terça-feira, 27 de outubro de 2009

DAS MURMURAÇÕES À APOSTASIA

Verso para Memorizar: "Façam tudo sem queixas nem discussões, para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham como estrelas no Universo." Filipenses 2:14 e 15, versão NVI.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Números 11 a 14.

 

INTRODUÇÃO

 

Nenhuma pessoa costuma apostatar da fé do dia para a noite. Acontece um processo lento de deterioração da confiança em Deus, o qual torna-se visível por meio de críticas à Igreja, aos irmãos, aos atos divinos, aos exercícios espirituais, ao culto. A pessoa começa a agir como murmuradora, reclamando de tudo, achando que as coisas na Igreja e na religião poderiam ser melhores. Tal pessoa vê defeito em tudo e em todos. Critica a tudo e a todos. Vê somente os atos falhos dos dirigentes da igreja local, nacional e mundial. Demora-se por muito tempo em observar a vida dos irmãos, criticando-lhes a vida e as atitudes. Torna-se severo juiz de seus irmãos, e emite sentença condenatória para cada um deles. Acha-se superior a seus irmãos em Cristo, e não gostam de estar junto deles; por isso, aliena-se, afasta-se, apostata. Volta para o mundo. Some da igreja. E quando não some, torna-se pedra de tropeço para seus irmãos.

 

Na lição desta semana veremos como milhares de israelitas procederam assim, durante o Êxodo e qual foi o final da vida deles. Não repita, pois, o mesmo erro deles, pois as consequências para você serão piores ainda!

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 25 de outubro.

 

O PECADO DA INGRATIDÃO

 

Leitura Bíblica: Números 11.

 

Quem já recebeu uma ingratidão vinda de uma pessoa amada, que faz parte do círculo familiar ou dentre os amigos mais achegados, sente o quanto a ingratidão doi na alma e no coração. Um pai que recebeu a ingratidão de um filho; uma mãe que já sofreu essa dor aguda; um irmão que cuida de outro irmão e recebe em troca críticas e patadas. Deus sabe o que é receber ingratidão vinda dos humanos moradores do planeta Terra. Jesus Cristo, Deus feito humanidade, sabe o que a ingratidão de Seu povo, Israel, significa. João escreveu sobre Jesus: "Veio para o [aqueles que] era seu, mas os seus não O receberam." João 1:11, interpolação nossa. Quer dor maior do que esta? 

Moisés sofreu muito, durante quarenta anos, a ingratidão dos israelitas. O capítulo 11 do livro de Números registra a consumação dessa ingratidão. IAVÉ havia retirado todo povo de Israel de um cativeiro massacrante. Mais de 400 anos eles haviam passado no Egito, grande parte desse tempo sob o chicote do feitor, sujeitos a trabalhos forçados. Deus os tirou de lá, cuidou deles, foi sobra durante o dia e luz durante a noite; alimentou-os com o pão do Céu; fez sair água da rocha para saciar a sede deles. Deus foi Pai e Mãe para Israel. Como responderam eles a Deus? Com grosseria, patadas, rejeição e recusa a obedecer às leis que Deus estabelecia. Um povo ingrato, rebelde e maldizente, que criticava tudo o que Deus fazia. Criticavam a Moisés; criticavam a Deus. Falavam mal de tudo. Queriam voltar às panelas de carne e às comidas que havia no Egito. Preferiam a escravidão aviltante mais do que a liberdade sob as vistas e cuidados de Deus. Foram uma lástima perante o Senhor por quarenta anos de caminhada. Gente ingrata, rebelde, agressiva, sem educação, sem respeito pelo seu Deus e pelo seu líder Moisés.

Será que as coisas são diferentes hoje, na Igreja Adventista do Sétimo Dia? Será que nossa Igreja, local, nacional e mundial se livrou das pessoas ingratas? Será que nosso povo adventista está curado do ato de murmurar, contra Deus e contra os dirigentes?  Nada disso! A história se repete na vida da Igreja hoje, em todos os lugares. Ingratidão, crítica azeda, má vontade para com Deus, rejeição das ordens divinas, prevalência do "EU"; cada um quer fazer o papel de Deus, e pensa que se fosse Deus faria as coisas de maneira diferente. Repete-se a experiência de Caim, na vida do povo adventista hoje. No ministério, no ancionato, no diaconato, nos departamentos, no meio da membresia prevalece a crítica, a murmuração, a rejeição às ordens divinas. A apostasia corre solta. Cada um na igreja faz o que bem quer, seguindo uma experiência de cristão autônomo, sem querer vínculo nem dependência das normas estabelecidas. E quanto mais dinheiro tem, mais rebelde é, pois confia em sua posição social (e cultural) para desafiar os estatutos e normas da Igreja. Pessoas topetudas, arrogantes, ingratas, cheias de si, orgulhosas, blasfemas, debochadas, cínicas até, muitas delas liderando a Igreja em todos os níveis. O pastorado e o ancionato muitas vezes têm medo dessas pessoas, de sua rede de influência. Muitos dirigentes se juntam a essas pessoas arrogantes e fazem com elas aliança, por causa do dinheiro que elas dão para ocasionalmente para a Igreja. O pecado dos ricos parece significar menos do que o pecado dos pobres. Punem-se os pobres e passam por alto os pecados dos ricos e dominadores. Tudo isto é agir errado e levar a Igreja à apostasia que a corrompe. Tudo isso é ingratidão a Deus. Fere o coração de Deus. Deixa-O triste. A Vinha, que Deus esperava que desse uvas boas, doces, deu uvas bravas, azedas e travosas (leia Isaías 5). Essa Vinha ingrata, que age ao contrário do que Deus espera, foi, no passado, o Israel étnico, nacional. Hoje, a mesmíssima história se repete na Igreja Adventista e nas demais igrejas em geral.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 26 de outubro.

 

PRESSÕES NA LIDERANÇA

 

Leitura Bíblica: Êxodo 32 e Números 11.

 

Os israelitas foram tão duros e agressivos com Moisés, e o criticaram tanto, que Moisés entregou seu cargo a Deus. Ele sentiu a carga pesada demais. E era realmente pesada. Eram quase dois milhões de israelitas. Moisés tinha de cuidar deles em tudo. Pareciam crianças birrentas e brigonas. Imaturos, irreverentes, murmuradores, nada os satisfazia. Se estava quente, queriam frio; se estava frio, queriam calor. Tudo lhes parecia defeituoso. Levantaram para si um ídolo, um "bezerro de ouro", fabricado pelo vice-diretor Arão. Este foi frágil sob pressão. Queria ser um líder politicamente correto, daqueles que tenta agradar a todo mundo na congregação. Ainda hoje há pastores e anciãos assim dirigindo a Igreja. Pessoas que não pensam em servir a Deus com certeza e determinação, mas que estão prontas a seguir a direção da maré. Para onde a multidão se inclinar, aí vai o líder com eles, quando deveria ser exatamente o contrário. Moisés era firme na liderança. Mas trabalhava sozinho. Não havia ainda aprendido a trabalhar em equipe. Foi a partir desse "stress" sofrido por Moisés, depois de ser pressionado de todos os lados, que ele entregou o cargo a Deus. Deus ordenou que fossem escolhidos dentre o povo "SETENTA ANCIÃOS" para ajudarem Moisés a administrar a comunidade de Israel (Números 11:16 a 30). Foi um alívio para Moisés. Ele ficaria com os assuntos mais difíceis, e sua nova equipe resolveria os assuntos mais fáceis.

A Igreja geralmente não vai além nem acima de seu dirigente. Para onde vai o dirigente, a Igreja o segue. Pode haver exceção à regra, mas no geral é assim. Se numa Igreja predomina a apostasia, é porque seus dirigentes mais expressivos estão permitindo que seja assim. Pastores e anciãos têm com Deus o compromisso de serem fiéis à Bíblia Sagrada. "A Bíblia e somente a Bíblia como única regra de fé e prática religiosa", este é um princípio bem evangélico-protestante. O pastor e os anciãos não devem ficar com medo da congregação. Também não devem dominá-la de forma ditatorial. Mas a Igreja precisa saber que tem um líder eficaz, capacitado, cristão sincero, amigo de todos, que leva a sério esse negócio de liderar o povo de Deus. A multidão é como uma criança. As crianças e os adolescentes testam seus pais, para ver até onde eles permitem eles irem. Se nada lhes é dito sobre seus limites, e se estes não são impostos a eles ou negociados com eles, eles vão em frente, e a tragédia é total. O mesmo faz a comunidade com seus líderes. A comunidade os testa, para saber até onde esses líderes os deixam ir sem controle e sem limites. Se os líderes não definem esses limites, nem negociam com eles esses limites, eles vão em frente, passam por cima de sua liderança, a atropelando, e vão em frente, rumo à tragédia espiritual de uma vida saem limites. Em muitas igrejas nossas, hoje, essa tragédia de uma comunidade cristã sem respeitar seus limites já está acontecendo em alguns lugares. Será que em sua igreja local está sendo assim? É bem melhor que não o seja!

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 27 de outubro.

 

CONFLITO FAMILIAR

 

Leitura Bíblica:  Números 12.

 

Os conflitos que Moisés enfrentou, durante o Êxodo, chegaram ao seu círculo mais íntimo, o círculo familiar. Miriã e Arão, irmã e irmão de Moisés, o auxiliavam bastante. Miriam gostava de motivar as mulheres, cantando com elas enquanto caminhavam. Ela fez isto muito bem, logo que, pelo poder de Deus, atravessaram o mar vermelho a pé enxuto (leia Êxodo 14 e 15). Arão foi escolhido por Deus para ser o Sumo Sacerdote em Israel, dando início ao sacerdócio dos levitas. Eram bons líderes, mas nenhum deles estava no mesmo nível de Moisés.

