrescentou: "E o amor é este [ou significa isto]: que andemos [procedamos, vivamos] segundo os Seus mandamentos." II João 6, interpolações nossas.

John Stott, famoso teólogo anglicano, ensina: "A obediência é um aspecto necessário e possível do discipulado cristão. ...A Lei Moral não foi abolida para nós; ela é para ser cumprida em nós. Embora a [nossa] obediência à Lei não seja a BASE da nossa justificação...ela é fruto da nossa justificação, e é exatamente isto que significa santificação. Santidade é ser semelhante a Cristo; e ser semelhante a Cristo é cumprir a justiça da Lei. ...Nossa libertação da Lei não nos deixa livres para desobedecer a ela. Pelo contrário, a obediência à Lei, por parte do povo de Deus, é tão importante para Deus enviou Seu Filho para morrer por nós, e Seu Espírito para viver em nós, a fim de assegurar esta obediência."  John Sttot, Romanos, páginas 266 e 268.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 15 de setembro.

 

ULTRAPASSANDO A DOUTRINA DE CRISTO

 

Leitura Bíblica: Mateus 16:12; 24:21 a 24; Atos 2:42; Romanos 6:17; II João 7 a 9; Apocalipse 2:14 e 15.

 

João adverte: "Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne [a Encarnação do Verbo, João 1:1 a 3 e 14]; assim é o enganador e o anticristo [contrário a Cristo." II João 7, interpolações nossas. Leia também o verso 9.

João está preocupado com os ensinos mentirosos dos falsos mestres, com suas doutrinas diferentes da revelação bíblica e contrárias a elas. Ele sabia que muitos desses mestres de mentiras já estavam aparecendo nas comunidades cristãs espalhadas pela Ásia Menor e Europa, perturbando os cristãos novos com esses ensinos não bíblicos. Muita teologia errada estava surgindo, sobre Deus, sobre a Pessoa de Cristo, sobre o Espírito Santo, sobre a Justificação pela Fé, sobre a Santificação, sobre a Salvação em geral. Mestres judaizantes e mestres liberalizantes perturbavam os cristãos com esses ensinos que "ultrapassam", ou vão além, da "doutrina" revelada por Deus nas Escrituras Sagradas. Paulo também se preocupou em dar tais advertências aos cristãos (leia Atos 20:28 a 31).

Hoje também, existem muitos falsos mestres religiosos, ensinando doutrinas mentirosas, as quais vão além da doutrina [ensino] revelado nas Escrituras, e pregada pelos profetas, por Jesus e por Seus Apóstolos, as maiores autoridades em ensino sobre religião cristã. Milhares de cristãos são enganados por esses falsos mestres (leia Mateus 7:21 a 23). Existem mestres religiosos para todos os gostos e feitios, fazendo declarações absurdas sobre Deus, Jesus, o Espírito, a Salvação, as boas obras, o arrependimento, a fé, o perdão, a Justificação e a Santificação. Cuidado com eles!

Mesmo na Igreja Adventista do Sétimo Dia, muitas vezes surgem falsos mestres, pregadores de mentiras, os quais conseguem usar os púlpitos de nossas igrejas, conseguindo desviar da fé revelada alguns cristãos menos seguros das verdades bíblicas. Além disso, surgem mestres divisionistas, jogando a comunidade adventistas contra seus líderes, e também pregando falsamente sobre a Divindade, sobre a Pessoa de Cristo, sobre o Espírito Santo e sobre a Teologia da Salvação. Há ainda em nossa comunidade os famosos mestres do legalismo, que ensinam em nossos púlpitos uma teologia velha, judaizante, levando os irmãos a crerem que existem duas BASES LEGAIS para a Salvação: A Fé em Jesus e as Boas Obras humanas. Ensinam a teologia da FÉ + OBRAS, como duas BASES para a Justificação e Salvação, e não a teologia da Salvação somente pela Fé na OBRA REALIZADA POR JESUS, fé esta que resulta em uma vida de discipulado e obediência (santificação). Este ensino legalista ainda é forte em alguns ambientes adventistas do sétimo dia. Mas é um ensino que vai além da doutrina certa e bíblica.

