domingo, 10 de junho de 2012

COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO

 

LIÇÃO 11

 

LEVANDO INFORMAÇÃO À IGREJA

 

Verso para memorizar: "Voltaram os apóstolos à presença de Jesus e Lhe relataram tudo quanto haviam feito e ensinado" Marcos 6:30.

 

LEITURAS BÍBLICAS DA SEMANA: Atos 4:1 a 31; 21:19 a 25; I Coríntios 9:19 a 23; Números 13:17 a 33; Atos 11:1 a 18.

 

INTRODUÇÃO

 

Quando os apóstolos de Jesus voltaram do campo missionário, retornaram alegres, felizes pela nova experiência vivida. Eles queriam falar a todos, especialmente para Jesus, sobre o que lhes acontecera enquanto evangelizavam. Esse relatório fez muito bem a eles, os apóstolos, e também foi positivo para a jovem igreja que estava surgindo em Israel, a partir daquela obra missionária inicial.

 

Eu estava assistindo ao culto, no sábado passado (09/06/2012), na IASD, central de Salvador, quando o pastor que fizera o sermão anunciou a apresentação de um filmete sobre fatos ocorridos com a distribuição do livro "A Grande Esperança". Toda a congregação ficou em total silêncio, e muitos foram às lágrimas, ao ouvirem um lindo relato de conversão, provocado pelo livro distribuído. Fez muito bem a todos nós o relato-testemunho, dado pela própria pessoa que recebeu o livro, e se converteu em seguidora de Cristo, e em membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Testemunhos, relatórios e apresentação pública à igreja local, sobre tudo o que está sendo feito por esta mesma igreja, e também pela Igreja em nível nacional e mundial, são positivos para conservação na fé, e também como estímulo e incentivo à obra de evangelização local, obra esta que deve ser feita pela IASD local.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 10 de junho.

 

UM PRINCÍPIO BÍBLICO

 

Leitura bíblica do dia: Atos 4:1 a 31.

 

Pedro e João pregaram o Evangelho em Jerusalém, e milhares de pessoas os ouviram. As autoridades do Sinédrio judaico, iradas, ordenaram a prisão imediata dos dois evangelistas. Enquanto eles se achavam presos, toda a pequena comunidade cristã em Jerusalém esteve reunida em oração intercessória em favor deles, pedindo a Deus que causasse a libertação dos evangelistas cristãos. Os evangelistas foram presos, açoitados e proibidos de pregar o Evangelho. Logo eles foram soltos. E o que fizeram? Silenciaram, com medo de nova prisão? Ficaram revoltados com Deus, por terem sido presos enquanto faziam a obra de Deus? Não, de maneira nenhuma. Eles oraram, dizendo a Deus: "Agora, Senhor, olha para suas ameaças, e concede aos Teus servos que anunciem com toda a intrepidez a Tua Palavra, enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do Teu santo Servo Jesus" Atos 4:29 e 30. E o que aconteceu, depois dessa poderosa oração? "Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos ficaram cheios [tomados pelo] do Espírito Santo e, com intrepidez [com ousadia, com coragem] anunciaram a Palavra de Deus" Atos 4:31, interpolações e comentários nossos.

 

Não ficaram eles lamentando as dores e contusões causados pelos açoites recebidos. Não ficaram murmurando contra o Senhor da obra, reclamando por não haver Deus os livrado daqueles açoites. Pelo contrário, a oração deles a Deus foi para que tivessem ainda mais coragem e intrepidez para continuarem pregando, mesmo em meio a severas hostilidades, perseguições, açoites e prisões, além da costumeira ameaça de morte. Possuídos pelo Espírito Santo, nada nem ninguém os intimidava, nem os impedia de darem prosseguimento à pregação do Evangelho. E a IGREJA orava diuturnamente em favor deles. E em pouco tempo, o número dos homens que aceitaram a Jesus como Salvador chegou a "quase cinco mil" (Atos 4:4).

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 11 de junho.

 

"O QUE DEUS TEM FEITO"

 

Leitura bíblica do dia: Atos 21:19 a 25. I Coríntios 9:19 a 23.

