domingo, 4 de julho de 2010

COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO 2 DA ES



 

 

LIÇÃO 2

 

JUDEUS E GENTIOS

 

 

Verso para Memorizar: "A Lei foi dada por intermédio de Moisés; a Graça e a Verdade vieram por meio de Jesus Cristo." João 1:17.

 

Leitura Bíblica da Semana: Levítico 23; Mateus 19:17; Atos 15:1 a 29; Gálatas 1:1 a 12; Hebreus 8:6; Apocalipse 12:17.

 

INTRODUÇÃO

 

Quando Deus decidiu salvar a raça humana da extinção, por causa do pecado de seu "pai", Adão, o Senhor se defrontou com dois grupos bem definidos de pessoas, cada um desses grupos com uma cosmovisão bem própria de Deus e da Justiça Perfeita que era exigida de cada um deles: (1) os gentios – povos, nações, comunidades alienadas de Deus, sem um contato pessoal com Deus; e (2) os judeus, uma nação em Aliança com Deus, e depositária das revelações divinas à raça humana. Que dificuldades Deus encontrou ao querer salvar estes dois grupos humanos? (1) Em relação aos gentios, aos povos e nações da Terra, a dificuldade encontrada foi a INJUSTIÇA deles. Os gentios (as nações em geral, com exceção de Israel) mergulharam fundo na Injustiça, ou negação da Justiça, ou, ainda, indiferença para com a Justiça. Paulo fala deles, dizendo: "Naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo" Efésios 2:12. Por causa disso, alienados de Deus e das revelações divinas, os gentios mergulharam fundo no Pecado, praticando-o em todas as suas formas e contornos. (2) Em relação aos israelitas, povo a quem o Senhor havia conferido a Lei (Torá) e a revelação de Seus planos e propósitos; e povo com quem o Senhor Deus havia selado uma ALIANÇA, ou Pacto, esperava-se que Israel respondesse de forma positiva a essas iniciativas da Graça divina, e fosse povo santo, obediente a Deus, guardador da Lei e das revelações lhes trazidas pelos profetas hebreus. Mas, ao contrário disso, o que se viu da parte de Israel? Eis o lamento do Senhor sobre Israel: "...esperando Eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas." Isaías 5:4. "Eles [os israelitas], porém, zombavam dos mensageiros, desprezavam as palavras de Deus e mofavam dos Seus profetas; até que subiu a ira do Senhor contra o Seu povo, e não houve remédio algum." II Crônicas 36:16. Gentios e israelitas falharam em alcançar a Justiça Perfeita, com a qual deveriam se apresentar perante o Senhor de toda a Terra. Os gentios buscaram a Injustiça; os israelitas confiaram excessivamente em sua própria justiça, conquistada em seus esforços limitados e imperfeitos em guardar a Lei. Para justificar e salvar gentios e israelitas (judeus), Deus lhes apresentou um PROJETO especial: Justificação e Redenção por meio de um Homem Substituto. A Justiça Perfeita alcançada pelo viver e morrer desse Homem Substituto seria IMPUTADA, ou seja, CREDITADA a todo pecador que, pela fé, se tornasse discípulo dEle. Uma JUSTIÇA PERFEITA que se encontrava fora da vida de gentios e judeus (israelitas). Eis a proposta divina. Justificação e Salvação por meio de uma SUBSTITUIÇÃO. Quem, pela fé, aceitasse este PROJETO divino, seria por Deus declarado JUSTIFICADO de seus pecados e SALVO da morte eterna. E este PROJETO divino de Justificação pela fé no Homem-Substituto, Jesus de Nazaré, permanece até hoje como sendo o único Caminho de justificação e redenção para os pecadores de toda a Terra, e deve ser aceito pela fé, uma fé tão decisiva que gera dependência total de Deus.

 

A Lição desta semana vai abordar este assunto palpitante na Carta aos Romanos.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 4 de julho.

 

SUPERIORES PROMESSAS

 

Leitura Bíblica do Dia: Mateus 19:17; Hebreus 8:6; Tiago 2:10-11; Apocalipse 12:17 e 14:12.