Quando Moisés fugiu do Egito para Mídia (leia Êxodo 3), ele achou abrigo junto à família de Jetro, sacerdote de Mídia, homem íntegro, que negociava com rebanhos de ovelhas. Jetro não era israelita. Logo, Moisés casara com uma mulher não israelita chamada Zípora. Esta deu a Moisés dois filhos. Durante o Êxodo, Zípora e as crianças tinham ficado em Mídia, com seu pai. Agora, quando Jetro veio visitar Moisés no deserto, trouxe-lhe a esposa e os dois filhos para ficarem com ele. Agora Moisés tinha de volta sua família, a qual não era até ali conhecida de Arão e de Miriã. Quando Jetro aconselhou Moisés a escolher uma equipe de homens para ajudá-lo a administrar todas as questões em Israel, deixando de levar o fardo sozinho, Moisés aceitou o conselho de Jetro, depois de consultar ao Senhor (leia Êxodo 18). Isto provocou ciúmes em Miriã e Arão. Um homem não israelita dá conselhos a Moisés, sobre como liderar Israel, e Moisés aceita, fazendo exatamente como ele dissera. Miriã e Arão achavam que eles já ajudavam bastante a Moisés, e não havia necessidade da nomeação de novos líderes. Afinal, eles vieram fazendo seu trabalho junto com Moisés desde o Egito. Então Miriã e Arão se juntaram para criticar Moisés, porque este casar-se com uma mulher não israelita, uma mulher cuxita. E o pai dessa mulher, também não israelita, exerce influência forte sobre Moisés no que se refere à administração da comunidade de Israel. Foram críticas duras e amargas de seus próprios irmãos, que Moisés sofreu. "Eles diziam: "Ele pensa que é o único líder aqui? Ele pensa que Deus fala somente com ele? "Porventura tem falado o Senhor somente por Moisés? Não tem falado também por nós?" (Números 12:2).

Deus não gostou nada das observações maldosas feitas por Miriã e Arão contra seu irmão Moisés, e os puniu com severidade. Deus mandou que os três irmãos saíssem de suas respectivas tendas, e lhes falou o seguinte: "Ouvi, agora, as minhas palavras; se entre vós há profeta, eu, o Senhor, em visão a ele Me faço conhecer, ou falo com ele em sonhos. Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente, e não por enigmas, pois ele vê a forma [não a face] do Senhor; como, pois, não temestes falar contra o meu servo? Contra Moisés?" (Números 12:6 a 8). Então o Senhor Deus se afastou na nuvem, e Miriã ficou leprosa durante sete dias. Ela foi afastada do arraial, como mandava as leis de saúde, e ficou detida fora do arraial de Israel por sete dias. O mesmo não ocorreu a Arão por ser ele o Sumo Sacerdote, e não poder ficar imundo com a lepra. Também o fato de a punição mais forte vir sobre Miriã revela que ela iniciou a rebelião contra Moisés, seu irmão. Era mulher com ciúme de mulher.

Esses ciúmes também acontecem na Igreja, quando alguém recebe um cargo que era pretendido por outro irmão. Então ele passa a desenvolver a operação cupim, destruindo a honra e a obra que o irmão foi comissionado pela Igreja realizar. Isto é pecado diante do Senhor, e não ficará impune.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 28 de outubro.

 

NA FRONTEIRA

 

Leitura Bíblica: Deuteronômio 1:19 a 23. Números 13.

 

Em muitos países, a região de fronteira é terra de ninguém. Os piores crimes ocorrem exatamente na área de fronteira entre um Estado e outro, entre um país e outro.

Ao chegarem à fronteira de Canaã, a terra da promessa, Israel acampou. Deus mandou Moisés escolher doze homens, um de cada tribo, para visitarem a terra onde iriam morar. Deveriam eles fazer um relatório completo de sua visita ali, como espias, e trazer alguns frutos que a terra produzia. Eles teriam quarenta dias para realizarem esta missão de espionagem.

Passados os quarenta dias, os doze israelitas retornaram ao acampamento, trazendo consigo exemplares de frutos da terra espionada, frutos muito bonitos, os quais revelavam que a terra onde iriam habitar era um lugar fértil e produtivo de boas colheitas. Isto os deixou alegres. Era uma cena muda. Os israelitas que lá não estiveram olharam os frutos e se alegraram. O problema sério começou quando os espias começaram a falar a Moisés e ao povo, dando seu relatório. Exaltaram a fertilidade do solo e apontaram para os frutos ali produzidos. Mas quando começaram a falar sobre os moradores da terra espionada, e de suas cidades fortificadas e muradas, multiplicaram acentuadamente as dificuldades que encontraram, realçando a impossibilidade da conquista de Canaã. Ao ouvir todo o relatório, praticamente toda (nem sempre é todo mundo, como alguns pensam) a congregação de Israel caiu em choro total. Com as lágrimas vieram as críticas; com as críticas as agressões verbais; com as agressões, as agressões físicas. Quase que eles trituram Josué e Calebe, por estes concordarem com o relatório deles somente em parte, e por tentarem animar o povo a ter fé em Deus. Voltaram sua ira sobre Moisés, e fizeram deste seu alvo preferido, como havia acontecido desde o Mar Vermelho até ali. Choravam e se maldiziam, rogando pragas contra Moisés; se maldiziam e choravam, maldizendo Moisés. Virou tumulto total. Os ânimos ficaram acirrados, e ninguém entendia ninguém. A multidão ficou incontrolável, e explodiu em revolta: contra Josué e Calebe, espias que não concordaram com a totalidade do relatório; contra Moisés, que os tirara do Egito; contra Deus, que mandara Moisés os tirar do Egito; contra eles mesmos, por terem confiado em Moisés e em Deus, e terem saído do Egito.

Josué e Calebe, dois homens crentes, fiéis a Deus e a Moisés, líderes natos, homens de honra, corajosos, audazes pelo Senhor, não tiveram medo de não serem politicamente corretos. Eles sabiam que corriam risco de vida, ao ficarem contra os dez outros espias e contra a turba revoltada, mas não deixaram de fazer o que é certo por causa disso. Eles não agiram como um "Maria-vai-com-as outras", sem convicção pessoal, sem saber o que queriam da vida e para a vida. Eles se levantaram por Moisés e pelo Senhor, e repreenderam os medrosos e maldizentes, reafirmando sua fé no Deus Eterno. Foi um lindo espetáculo de fé que Josué e Calebe proporcionaram a uma congregação apóstata, murmuradora e incrédula. Estes, sim, eram líderes confiáveis e determinados. Nada os fazia negar a verdade.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 29 e 30 de outubro.

 

DE VOLTA PARA O EGITO

 

Leitura Bíblica:  Números 14.

 

Ao ouvirem o relatório dos espias, os agitadores de plantão, presentes no acampamento de Israel, se aproveitaram logo da situação e agitaram ainda mais a ira do povo contra Moisés. Era gente recalcada, enciumada de Moisés, pessoas perigosas, não confiáveis, linguarudas, críticas, pessoas que passavam o dia andando pelo acampamento e anotando as coisas erradas que aconteciam, para iniciarem um movimento de contestação a Moisés e aos dirigentes a este associados. Foram exatamente esses agitadores em Israel que se aproveitaram do tumulto, da confusão, do caos que reinou no acampamento por algum momento, para insuflarem a contenda e a murmuração, multiplicando o sentimento de revolta, e propondo uma solução alternativa à da conquista de Canaã, que era a proposta original de Deus: "Voltemos todos para o Egito, pois lá nós somos escravos mas continuamos com vida. Não sigamos mais a este Moisés, pois ele está confuso, já deu o que tinha de dar, e não tem mais liderança sobre nosso povo. Venham conosco, e conduziremos vocês às panelas cheias de carne, aos pepinos, às tranças de alho, às casas de barro. Venham conosco e trataremos vocês de maneira bem melhor, atendendo aos reclamos de cada um de vocês." E espalharam seu veneno de revolta no coração da multidão de israelitas confusos e desorientados naquele momento decisivo. Uns gritavam; outros choravam; outros se descabelavam. Ninguém entendia ninguém. E os agitadores riam na face de Moisés, o riso cínico de homens maus, crueis e perversos, homens que não se aliam a Deus, no meio do seu povo, mas usam o povo para alcançarem seus intentos malignos. Deus viu por algum tempo toda aquela confusão no arraial de Seu povo, e ouviu as murmurações deles, por não terem entendido bem o propósito de Deus. Em momento algum, desde que os tirara do Egito, IAVÉ havia dito a Israel que este iria sair vencedor na conquista por sua própria capacidade de guerrear. Israel não era um povo guerreiro, armado até aos dentes. Eles eram pastores e agricultores. Não foram treinados na arte da guerra. Deus lutaria por Israel e ganharia a batalha. Levar Israel do Egito para Canaã era obra de Deus, não de Israel. Os israelitas deveriam viver pela fé. "O meu justo viverá por sua fé", diz o Senhor ao profeta Habacuque (Habacuque 2:4). Deus faria a obra de salvar, e Israel, pela fé, aceitaria com louvor e ação de graça a obra libertadora do Senhor. Mas Israel era povo incrédulo; não creu na promessa e na ação de Deus. Por isso eles disseram, rosto cheio de lágrimas e coração angustiado: "Tomara [seria melhor que] tivéssemos morrido na terra do Egito, ou mesmo neste deserto! E por que nos traz o Senhor a esta terra, para cairmos à espada, e para que nossas mulheres [quem estava contestando a Deus e a Moisés eram os homens, chefes de famílias] e nossas crianças sejam presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito? E diziam [os agitadores] ao povo: Levantemos um capitão, e voltemos para o Egito." Números 14:2 a 4, interpolação e comentários nossos.

