quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

IMORALIDADE NA FRONTEIRA

Verso para Memorizar: "Não pratiquemos imoralidade, como alguns deles fizeram, e num só dia morreram vinte e três mil."  I Coríntios 10:8, NVI.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA:  Números 25 e 31; Deuteronômio 21:10 a 14; I Coríntios 10:1 a 14; Apocalipse 2:14.

 

INTRODUÇÃO

 

O que Balaão não conseguiu fazer contra Israel, em suas tentativas de amaldiçoar o povo de Deus, conseguiu mediante engodo e sedução. Os moabitas, aconselhados por Balaão, proclamaram uma festa, e para ela convidaram os israelitas, numa política de boa vizinhança. Todos podiam vir a esta festa, e tudo lhes seria gratuitamente concedido: danças, bebidas, alegria, descontração, mulheres bonitas, rapazes bem apessoados, e música, muita música, num verdadeiro carnaval moabita. E o povo de Israel foi à festa em Moabe. Foram aos milhares. Cantaram, dançaram, riram muito, beberam muita bebida, e foram promíscuos sexuais. Eles se esbaldaram naquela festa. Tudo em homenagem a Baal, deus da fertilidade.

Deus ficou irado contra a luxúria de Israel. Deus não deixaria impunes os rebeldes e promíscuos israelitas. E logo a punição divina se fez sentir sobre os desobedientes e infieis. Quase 24.000 israelitas foram mortos como culpados de terem pecado contra Deus.

A lição desta semana focaliza este episódio triste de profanação ao Senhor, e de desobediência aberta e voluntária contra os mandamentos de Deus. Fique atento aos detalhes.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 06 de dezembro.

 

SEDUÇÃO

 

Leitura Bíblica: Números 25:1 a 3.

 

SEDUÇÃO, a arma usada por Satanás para levar Eva a pecar contra Deus e contra si mesma, lá no jardim do Éden, agora funcionou perfeitamente ao ser usada por um profeta em apostasia. Balaão aconselhou ao rei Balaque a armar uma cilada contra Israel. Não seria bom para Balaque o confronto direto contra Deus e Seu povo. Um convite para uma grande festa seria uma arma mais poderosa e politicamente correta. Era uma festa consagrada a Baal, o deus da fertilidade entre eles. Uma festa regada a bebida, muita bebida; com muita música animada, de ritmo acelerado; muita mulher bonita e muito rapaz saradão. Todos os atrativos necessários para seduzir os israelitas. E estes vieram para a festa de Baal. Vieram aos milhares. Não quiseram saber se era festa sagrada ou profana, ou ambas as coisas. Queriam diversão, alegria, movimento, muito barulho. Queriam soltar as amarras. Queriam fugir da monotonia do deserto. Queriam movimento, ritmo, ação. Queriam algo diferente daquilo que havia dentro dos arraiais do povo de Deus. Queriam algo mais animado, mais quente, mais liberal e liberado. E o povo pecou sem limites! A sedução aconselhada por Balaão funcionou muito bem. Milhares de israelitas, homens e mulheres, aos milhares, vieram para a festa e pecaram até não querer mais. Muito sexo, muita bebida, muita comida, muita música. Tudo de graça para todos. Essa mesma arma mortífera de Satanás, a SEDUÇÃO, funciona até hoje muito bem, e tem levado milhares de adventistas à apostasia e ao pecado contra a Lei de Deus. Milhares já deixaram a igreja, e hoje penam pelo mundo a fora, porque se deixaram seduzir por essas coisas das quais o mundo está cheio: música ritmada e frenética, bebida, dança, alarido, homens e mulheres livres para pecar sexualmente, liberalidade, liberdade ilimitada. E milhares de adventistas seguem esse programa de vida, no Brasil e no mundo, achando tudo isso um "barato". O diabo sabe o que faz, e faz bem feito, visando, "se possível, enganar os próprios eleitos" (Mateus 24:24), disse Jesus.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 07 de dezembro.

 

ATRÁS DOS BASTIDORES

 

Leitura Bíblica: Números 31:16; Apocalipse 2:14.