 

"Tendo nós chegado a Jerusalém, os irmãos nos receberam com alegria. No dia seguinte, Paulo foi conosco encontrar-se com Tiago, e todos os presbíteros [ou anciãos] se reuniram. E, tendo-os saudado, contou [Paulo] minuciosamente o que Deus fizera entre os gentios por seu ministério. Ouvindo-o [ouvindo os anciãos o relato minucioso feito por Paulo], deram eles glória a Deus..." Atos 21:17 a 20, comentários interpostos nossos.

 

Paulo foi muito ético em relação à liderança da Igreja em Jerusalém. Retornando ele de suas três viagens missionárias, relatou aos líderes reunidos em assembleia todas as coisas que ocorreram durante a obra missionária que realizaram. Os líderes se alegraram com os relatos e deram glória a Deus, pela conversões acontecidas. Paulo procedeu de maneira correta. Paulo não agiu de maneira autônoma, como se fosse líder e membro da "IGREJA DO EU SOZINHO".  Muitos são os líderes que acham não ser necessário dar informações à comunidade local de crentes a respeito do que ocorre na e com a igreja local. Outros líderes há que escondem da congregação o que está acontecendo na obra missionária da igreja local. Isto não é correto. Quanto mais informações claras, corretas e detalhadas (além de honestas) o corpo de crentes de uma comunidade local tiver, melhor para essa congregação. Isto gera confiança nos líderes, e é motivador para os membros apoiarem planos e projetos missionários que a igreja local faz. Que cada líder de igreja local – e também da Igreja em níveis estaduais e nacional – siga este exemplo, e preste à comunidade de crentes as melhores e mais precisas informações sobre o andamento da Obra de Deus em seu território administrativo.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 12 de junho.

 

A IMPORTÂNCIA DE RELATAR

 

Leitura bíblica do dia: Atos 5:14; 8:4 e 12; 11:21; 14:21.

 

Os líderes da Igreja nos tempos apostólicos sentiam prazer e alegria em relatar com riqueza de detalhes o andamento da Obra de Deus. O Livro de Atos é rico em provas a respeito disto. Leia todos os textos indicados acima, e comprove esse fato. Muitos que ficam na retaguarda, orando pelos obreiros, fazendo uma obra de apoio ao evangelismo, gostariam de saber como as coisas estão acontecendo no campo missionário. Até hoje, milhares de irmãos se deliciam a cada sábado, ouvindo os relatos contidos na CARTA MISSIONÁRIA, que é apresentada na Escola Sabatina. Quando eu era adolescente, vivendo no interior de Pernambuco, nos finais dos anos de 1960 e inícios dos anos de 1970, tornei-me assinante da Revista Adventista, e a lia por completo todo mês. E algo que me fazia bem era a leitura das "notícias" que informavam sobre o que estava acontecendo na Igreja e com a Igreja no campo brasileiro. Eu sentia prazer em ler aquelas notícias. Fazia-me bem ao coração e à mente. E olhem que eu tinha somente dezessete anos de idade. Até hoje, aos sessenta anos, me delicio em ler o noticiário da Revista Adventista todo mês. Amo assistir, na TV Novo Tempo, a REVISTA NOVO TEMPO, a qual relata o andamento da Obra de Deus no Brasil. Isto me faz bem, pois me deixa informado e esclarecido sobre como anda a Causa de Deus. Também os relatos me motivam a me envolver nesse trabalho de missão que a Igreja desenvolve.

 

Fico muito triste quando ouço alguns irmãos contenciosos provocando brigas e discussões por causa do relatório usado pelos professores da Escola Sabatina. Muitos membros de nossa igreja se negam a dar informações sobre seu estudo diário, e sobre a obra missionária semanal que realizaram. Ora, existe tanta causa boa que merece de nós uma boa briga! Por que ficar brigando por coisa tão simples?

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 13 de junho.

 

RELATÓRIOS E MOTIVAÇÃO

 

Leitura bíblica do dia: Números 13 e 14.

 

Moisés era um líder excelente, que gostava de estar bem informado das coisas que aconteciam a Israel e com Israel. Em Números 13, lemos sobre a viagem que DOZE HOMENS de Israel fizeram ao território para onde eles se dirigiam: Canaã. Moisés lhes dera claras e detalhadas instruções sobre como deveriam proceder, e lhes pediu que fizessem fiéis anotações de tudo o que observassem. Moisés queria deles um relatório minucioso da viagem: lugares, pessoas, vegetação, costumes, acidentes geográficos, língua, capacidade bélica, força militar, poder de resistência a um ataque estrangeiro. Afinal, tudo tinha de ser relatado.