Moisés e Arão se ajoelharam diante deles, choraram também e clamaram a Deus por socorro naquela hora tão difícil. Josué e Calebe, dois homens de Deus, se levantaram naquele momento, com perigo para a própria vida, rasgaram suas vestes em sinal de tristeza e luto, e gritaram para o povo rebelado: "A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muitíssimo boa. Se o Senhor Se agradar de nós, então nos fará entrar nessa terra [o Senhor fará a obra, não nós], e no-la dará, terra que mana leite e mel. Tão somente não sejais rebeldes [incrédulos, sediciosos] contra o Senhor, e não temais o povo dessa terra, porquanto, como pão, os podemos devorar; retirou-se deles o seu amparo; o Senhor é conosco [não com eles]; não temais." Números 14:6 a 9, interpolações e comentários nossos.

O povo ouviu, mas continuou incrédulo. Os agitadores logo entraram em ação, e mandaram apedrejar Josué e Calebe (14:10).

Então o Senhor Deus, que estivera calado até aí, interveio em favor dos Seus servos fiéis. Deus revelou de imediato o que iria fazer àqueles revoltosos, e àqueles agitadores: "Disse o Senhor a Moisés: Até quando me provocará este povo e até quando não crerá em mim, a despeito de todos os sinais que fiz no meio deles? Com pestilência [doenças, pragas, dores e sofrimento] o ferirei e o deserdarei [não serão mais Meu povo]; e farei de ti [de Moisés] povo maior e mais forte do que este." Números 14:11 e 12, interpolação e comentários nossos.

Moisés ficou muito triste. Ele amava seu povo, e queria ver a todos eles vitoriosos, habitando seguro em Canaã, prosperando naquela terra. Moisés não estava interessado em gerar um povo que substituísse a Israel. Então ele chorou e clamou diante do Senhor, pediu perdão e misericórdia, e que o Senhor desse a Israel uma nova chance, por Sua Graça e Favor. Deus aceitou a intercessão de Moisés, mas puniu com a morte os agitadores e toda a geração que, naquele momento, tinha mais de vinte anos de idade. Somente Josué e Calebe, os homens fiéis, crentes autênticos, o Senhor poupou, dentre os mais velhos. Também sentenciou que todo o Israel, sem exceção, ficaria rodeando aquela terra desértica durante quarenta anos, até que a geração acima de vinte anos morresse. E assim se fez.

Há agitadores em sua igreja local? Há os incentivadores de motins? Há pessoas que visitam os irmãos em suas casas para falar mal da liderança da igreja? Vocês costumam reunir-se no sábado à tarde para criticar os líderes da igreja? Vocês se reúnem em suas chácaras, no domingo, e em meio a churrasco e uma partida de futebol aproveitam para falar mal do pastor e da liderança da Igreja? Vocês gostam de realizar na igreja a famosa "operação cupim", "comendo" silenciosamente, de maneira furtiva, a autoridade e a liderança de irmãos seus que estão tentando fazer o seu melhor para o êxito da igreja? De que lado você se posiciona na sua igreja: do lado dos agitadores, críticos, murmuradores e proponentes de formas alternativas de liderar a igreja? Ou do lado de quem está fazendo o seu melhor para o Senhor? Quem é você em todo esse processo? Está contente com a maneira como está agindo? Está certo de que Deus está com você nesta maneira de proceder? 

 

Pense com sinceridade e honestidade nestes questionamentos. Se precisar mudar de procedimento, mude enquanto é tempo, e a Graça de Deus lhe é favorável, pela intercessão do Espírito Santo aqui na Terra e pela intercessão de Jesus no Santuário Celeste.  Estou orando por você. Ore também por mim!

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho



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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

TROMBETAS, SANGUE, NUVEM E FOGO

 

 

Verso para Memorizar: "Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado."  I Coríntios 5:7, NVI.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Êxodo 12:1 a 29; Números 9 e 10; Mateus 26:36 a 43; Lucas 22:15, 19 e 20; I Coríntios 5:7-9.

 

A PÁSCOA foi estabelecida por Deus no dia da saída de Israel do cativeiro no Egito (Êxodo 12). Tornou-se a maior festa religiosa em Israel. A idéia por trás da palavra PÁSCOA é PASSAGEM. Na língua inglesa, a palavra hebraica páscoa é "Passover", isto é, "passe adiante", numa tradução ao pé da letra. Podemos atribuir à ideia por trás da palavra alguns significados homiléticos: (1) "Passe adiante", em referência ao anjo vingador, que foi enviado ao Egito para matar todo filho primogênito, na décima praga enviada por Deus. Toda casa onde fora aplicado o sangue do cordeiro na porta, o anjo deixava em paz, e passava adiante. (2) "Passe adiante", ou "Avance!", foi a ordem de Deus a Moisés e aos israelitas; eles deveriam por a bagagem nas costas, comer o cordeiro pascal, e iniciar a caminhada rumo à liberdade. (3) "Passe adiante", "avance!", foi a ordem de Deus a Moisés, durante a provação junto ao Mar Vermelho, quando os israelitas viram os carros de Faraó e tiveram medo. O povo pressionou Moisés; este clamou a Deus; e o Senhor disse a todos eles: "Avancem!" ("Diga ao povo que marche!"). (4) Todo o Israel teria de fazer a PASSAGEM da Antiga Aliança para a Nova Aliança, com a chegada a Israel do Messias-Cristo ("o Ungido") enviado por Deus para libertar e salvar o povo do Concerto. Esta passagem deveria ser feita mediante a fé em Jesus Cristo, aceitando-O como sendo o Novo Moisés, que iria fazer com eles essa passagem do velho e caduco Concerto, para o Novo Concerto, feito no sangue do Messias. (5) Todos os que aceitam Jesus, pela fé, como Salvador e Senhor, devem ser batizados em água, publicamente, revelando a todos que nasceram de novo, pois passaram da velha vida de oposição e rejeição a Deus, para a nova condição de discípulos e servos de Jesus Cristo. Jesus disse isto a Nicodemos: "Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino do Ceu." João 3:3. E Paulo escreveu: "Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram, eis que se fizeram novas." II Coríntios 5:17. (6) A IGREJA, como Comunidade dos Salvos da Nova Aliança, é uma comunidade em movimento de retirada, um movimento de passagem por este mundo, um novo Êxodo, liderado por um novo Moisés, Jesus Cristo, o qual nos conduz através desse cansativo deserto de dor e pecado, e nos leva para a Nova Canaã, a Nova Jerusalém. Quem garante nossa PASSAGEM, em todos os casos, é o SANGUE DO CORDEIRO. Jesus transformou a Páscoa em uma Santa Ceia, para os cristãos. O Pão sem fermento representa a vida de Jesus, uma vida sem pecado. O Vinho, suco de uva integral, não fermentado, representava o sangue de Jesus, derramado na Cruz, para remissão e pagamento de nossos pecados e culpas (leia Mateus 26:26 a 30; I Coríntios 11:17 a 29). Jesus é a nossa Páscoa, nossa Passagem para a liberdade e para a vida eterna. Celebremos, pois, em contínuo louvor, a Jesus Cristo, nosso Libertador, Guia e Rei, o qual nos dará um final feliz.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, 18 de outubro.

 

"EM MEMÓRIA DE MIM"

 

Leitura Bíblica: Êxodo 12; Números 9:1 a 5; Mateus 26:26 a 30; I Coríntios 11:17 a 29.

 

A Páscoa era essencialmente uma festa judaica. Deus ordenou a Moisés:

 

"Celebrem os filhos de Israel a Páscoa a seu tempo. No dia quatorze deste mês (o  primeiro mês do ano judaico), ao crepúsculo da tarde, a seu tempo a celebrareis; segundo todos os seus estatutos e segundo todos os seus ritos a celebrareis." Números 9:4 e 5.

 

A Páscoa era a maior e mais destacada festa do calendário religioso em Israel. A Páscoa era celebrada uma só vez ao ano, e durava sete dias de comemoração, pois começava no dia 14 do primeiro mês e seguia acontecendo até ao dia 21 do mesmo mês. Durante esse período, era proibido a todo israelita fazer uso de pão fermentado em suas residências. Era também chamada a festa dos pães asmos, sem fermento. Fermento estava associado ao pecado. Era tempo de consagração, celebração e santificação. Era um feriado nacional. O dia 14 seria um Sábado Cerimonial, litúrgico, de celebração anual. Diferente do Sábado semanal, o sétimo dia de cada semana, também dia santo. Este sábado cerimonial, litúrgico, era uma data fixa, mas o dia da semana variava. Era o dia 14 do primeiro mês, e esta data poderia cair em qualquer dia da semana, assim como o nosso dia 7 de setembro, dia em que celebramos a data da Independência do Brasil. Eles comemoravam anualmente a data de sua independência, sua libertação do jugo egípcio. O Sábado do sétimo dia, que se repete a cada fim de semana, o sétimo dia, celebra um ato cósmico, universal, realizado por Deus: a Criação da Terra e da raça humana. Independe de celebração étnica ou nacional. Celebra Deus e Sua ação criadora no Universo, uma ação cósmica. É dirigido, como dia de celebração e comemoração, a toda a raça humana em geral. Eis algumas diferenças do "sábado" anual, litúrgico, que celebrava o que Deus fez a Israel como nação; para o Sábado semanal, o qual celebra um ato de Deus para toda a Terra e para toda a raça humana, independente de questões étnicas, sociais, políticas ou nacionais.

