segunda-feira, 27 de setembro de 2010

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 1 DA ESCOLA SABATINA


 

 

TEMA GERAL DO TRIMESTRE: 

"FIGURAS DOS BASTIDORES"

 

 

LIÇÃO 1

 

HISTÓRIA E HISTÓRIAS

 

Verso para Memorizar: "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra."    II Timóteo 3:16-17.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: Gênesis 39:6 a 12; Josué 3:9 a 17; I Samuel  24:1 a 6; I Reis 12:1 a 16; Jô 1:1 a 12.

 

INTRODUÇÃO

 

Estamos iniciando o QUARTO TRIMESTRE de 2010, e, com ele, o estudo de um novo conjunto de lições semanais da Escola Sabatina.

 

O Tema Geral das lições é: "FIGURAS DOS BASTIDORES". Será um trimestre repleto de histórias bíblicas, histórias essas que trazem para nós belas lições de vida, e nos ajudarão a crescer na vida espiritual.

 

Quando eu estudei Teologia, no Educandário Nordestino Adventista (ENA), na década de setenta, havia um professor muito amado por todos os alunos, chamado José Monteiro, que costumava dizer, filosoficamente: "Por trás de cada história há uma outra história: a História de Deus." E ele nos explicava sua reflexão, e nós ficávamos contentes em receber tamanha lição de sabedoria.

 

Essas histórias bíblicas sobre as quais estaremos estudando nesse novo trimestre vão nos mostrar que por trás de cada uma dessas histórias sobre homens, países e acontecimentos, está a ação de um Deus poderosíssimo que acompanha atentamente nossa história, e muitas vezes interfere em nossa história, visando sempre nossa felicidade e bem-estar. Nunca se esqueça de um fato real: Todas as histórias narradas na Bíblia fazem parte de um contexto cósmico bem mais amplo do que as pessoas e fatos visíveis narrados na história. Está em desenvolvimento um grande conflito cósmico, universal, entre Deus e Seus anjos e homens associados contra Satanás, seus anjos e homens associados. Eu e você, ao vivermos e agirmos na Terra, estamos, pelas nossas escolhas e decisões, participando desse grande conflito cósmico, ficando ou ao lado de Deus (Pai, Filho e Espírito Santo), ou ao lado de Satanás, o adversário de Deus. Não há pessoas neutras em relação a este grande conflito cósmico. Portanto, fique atento ao assunto e aprenda profundas lições de vida e salvação.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, 26 de setembro.

 

PESSOAS E ENREDOS

 

Leitura Bíblica do Dia: II Reis 22:14.   Jó1:1 a 12.

 

A história de Jó revela a todos nós, hoje, coisas que nem o próprio Jó entendeu em seus dias. Nem Jó, nem sua esposa, nem seus melhores e mais íntimos amigos souberam definir o por quê de estar acontecendo a Jó aqueles fatos desagradáveis. Somente a revelação divina conseguiu explicar as razões da tragédia que se abateu sobre Jó. Nós, humanos, vemos somente o que os nossos olhos enxergam. Não conseguimos ver os "bastidores" da existência humana.

 

Jó 1:1 a 12 narra que houve, no Céu, um encontro entre Deus e Satanás. Então Deus perguntou a Satanás:

-- Donde vens?

Satanás respondeu a Deus:

-- Venho de rodear a Terra e passear por ela.

Deus, então, pergunta a Satanás:

-- Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na Terra semelhante a ele: homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal.

Satanás, revelando que já conhecia Jó, respondeu a Deus:

-- Porventura, Jó, de fato, teme a Deus? Acaso não cercaste com sebe, a ele, a sua casa e tudo quanto ele tem? A obra das suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na Terra. Estende, porém, a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto ele tem, e verás se ele não blasfema contra Ti, na Tua face.

Então o Senhor Deus disse a Satanás:

-- Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão.

 

E Satanás saiu rápido da presença de Deus, para atacar a Jó, e lhe tirar todos os seus bens, matando inclusive seus filhos e filhas.