 

Quem estava por trás dos bastidores, sendo o idealizador da festa a Baal, que levou milhares de israelitas ao pecado?  Balaão, o ex-profeta do Senhor. Sim, aquele mesmo que o rei moabita Balaque quis contratar para que ele amaldiçoasse a Israel, mas o Deus de Israel não o permitiu, e ele ficou zangado, pois perdeu muito dinheiro e bens com a recusa do Senhor. Às escondidas, sem mais pedir conselho ao Senhor, e se considerando livre da monitoração de IAVÉ, Balaão viu nessa festa a oportunidade ideal para ganhar o dinheiro fácil que Balaque lhe oferecera. Ele sabia que poderia ficar rico com esse dinheiro, e não iria perder essa oportunidade que lhe era oferecida. Antes, Balaque fora à procura de Balaão, pedindo a este que amaldiçoasse Israel. Mas o Senhor Se interpôs no caminho de Balaão e o impediu de amaldiçoar o povo em Aliança com Deus. Agora, Balaão insiste no assunto, à revelia de Deus, e vai a Balaque, rei dos moabitas, e lhe oferece um PROJETO FESTA A BAAL, no qual incluía convites aos israelitas para que viessem se divertir um pouco em Moabe; afinal, ninguém é de ferro! Balaque gostou do projeto e contratou Balaão para ser o executor, pagando-lhe boa soma em dinheiro. E o projeto foi um sucesso total. Os israelitas vieram à festa em homenagem a Baal, e deixaram o Deus de Israel de lado. Milhares deles vieram adorar Baal e se divertir em sua festa demoníaca. Foi um carnaval e tanto. Balaão estava muito feliz, pois seu projeto foi um sucesso. Balaão usou muitas mulheres para atraírem os israelitas. Milhares delas, bonitas, faceiras e que facilmente se entregavam para fazer sexo, de forma livre e gratuita, sem escrúpulo nenhum. Era só querer e fazer. Coisas incríveis acontecem na vida de uma pessoa que abandona ao Senhor e segue a Satanás e o mundo. O pecado lhe parece mais fácil. Ganha dinheiro fácil; faz sexo fácil; bebe facilmente e se prostitui, física e espiritualmente com toda facilidade. Assim ocorreu com Israel, no deserto; assim acontece, hoje, com milhares de adventistas. A história de apostasia se repete hoje na e com a Igreja de Deus.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 08 de dezembro.

 

PECADO E CASTIGO

 

Leitura Bíblica: Números 25:4, 5, 8 e 9.

 

Deus não brinca com o Pecado. Deus não considera o Pecado como coisa simples, sem importância. Para Deus, sempre, o "salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23, primeira parte). E "a alma que pecar, essa morrerá" (Ezequiel 18:4), mais cedo ou mais tarde.

 

No passado, em toda a história de Israel, em sua relação de Aliança com Deus, o Pecado foi tratado como inimigo, e os pecadores foram punidos. Às vezes, a punição foi imediata, com pena de morte também imediata. Depois, aproximando-se do tempo da chegada do Messias-Cristo Jesus de Nazaré a Israel, a pena de morte imediata continuou a ser aplicada em casos mais escandalosos de pecados em flagrante. É muito importante que você pense no que declara Salomão: "Visto como não se executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal." Eclesiastes 8:11, grifos nossos. Essa declaração de Salomão confirma o que afirmei acima, pois nos tempos de Salomão a lei do "olho por olho e dente por dente" já não era aplicada com tanto rigor. Salomão está deplorando isto. A punição imediata ao pecado não acaba com o pecado, mas serve de pedagogia a todos os pecadores, ensinando-os a levarem o pecado a sério e temerem suas imediatas consequências. Quando essa punição com pena de morte não é imediata, os pecadores se sentem livres e ousados para pecarem de forma mais escandalosa e aberta, à vista de todos. Também, se Deus aplicasse a pena de morte imediata aos pecadores, nenhum de nós estaria vivo hoje. Deus sempre sabe o que faz. Deus puniu nossos pecados em Jesus Cristo, entregando Seu Filho para morrer por nós e em nosso lugar. Isto foi a Graça misericordiosa de Deus, dando aos pecadores oportunidade e motivo para se arrependerem de seus pecados (Romanos 2:4). Mas alguns fazem uso da GRAÇA de Deus como se fosse uma porta aberta e uma autorização divina para pecarem mais ainda. Leia o que Paulo escreveu: "Permaneceremos no pecado para que seja a Graça mais abundante?"  Sua resposta imediata e definitiva foi: "DE MODO NENHUM!" Romanos 6:1, grifo nosso.