 

Quando Jesus convidou Seus Doze Apóstolos para celebrarem a Festa da Páscoa, estava Ele honrando a Lei dada a Israel. Jesus era um israelita. Os Doze Apóstolos era todos israelitas. Jesus cumpriu a Lei e celebrou a Páscoa nos moldes judaicos. No entanto, Jesus aproveitou a Festa da Páscoa, para fazer diante deles a PASSAGEM do antigo para o novo. A partir daquele dia, eles celebrariam a Páscoa não mais matando um cordeiro e comendo a carne deste. Jesus transformou a Páscoa da Antiga Aliança na Santa Ceia, na Nova Aliança. Esta celebração da Santa Ceia, disse Jesus, deveria ser composta de dois atos bem definidos e específicos: (1) A Cerimônia do Lava-pés; (2) a Ceia do Senhor, propriamente dita, na qual fariam uso de (a) Pão, sem fermento; e (b) Vinho de uva, também não fermentado, não alcoólico. A ideia por trás da Santa Ceia era a mesma ideia por trás da Páscoa: Passagem. Passar deste mundo para a eternidade, caminhando sempre pela fé (confiança e dependência) em Jesus. A caminhada da libertação, da salvação, da vitória sobre tudo o que o pecado faz e representa. "Sai dela, povo meu!", eis o brado do Apocalipse (Ap 18:4). A Páscoa era celebrada uma só vez por ano, em Israel. Jesus não estabeleceu nos Evangelhos uma data (dia e mês do ano corrente) fixa para a celebração da Ceia do Senhor. Algumas igrejas a celebram uma vez por mês; outras igrejas a celebram trimestralmente; e outras, semestralmente. Quando sua igreja local celebrar a Ceia do Senhor, não fique de fora da celebração. Junte-se a seus irmãos na fé, e comemore com eles a Ceia do Senhor. Faça uma revisão da vida espiritual; faça os ajustes espirituais e correção de rumo de vida que sejam necessários. Apresente-se diante do Senhor depois de clamar pelo perdão de seus pecados e pureza de vida. Jesus Cristo está esperando por você para celebrarem juntos a Ceia do Senhor. Não fique de fora desta celebração.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 19 de outubro.

 

A PRESENÇA GUIADORA

 

Leitura Bíblica: Números 9:15 a 23.

 

"No dia em que foi erigido o tabernáculo, a nuvem o cobriu, a saber, a Tenda do Testemunho; e, à tarde, estava sobre o Tabernáculo uma aparência de fogo até à manhã. Assim era de contínuo [diariamente]: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo. Quando a nuvem se erguia de sobre a tenda, os filhos de Israel se punham e marcha; e no lugar onde a nuvem parava, aí os filhos de Israel se acampavam."  Números 9:15 a 17.

 

Israel era um povo guiado diária e diuturnamente por IAVÉ. Cada israelita, ali no acampamento no deserto, sabia que a presença de Deus entre eles era uma constante. Mediante o erguer-se ou o pousar da nuvem, Israel sabia o que deveria fazer. Caminhar ou parar de caminhar, tudo era feito sob a supervisão divina. Deus estava no comando da ação. Nenhuma outra nação da Terra teve este privilégio; somente o Israel que viveu o tempo do Êxodo do Egito para Canaã. De dia, o sol escaldante do deserto era amenizado pela sombra benfazeja da nuvem protetora e guiadora; à noite, a coluna de fogo servia de luz e provedor de calor para que eles não morressem pelo frio da região.

Quando Jesus subiu de volta para o Céu, Ele enviou para a Igreja, como presença contínua e benfazeja, o Consolador, o Espírito Santo. Cada crente fiel a Jesus sabe que o Consolador divino está com ele, e sabe que pode contar com a presença e obra do Espírito Santo para viver o Evangelho e cumprir a missão evangelizadora na Terra. Paulo escreveu sobre este assunto: "E se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dEle." Romanos 8:9, última parte.  E ensina mais o Apóstolo aos gentios: "O próprio Espírito testifica [testemunha] com o nosso espírito [mente espiritual] que somos filhos de Deus." Romanos 8:16, interpolação nossa. E diz mais Paulo: "Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar [clamar, pedir, dialogar com Deus em espírito] como convém; mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos [com sons, palavras, um modo de comunicação entre os membros da Trindade Celeste] inexprimíveis." Romanos 8:26, interpolação e comentários nossos. O Espírito Santo de Deus é a Luz que guia o povo de Deus, hoje, através do perigoso "deserto" deste mundo, cheio de perigos, tentações e armadilhas satânicas. E como o Espírito Santo nos guia hoje? (1) Convencendo-nos a confiarmos totalmente em Jesus (João 5:39 e 40; João 16:13-14), aceitando-O como o Novo Moisés que vai atravessar conosco esse "deserto"; (2) inspirando-nos a estudar diariamente a Bíblia Sagrada, pois a Bíblia revela ao crente os planos, vontade e propósitos de Deus, pois os escritores dos livros da Bíblia foram movidos e inspirados pelo Espírito Santo, no passado, para escreverem o texto sagrado (leia II Pedro 1:19 a 21; Romanos 15:4); (3) Motivando-nos, treinando-nos e nos habilitando para o cumprimento da Missão evangelizadora no mundo (leia Atos 1:8); (4) Convencendo as pessoas do mundo inteiro sobre questões existenciais e de vital importância para o destino eterno de cada pessoas: "Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo" (João 16:8; leia também os versos 9 a 12). (5) Intercedendo pelos crentes, transformando a linguagem deles, fraca e defeituosa, quando oram, na linguagem compreendida pela Divindade. Portanto, caros irmãos em Cristo, "não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção" Efésios 4:30.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 20 de outubro.

 

AS TROMBETAS DE PRATA

 

Leitura Bíblica: Números 10:1 a 10.

 

A corneta serve para dar ordem de comando a um grupo de pessoas. Quem serviu ou serve às forças armadas de um país; ou quem serve a um batalhão militar da polícia, entende muito bem os diversos e variados toques da corneta, ou trombeta.

Quando eu era adolescente, e estava concluindo o antigo Curso Ginasial, em Garanhuns (PE), toquei corneta na banda marcial do Ginásio Industrial onde eu estudava. Isto me dava muito alegria, especialmente quando chegava o Dia Sete de Setembro, e nós desfilávamos garbosamente vestidos pelas ruas principais da cidade, passando diante do palanque onde se encontravam as principais autoridades civis, militares e eclesiásticas. No ano seguinte, o moço que comandava a banda marcial se afastou da função, e o diretor do colégio me nomeou como corneteiro oficial da banda, aquele que iria comandar a banda marcial por todo o desfile. Gastamos muitos dias treinando os principais toques de comando. Todos na banda marcial precisavam entender cada um dos toques de comando, para poder executá-lo com segurança. Não podia haver erro. Aquela banda marcial iria guiar todos os alunos do colégio durante o desfile. Lembro-me que, naquele ano em que comandei a banda marcial, desfilamos em Garanhuns pela manhã, e, à tarde, fomos com a banda para Caetés, cidade onde nasceu o Presidente Lula, para comandar o desfile ali, puxando todas as escolas municipais e estaduais. Foi um dia cansativo, mas todos retornaram da viagem muito contentes pela lição de civilidade e patriotismo que deram.

Em Israel, durante a caminhada do Êxodo, todos os comandos deveriam ser dados por trombetas. Cada toque tinha um significado diferente. O povo deveria ser treinado a ouvir os toques e distinguir o significado de cada um deles. Eles caminhavam rumo a Canaã como se fosse um exército em marcha, rumo a um propósito definido. E assim o era.

 

"Disse mais o Senhor a Moisés: Faze duas trombetas de prata; de obra batida as farás; servir-te-ão para convocares a congregação e para a partida dos arraiais. Quando tocarem, toda a congregação se ajuntará a ti à porta da Tenda da Congregação [o Santuário]. Mas quando tocar uma só, a ti se ajuntarão os príncipes, os cabeças dos milhares de Israel. Quando as tocardes a rebate, partirão os arraiais que se acham acampados do lado oriental. Mas quando a segunda vez as tocardes a rebate, então partirão os arraiais que se acham acampados do lado sul; a rebate as tocarão para as suas partidas. Mas se se houver de ajuntar a congregação, tocá-la-eis, mas não a rebate. Os filhos de Arão, sacerdotes, tocarão as trombetas..."  Números 10:1 a 8.

 

Tudo ali era feito com ordem. Havia ordem e sequência para tudo. Se não o houvesse, aquele acampamento gigantesco, com quase dois milhões de pessoas, viraria um caos, uma bagunça. E Deus sabia que seria assim. Daí as instruções para que as atividades diárias se processassem ordenadamente, sem tumulto, sem desordem, sem bagunça. O mesmo deve ser na igreja local. Tudo deve ser feito ordenadamente, sem tumulto, sem bagunça.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 21 de outubro.

 

"E NOS SERVIRÁS DE GUIA"

 

Leitura Bíblica: Números 10:29 a 32.  Mateus 26:36 a 43.

 

Hobabe era um habitante do deserto de Mídia. Ele conhecia aquele terreno como a palma de sua própria mão. Era ele um pastor de ovelhas, acostumado a andar com seus rebanhos horas a fio à procura de água no deserto. Hobabe era cunhado de Moisés, filho de um criador de ovelhas chamado Reuel, o qual recebeu Moisés em suas tendas, quando este fugiu de Faraó, rei do Egito, ao ser descoberto seu crime contra um egípcio. Reuel, também conhecido como Jetro (leia Êxodo 18). Ele deu a Moisés sua filha mais velha, para que Moisés com ela se casasse.