 

A função da vinda do Messias-Cristo Jesus de Nazaré a Israel não seria para anular e revogar a "Lei e os Profetas" (leia Mateus 5:17 a 20), ou seja, as antigas revelações divinas dadas a Israel. Jesus afirmou: "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas [as Escrituras do Antigo Testamento, ou seja, da Antiga Aliança]. Não vim para revogar; vim para cumprir." 5:17, com interpolação e comentário nossos. Jesus não veio a Israel para anular tudo o que já havia, e estabelecer em seu lugar algo totalmente novo. Jesus veio para ATUALIZAR o antigo, dando-lhe nova roupagem e lhe interpretando o verdadeiro significado espiritual, tanto da "Lei" (Torá), como dos "Profetas", ou escritos. Jesus veio para ATUALIZAR e CONTEXTUALIZAR as antigas revelações divinas dada a Israel. Já havia sido revelado por meio do profeta Jeremias, que Deus faria com ISRAEL (as duas casas, a do Norte e a do Sul), uma NOVA ALIANÇA (leia Jeremias 31:31 a 33). E nessa Nova Aliança, algo mudaria, ou seria atualizado. A Lei não mais se restringiria a um código legal escrito em pedra, mas seus princípios deveriam estar registrados, inscritos, no coração do povo de Deus. Então, nessa atualização trazida pela Nova Aliança, a Lei não estaria revogada ou anulada, mas confirmada e definida como norma de Justiça Moral no coração e na alma do povo de Deus. Esse conceito de "povo de Deus" seria ampliado na Nova Aliança: deixaria de se restringir a categorias étnicas e geográficas –uma nação específica, habitando em um ponto determinado da Terra – e abrangeria todos os povos da Terra, gentios e judeus, desde que eles aceitassem, pela fé, o Messias-Cristo Jesus de Nazaré, o Homem-Substituto, formando assim uma só comunidade de pessoas justificadas e salvas pela fé nesse Homem-Substituto. Então, nessas novas e superiores promessas, tendo a Jesus, o Messias-Cristo, como "Mediador de superior Aliança", deve o povo de Deus, uma comunidade de pessoas composta de gentios e judeus (israelitas) crentes em Jesus, marchar unidos, como um só povo, tendo uma só fé, um só batismo, um só Senhor, e um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e age por meio de todos, e está em todos" Efésios 4:5-6. Jesus afirmou à Mulher de Samaria: "Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai e espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores." João 4:23. E Paulo escreveu aos Gálatas: "Dessa maneira, não pode haver judeu, nem grego; nem escravo, nem liberto; nem homem, nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo." Gálatas 3:28. Toda categoria exterior que diferencia uma pessoa da outra, tais como raça, sexo, língua, cor-da-pele, cultura, nível sócio-econômico, deve ficar de fora da mente e da alma de um cristão fiel. A única coisa que aliena um homem de Deus é a INCREDULIDADE, a falta de fé em Jesus. E todas as pessoas que vão se perder e vão morrer eternamente terão como causa principal de sua morte eterna a INCREDULIDADE, o que os leva à recusa de aceitar a JESUS de Nazaré como sendo o Homem-Substituto, e o Único que pode justificar e salvar o pecador (leia João 14:6 e Atos 4:11 e 12). Estas são as "superiores promessas de Deus", trazidas pela Nova Aliança, ratificada pelo sangue de Jesus, derramado na Cruz do Calvário.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 05 de julho.

 

LEIS E REGULAMENTOS JUDAICOS

 

Leitura Bíblica do Dia: Levítico 12, 16 e 23.

 

Qualquer estudante regular da Bíblia Sagrada, que costuma estudá-la tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, sabe que Deus deu a Israel, no deserto, vários tipos de leis, estatutos e regulamentos. A vida de uma pessoa e de uma comunidade é muito complexa. Israel era uma nação, no deserto, com aproximadamente um milhão e seiscentas mil pessoas. Toda nação precisa de leis bem definidas, claras, com exigências que sejam capazes de ser cumpridas. E sendo Israel uma nação em Aliança de pertencimento com Deus, precisava de normas e leis que ensinassem ao povo a maneira correta de adorar ao Senhor Deus, no Santuário e fora dele (leia Êxodo 25 em diante). Existem numa comunidade normas de saúde. Existem questões civis. Existem normas de comércio, que envolvem comprar e vender. Existem contratos a serem firmados entre pessoas, e entre nações. E toda nação deve ter uma CONSTITUIÇÃO, ou Lei-maior, central, que norteia todas as demais leis, códigos e estatutos legais. Em Israel não era diferente, por ser uma nação entre muitas outras nações.