 

Em relação ao pecado dos israelitas naquela festa profana a Baal, a ordem de Deus a Moisés foi: "...Cada um mate os homens de sua tribo que se juntaram a Baal-Peor. ...Os que morreram da praga foram vinte e quatro mil." Números 25:5 e 9. Nesse episódio triste de apostasia e desobediência, destacou-se FINEIAS, filho de Eleazar e neto de Arão. O jovem sacerdote Fineias não suportou ver um israelita apóstata, num gesto tresloucado e insolente, trazendo uma mulher midianita para sua tenda, para fazer sexo louco com ela. Fineias não teve dúvidas: tomou uma lança e cravou o homem e a mulher ao solo, matando-os. Logo que ele agiu assim, zelando pela disciplina e pelo no do Deus de Israel, o Senhor fez cessar a praga e a matança em Israel. Fineias recebeu elogios de Deus por haver agido assim. Também hoje, muitos membros da igreja fazem loucuras dentro e fora da igreja e ficam impunes, levando a congregação a ser conivente com os pecados que ali acontecem. A frouxidão na disciplina, permitida e até incentivada por muitos pastores e anciãos, seguindo a filosofia do politicamente correto, e a diplomacia de ficar de bem com todos, sem importunar os irmãos, tem deixado muitas de nossas congregações locais à deriva, sem disciplina alguma, e cada um faz o que quer, e procede sem medo de ser chamado às falas. Também muitos irmãos que possuem dinheiro e nome na igreja se sentem livres para pecar, e os que dirigem a Obra de Deus têm medo desses "donos da igreja", ou dizimistas especiais, que dão grandes somas para a igreja. Os pecados deles são tratados com maior leniência do que os pecados dos mais pobres. Tudo isto está acontecendo em nossa Igreja, no Brasil e no mundo. Precisa-se de muitos Fineias na Igreja. É lógico que não se deve usar nunca a violência na disciplina eclesiástica, mas também nunca se deve deixar os membros da Igreja sem disciplina alguma. Ambos os extremos são perigosos e devem ser evitados. Mas que se tem de levar o pecado dos membros da Igreja mais a sérios, isto tem de ser feito logo. Fica aí o desafio para pastores e anciãos de nossas igrejas. Lembrem-se do zelo santo de Fineias, um homem de Deus, fazendo a coisa certa no tempo certo. E Deus o abençoou por isto!

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 09 de dezembro.

 

PECADO ABERTO

 

Leitura Bíblica:  Números 25:6 a 18.

 

"Aberto" ou "fechado", o Pecado é sempre pecado aos olhos de Deus. A diferença que existe entre um tipo e outro de pecado é que o "pecado aberto" traz mais escândalo para a Igreja do que o chamado "pecado fechado", ou às escondidas. Há pessoas mais sutis na arte de pecar, e pecam com mais arte e sutileza, mantendo uma aparência de pureza e retidão; é o chamado "hipócrita". Há pessoas, por outro lado, mais atrevidas e ousadas na arte de pecar, e não se importam com a opinião alheia sobre suas ações; sentem-se livres para pecarem livre e abertamente, aos olhos de todos. Ambos os grupos de pecadores estão agindo contra a Lei de Deus e se destruindo a si mesmos. Pecado é sempre Pecado. Não tente se enganar a si mesmo, racionalizando a respeito do modo como seu pecado foi cometido. Sempre se faz necessário que o pecador se arrependa de seu pecado, confesse-o a Deus e abandone o pecado (Provérbios 28:13).

O texto citado acima, Números 25:6 e 7, menciona o pecado de um israelita chamado "Zinri" com uma mulher midianita chamada "Cosbi" (Nm 25:14). Este foi um "pecado aberto", à vista de todos, pois muitos viram quando ele entrou na barraca já bêbado, trazendo consigo uma mulher midianita, e se pôs a fazer sexo com ela na barraca. Foi um ato atrevido e desafiador perante Deus. Fineias viu aquilo e partiu para a disciplina, pois ele era um pastor em Israel. Fineias era sacerdote de seu povo e lidava com os pecados deles no Santuário. Fineias, como pastor da igreja, viu que não podia deixar aquele membro de sua igreja pensando que podia pecar irrestritamente, sem sofrer a devida disciplina. Ele aplicou a disciplina orientada pelo "manual" da igreja de seu tempo (Êxodo 20:3 a 17 e Levítico 20). Uma pergunta aos leitores deste comentário: Como você costuma pecar: de maneira aberta, ou de maneira fechada? Você gosta de pecar sutilmente, ou abertamente?  Pense nisto.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 10 e 11 de dezembro.