Hobabe rejeito de pronto o convite de Moisés para caminharem juntos pelo deserto, rumo a Canaã. Hobabe não queria viver aquela agitação de conviver diariamente com tanta gente, ele que estava acostumado à solidão do deserto, cercado somente de ovelhas. Também ele não queria compromisso na obra de Deus. Hobabe representa, na Igreja, aqueles que estão sempre saindo pela tangente, fugindo da missão que Deus lhes confiou. São aqueles que não querem se comprometer com a Igreja e com a Obra divina na Terra. Querem ser cristãos livres e soltos, sem amarras de funções e compromissos eclesiásticos, livres para procederem sem vigilância e sem acompanhamento de ninguém. São os famosos cristãos autônomos, que não se submetem à liderança de nenhum servo de Deus, quer seja pastor, quer seja ancião de igreja. Agem por conta própria e não prestam contas a ninguém. Essas pessoas soltas, sem compromisso na Igreja, são um perigo para si mesmas e para a própria igreja local, onde eles às vezes assistem.

Moisés apelou para Hobabe: "Ora, não nos deixes, porque tu sabes que devemos acampar-nos no deserto; e nos servirás de guia. Se vieres conosco, far-te-emos o mesmo bem que o Senhor a nós nos fizer." Números 10:31 e 32.  O silêncio do restante do texto em relação a Hobabe dá a entender que ele aceitou o pedido de Moisés e seguiu junto ao povo de Israel, para lhe servir de guia pelo deserto.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRA, dias 22 e 23 de outubro.

 

INDO PARA O LAR

 

Leitura Bíblica: Números 10:11 a 36.

 

O paraibano José Américo de Almeida foi ministro de Getúlio Vargas. Devido aos seus afazeres no Rio de Janeiro, antiga capital do Brasil, José Américo demorou um longo tempo para voltar à Paraíba, sua terra natal. Finalmente chegou o dia feliz em que ele iria retornar à sua querida terrinha. Ao chegar a João Pessoa, capital da Paraíba, em discurso sentimental, entre outras coisas importantes ele disse: "Voltei... E ninguém se perde no caminho da volta!"

 

Os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó havia descido para morar no Egito fazia já mais de quatrocentos anos. Desceram para ali numa comunidade de cerca de setenta e cinco pessoas. Viveram no Egito as delícias da administração de José, seu irmão, filho, tio, etc. Agora José estava morando no Egito, e era o Governador de todo aquele grande reino. Tudo o que José ordenava o povo fazia. Os egípcios, a começar do rei, Faraó, amavam José, pois ele fora o salvador da Pátria, em tempos de vacas magras, literalmente falando, e simbolicamente falando. Mas esses dias de delícias, de ser irmão do chefe, passaram rapidamente. José morreu. Outros faraós vieram e governaram o Egito, e José tornou-se apenas um nome que ia-se perdendo na poeira do tempo. Vieram, então, os anos de chumbo para os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó/Israel. Agora, quatrocentos anos depois, eles eram uma imensa multidão de quase dois milhões de pessoas. As costas dos homens eram marcadas pela ação do sol escaldante, pelas marcas do chicote dos capatazes violentos, e pelo andar encurvado pelos anos seguidos de serviços pesados, carregando barro, fazendo tijolos, carregando imensas pedras para as construções das pirâmides, glória dos faraós, penúria dos israelitas escravizados. Tudo era difícil para eles. E mais difícil ainda ficou quando aquele homem, Moisés, saído não se sabia exatamente donde, volta para o Egito, quarenta anos depois de viver principescamente em palácio real, vivendo como se fora filho de Faraó, e tendo fugido de uma hora para outra, perdendo-se no deserto longínquo. Aquele Moisés, e seu irmão Arão, foram falar com Faraó, pensando que o rei seria tolo para deixar livres seus produtivos escravos israelitas. Agora que Moisés falara com Faraó, as coisas ficaram piores e mais difíceis, e o chicote dos capatazes se fazia ouvir e sentir mais continuadamente, vergateando as costas nuas daqueles israelitas infelizes e sofredores. Finalmente, Moisés venceu, dobrando a pertinácia e dureza de coração de Faraó. Agora parecia que as coisas mudariam para melhor. Nove pragas já haviam caído sobre o Egito e sobre os egípcios, e eles, os descendentes de Abraão, nada sofreram dessas pragas vindas de Deus. Agora chegou a hora de partir. A última praga estava para cair sobre os primogênitos dos egípcios. Convinha matar o cordeiro pascal, e pincelar seu sangue nas vergas das portas da casa, para que o anjo vingador passasse adiante, e não matasse um primogênito sequer em Israel. Era o retorno para casa. Volta ao lar! Muita alegria começou a ser vivida por todos eles. Seria a liberdade! Seria livrar-se daquele jugo cruel e torturante. Deus iria à frente deles, e não havia por que errar o caminho. Pois ninguém se perde no caminho da volta, como declararia, centenas de anos depois, José Américo de Almeida. Porém as coisas não aconteceram assim. Milhares deles se perderam no caminho da volta, por se desviarem do caminho traçado por IAVÉ para eles. Milhares seguiram atalhos perigosos, os quais jamais os conduziria outra vez ao lar. Milhares abandonaram a liderança de Deus e de Moisés, e se tornaram autônomos, seguindo caminhos alternativos de salvação. Salvação sem Deus. Salvação sem Moisés e sem os profetas de Deus (a Bíblia Sagrada). Salvação junto com ídolos mudos, adorando os corpos celestes, as forças da natureza e os animais da terra. Salvação humanista, o caminho de Caim.

Hoje, em nossa caminhada deste mundo para a Canaã celeste, muitos que se dizem cristãos estão agindo exatamente como agiram aqueles israelitas do Antigo Testamento, os quais viveram o Êxodo no deserto. Desviam-se da liderança indicada por Deus; desviam-se dos conselhos e instruções dados por Deus; fecham seus ouvidos para não ouvirem o toque certo da trombeta de Deus, e passam a seguir o toque profano e desviador de outras trombetas, seguindo caminhos de perdição. Alguns começaram a caminhada caminhando bem, ouvindo e seguindo o toque certo da trombeta de Deus. Mas, depois de algum tempo, tornaram-se surdos à trombeta divina, e passaram a seguir as trombetas do maligno, as quais chamam os moradores deste mundo às suas marchas e contra-marchas, às suas danças, festas, folguedos e celebrações de seus ídolos que levam à ruína moral e à destruição eterna.

Que sons você tem ouvido ultimamente, meu irmão? Você ainda consegue ouvir o som da voz de Deus, chamando você às santas convocações de seu povo, quer no Sábado, quer em outros dias de festas para o Senhor? Você ainda consegue ouvir o som das trombetas de Deus, e ainda consegue entender o significado destes sons divinos de convocação e de ordem para marchar em frente, sem se desviar do caminho proposto por Deus?  Reflita sobre essas coisas, ao estudar esta lição.

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

Diretor do Blog:  www.averdaderevelada.com.br



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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

ADORAÇÃO E DEDICAÇÃO

 

Verso para Memorizar: "Cada um dê conforme determinou em seu coração; não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria."  II Coríntios 9:7, NVI.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Êxodo 25:8 e 22. Números  7 e 8. Zacarias 4:1 a 6. Apocalipse 4:2 e 5; 11:4.

 

INTRODUÇÃO

 

A lição da Escola Sabatina, nesta semana, fala sobre entrega. Entrega de si mesmo a Deus. Entrega de ofertas, dízimos. Entrega do tempo. O estudo deste assunto nos motiva a não vivermos para nós mesmos, de forma egoísta, pensando apenas em nossos interesses pessoais. Doar-se e doar coisas para Deus faz parte de nossa educação espiritual. Deus usa o ato de DAR como estratégia pedagógica para nos educar na arte de partilhar tudo o que somos e tudo o que temos. Quem vive para si mesmo morre em si mesmo, e não se prepara para viver na companhia de Deus e dos seus semelhantes. DAR de forma correta, e segundo a estratégia de Deus, é um ato de fé e dependência de Deus. É também um ato de adoração ao Senhor Deus, o Doador da vida e de tudo o mais. Vamos, portanto, aprender como isto funciona em nosso crescimento na Graça divina.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 11 de outubro.

 

DEDICAÇÃO DO ALTAR

 

Leitura Bíblica: Números 7.

 

Deus mandou que Moisés construísse um SANTUÁRIO (Êxodo 25:8), segundo um modelo que o Senhor lhe mostrou (25:9). Este SANTUÁRIO seria "morada" de Deus na Terra, junto ao Seu povo, Israel. O povo sabia que Deus ali estava presente entre eles, e isto colaborava na processo de santificação deles.

O SANTUÁRIO deveria ser mantido pelas OFERTAS (doações) que o povo de Israel fazia ao mesmo. Desde a manutenção dos sacerdotes, até às coisas que seriam usadas nos serviços litúrgicos, todas as coisas deveriam ser oferecidas pelos adoradores, os israelitas. Eles deveriam trazer "dízimos e ofertas" ao Santuário, como um ato de adoração e como suporte à obra sacerdotal. Aquele SANTUÁRIO era um lugar santo, separado de todas as tendas do povo, mas erguido no meio do acampamento deles. Todo o ritual do santuário, em seus mínimos detalhes, foi ensinado por Deus a Moisés, e este ensinou a Arão e seus filhos, os sacerdotes oficiantes. Este santuário, como um todo, era composto de três compartimentos: (1) O Pátio; (2) o Lugar Santo; (3) o Lugar Santíssimo. No Pátio ficavam (a) o Altar do Sacrifício, onde eram queimados os animais ofertados; (b) a Pia, ou lavatório. No Lugar Santo ficavam (a) o Candelabro, com sete braços, que serviam de luzes para alumiar o interior do santuário; (b) a Mesa dos Pães da Proposição, ou da presença, onde eram postos, por uma semana, doze pães, representando cada um deles uma tribo em Israel; (c) o Altar do Incenso, onde era queimado o incenso sagrado, perfumado, cuja fumaça subia em direção ao compartimento mais interior, o Lugar Santíssimo. Neste último compartimento havia apenas um móvel: a Arca da Aliança, havendo dentro desta caixa grande as duas lâminas de pedra, nas quais Deus escrevera os Dez Mandamentos da Lei Moral (Êxodo 20:3 a 17). Mais tarde, foram postos nesta Arca uma porção do Maná, ou seja, o alimento especial que Deus enviou por quarenta anos para alimentar Seu povo na travessia do deserto; e também o cajado pastoral de Arão, o qual florescera mesmo sendo um pedaço de pau fora do tronco, como resposta divina à confirmação da escolha de Arão para ser Sumo Sacerdote no Santuário, coisa que alguns haviam contestado. Sobre a Arca da Aliança, e lhe servindo de cobertura, havia uma tampa chamada de "o Propiciatório", com a escultura de dois querubins sobre ela; e no meio dos querubins brilhava a Chama viva da presença divina, à qual foi dada o nome de Chequiná. Era o fogo, ou brilho, da glória e da presença de Deus ali manifestada.