 

Em Israel, as leis deveriam definir três questões bem importantes: (1) As relações dos israelitas com IAVÉ, o Deus da Aliança, ou seja, relações verticais; (2) as relações entre um israelita e outro israelita, ou relações horizontais; e (3) havia as relações circulares, que envolviam os membros de cada família dentro de cada tribo. A falta de leis específicas que definissem os limites de todas essas relações provocaria o caos religioso, social, financeiro e de saúde em Israel. E Deus sabia que seria assim. Por causa disso o Senhor Deus, em Sua eterna sabedoria, deu a Israel um conjunto de leis, estatutos e normas legais que deveriam reger a vida dos israelitas em todos os seus aspectos. Moisés falou a Israel que os gentios veriam como as coisas funcionavam em Israel, sob a direção de Deus, e diriam: "Certamente este grande povo é gente sábia e inteligente. Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o Senhor nossos Deus, todas as vezes que O invocamos? E que grande nação há que tenha ESTATUTOS E JUÍZOS tão justos como toda esta Lei (Torá) que Eu hoje vos proponho?" Deuteronômio 4:6-7. Nenhuma outra nação tinha Leis e Estatutos no mesmo nível moral e espiritual semelhante ao que Deus dera a Israel, Seu povo.

 

A LEI MORAL, composta de Dez Mandamentos, era a Lei-maior em Israel. Todas as demais leis deveriam refletir esta em sua exigência ética, moral e espiritual. Esta Lei Moral dos Dez Mandamentos (leia Êxodo 20:3 a 17) foi falada a Israel pelo próprio Deus, do alto do Monte Sinai. Depois, Deus pediu a Moisés que lavrasse duas grandes lâminas de pedra e subisse com elas ao monte. Ali, o Senhor toma de Moisés as duas lâminas de pedra, e nelas escreve, com Seu próprio dedo, os Dez Mandamentos (leia Êxodo 31:17 e 18). Depois, quando da preparação do Santuário no deserto, Deus ordenou que Moisés fizesse uma caixa de madeira, revestida de ouro, chamada "Arca", e dentro dela colocasse as duas lâminas de pedra nas quais a Lei dos Dez Mandamentos estava escrita (leia Hebreus 9:4). Em relação às demais leis, escritas todas elas em um livro (ou rolo de papiro, ou pele de cordeiro), com exceção da Lei Moral dos Dez Mandamentos, que estava escrita em pedras, o Senhor Deus ordenou a Moisés: "Tomai este Livro da Lei, e ponde-o AO LADO DA ARCA DA ALIANÇA DO SENHOR VOSSO DEUS – não dentro da Arca – para que ali esteja por testemunho contra ti." Deuteronômio 31:26, grifos nossos. Portanto, ficou assim: (1) A Lei Moral, composta de Dez Mandamentos, escrita em duas lâminas de pedra, pelo próprio dedo de Deus, foi posta DENTRO DA ARCA DA ALIANÇA; (2) o Livro da Lei, contendo todas as demais leis e estatutos para Israel como nação, foi posto AO LADO DA ARCA. Isto foi ordem do Senhor, e refletia o grau de grandeza dessas leis. A Lei Moral, os Dez Mandamentos, são de valor e significado eternos, e alcançam os homens em qualquer tempo ou lugar, quer sejam israelitas, quer sejam gentios (as nações em geral). As leis específicas para Israel como nação, como leis litúrgicas, ou cerimoniais, leis civis, leis de comércio, leis de saúde, normas penais, foram todas escritas em um Livro, chamado Livro da Lei. Estas leis gerais não regiam a vida de qualquer pessoa, em qualquer lugar, mas apenas a vida dos israelitas, dentro do perímetro de sua nação ou reino.

 

Alguns cristãos, querendo confundir a mente das pessoas, e sem interesse por realizar um estudo mais profundo e minucioso da Bíblia Sagrada, alegam que tudo era a mesma coisa, e que não havia diferença entre a Lei Moral e as outras leis menores e locais. Ora, isto corresponde a dizer que em uma nação, hoje, qualquer lei ou regulamento é do mesmo nível da Constituição Federal. E todos sabem que não é verdade, pois todas as leis menores precisam se adequar e não se opor à Constituição Federal, a qual é a Lei Maior de cada nação. Isto mostra a quanto vai o preconceito religioso no ambiente cristão, católico ou protestante, atual. É preciso coerência e respeito para com a Verdade revelada na Bíblia. Não se pode tomar a Bíblia e a interpretar sem responsabilidade com a Verdade nela expressa.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 06 de julho.

 

"QUE DEVO FAZER PARA SER SALVO?"

 

Leitura Bíblica do Dia: Gênesis 17:10. Atos 16:31. Mateus 19:16 a 22.