Ultimamente, têm surgido no ambiente adventista do sétimo dia muitos pregadores que negam a TRINDADE, que negam que "o Verbo" seja co-eterno e co-igual com o Pai; negam também que o Espírito Santo seja uma "pessoa" da Divindade, ensinando que Ele é somente uma "energia", ou uma "emanação", ou "uma força" que provém do Deus Eterno. Há aqueles em nosso meio que, sem base bíblica, isto é, sem seguirem o princípio de "Sola Scriptura", afirmam ser o Espírito Santo o anjo Gabriel, confundindo totalmente a verdade sobre as Pessoas da Divindade. E por aí vão os erros teológicos e doutrinários de muitos pregadores nossos, que ocupam nossos púlpitos em cada dia de culto. É verdade que eles não são uma maioria, mas existem e perturbam e confundem a mente de nossos irmãos, indo "além da doutrina".

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 16 de setembro.

 

NEGLIGENCIANDO A HOSPITALIDADE

 

Leitura Bíblica: Mateus 10:14 e 15; 18:15 a 17; II João 10 e 11.

 

"Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina [a doutrina bíblica verdadeira, revelada], não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto, aquele que lhe dá as boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más." II João 10 e 11, Interpolação nossa.

 

Este é um conselho apostólico: Não receba em sua casa falsos mestres religiosos, os quais vêm trazer-lhe uma mensagem que vai "além da doutrina" revelada pelas Escrituras Sagradas, e ensinadas pelos profetas bíblicos, por Jesus Cristo e pelos Apóstolos de Jesus. Não se torne "cúmplice" (culpado junto com eles) de tais pessoas. Não deixe que Deus encontre você na companhia desses falsos mestres. Não freqüente suas reuniões de pregações e ensinos mentirosos. Não se deixe enganar e seduzir pela lábia desses falsos mestres, mesmo que eles sejam membros da igreja onde você é membro, ou de outra Igreja Adventista na cidade, ou em outra cidade.

João está preocupado em que a presença de tais mestres da mentira em nossa casa nos desvie da Verdade que está revelada na Bíblia. E isto acontece. Muitos adventistas do sétimo dia apostataram da fé, por darem ouvidos a mestres do engano, tanto de sua própria igreja, como também de outras denominações religiosas ditas cristãs.

No entanto, João não está aconselhando os cristãos a negarem hospitalidade aos seus irmãos em Cristo, os quais precisam de ajuda e apoio. Receba em sua casa e trate muito bem a todos os seus irmãos em Cristo, desde que eles venham para o ajudar a permanecer firme na fé bíblica. Trate bem seus vizinhos, seus amigos, e ajude a pessoas carentes.  Seja sempre cuidadoso e prudente neste assunto. Não seja ingênuo, abrindo sua casa para hospedar todo tipo de pessoas. A violência está aí, e muitos enganadores podem se fazer de crentes para terem acesso à sua casa. Aja com sabedoria e prudência.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 17 e 18 de setembro.

 

COMUNICAÇÃO PESSOAL

 

Leitura Bíblica: II João 12 e 13.

 

João afirma para seus leitores, os cristãos espalhados pela Diáspora, que ainda muitas coisas especiais tinha para lhes dizer e ensinar, mas esperava ocasião própria, quando estaria visitando as muitas comunidades cristãs da Ásia Menor, e algumas da Europa, para que, "de viva voz", pudesse conversar com eles, lhes ensinando tudo o que aprendera de e com Jesus Cristo, o Senhor da Igreja.

Em todo esse texto da Segunda Carta de João, o Apóstolo se revela um Pastor do Rebanho do Senhor Jesus. Um Pastor zeloso, fiel, cuidadoso, sempre comprometido com a missão que Jesus Cristo lhe confiara, que era cuidar da Igreja, ensinando aos que iam sendo batizados a viverem na doutrina e na ética que Jesus Cristo lhes ensinara, por palavra e exemplo.

Hoje também, Jesus Cristo necessita de líderes cristãos semelhantes a João: fiéis, zelosos e comprometidos com seu ministério. Pastores, anciãos, diáconos, diretores de departamentos, professores da Escola Sabatina, pessoas que sejam responsáveis, zelosas, fiéis, comprometidas com a Fé, com o Amor, com a Verdade e com a Missão. Líderes que não usem o rebanho para proveito próprio, para ficarem ricos às custas dos membros da Igreja. Líderes que estejam dispostos a dar tudo de si mesmos, a fim de verem a Igreja caminhar rumo ao êxito, tendo sempre a Jesus Cristo como Cabeça, e Líder Maior da Comunidade dos Salvos da Nova Aliança. Líderes que aceitem ser liderados por Jesus, e se submetam aos Seus ensinos. Líderes que amem a Verdade, e tudo sofram pela Verdade. Líderes que sejam como Jesus, que Se deu a Si mesmo pela Igreja. Líderes que amem a Igreja. Líderes que gostem de ensinar a Igreja a doutrina bíblica. Líderes que sejam exemplo de fidelidade, de humildade, de bondade e paciência. Líderes que saibam ouvir seus liderados, e estejam prontos para os aconselhar. Líderes que caminhem junto com seus liderados, revelando-se irmãos deles, e não seus "chefes".