Note você que o debate entre Deus e Satanás acontece no Céu, como parte do grande conflito cósmico, e Jó é envolvido diretamente, sem o saber. Satanás pôs em dúvida a honestidade da adoração de Jó a Deus. Satanás deixou claro o que ele achava da questão. Ele disse a Deus que Jó somente adorava e servia a Deus porque fora ele abençoado por Deus com muitas riquezas. E que se Deus tirasse de Jó os bens materiais, Jó se voltaria contra Deus, pronunciando blasfêmias e impropérios. Então Deus aceita o desafio lançado por Satanás, e permite que Satanás atribule a vida de Jó, tirando-lhe todos os seus bens materiais, inclusive matando seus filhos e filhas. E Satanás corre para fazer sua obra maligna contra Jó, visando desmascarar Deus, tentando provar que Deus Se engana e não sabe bem o que se passa com os humanos.

 

Jó era inocente a respeito do que se passava nos bastidores de sua história. Deus e Satanás estavam disputando sobre Jó. E Deus foi vitorioso nesse debate, pois o Livro de Jó revela o final da história, e mostra que Jó provou, diante do Universo, que era um homem completamente convertido em servo e adorador de IAVÉ. E que sua fé em Deus não existia somente porque Deus o abençoara, mas que Deus o abençoara devido à sua fé real, honesta e bem firmada no Senhor. A vitória de Jó, na Terra, ficando fiel a Deus, significou, no Céu, a vitória de Deus sobre Satanás. Deus foi vindicado na fidelidade total de Jó a Deus, pela decisão diária de Jó em não se rebelar contra Deus, mesmo que ele não soubesse explicar o porquê daqueles fatos trágicos que lhe aconteceram. O silêncio de Deus perturbou Jó, mas não o fez renunciar a fé. O silêncio de Jó fez Deus falar, e mostrar a Jó que Ele, Deus, continuava no comando da situação e da história.

 

A história de Jó revela a todos nós, humanos moradores da Terra, que tudo o que fazemos por aqui revela a todo o Universo de que lado estamos, e a quem seguimos, no grande conflito cósmico entre Deus e Satanás. Estamos do lado de Deus e do Bem; ou estamos do lado de Satanás e do Mal? Precisamos definir isto em nossa vida diária com muita clareza.

 

A segunda história revela que Deus usa, no tempo devido, humildes servos Seus, pessoas que não se aliam entre os grandes da nação. A profetiza Hulda nunca escreveu um dos livros do Antigo Testamento. Seu nome aparece somente neste relato. No entanto, a obra que ela realizou em Israel, nos dias do rei Josias, motivou uma das maiores reformas religiosas que aconteceram ao povo de Israel, desde sua saída do cativeiro egípcio. Ela interpretou a Lei (Torah) para os mensageiros que o rei Josias enviou à sua casa, em busca de informações sobre o significado de um velho e roto livro encontrado nas ruínas do templo de Jerusalém. Foi a partir desse fato, que a profetisa Hulda apareceu em cena, e seu nome se tornou destaque em Israel.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 27 de setembro.

 

ONDE E COMO?

 

Leitura Bíblica do Dia: Gênesis 39:6 a 12; Rute 4:1 e 2. I Samuel 24:1 a 6;

 

A lição de hoje focaliza três histórias bíblicas bem interessantes:

 

  • José e a mulher de Potifar, oficial do rei Faraó, do Egito.
  • Rute, a moabita e o judeu Boaz.
  • Davi e Saul.