 

Esta tem sido uma pergunta muito importante, e que ecoa entre os humanos pecadores já por milhares de anos.

 

Nos tempos do Antigo Testamento, é possível que poucos gentios faziam esta pergunta, pois se encontravam mergulhados na injustiça, praticando a idolatria e culto às forças da natureza. Pode ser que muitos se cansavam dessa vida de culto aos ídolos e perguntassem se não havia algo melhor que isso, e que o pusesse mais próximo do Deus Eterno, o Criador. Abraão deve ter sido um desses gentios que inquiria sobre Deus e a vida eterna, antes de ser chamado por Deus para caminharem juntos (leia Gênesis 12).

 

É verdade que Adão, mesmo depois de estar vivendo fora do Éden, tentava anunciar à sua geração a vinda do "descendente" de mulher, que salvaria a raça humana. Também todos os patriarcas que seguiram a linhagem de "Sete", filho de Adão, procuraram permanecer crendo no Deus Criador, o qual iria providenciar o Salvador dos humanos. Noé foi o grande pregador da Graça de Deus, nos tempos que antecederam ao Dilúvio. Abraão, Isaque e Jacó testemunharam da Graça divina em suas respectivas gerações, sempre crendo que Deus lhes providenciaria Redenção. Deus tirou o povo de Israel, ou seja, os descendentes de Jacó, do cativeiro egípcio com a finalidade de fazer deles uma nação em Aliança de pertencimento. Um povo que pertence a IAVÉ; um povo que aceitou, de livre vontade, fazer com IAVÉ uma Aliança, na qual ficava claro que IAVÉ seria DEUS para Israel; e Israel seria POVO, ou NAÇÃO exclusiva de Deus. Israel, nessa aliança, deveria CRER EM DEUS; e, porque cria em Deus, viveria em OBEDIÊNCIA a todos os mandamentos e ordens que IAVÉ lhe revelasse, pois, pelos termos da Aliança, IAVÉ seria Pai e Provedor para Israel, e somente buscaria o bem-estar e a felicidade de Israel. Era o Deus da Graça provedora de bênçãos para Israel. Em  troca, ou em resposta de fé no Senhor, Israel se conservaria santo, separado dos pecados das outras nações, e se consagraria a crer e servir ao Senhor Deus. Israel seria povo amigo de Deus, seu dependente. Israel contaria a todas as nações da Terra sobre as obras grandiosas de Deus em seu favor, e como era feliz em ter ao Senhor por DEUS. Israel deveria ser povo agradecido a Deus, povo em permanente louvor e ação de graça ao Senhor, seu Libertador, Provedor e Salvador. Os gentios, ao verem isto ocorrer a Israel, e em Israel, se aproximariam de Israel de coração e mente abertos para conhecer o Deus de Israel, e, pela fé, viver também na dependência de IAVÉ. Assim deveria ser. Mas não foi. Israel apostatou da fé em seu Deus, quebrou a Aliança e pecou contra o Senhor. Israel não guardou o santo Sábado do Senhor. Israel se bandeou para os ídolos demoníacos e para a prostituição física e espiritual. Israel deu as costas para o seu Deus.

 