 

Pense nisso, você que é líder, em algum nível, na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Pense nas coisas aqui escritas, e nas coisas escritas por João, você que é crente em Jesus, e teve acesso a este comentário e à Lição da Escola Sabatina.

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho



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terça-feira, 8 de setembro de 2009

TEMAS IMPORTANTES EM I JOÃO

Verso para Memorizar:  "Amados, agora somos filhos de Deus; e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê-lO como Ele é." I João 3:2.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA:  Mateus 5:13; João 14:6; Efésios 4:25 a 5:21; I Timóteo 3:15;

I João (toda a carta).

 

INTRODUÇÃO

 

A lição da Escola Sabatina desta semana faz uma revisão geral de toda a Primeira Carta de João. Os temas principais estudados até aqui são revisados e apresentados em uma nova roupagem. João fala de muitas coisas importantes para a vida do cristão, e é bom que o leitor fique atento a tudo o que ele diz e ensina. Nesta lição, será feita menção à DIVINDADE, à IGREJA, à SALVAÇÃO, ao COMPORTAMENTO CRISTÃO e a VERDADES E MENTIRAS. Vamos, pois, estudar esses temas relevantes de I João e tirar para nós todos lições muito preciosas.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 06 de setembro.

 

A DIVINDADE

 

Leitura Bíblica: I João 2:1-2; 2:27; 3:8; 4:8-10; 5:11 e 14.

 

João crê em uma DIVINDADE TRIÚNA, formada por três pessoas distintas: Deus, o Pai; Jesus Cristo, o Filho de Deus; e o Espírito Santo. Logo, João é TRINITARIANO. João escreve: "Ora, a nossa comunhão é com o Pai (Deus-Pai) e com Seu Filho, Jesus Cristo." I João 1:3, última parte. "Pois há três que dão testemunho: O Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um [uma Divindade]" I João 5:7, interpolação nossa. Leia também os capítulos 14 e 16 do Evangelho de João, onde ele destaca a vinda do Espírito Santo, como sendo "outro Consolador", bem como Sua obra entre os humanos.

João cria que a DIVINDADE mantém "comunhão" (grego: koinonia) com os homens (1:3); cria que "Deus é luz" (1:5); Que Jesus é "Advogado" para o crente (2:1) e que Ele é Justo ontologicamente (2:1); que Jesus é nossa "propiciação" –2:2 (sacrifício de expiação); João destaca que "Deus é amor" (4:8), e que todos os que se associam a Deus, e a Jesus Cristo, pela fé, devem viver e praticar o amor em todas as suas relações, quer verticais (com Deus), quer horizontais (com seus semelhantes). João reafirma a idéia da encarnação do "Verbo", mencionada em João 1:1 a 3 e 14, testemunhando de que o "Verbo se fez carne e habitou entre nós" (João 1:14), pois "o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos...e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida" (I João 1:1) é real e verdadeiro, um homem real, em sua plenitude, e não uma aparência de homem, como declaram os gnósticos docetistas. João sabia o que dizia, pois tinha estado com Jesus de Nazaré, o "Verbo" que "Se fez carne e habitou entre nós". 

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 07 de setembro.

 

A IGREJA

 

Leitura Bíblica: Mateus 5:13; I Timóteo 3:15; Efésios 2:21 e 22; I Coríntios 3:16; I João 2:9 a 11; 2:13-14; 2:12 e 18; 3:1; 4:7 e Apocalipse 21:2.

 

Na Bíblia, a IGREJA é comparada, em forma de analogia, com muitas coisas: (1) SAL (Mt 5:13) e LUZ (Mt 5:14) para os moradores da Terra; (2) Coluna e Baluarte da Verdade (I Tm 3:15); (3) Templo do Espírito Santo (I Coríntios 3:16);  (4) Edifício Espiritual (Efésios 2:21 e 22); (5) A Noiva do Cordeiro (Apocalipse 21:2); (6) O Corpo de Cristo (I Coríntios 12:12 a 27).