 

Na primeira história, envolvendo o jovem escravo israelita José, bisneto de Abraão, e a esposa de Potifar, destacado oficial de Faraó, rei do Egito, revela a maneira honesta e fiel como procede um jovem adorador de IAVÉ. José aprendeu, na casa de seu Pai, Jacó, que o sexo deve ser praticado dentro do casamento. Fora do casamento, a prática do sexo é pecado contra Deus e contra o próprio ser humano, pois viola princípios elementares de pureza moral, honra e dignidade da pessoa humana. A mulher de Potifar, vinda de algum país politeísta, hedonista, entendia que essas coisas de pureza moral, fidelidade conjugal ou coisas semelhantes a essas não deveriam ser levadas ao pé-da-letra. Essas coisas dependiam dos sentimentos e vontade de cada um. José seguia os absolutos de Deus. A mulher de Potifar seguia filosoficamente o relativismo moral, coisa tão destacada em nossa era de posmodernismo. José preferiu ficar do lado de Deus, no grande conflito cósmico, mesmo que tivesse de sofrer as consequências de sua decisão. Era um jovem que sabia o que queria, e estava pronto a viver e morrer por aquilo em que ele acreditava, sem timidez, sem medo das consequências. José foi o vitorioso nesse embate, e nos deixou excelentes lições de vida.

 

Rute, a moabita, tinha sido, desde cedo na vida, separada para ser oferecida no altar do ídolo principal lá de Moabe. No entanto, Rute se apaixonou por um judeu que tinha ido morar em Moabe, e com ele se casou. Depois de alguns anos, seu esposo faleceu ainda jovem, e ela ficou viúva. Sua sogra, Noemi, perdeu seu esposo e seus dois filhos. Isto a fez decidir voltar para a terra de Judá, para os seus parentes e amigos. Noemi aconselhou a suas duas noras, Orfa e Rute, a ficarem em Moabe, com seus parentes. Orfa aceitou o conselho da sogra, e voltou à casa de seus pais. Rute, ao contrário, tomou a decisão de seguir com a sogra para o território de Judá, em Israel. E assim aconteceu. Em ali chegando, Noemi aconselhou Rute a buscar alguma comida nas roças de trigo e cevada que havia ali por perto de sua casa. Rute, sem saber, chegou à roça de Boaz, um parente do esposo de Noemi, e um dos resgatadores do patrimônio da família de Noemi, pois as terras deles estavam nas mãos dos credores. Boaz tratou Rute com amor e misericórdia, e isto os levou a se aproximarem e se casarem. Depois de casados legalmente, nasceu-lhes um filho chamado Obede, que veio a ser um dos ancestrais do rei Davi. Por isso, Rute e Obede fazem parte da genealogia humana de JESUS, o Filho de Deus (leia Mateus 1:1 a 13). Nota-se nisso a bondade e a misericórdia de Deus. Também notamos a universalidade da Graça divina em favor de todos os humanos pecadores. Uma moabita, gentia, se torna ancestral do Messias. Uma anônima estrangeira entra para a história da vida do Messias, o Rei Libertador e Salvador de Israel e de todos os humanos. Maravilha do amor de Deus!

 