 

Ao retornarem os DOZE ESPIAS ao acampamento de Israel, deram a Moisés e ao povo um detalhado relatório de viagem. Mas eles cometeram alguns erros grosseiros: (1) Deveriam fazer o relato primeiro a Moisés, em particular. Mas caíram no erro de fazer o relatório em público, em primeira mão, sem a necessária filtragem de notícias que poderiam causar confusão e medo na congregação. (2) Agiram de forma extremamente emocional, e pouco racional. Expressaram em público o medo deles; a incapacidade deles em vencer os inimigos. E fizeram isto de maneira emocional, sem expressar fé inteligente no Deus de Israel. Esse emocionalismo irresponsável contagiou negativamente o povo de Israel, como se fora um rastilho de pólvora. Eles acenderam na congregação de Israel um fogo emocional que não conseguiram apagar. E terríveis foram os resultados negativos para todo o povo de Israel. Estavam quase salvos; estavam quase dentro de Canaã, mas esse procedimento emocional irresponsável provocou a ira de Deus sobre eles, por causa da incredulidade deles, e toda a geração que tinha acima de vinte anos, quando saiu do Egito, teve de morrer no deserto, com exceção de Josué e Calebe, os quais agiram com fé e com racionalidade responsável em seu relatório, mas não conseguiram conter a maré de emocionalismo irresponsável que tomara conta da congregação de Israel. (3) Em momento algum os "espias" (sempre com exceção de Josué e Calebe) deram glória a Deus por os haver trazido para morar em uma região tão fértil e propícia para a agricultura e para a pecuária. O emocionalismo irresponsável os cegou completamente, não lhes permitindo ver a Graça divina em ação. Seus olhos ficaram fechados em relação à graça divina. Por tudo isso, e muito mais, um relatório que era para provocar alegria, entusiasmo e louvor a IAVÉ, terminou em tragédia nacional, em crise de relacionamento com Deus, e com a morte de toda uma geração no deserto.

 

Portanto, caros líderes, pastores e anciãos da IASD, tenham muito cuidado nos relatórios que fazem à congregação. Uma coisa é discutir os fatos em uma comissão de igreja, ou em uma Mesa Administrativa, onde o grupo é menor, e os temas podem ser discutidos com maior racionalidade e capacidade de análise. Outra coisa é discutir um relatório em plenário, onde o grupo é bem maior, e o emocionalismo pode colocar tudo a perder. Uma turba tomada pela emoção de uma palavra dita de maneira perigosa, e, muitas vezes, intencional e provocativa, torna-se uma multidão sem controle das emoções pessoais. Cuidado, portanto, com as coisas que serão relatadas, e a maneira como esse relatório será apresentado, e a pessoa que vai apresentar o relatório. O relatório precisa ser educativo e motivador dos melhores propósitos e planos. Relatórios negativos, duvidosos, sem as informações claras e corretas podem gerar um clima de reação negativa e emocional, causando confusão e tumulto.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS,         dias 14 e 15 de junho.

 

DANDO GLÓRIA A DEUS

 

Leitura bíblica do dia:  Atos 11:1 a 18.

 

Pedro foi chamado às falas, pela liderança da Igreja em Jerusalém, por haver entrado em casa de gentios e lhes haver pregado o Evangelho (leia Atos 10). Então Pedro se defendeu das acusações, dando à liderança da Igreja um relatório detalhado de tudo o que lhe acontecera, e de tudo o que ocorrera quando de sua estada na casa do centurião romano Cornélio, um gentio que se convertera em discípulo de Jesus. Quando a liderança da Igreja, em Jerusalém, ouviu o relato dos fatos, como Pedro lhes apresentou, deu glória a Deus pela conversão também dos gentios. Foi importante, para Pedro, para a liderança da Igreja em Jerusalém, e para toda a Igreja, o relatório que Pedro apresentou. A partir daí, os líderes da Igreja, em Jerusalém, tiveram a confirmação de que Deus "não faz acepção de pessoas" (Romanos 2:11), e também aos gentios deve ser pregado o Evangelho da salvação em Jesus Cristo.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

Diretor do site missionário www.averdaderevelada.com.br

 

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