O termo grego "EKKLÉSIA" é formado pela preposição grega "EK", que significa "de", indicando uma origem, um ponto de partida (como a preposição inglesa "from"); e pelo verbo grego "KLERÔ", que significa "chamar". Numa tradução interpretativa, pode-se afirmar que "EKKLÉSIA" (Igreja) seria, etimologicamente falando, uma comunidade chamada para sair de algum lugar, rumando em direção a outro lugar, conforme a vontade de Deus (como em Apocalipse 18:4). O significado é semelhante à palavra ÊXODO, saída, formada por duas palavras gregas:  ÉK, de, sair de, origem; e o substantivo grego "odós", que significa "caminho". Numa tradução interpretativa, seria uma comunidade que sai de algum lugar, pegando o caminho em direção a outro lugar. Logo, a idéia por trás das palavras "Exodo" e "Ekklésia" são bem parecidas.

A IGREJA é a Comunidade do Povo de Deus na Nova Aliança, salvos pela fé em Jesus Cristo, o Novo Moisés que conduzirá o povo de Deus até à Canaã celestial. A IGREJA, essa Nova Comunidade formada por Jesus, composta de judeus e gentios salvos pela graça de Deus, mediante a fé em Jesus, está vivendo um novo Êxodo, pois caminha em movimento de saída deste mundo, rumando, pela fé em Jesus, e sob a direção do Espírito Santo, para seu eterno destino: Um Novo Céu e uma Nova Terra (Apocalipse 21 e 22). A IGREJA deve ser uma comunidade de SALVOS e de SANTOS, ou seja, pessoas salvas pela graça de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo, e que vivem num processo de santificação.

Quando João fala da IGREJA, ele a trata como se fosse uma FAMÍLIA, pois envia mensagens especiais a todos os membros desta família, chamando-os de "filhinhos". Ele escreve aos "pais" e aos "jovens" (I João 2:12 a 14), incentivando-os a permanecerem na fé em Jesus, amando uns aos outros, e mutuamente se fortalecendo como comunidade salva pela graça de Deus. João entende que o AMOR é a base fundamental para a convivência dos membros desta comunidade chamada IGREJA. Se o amor predominar entre eles, então a IGREJA será uma comunidade vencedora do Maligno. O mesmo escreveu Paulo (Romanos 14 e I Coríntios 13). Eles fazem eco a tudo o que Jesus ensinou a Seus discípulos (leia João 13 e 15).

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia o8 de setembro.

 

SALVAÇÃO

 

Leitura Bíblica: Atos 4:12; Atos 16:31; Romanos 3:21 a 31; Efésios 2:8-9; I João 1:9; 2:1-2; 4:9-10; 5:11 e 12.

 

Em toda a Bíblia Sagrada, do Gênesis ao Apocalipse, SALVAÇÃO é sempre apresentada como sendo um DOM (uma dádiva) de Deus aos humanos pecadores. A SALVAÇÃO da raça humana é sempre obra de Deus, nunca do homem. Toda a iniciativa de operar a SALVAÇÃO do homem pecador partiu da mente de Deus. Deus teve a ideia original e Deus causou a salvação da raça humana. Logo, SALVAÇÃO, em sentido bíblico, é uma ideia e uma ação vinda de cima, de Deus. No sentido bíblico, espiritual, teológico, nenhum homem pecador salva a si mesmo. Cada pecador precisa crer e aceitar sua SALVAÇÃO como vinda de Deus. Esta SALVAÇÃO foi executada na Terra por Jesus Cristo, o Filho de Deus. Esta SALVAÇÃO é recebida mediante a fé em Jesus Cristo. João 14:6; Atos 4:11-12; I João 5:11 e 12.

Paulo escreveu: "Pela graça sois salvos, mediante a fé [em Jesus Cristo]; e isto não vem de vós [pecadores], é dom de Deus; não vem de obras, para que ninguém se glorie." Efésios 2:8-9, interpolações nossas. Jesus declarou: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." João 14:6, grifo nosso. E Pedro proclamou: "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos." Atos 4:12.