Na inauguração do SANTUÁRIO do deserto, conforme Números 7, os Príncipes de Israel, cada Príncipe representando sua tribo, ou seja, doze tribos, doze príncipes, trouxeram suas ofertas especiais ao Altar do Sacrifício, conforme a recomendação de Deus. Eles não trouxeram qualquer coisa, nem qualquer moedinha desprezível. Trouxeram ricas ofertas. Essas ofertas era fruto das bênçãos que Deus lhes havia concedido antes. Ninguém dá o que não tenha recebido. Eles deram essas ricas ofertas porque haviam recebido de Deus ricas bênçãos. Esta inauguração do Altar do Sacrifício, e do santuário em si mesmo, foi uma linda festa espiritual, muito solene e motivadora. Eles trouxeram, cada um deles: "um prato de prata, do peso de cento e trinta siclos; uma bacia de prata, de setenta siclos, segundo o siclo do santuário, ambos cheios de flor de farinha, amassada com azeite, para oferta de manjares; um recipiente de dez siclos de ouro, cheio de incenso; um novilho, um carneiro, um cordeiro de um ano, para holocausto; um bode, para oferta pelo pecado; e, para sacrifício pacífico, dois bois, cinco carneiros, cinco bodes, cinco cordeiros de um ano..."  Números 7:61 a 65. Cada Príncipe de Israel, doze ao todo, deveria trazer ao santuário, em seu determinado mês, naquele ano de inauguração, todas as provisões acima mencionadas, as quais eram entregues ao sacerdote Arão, em nome de toda a sua tribo.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 12 de outubro.

 

COMUNHÃO COM DEUS

 

Leitura Bíblica: Êxodo 25:22 e Números 7:89.  Hebreus 4:14 a 16. Apocalipse 4 e 5.

 

A coisa mais importante em tudo isso era a consciência permanente da presença de Deus no meio do Seu povo. Era a consciência da presença do Santo, do sagrado. Israel deveria ser um povo santo, separado para servir ao Senhor. E os sinais visíveis de estado de santificação se faziam presentes no Santuário e nos serviços litúrgicos que ali aconteciam diariamente. Israel foi ensinado a não brincar com o pecado. Cada israelita deveria levar a sério a questão do pecado, da injustiça, da desobediência a Deus. Israel tinha com Deus uma Aliança, um Concerto, um Pacto. IAVÉ seria o Deus de Israel. Israel seria o povo de Deus. Cada um pertencia ao outro, em solene estado de santificação. Violar ou profanar este estado, esse contexto de sacralidade nas relações entre Deus e Israel significava pecar, transgredir uma norma, uma Aliança feita entre ambos (Êxodo 19 a 24). Israel precisava manter com Deus diária comunhão, ou seja, diária convivência. Israel era uma Teocracia. Deus os governava, mesmo que para isso tivesse de fazer uso de líderes humanos visíveis, tais como Moisés, Josué e, mais tarde, os Juízes e, por fim, os reis de Israel, todos eles ungidos com óleo sagrado para o desempenho de sua função. Deveria haver santificação, seriedade, respeitosa convivência com Deus e de uns com os outros. Moisés, o grande líder visível em Israel, por quarenta anos, circulava como um príncipe de Deus entre seu povo. Moisés falava constantemente com Deus, e recebia diretamente de IAVÉ todas as instruções que deveria ensinar ao povo. Moisés era um intermediário entre Deus e o povo de Israel, e entre este e Deus. Ele servia de ponte de ligação na comunicação entre ambos. E Moisés foi fiel nesse trabalho santo. Todo o povo de Israel, com poucas exceções, via Moisés movimentar-se entre eles e Deus, e o povo curvava sua fronte em respeito quando ele passava. Moisés era um líder sério, respeitoso e respeitado, confiável, amoroso, de liderança forte, sem agressividade, sem truculência. Moisés impunha sua liderança pela fiel postura e honra em tudo o que fazia. O povo seguia seu "pastor" Moisés, certo de que ele sabia das coisas, pois eles sabiam que Moisés falava direta e pessoalmente com IAVÉ, o Deus Libertador de Israel. Isto os levava a ter respeito a Deus e comunhão com Deus. Seu líder os inspirava e motivava a isto. Líderes assim são necessário na Igreja de Deus hoje, pois sentimos muita falta deles.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 13 de outubro.

 

LUZ NO SANTUÁRIO

 

Leitura Bíblica: Gênesis 1:1 a 4. Zacarias 4:1 a 6 e 11-14. Apocalipse 4:2 e 5 e 11:4.

 

Na Bíblia, LUZ está associada à presença de Deus. E não é para menos. Deus inicia a Semana da Criação, narrada em Gênesis 1 e 2, com a seguinte ordem: "Haja luz!" (Gn 1:3). A presença de Deus emana luz transbordante. Onde Deus está, a luz de Sua presença se faz irradiar.

No SANTUÁRIO, a presença da luz era uma constante. Essa Luz de fazia presente no fogo que queimava as ofertas no Altar do Sacrifício; no Candelabro que alumiava o interior do Lugar Santo; no incensário e no Altar do Incenso; e a Luz da presença de Deus no Santuário hebreu se fazia mais forte e decisiva através do Chequiná, o fogo e o brilho da glória de Deus que se manifestava sobre o Propiciatório, sobre a Arca da Aliança, no Lugar Santíssimo. Tudo ali era iluminado.

Mais tarde, quando Deus Se faz homem, e Se apresenta aos homens com o nome de JESUS, o Messias-Cristo Salvador, João O anuncia: "A vida estava nEle [em Jesus], e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas [trevas, aqui, simbolizam o pecado, ou dar as costas para Deus, a Luz], e as trevas não prevalecem contra ela." João 1:4 e 5, interpolação e comentário nosso.

No chamado Sermão do Monte, Jesus diz aos que creem nEle, e dEle se tornam discípulos: "Vós sois a luz do mundo." Mateus 5:14. Jesus afirma de Si mesmo: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida." João 8:12.

Os cristãos são pessoas iluminadas na medida em que andam com reverência na presença de Deus. Na medida em que Se aproximam de Deus com fé viva e coração aberto para que Deus o ilumine e lhe mostre o caminho a seguir. Toda pessoa que, em fé, busca de Deus a luz, será certamente iluminado; e, por extensão, iluminará a todos os que estão ao seu redor.

Por outro lado, quem vive para o pecado vive para em trevas e para as trevas. Vive para semear trevas ao seu redor, levando as pessoas ao desespero, ao engano, à morte. Pecado, morte, sepultura, noite, tristeza, tudo isto cheira a coisa ruim, negativa e destrutiva. Afaste-se, pois, das trevas e de tudo o que ela representa para você, e aproxime-se da Luz, e goze a alegria e as bênçãos que a Luz de Deus traz para sua vida e para sua família e negócios. Viva, portanto, à disposição da Luz. Seja um iluminado!

 

LIÇÃO DE QUARTA, QUINTA E SEXTA-FEIRA, dias 14, 15 e 16 de outubro.

 

DEDICAÇÃO DOS LEVITAS

 

Leitura Bíblica: Êxodo 32 e 33. Números 8.

 

Deus mandou Moisés separar os da tribo de Levi, os levitas, para cuidarem das coisas sagradas do Santuário hebreu.

Na apostasia que ocorreu em Israel, quando os israelitas fizeram para si o bezerro de ouro, uma repetição da idolatria que era comumente praticada no Egito, através da adoração ao Boi Ápis, um ídolo famoso e muito adorado, somente os da tribo de Levi não se contaminaram em tal apostasia. Deus ficou muito triste e irado contra Israel (leia Êxodo 32) por causa disso. Moisés intercedeu por Israel, e o Senhor perdoou o pecado de Seu povo, mas puniu com a morte os principais líderes da apostasia. Foi a partir desse episódio deplorável que os levitas foram escolhidos por Deus para serem aqueles que iriam cuidar do Santuário e das coisas santas deste, incluindo o serviço diário e anual de adoração. Arão e sua família seriam os sacerdotes oficiantes. As demais famílias levitas se dedicariam a cuidar das demais tarefas de administrar tudo o que era referente ao santuário.

 

Leia na íntegra e com muita atenção todo o capítulo 8 de Números. Leia também Êxodo 32 e 33.