A terceira história focaliza Davi e Saul. Saul fora escolhido e ungido rei para todo o Israel. Mas Saul se mostrou de caráter falho, escorregadio, e constante em desobedecer as ordens divina. Ele cumpria a ordem divina pela metade e se sentia satisfeito com isso. Saul foi diversas vezes repreendido pelo profeta Samuel, por causa desse defeito de caráter, mas não se corrigiu. Davi foi o escolhido de Deus para ser o sucessor de Saul. Isto foi feito às escondidas, para que Saul não soubesse que seu sucessor já estava escolhido e ungido para ser o futuro rei de Israel. Mas depois que Davi venceu o grandalhão Golias, o filisteu, e seu nome se tornou destaque em Israel, todos já imaginavam que Davi seria o sucessor de Saul. Davi saía vitorioso em todos os empreendimentos militares nos quais o rei Saul o envolvia. As mulheres em Israel cantavam que Saul matou milhares, mas Davi matara dezenas de milhares. Esses cânticos encheram Saul de ciúmes e pensamentos ruins contra Davi, seu fiel guerreiro. Então Saul decidiu que mataria Davi a qualquer custo. A vida de Davi se tornou um inferno. Ele era perseguido dia e noite por Saul e seus soldados. Ninguém podia dar abrigo a Davi, em Israel, nem alimentar a ele e  suas tropas de fugitivos. Numa dessas perseguições de Saul a Davi, relatada em I Samuel 24:1 a 22, o rei Saul entrou numa caverna, sem saber que Davi estava na mesma caverna, aliviando o ventre. Davi sai da caverna, e vê o rei dormindo ali, pois estava muito cansado. Davi pensou em matar o rei e acabar seu próprio sofrimento e as perseguições. Mas vieram à mente de Davi algumas reflexões éticas e espirituais, pois aquele homem, Saul, mesmo agindo de forma errada, era seu rei, o rei de Israel, e um ungido de Deus para aquele ofício, e somente Deus deveria tirá-lo do trono, pois fora Deus que o pusera ali. Davi agiu com honra e dignidade. Ele apenas corta um pedaço da "orla do manto" de Saul, como prova de que estivera ali na caverna, tivera a oportunidade de matar o rei, e nada fizera contra ele. Isto era uma prova das boas intenções de Davi em relação a Saul. Agindo assim, Davi revelou a todos, aos de seu tempo e aos de hoje, que leem a Bíblia, que a ética e a honra são mais importantes do que as conquistas sociais, políticas e materiais. É mais importante fazer o que é certo, porque é certo fazer, na hora certa, do que agir por precipitação e por emocionalismo, fazendo coisas que engrandecem a si mesmo, mas que não são eticamente corretas.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 28 de setembro.

 

DA VITÓRIA À IDADE DAS TREVAS

 

Leitura Bíblica do Dia: Êxodo 14; Josué 3:9 a 17; Juízes 1:27 e 28; Juízes 17:6.

 

Depois de quarenta anos de caminhada em direção a Canaã, finalmente Israel chegou à terra que Deus lhes prometera dar, terra fértil e produtiva. Por Seu poder, Deus abriu diante de Israel as águas do rio Jordão, e por ali fez passar a Israel a pé enxuto, pelo meio do rio. Todo o povo de Israel cantou a grande vitória do Senhor. No entanto, nem tudo foi louvor o tempo todo. Havia muito território para ser conquistado, e era necessário que Israel ficasse todo o tempo bem firmado na fé em IAVÉ, pois somente do Senhor vem a vitória e a Salvação. Mas Israel não ficou firme na fé no Deus que lhes abrira o Mar Vermelho e o rio Jordão. Israel confiou em si mesmo, e desprezou ao Deus de Israel. Com essa apostasia quase generalizada, Israel começou a sofrer derrotas, e não expulsou por completo os inimigos dos territórios que deveria ocupar. E esses povos politeístas, inimigos de Israel, se tornaram constante dor de cabeça aos israelitas. Também a cultura religiosa deles, politeísta, animista e panteísta, foi aprendida pelos israelitas, os quais passaram a cultuar os deuses que não eram deuses. A idolatria reinou entre os israelitas. Eles passaram do templo glorioso das conquistas e das vitórias sobre seus inimigos, pelo poder de Deus, para um tempo de apostasia, derrotas e negação da fé no Deus que salva e liberta. Foram da Luz para as trevas em pouco tempo. Israel passou a viver como escravo de reis gentios, dependendo do favor deles, por se recusarem a viver pela fé, na dependência do Deus de Israel. Fica, para todos nós, o exemplo e o testemunho do que acontece a toda uma comunidade de pessoas, quando esta, depois de ser iluminada pela luz da Verdade vinda de Deus, renega essa luz e essa verdade, e aceita ser dominada pelas trevas da mentira, do engano e da sedução do diabo. Exatamente isto é o que ocorre a uma pessoa, a uma família ou a uma igreja que abandona a Luz vinda de Deus, e aceita as trevas do engano e da apostasia.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 29 de setembro.