João ensinou: "Se confessarmos [a Deus] os nossos pecados, Ele [Deus] é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." I João 1:9, interpolação nossa. PERDÃO DE PECADOS (Justificação) e PURIFICAÇÃO DO PECADO (Santificação), eis o que Deus promete a todos os pecadores que se achegam a Jesus e, arrependidos, com fé viva e confiante, pedem perdão de seus pecados. Deus ouve tal pedido do pecador, perdoa seus pecados, aceita-o outra vez na família de Deus e inicia nele o processo de santificação, que o prepara para viver na presença de Deus e dos anjos. Tudo graciosamente concedido. A morte-ressurreição de Jesus paga toda a dívida, e resgata para a Vida Eterna os pecadores que, pela fé, aceitam a Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Nada que eu faça de boas obras, boas ações, paga o meu resgate da morte eterna. Somente o sangue de Jesus, derramado em morte vicária, substituinte, na Cruz do Calvário, é aceito por Deus-Pai como pagamento do meu resgate. Isto é salvação gratuita, pelo sangue de Cristo. Nunca se esqueça desse fato! Nunca busque SALVAÇÃO em quem e onde jamais a encontrará, incluindo você mesmo(a).

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 09 de setembro.

 

COMPORTAMENTO CRISTÃO

 

Leitura Bíblica: Romanos 12:9 a 21; Efésios 4:17 a 5:21; Efésios 5:22 a 33; Colossenses 3:1 a 25; I João 2:1-2; 3:4, 15, 17, 18; 5:2-3.

 

Três elementos são fundamentais numa vida que está vivendo o processo de SANTIFICAÇÃO: (1) A Fé; (2) a Ética e (3) a Estética. Num cristão, esses três elementos estão vinculados, como mostraremos abaixo:

A FÉ CRISTÃ. Chamamos de FÉ CRISTÃ um conjunto de princípios que norteiam e dirigem nossa vida neste planeta. É um conjunto de CRENÇAS, todas elas firmadas em DEUS e Sua Palavra a nós revelada, a Bíblia Sagrada. Eu creio que Deus existe; eu creio que Deus é o criador do Universo, da Terra e da Raça Humana; eu creio que a raça humana foi criada perfeita, sem pecado, mas pecou contra Deus e se tornou rebelde e infiel; eu creio que SALVAÇÃO do Pecado e da Morte somente é possível mediante a Obra realizada na Cruz por Jesus Cristo; eu creio que Jesus é o Filho de Deus, o "Verbo" que se fez carne; eu creio que Jesus está no Céu, intercedendo pelos crentes, no Santuário Celeste; eu creio que Deus vai submeter todos os pecadores a um julgamento final; eu creio que Jesus voltará à Terra, como prometeu, para buscar Seus discípulos fiéis e punir os humanos infiéis e incrédulos. E por aí vai meu conjunto de CRENÇAS em Deus e na Bíblia.

A ÉTICA CRISTÃ. Chamamos de ÉTICA CRISTÃ um conjunto de valores morais e éticos, vindo da parte de Deus, o Eterno, visando a felicidade e o bem-estar dos crentes, em suas relações verticais (com Deus) e horizontais (com seu próximo). Por vir de Deus, o Eterno, o Absoluto, chamamos de ÉTICA DO ABSOLUTO. Deus ordena, e Seus servos cumprem, sem discutir ou questionar. Um exemplo dessa ÉTICA DO ABSOLUTO, ou ÉTICA CRISTÃ:  Os DEZ MANDAMENTOS (Êxodo 20:3 a 17); o SERMÃO DO MONTE (Mateus 5 a 7); as diversas seções de ensinos éticos e morais presentes nas Cartas Apostólicas, de Paulo, Pedro, Tiago, João e Judas. É exatamente essa ÉTICA CRISTÃ que nos ensina como prosperar no caminho da santificação. A Ética Cristã está vinculada à Fé Cristã, e é dela dependente.

A ESTÉTICA CRISTÃ. Chamamos de ESTÉTICA CRISTÃ um conjunto de posturas comportamentais vinculadas e dependentes da Ética Cristã e da Fé Cristã. Isto é, quem crê em Deus, e aceita a Jesus Cristo como Salvador e Senhor, se submete a viver ética e moralmente conforme ensinado na Bíblia Sagrada; e sua estética, ou postura, diante da vida e das pessoas reflete sua fé e sua ética. Como deve um cristão falar? Como deve um cristão recrear-se? Como deve um cristão vestir-se? Como deve um cristão cuidar-se facialmente? Como deve um cristão proceder quando em sociedade, dentro e fora do templo? E por aí vai o questionamento a respeito de uma ESTÉTICA (postura) CRISTÃ.

 

LIÇÃO DE QUINTA e SEXTA-FEIRAS, dias 10 e 11 de setembro.