 

DESTRUIÇÃO DOS MIDIANITAS

 

Leitura Bíblica: Números 31.

 

"Disse o Senhor a Moisés: Vinga os filhos de Israel dos midianitas; depois serás recolhido ao teu povo." Números 31:1 e 2.

 

Esta ordem radical de Deus contra os midianitas era ainda reflexo do que as mulheres midianitas tinham feito na festa de Baal-Peor, levando milhares de israelitas ao sexo promíscuo. Os midianitas eram povos cananitas, cujos pecados se acumularam até aos céus e reclamavam punição e aniquilamento, à semelhança de Sodoma e Gomorra. Talvez esta ordem divina para aniquilar pela morte os midianitas pareça radical a muitos que leem a Bíblia hoje. E é de fato. Deus foi radical, pois a Justiça de Deus exigia que assim o fosse, devido aos cuidados de Deus com Israel, um povo em Aliança com o Senhor. Israel era uma Teocracia. Deus era o Comandante e Rei de Israel. Os midianitas eram inimigos de Israel, e lutavam pela destruição total de Israel. Ou Israel ficaria existindo, ou os midianitas ficariam existindo. O Plano de Deus para o planeta Terra incluía Israel, povo em Aliança com IAVÉ. Esta fora a promessa de Deus a Abraão (Gênesis 15 a 17). Todos os inimigos de Israel, que não aceitassem a existência de Israel na Terra, não aceitando a coexistência pacífica com Israel, deveriam ser eliminados, para que Israel vivesse em paz com todas as demais nações ao redor. Os midianitas não aceitavam essa coexistência pacífica com Israel. Deus, o Autor da vida, e Senhor e Rei de Israel, ordenou que os midianitas fossem aniquilados. O Messias nasceria de Israel. Portanto, Israel deveria ser deixado livre para existir, pelo menos até à chegada do Messias a Seu povo, para o libertar e salvar. Deus não abriria mão dessa promessa feita a Abraão. Se alguma nação da Terra se opusesse a esse projeto divino, lutando pela aniquilação de Israel, deveria ser derrotado e aniquilado no campo de batalha. Depois do Sacrifício de Jesus na Cruz, e tendo sido feita a Nova Aliança no sangue de Cristo, todas as nações da Terra (Apocalipse 14:6 a 12) são chamadas a se unirem ao Rei Messias-Cristo, quer seja Israel étnico, nacional, quer sejam os gentios, ou seja, as demais nações. O Rei Messias-Cristo quer ser Rei para todos, e entrar em aliança de paz com todos os povos da Terra (leia Efésios 1 e 2). "Quem crer [no Rei Messias-Cristo e em Sua Obra de Redenção] e for batizado [imerso em água, como demonstração pública do discipulado cristão] será salvo. Quem, porém, não crer será condenado [à morte eterna]" Marcos 16:15 e 16, interpolações e comentários nossos. O Israel étnico, nacional, que vive hoje na Palestina não é mais um povo em Aliança com o Senhor, pois a Antiga Aliança, feita pelo Israel étnico, nacional, caducou e expirou. A partir da morte-ressurreição do Rei Messias-Cristo Jesus de Nazaré, somente os que aceitam participar, pela fé, da Nova Aliança em Jesus é que são salvos da morte eterna e do aniquilamento final. Todos os demais que recusam fazer parte, pela fé, da Nova Aliança em Jesus, israelitas e não israelitas, serão aniquilados a partir da Batalha do Armagedom (leia Apocalipse 16 a 20). Somente o REMANESCENTE FIEL, em Israel e nas demais nações da Terra, é que será salvo deste aniquilamento final (Romanos 9:27 e Apocalipse 14:12 e Ap 20). A Justiça Vindicativa de Deus, em Jesus Cristo, salvando todo o que nEle crê e dEle se torna discípulo, será a Justiça Punitiva de Deus, castigando os rebeldes e infieis, destinando-os ao aniquilamento eterno. Deus e Sua Justiça estão no comando de tudo. A Ele, portanto, nos convém crer e se apegar. Nisto reside nosso êxito e nossa vida eterna. Amém!

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho



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