 

SOBRE REIS E PRÍNCIPES

 

Leitura Bíblica do Dia: I Samuel 8:1 a 7; I Samuel 10:1; 15:3 a 9; 31:1 a 6; I Reis 2:1 a 11; 3:1 a 13; 11:1 a 42.

 

Os israelitas olhavam as nações ao seu redor, e viam que todas elas tinham um rei para lhes governar o destino. Somente Israel parecia ser governado por um Juiz, o qual já estava idoso. Então os mais afoitos em Israel foram até ao profeta e juiz Samuel, e lhe disseram que queriam ser governados por um rei. Samuel ficou triste com esse pedido, pois até ali o Senhor não lhe informara sobre este assunto. Samuel consultou ao Senhor, e Deus lhe disse que escolhesse um rei para Israel, conforme o povo pedira. Saul, criador de animais e agricultor da tribo de Benjamim foi escolhido e ungido para ser o primeiro rei em Israel. Saul se revelou um homem fraco de caráter, e não cumpria as ordens de Deus em sua totalidade. Ele fazia as coisas do jeito que ele queria, e não do jeito que Deus mandava. Saul seguia a filosofia do "eu acho...", ou "eu penso...", tão comum entre os cristãos de hoje. Em vez de seguirem todos os cristãos um "assim diz o Senhor...", cada um segue o que sua mente e consciência manda, mesmo que isto signifique violação a uma ordem divina. Mesmo em nossa igreja essa filosofia tem muitos seguidores. Mesmo no ministério pastoral e no ancionato essa filosofia de procedimento do rei Saul encontra muitos admiradores. Fazer as coisas que Deus manda fazer não do jeito que Deus mandou, mas do jeito que cada um acha que deve fazer.

 

Davi foi o escolhido de Deus para substituir Saul como rei para Israel. Davi nem sempre agiu conforme a vontade de Deus. Cometeu horríveis pecados. Adulterou, assassinou inocentes e desobedeceu a Deus em várias ocasiões. O que havia de diferente em Davi era sua prontidão para se arrepender e aceitar a disciplina do Senhor. Quando Saul pecava contra uma ordem divina, e Deus lhe mandava uma repreensão, Saul se justificava a si mesmo e não aceitava a repreensão de Deus. Davi, ao contrário, sempre que confrontado com seu erro pedia perdão a Deus, e aceitava com humildade a disciplina que Deus lhe dava. Saul representa todas as pessoas, dentro e fora da Igreja, que sempre estão justificando seus erros, achando que Deus está enganado em relação à sinceridade de propósito delas. São pessoas que fazem as coisas do jeito que querem, à revelia de Deus, mas sempre têm uma justificativa a dar a Deus, querendo forçar Deus a aceitar suas ações como sendo o melhor que têm a dar. É a famosa oferta de Caim. Davi representa os pecadores, dentro e fora da Igreja, que são apanhados cometendo erros, recebem a repreensão divina, reconhecem seus erros, arrependem-se, pedem perdão a Deus e procuram seguir, dali em diante, fazendo as coisas do jeito que Deus quer. Estes são os seguidores e imitadores de Abel.

 

Deus sabe que todos nós erramos. Deus está aberto a dialogar com os pecadores. Deus chama os pecadores para junto de Si, e lhes pede: "Vinde e arrazoemos..." (Isaías 1:18). Deus quer trocar ideias com os pecadores; quer ouvir suas confissões; que saber o que eles pensam sobre a vida, sobre Deus, sobre liberdade, sobre adoração, e tudo o mais. Porém, o que mais aborrece a Deus é o orgulho e a hipocrisia dos pecadores. É a falsidade e falta de honestidade no relacionamento Deus-homem. Você erra, comete pecado contra Deus, nega fazer as coisas do jeito que Deus manda, e, ainda assim, vem para Deus cheio de argumentos, tentando justificar seus erros, querendo quase dizer a Deus que Ele está enganado sobre o assunto em discussão. Isto aborrece a Deus. Mas quando o pecador erra e, ao ser repreendido e censurado por Deus, reconhece seu erro e arrepende-se, reconhecendo que Deus está certo e que ele está errado, Deus Se abre em sorriso de alegria e aceitação desse pecador que se humilha diante da face do Senhor e reconhece suas falhas de caráter. Este pecador sai da presença do Senhor perdoado, justificado, aceito e salvo.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 30 de setembro e 01 de outubro.