 

Aqueles que lidam com as coisas sagradas são pessoas separadas para um ofício especial. No Novo Testamento, a Igreja separa homens para o Ministério de pregação da Palavra e Administração da Igreja, Pastores e Anciãos, e para o Ministério do Serviço às necessidades dos mais pobres, o Diaconato. São Ministérios, ou serviços, cujos participantes neles se envolvem depois de a Igreja os separar, mediante imposição de mãos dos ministros já ordenados, em culto solene, diante da congregação. Essa imposição de mãos não faz com que essas pessoas sejam mais crentes do que os demais irmãos, mas lhes determina oficialmente funções e serviços especiais, para os quais são separados do restante da congregação. Estes ministros são servos de Deus e servos da Igreja de Deus. Devem dedicar sua vida para servir à Igreja. Pastores, Anciãos e Diáconos, na Igreja Adventista do Sétimo Dia, recebem imposição de mãos do ministério da Igreja, separando-os para funções especialíssimas. Alguns ritos e cerimônias da Igreja somente podem ser realizados por esses ministros que receberam sobre si a imposição de mãos. Batismo, Santa Ceia, Matrimônio, são atos litúrgicos que devem ser realizados na Igreja por um ministro ordenado, separado para isto. Pregar a Palavra de Deus é missão de todos os crentes. Dirigir a Igreja, é obra de um Ancião ou de um Pastor de Igreja, o qual deve ser separado para este serviço pela imposição de mãos. Quanto ao Matrimônio, somente um Pastor Ordenado ao Ministério deve realizá-lo. O Batismo deve ser realizado por um Pastor Ordenado, ou por um Ancião Ordenado, desde que este receba para isto autorização de uma junta ministerial.

Na IASD, as mulheres ainda não recebem a imposição de mãos, separando-as para o ministério. Sabe-se que alguns campos da Divisão Norte-americana agem contra esse princípio geral da IASD, e já ordenam mulheres como pastoras e anciãs, à semelhança dos homens. Na Divisão Sul-americana, da qual fazemos parte, esta prática ainda não está autorizada para as mulheres. Mas isto não tem impedido que as mulheres da IASD na DAS participem de maneira plena e total de todo o programa da Igreja, sendo uma bênção em todos os campos em que atuam. Muito perderia a IASD se abrisse mão da linda obra que suas mulheres realizam, dentro e fora da Igreja. Os Ministérios da Mulher foram estabelecidos já faz alguns anos, como um Departamento da Igreja, visando reunir sob seu guarda-chuva todas as atividades ministeriais e serviços à comunidade realizados pelas mulheres adventistas, motivando-as, treinando-as e incentivando-as a serem úteis e produtivas na Causa de Deus, até que Jesus volte. Homens e mulheres adventistas são chamados por Deus para realizarem uma grande obra, em favor da Igreja e em favor da comunidade onde vivem e atuam. E muitos já entenderam assim, e dão o melhor de si mesmos pela Obra de Deus, sem receberem salário por isso. Fazem esta linda obra de forma livre e voluntária, e ainda investem tempo, saúde, cultura e muitos dos recursos que possuem para que esta Obra avance e se torne vencedora. Junte-se a eles, sendo também um ativo e produtivo missionário adventista, para a glória de Deus!

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho



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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

PREPARANDO UM POVO

Verso para Memorizar: "Amado, oro para que você tenha boa saúde e tudo lhe corra bem, assim como vai bem a sua alma." III João 2, versão NIV.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA:     Números 5 e 6;    Ezequiel 33:15;   Lucas 19:8 e 9;   Atos 17:28; I Coríntios 6:19 e 20.

 

INTRODUÇÃO

 

Preparar um povo para ser uma nação organizada não é obra nada fácil. Mas foi exatamente isto o que IAVÉ fez. Quando o povo de Israel saiu do Egito, uma multidão de aproximadamente dois milhões de pessoas, tratava-se de um ajuntamento de tribos. Eles saíram do Egito sem possuírem uma consciência do que seria ser uma nação organizada, morando em um território definido, com limites geográficos determinados, a que eles pudessem chamar de pátria, e possuindo leis que definissem cada coisa entre eles, em suas múltiplas relações interpessoais. Os israelitas tinham sido escravos no Egito por centenas de anos, submetidos que foram a trabalhos forçados, morando em guetos e regiões fechadas, sem poder usar suas liberdades individuais. Eles tinham de fazer o que seu "senhor", Faraó, mandava. Ouvia-se de longe o estalar do chicote do feitor, punindo com rigor as infrações de cada um deles. No entanto, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, os ancestrais mais destacados do povo de Israel, tinha excelentes propósitos para este povo, pois iria transformá-lo em nação organizada. E assim Deus o fez. Porém, antes que Israel se tornasse uma nação organizada, muita coisa, boa e má, aconteceu em sua caminhada da liberdade, do Egito para Canaã. O livro de NÚMEROS conta parte dessa saga, dessa epopéia.

 

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 04 de outubro.

 

CONTROLE DA DOENÇA

 

Leitura Bíblica: Números 5.

 

"Disse o Senhor a Moisés: Ordena aos filhos de Israel que lancem para fora do arraial todo leproso, todo o que padece fluxo [de sangue], e todo imundo por ter tocado algum morto; tanto homem como mulher os lançareis; para fora do arraial os lançareis, para que não contaminem o arraial, no meio do qual Eu habito." Números 5:1 a 3.

 

Num tempo em que não existia uma Medicina capacitada para tratar de doenças infecto-contagiosas, era extremamente perigoso conviver tanta gente junta, facilitando a contaminação por vírus e bactérias, de todos os que faziam parte do arraial. Deus foi rigoroso com o controle das doenças infecto-contagiosas. Pelo menos três grupos de pessoas consideradas "imundas" foram orientadas a sair do arraial de Israel, em sua caminhada pelo deserto: (1) Os leprosos; (2) os que tinham "fluxo" de sangue (sangramentos, hemorragia); e (3) pessoas que haviam tocado em algum corpo morto, em estado de decomposição, fosse de animais, fosse de pessoas. Isto não significava que Deus excluía essas pessoas de Sua salvação. Eram afastados do acampamento, e ficavam habitando em separado, por questões de prevenção. Estava em jogo a saúde de milhares de pessoas, e não convinha correr riscos desnecessários. Deus estava agindo como um eficiente médico sanitarista. É sempre melhor prevenir do que remediar.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 05 de outubro.

 

CONTROLE SOCIAL

 

Leitura Bíblica: Números 5. Ezequiel 33:15; Lucas 19:8-9.

 

Vivendo em uma grande comunidade, formada por quase dois milhões de pessoas, cada uma dessas pessoas com sua idéia própria a respeito de como poderia ser e agir, era preciso que seus dirigentes formulassem leis firmes, severas, de gerenciamento das atitudes sociais, morais, éticas e espirituais, para que aquele imenso acampamento não virasse um caos social, todos brigando contra todos; todos se apoderando da propriedade de todos; cada um deles pensando que era a única autoridade para si mesmo. A organização social se fazia urgentemente necessária. Também seria apresentado ao povo um conjunto de penalidades por suas transgressões às leis estabelecidas para aquela sociedade.

"Disse o Senhor a Moisés: Dize aos filhos de Israel: Quando homem ou mulher cometer algum dos pecados [transgressões da lei] em que caem os homens, ofendendo ao Senhor, tal pessoa é culpada. Confessará o pecado que cometer; e, pela culpa, fará plena restituição, e lhe acrescentará a sua quinta parte, e dará tudo àquele contra quem se fez culpado." Números 5:5 a 7, interpolação nossa.

Não pode existir em segurança e socialmente organizada uma nação que não tem leis contra crimes praticados, e severas punições por esses crimes. A lei deve ser clara, objetiva, direta e compreendida por todos, inclusive nas punições que ela anuncia aos que a transgridem. E as leis têm de ser cumpridas com rigor, para que as pessoas acreditem na lei e na ordem, e se sintam bem em fazer parte de uma sociedade humana onde a lei é respeitada e obedecida. Este é o melhor controle social que existe: Todos são iguais perante a Lei, e ninguém será deixado sem punição se a transgredir, não importando quem seja esta pessoa. Quando, em uma sociedade organizada, algumas pessoas valem mais do que outras, perante a lei que rege a todos eles, somente porque essas pessoas ocupam cargos e funções de destaque, e seus erros são tratados com menos rigor, ou sem nenhum  rigor, as demais pessoas passam a desacreditar da seriedade da lei, e da seriedade dos juízes que a executa. Volta a reinar o caos, com alguns achando que podem violar a lei sem receber dela a devida punição. Isto ocorre no Brasil de hoje. Isto ocorre na Igreja hoje. Isto ocorre no seio das famílias hoje. Daí a existência de tantos problemas éticos, morais e sociais em nossa casa, em nossa igreja, em nosso país.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 06 de outubro.

 

FIDELIDADE MATRIMONIAL

 

Leitura Bíblica: Números 5:11 a 31.

 

O lar é a célula-mãe da sociedade humana. Tudo começa a partir do lar, da família. Uma sociedade é tão forte – moral, ética e espiritualmente – o quanto são fortes as famílias que a compõem. Se a família for destroçada, desorientada, desfeita, então parte-se o elo mais forte dessa corrente chamada sociedade humana.

No princípio (Gênesis 2:21 a 24), quando Deus formou a primeira família, unindo em matrimônio dois humanos de sexos opostos, um macho – Adão – e uma fêmea – Eva, determinou que essa união seria vitalícia: enquanto ambos viverem. Morrendo um dos cônjuges, acaba-se entre eles o compromisso antes firmado, embora se deva respeitar toda a história de vida que esses dois cônjuges tiveram juntos enquanto os dois viviam. E Jesus sentenciou com autoridade essa união: "Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem [os humanos]." Mateus 19:3 a 6, interpolação nossa. A Bíblia apregoa os laços indissolúveis do casamento; e, por extensão, da família. Quando isto vem acontecer, a família se rompe, se separa, e todos saem perdendo.