Israel desenvolveu um caminho alternativo de Salvação. O Senhor Deus falara a Israel, pela boca de seus profetas, que Ele, IAVÉ, salvaria Israel dos seus pecados e culpas. Não seria Israel que se salvaria a si mesmo. Deus pergunta a Israel: "Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então, não poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal!" Jeremias 13:23. E em relação à Justiça Perfeita que Israel buscava na Lei, mediante seu esforço em cumprir suas exigências, Deus mandou dizer a Israel, através do profeta Isaías: "Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia. Todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento nos arrebatam." Isaías 64:6. Então, não há esperança para o Israel pecador, injusto? Está tudo perdido, sem esperança de salvação? "Como posso ser salvo?", pergunta Israel a Deus. E Deus lhe responde através de Isaías: "Tirar-se-ia a presa ao valente? Acaso os presos poderiam fugir ao tirano? Mas assim diz o Senhor: Por certo que os presos se tirarão ao valente, e a presa do tirano fugirá, porque EU CONTENDEREI COM OS QUE CONTENDEM CONTIGO E SALVAREI OS TEUS FILHOS" Isaías 49:24-25, grifos nossos. E eles poderiam ainda perguntar a Deus: "E como nós, de Israel, saberemos que é assim?" Então Deus lhes responde através de Seus profetas, dizendo a Israel: "Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: Eis que a VIRGEM CONCEBERÁ E DARÁ À LUZ UM FILHO, e lhe chamará EMANUEL" Isaías 7:14, com grifos nossos. "Porque UM MENINO VOS NASCEU, um filho se nos deu, e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será MARAVILHOSO CONSELHEIRO, DEUS FORTE, PAI DA ETERNIDADE e PRÍNCIPE DA PAZ" Isaías 9:6, grifos nossos. Então Israel pergunta a Deus: "E o que esse MENINO será para nós?"  Deus responde a Israel pela boca do profeta Jeremias: "Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um RENOVO JUSTO [um filho, ou descendente,  moralmente JUSTO, não contaminado pelo pecado humano]; e, rei que é, reinará e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na Terra. Nos Seus dias, Judá será salvo e Israel habitará seguro. Será este o nome com que será chamado: SENHOR, JUSTIÇA NOSSA." Jeremias 23:5 e 6, com grifos e interpolações nossos. E se Israel perguntasse a Deus: "Como poderei saber o lugar e a tribo do seu nascimento?" Deus responde a Israel: "E tu, BELÉM EFRATA, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e CUJAS ORIGENS SÃO DESDE OS TEMPOS ANTIGOS, DESDE OS DIAS DA ETERNIDADE." Miqueias 5:2, grifos nossos.

 

Israel era, durante todo o tempo entre Moisés e Cristo, cerca de 1500 anos, o único povo da Terra que não podia errar a resposta à pergunta: "Como posso ser salvo?" Deus revelara a Israel, durante todo esse tempo, pela boca dos profetas hebreus, que Deus seria seu Salvador, através de uma Pessoa que o Senhor enviaria a Israel para o salvar, conforme prometera a Adão, em Gênesis 3:15. Israel não tinha desculpas, se não fosse salvo. Deveria culpar somente a si mesmo. Mas Jesus, o Messias, veio a Israel, e não foi bem recebido. João afirma: "Veio para o que era seu, mas os seus [Israel, único povo em Aliança com Deus] não O receberam." João 1:11, com interpolação nossa. Em relação à Justiça que justifica e salva o pecador, que fez Israel? Paulo responde: "Porquanto, desconhecendo a Justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram [não creram, não aceitaram] à que vem de Deus" Romanos 10:3, interpolação nossa.

 

Israel tentou impor a Deus uma justiça imperfeita, fraca, através de seu legalismo, de seu endeusamento da Lei. Israel fez da Lei um Deus, e recusou aceitar a JUSTIÇA que veio de Deus: Jesus, o Messias-Cristo. Este foi o grande erro de Israel, e que tem se repetido até hoje. Incredulidade, esta é a palavra certa para Israel, em relação a Jesus.

 

Quando Paulo esteve em viagem missionária, pregando o Evangelho da Salvação somente pela fé em Jesus, alguém lhe perguntou: "Que devo fazer para que seja salvo?" Então Paulo e Silas lhe responderam: "CRÊ NO SENHOR JESUS E SERÁS SALVO, tu e a tua casa." Atos 16:30 e 31, grifos nossos. JESUS É A SALVAÇÃO e o SALVADOR para todo e qualquer pecador. Quer ser salvo da morte eterna e da condenação trazida pelo pecado? Então: (1) Reconheça que está perdido; (2) Creia que Jesus Cristo pode lhe dar esta salvação; (3) Clame a Jesus por salvação; (4) Confesse a Jesus seus pecados e os abandone aos pés de Jesus; (4) Aceite ser batizado em águas, por imersão, como sinal público de que está ao lado de Jesus, e deseja ter sua vida purificada de todo o mal; (5) Viva como discípulo de Jesus, testemunhando de sua fé no Filho de Deus.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 07 de julho.

 

"NÃO IMPOR MAIOR ENCARGO"

 

Leitura Bíblica do Dia: Atos 15:1 a 29.

 

Em suas viagens missionárias pela Ásia Menor, fundando congregações cristãs, Paulo ganhou muitas almas para Cristo. Milhares de judeus se converteram, tornando-se judeus-cristãos; também muitos gentios foram convertidos. Agora, judeus e gentios conviviam numa mesma congregação, ambos salvos pela fé em Jesus. Era uma comunidade cristã multirracial, ou multiétnica.