 

O ERRO DE ROBOÃO

 

Leitura Bíblica do Dia: I Reis 12:1 a 16.

 

Roboão era filho de Salomão. Roboão sucedeu a seu pai no trono de Israel. Roboão era ainda jovem quando começou a reinar. Quando estava para iniciar seu reinado, Roboão consultou os conselheiros do reino, homens idosos, experimentados na arte de aconselhar o rei Salomão na administração da justiça em Israel. Roboão perguntou a esses conselheiros idosos e experientes a respeito de como deveria tratar as pessoas durante seu reinado em Israel. Deveria ser um rei tirano, excessivamente severo, um ditador sem misericórdia? Ou deveria ser um rei bondoso, justo, tratando o povo com amor, misericórdia e brandura, aliviando-lhes a pesada carga de impostos e tributos que o rei Salomão impusera ao povo? Os conselheiros idosos, experientes, aconselharam Roboão a ser um rei bondoso, a tratar o povo com bondade e lhes aliviando a carga de impostos e tributos. Roboão os ouviu, mas ainda não ficou satisfeito com o conselho deles. Então Roboão decidiu ouvir seus jovens amigos, jovens de sua idade, de sua geração, inexperientes, pessoas que nunca administraram nada na vida. Esses jovens aconselharam Roboão a ser um rei severo, ditador, insensível às dores e sofrimentos do povo, e que deveria aumentar a carga de impostos e tributos cobrados dos cidadãos. Roboão tomou a infeliz e desastrada decisão de desprezar os conselhos dos conselheiros experientes, e seguir os conselhos de seus jovens e inexperientes amigos. Foi um desastre completo. Surgiu um cidadão chamado Jeroboão, um servo do rei Salomão que fugira para o Egito, pois Salomão prometera matá-lo, e este moço liderou uma revolta contra Roboão, filho de Salomão, até como vingança contra o que Salomão lhe fizera. E sua rebelião teve sucesso. Roboão teve de fugir às pressas para não ser morto. Jeroboão conseguiu dividir o reino, criando, na região norte, com sede em Efraim, e com capital em Samaria, o Reino de Israel. Roboão ficou reinando no Sul, no Reino de Judá, formado pelas tribos de Judá e Benjamim, com capital em Jerusalém. Toda essa tragédia causada por uma decisão errada tomada por um jovem e inexperiente rei, em início de mandato. Uma decisão fundamentada nas ideias e conceitos modernistas de jovens intelectuais e jovens administradores, recém-saídos de suas universidades, mas não testados na arte de governar com êxito uma nação. Decisão precipitada, inconveniente, orgulhosa e alienada da justiça.

 

Hoje, também, nós tomamos muitas decisões erradas, com base em conselhos dados por pessoas que não têm um fundamento sólido em que se basear. Decisões que tomamos e que afetam todo o resto de nossa vida neste mundo. Afetam a nós mesmos, a nossa família, nossa igreja, nossa comunidade e a muita gente. Decisões não pensadas, emocionais, precipitadas, tomadas sem reflexão, sem análise objetiva dos fatos. Decisões tomadas ao sabor de um momento de raiva, de inundação emocional, de orgulho ferido e sentimentos desfocados da verdade. Cada um de nós pode ter alguma história pessoal para contar sobre decisões que tomamos de forma precipitada e desajuizada. Cada um sabe o quanto sofre, até hoje, por causa desse tipo de decisão. Quem são seus conselheiros? Você costuma seguir o conselho de que tipo de pessoa?

 

Que Deus ilumine todos nós, para que submetamos ao seu critério e juízo nossas decisões na vida.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




 

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