 

VERDADE E MENTIRAS

 

Leitura Bíblica: João 8:32; João 14:6; I João 2:4 a 6; 3:19; 4:6; 5:20.

 

Vivemos hoje o que se chama de POSMODERNISMO. Um conceito dominante na cosmovisão ética e moral de nossos dias é que nada é absoluto, pois TUDO É RELATIVO. Segundo este conceito posmodernista, a única coisa absoluta é a relatividade das coisas. Nesse conceito posmodernista, não bíblico, todos os absolutos deixaram de existir. Nesse caso, a idéia de PECADO é algo relativo. Para os relativistas, tudo depende do ponto de vista de alguém. Uma coisa que alguém considera "errada", ou "pecado", pode não ser "errada" nem "pecado" para outra. Já que, ainda segundo os relativistas, nada é absoluto, mas tudo é relativo, não existem coisas absolutamente erradas, nem que seja "pecado" em seu sentido absoluto. Isto é uma verdade absoluta? Ou é uma mentira absoluta?

A Bíblia declara: "DEUS É O JUIZ."  Salmos 75:7. Deus é o Criador do homem. Deus estabelece os critérios de CERTO e ERRADO como valores éticos-morais absolutos para os humanos que Ele criou. E Deus fez isso quando deu a Israel os DEZ MANDAMENTOS. Cada Mandamento desse tem valor absoluto. Quem crê em Deus, e é servo dEle, toma cada um desses mandamentos como tendo valor absoluto, total, e conscientemente obedece a cada um deles. E quando faz isto se sente seguro, bem firmado ética e moralmente, pois sabe que está fazendo o que Deus, o Eterno, mandou. Deus julgará toda a humanidade com base na Lei Moral (Tiago 2:10 a 13), ou na Consciência Moral (Romanos 2:11 a 16). Mas todos os humanos serão julgados pelo Deus do Absoluto.

No passado mais remoto da existência humana sobre a Terra, ainda quando Adão e Eva se encontravam no Jardim do Éden, Deus falou a Adão que não comesse do fruto de uma determinada árvore que existia naquele jardim. E a sentença ou penalidade pela desobediência era: "Porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." Gênesis 2:16-17. Esta era uma VERDADE ABSOLUTA de Deus para a humanidade ali presente: Adão e Eva. Satanás, o anjo rebelado antes chamado Lúcifer, travestido de serpente, mente para Eva, trapaceia com suas ideologias filosóficas sobre Deus e sobre o ato de comer o fruto que Deus proibira, e sentencia uma mentira absoluta: "É certo que não morrereis." Gênesis 3:1 a 6. Satanás era um posmodernista, e ainda é. Para Satanás, tudo é relativo, inclusive pecar contra uma ordem divina. Desde então, a VERDADE de Deus e a MENTIRA de Satanás se contrapõem. A quem a humanidade pecadora ama mais? A Deus e Sua verdade? Ou a Satanás e sua mentira? O mundo tem mostrado, por milhares de anos, que escolheu acreditar na mentira relativista de Satanás, rejeitando assim os absolutos de Deus. E a humanidade está como está, indo de mal a pior em sentido moral e ético. A ética do relativismo é aquela mesma que apregoa que "os fins justificam os meios", a qual é seguida pela maioria dos humanos sobre a Terra.

Jesus declarou: "E conhecereis a VERDADE, e a VERDADE vos libertará." João 8:32. E, no mesmo capítulo, Jesus chama a Satanás de "mentiroso" e "pai da mentira", ou seja, o criador da mentira (João 8:44). Logo, o relativismo ético e moral é invenção de Satanás, o qual nega os absolutos de Deus. O Posmodernismo é criação de Satanás, pois o posmodernismo, relativista, nega a verdade absoluta vinda de Deus, e entroniza a mentira diabólica como sendo de valor absoluto, ao relativizar coisas que jamais deveriam ser relativizadas, especialmente o Pecado.

Cuidado, jovens e irmãos, com a relativização do Pecado. Relativizar o Pecado significa justificar-se pelas obras humanas, justificando os atos pecaminosos, tomando-os como verdadeiros. Toda pessoa que justifica seu pecado está justificando-se a si mesmo e relativizando o erro e a mentira. Rejeita a justificação pela fé em Jesus, e busca justificar-se a si mesmo. Isto é perdição e morte eterna. Que Deus o livre de tal comportamento moral e espiritual.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho



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