Aqui, no livro de Números, IAVÉ, no momento em que está organizando um povo como nação, lembra a este povo que uma das coisas mais importantes para eles serem uma sociedade forte, bem organizada, é preciso preservar os laços matrimoniais, com cada cônjuge respeitando e honrando seus votos conjugais. Deus considera o ADULTÉRIO, ou seja, a violação dos votos matrimoniais, quer seja da parte do homem, quer seja da parte da mulher, como sendo uma violação da Lei. Um homem que está casado com uma mulher deve manter-se fiel a esta mulher, não se deitando ou praticando ato sexual com outra mulher. A mulher que está casa com um homem, deve ser fiel a este homem a vida inteira, não se deitando nem praticando ato sexual com outro homem. Essa norma deve ser obedecida por todos os casais. Deus estava pondo este assunto em Israel em forma de Lei (leia Êxodo 20:14 e 17. "NÃO ADULTERARÁS." Êxodo 20:14. "Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo..." Êxodo 20:17, grifo nosso. Deus não brinca com este assunto. Ele puniu e punirá com severidade aqueles que transgridem essa norma da Lei Moral.

As sociedades mais ricas e desenvolvidas na Terra, tanto na Europa, como nos Estados Unidos da América, e também no Brasil, estão vivendo um perigoso processo de desmoronamento moral, familiar, pois tem aumentado cada dia mais o número de divórcios. Isto é um sinal evidente a todos de que as famílias formadas nessas sociedades organizadas estão em processo de ruína e queda. Como consequência disto, aumenta a prática da criminalidade entre os infanto-juvenis, os adolescentes e os jovens, pois eles são frutos de pai e mãe que não conseguem se manter unidos como casal, e, por isso, destroçam suas famílias com separações irresponsáveis. Também a busca desenfreada pela prática sexual fora do casamento, a promiscuidade sexual, tem feito com que a traição e a infidelidade conjugal cresçam de forma assustadora. Homens e mulheres que não temem a Deus, nem seguem as normas e regras ensinadas pela Bíblia são os que mais se divorciam, pois são os que mais traem uns aos outros. Também entre os membros da Igreja, de qualquer igreja, inclusive da Igreja Adventista do Sétimo Dia, tem crescido o número de divórcios e destruição do lar, da família. E a Igreja tem visto os péssimos resultados disso a cada dia.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 7 de outubro.

 

CIDADÃOS CONSAGRADOS

 

Leitura Bíblica: Números 6.

 

Diferentemente de todas as demais nações da Terra, Israel deveria ser um povo consagrado, separado, para ser "o povo de Deus". Um povo consagrado para servir a Deus de forma bem especial. Não seria uma nação qualquer dentre as demais nações da Terra, mas A NAÇÃO de Deus. Por Seu amor a Abraão, Seu amigo, Deus escolheu os descendentes de Abraão para serem a Nação da Terra que iria representar a vontade e os propósitos do Senhor. Israel seria uma Teocracia. O dirigente maior da nação seria IAVÉ, o Deus Eterno, o Senhor. Todo dirigente humano e visível em Israel seria um servo de Deus, consagrado para seguir o plano de trabalho que Deus estabelecesse.

Deus falou a Moisés, junto ao Sinai, dizendo-lhe:

"Assim falarás à casa de Jacó [Israel] e anunciarás aos filhos de Israel: Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim. Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha. Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa [separada para servir ao Senhor, o Deus Santo]. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel." Êxodo 19:3 a 6, interpolação nossa. E Moisés falou ao povo tudo o que Deus lhe falara. Deus escolheu ISRAEL para ser o Povo da Aliança. O povo do Concerto. Era um privilégio, mas, como sempre, cheio de responsabilidades éticas, morais e espirituais.

Deus não planejou para Israel que eles fossem um povo guerreiro, conquistador do mundo por meio das armas de guerra. Todo guerra na qual Israel se metesse, deveria ser guerra de defesa, isto é, para se defender de inimigos invasores. As únicas guerras essencialmente de conquistas seriam aquelas que eles teriam de lutar para tomar posse de Canaã. Israel seria "reino de sacerdotes" e uma "nação santa". O que isto queria dizer? Deus queria que Israel fosse uma nação que faria a ponte do diálogo entre IAVÉ e todos os povos da Terra. Israel deveria clamar ao Senhor em favor dos moradores de todas as demais nações, para que estes buscassem ao Senhor e O adorassem, em vez de ficar adorando ídolos mudos, inertes, incapazes de agir a favor do homem. Que todos os homens deixassem a idolatria e o politeísmo, e, como Israel, fosse um povo monoteísta, cultuando e servindo somente a IAVÉ. Israel deveria ser uma nação-mestra, pois deveria ensinar às demais nações da Terra as Leis e Normas que IAVÉ lhe desse. Israel seria uma "nação santa", isto é, uma nação separada das demais, não para viver um ilhamento, isolada das outras, mas para não se misturar no politeísmo e nas práticas imorais dos demais povos. Israel deveria obedecer à Lei de Deus, composta de Dez Mandamentos (Êxodo 20:3 a 17) e cumprir todas as demais leis sociais, de saúde, e de adoração no santuário hebreu. Israel tinha muita coisa a fazer por si mesmo e pelos demais povos da Terra.

A mesma responsabilidade recai hoje sobre a Igreja do Senhor Jesus. Pedro entendeu isto quando repetiu para os cristãos as mesmas palavras que Moisés havia falado a Israel centenas de anos antes: "Vós, porém, sois raça eleita [escolhida por Deus], sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele [Jesus Cristo] que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz." I Pedro 2:9, interpolação nossa. Os primeiros cristãos eram todos eles israelitas, os quais haviam, pela fé em Jesus, aceitado a Nova Aliança que Jesus fizera em Seu sangue, morrendo por eles na Cruz e ressuscitando ao terceiro dia. Essas mesmas palavras ideológicas sobre o que deveria ser a IGREJA, ou seja, a Comunidade da Nova Aliança, seriam dirigidas a todos os gentios (as gentes, os povos, as nações da Terra) que, pela fé em Jesus, se unissem, mediante batismo em águas, à Igreja. A Igreja seria o Novo Israel de Deus. Uma comunidade "santa" (separada), uma comunidade sacerdotal (o sacerdócio universal de todos os crentes), um "povo de propriedade exclusiva de Deus". Um povo pertencente somente a Deus. E o mundo inteiro precisava saber que este povo existe e qual é sua missão na Terra (Mateus 28:19-20; Marcos 16:15-16; Atos 1:8; Apocalipse 14:6 a 12; Apocalipse 22:17). A Igreja precisa, hoje, ter consciência plena de duas coisas: (1) O QUE A IGREJA É; (2) COMO A IGREJA DEVE AGIR (qual é a AGENDA da Igreja neste mundo). Se a Igreja não souber identificar-se a si mesma em relação a estes dois itens, não agirá conforme a vontade e planos de Deus para ela. Talvez se torne em um clube social, humanista, para receber amigos e conversarem entre si coisas deste mundo.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 08 e 09 de outubro.

 

A BÊNÇÃO ARAÔNICA

 

Leitura Bíblica: Números 6:23 a 27.  Mateus 28:19 e 20. João 15:5.  Hebreus 7:25.

 

"O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz." Números 6:24-26.

 

Esta é a "bênção sacerdotal" que deveria ser dada a todo o povo de Israel. Deus disse que abençoaria a Israel, toda vez que o sacerdote Arão invocasse sobre o povo esta bênção (Números 6:27).

 

Duas coisas se destacavam nesta bênção: (1) A disposição de IAVÉ para abençoar Seu povo especial, Israel; (2) O desejo de IAVÉ que Israel vivesse em paz, mesmo diante de tantas nações que não gostavam de Israel, e pretendiam erradicar Israel da face da Terra. Esta paz deveria ser interna, com os filhos de Israel vivendo em paz entre si mesmos; e deveria ser uma paz externa, com Israel vivendo em paz com as demais nações ao redor, na medida do possível. E, acima da paz interna e externa, estava a "paz com Deus", o Líder maior de Israel. E essa paz com Deus viria como resultado da fé em Deus, fé esta que resultaria em obediência diária de Israel aos mandamentos de Deus. Um povo santo, seguindo e adorando a um Deus Santo, e vivendo de maneira santa, exclusivamente para Deus. Este era o plano divino para Israel. Mas a história do Êxodo mostrou que as coisas não aconteceram de maneira tão certinha e bonita como Deus planejara. Erro de Deus?  Jamais!  O problema todo estava com Israel.

Deus quer, hoje, que Sua Igreja seja abençoada. Uma Igreja zelosa, consagrada ao Senhor, que vive pela fé em completa sintonia com a vontade do Deus Eterno. Uma Igreja que, pela fé em Jesus, obedece a tudo o que Deus lhe manda fazer. Porém a história da Igreja fundada por Jesus Cristo também não revela que as coisas funcionam assim, certinhas. A Igreja de Deus nem sempre tem agido como Jesus ensinou. Tem havido muita apostasia, muito agir de maneira contrária a tudo o que foi ensinado. Em vez de a Igreja seguir sempre um "assim diz o Senhor", prefere seguir as ideologias e sabedoria de seus dirigentes humanos, os quais nem sempre são consagrados a Deus o suficiente, para desejarem fazer toda a vontade de Deus. A maioria faz sua própria vontade, embora diga que está agindo pela vontade e em nome de Deus. Não vem sobre uma igreja assim a bênção divina. Pastores, anciãos, diáconos e diaconisas, diretores de departamentos, dirigentes de instituições, todos precisam retornam a Jesus e aprender dEle. Urgentemente! Se não o fizerem, a bênção de Deus não virá!

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho



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