 

Os judeus eram o povo em Aliança com Deus. Eram os guardiões da Lei e dos escritos dos profetas hebreus. Tinham uma história de quase dois mil anos – se contarmos desde Abraão – de relacionamento com IAVÉ, o Deus de Israel. Eram eles circuncidados, como sinal externo de pertencerem ao Senhor. Tinham um sistema de culto e adoração a partir do templo de Jerusalém. Enfim, Israel era um povo com uma história de convivência com IAVÉ. Os gentios não possuíam nada disso. Os gentios foram alienados dessa aliança. Os gentios viveram à margem de tudo isso, comendo as migalhas que sobravam do banquete espiritual dos judeus. Cada nação dos gentios tinha seu deus, seus ídolos, seus templos e suas festividades religiosas, todas elas contrárias à vontade de IAVÉ. Agora, judeus e gentios pertenciam a uma só comunidade religiosa, pois Jesus, o Messias-Cristo, derrubara a "parede de separação que estava no meio" e reconciliara ambos, judeus e gentios, "em um só corpo com Deus, por intermédio da Cruz, destruindo por ela a inimizade", porque "por Ele [Jesus] ambos [judeus e gentios] temos acesso ao Pai em um Espírito" Efésios 2:14, 16 e 18, interpolação nossa.

 

Os judeus convertidos ao cristianismo entendiam que deveriam conservar suas tradições religiosas, e comemorar suas festas religiosas anuais, tais como a Páscoa, o Pentecoste e a Festa da Expiação, como já faziam por centenas de anos. Nada de errado havia nisso, visto que essas festas e suas cerimônias contavam uma história vivida entre eles e Deus no passado. Também os judeus queriam impor aos cristãos gentios a circuncisão. Mas estes já tinham o batismo, o qual, na Nova Aliança, substituíra a circuncisão. Paulo aconselha: "Foi alguém chamado estando circunciso? Não desfaça a circuncisão. Foi alguém chamado estando incircunciso? Não se deixe circuncidar" I Coríntios 7:18. O erro estava em os judeus cristãos quererem impor esses rituais, essas solenidades e comemorações aos cristãos gentios, quando estes nada tinham a ver com isso, pois isto não fazia parte da recente história deles com Deus. E devido a recusa dos gentios em atender às exigências de seus irmãos judeus, estes ficavam irados, e diziam que os gentios não estavam verdadeiramente convertidos, gerando discussões e fortes contendas ideológicas e teológicas entre os dois grupos de cristãos.

 

Por volta do ano 49AD, foi convocada uma reunião em Jerusalém (Atos 15), na qual estariam presentes os principais dirigentes da Igreja, formada por judeus e gentios. Pedro, Tiago, Paulo, Barnabé e outros estiveram presentes. Pedro contou a todos como os gentios estavam-se convertendo, e como sobre eles viera também o Espírito Santo, tal como viera sobre os judeus no Dia de Pentecoste (leia Atos 2 e 10). Paulo também usou a palavra e narrou as experiências vividas entre os gentios, contando sobre as conversões que presenciara. Finalmente, Tiago, o irmão de Jesus, que presidia o Concílio de líderes cristãos, fez seu discurso, dando o parecer final: "Pelo que julgo eu, não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus; mas [devemos] escrever-lhes que [1] se abstenham das contaminações dos ídolos; [2] bem como das relações sexuais ilícitas; [3] da carne [do uso da] de animais sufocados; [4] e do sangue [do uso de sangue como alimento], porque Moisés tem, em cada cidade, desde os tempos antigos, os que o pregam nas sinagogas, onde é lido todos os sábados." Atos 15:19 a 21, com interpolações e comentários nossos. Cartas deveriam ser escritas com essas recomendações, e enviadas a todas as comunidades cristãs, em todos os lugares. Essas cartas deveriam ser assinadas pelos líderes presentes ao Concílio. E o Espírito Santo deu Sua aprovação a essas decisões.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 8 e 9 de julho.

 

A HERESIA JUDAIZANTE

 

Leitura Bíblica do Dia: Gálatas 1:1 a 12.

 

Paulo foi o evangelista aos gentios. Em uma de suas viagens, ele chegou às regiões da Frigia e da Galácia. Ali, cheio do Espírito Santo, evangelizou aos gentios, e os frutos foram abundantes, formando algumas comunidades cristãs bem animadas. Mas Paulo era um evangelista itinerante. Ele precisava mudar-se de uma região para outra, para evangelizar em novas cidades e regiões. Tendo Paulo deixado a região da Galácia, contente com os resultados obtidos, ele retornou a Antioquia. Tempos depois, Paulo recebeu informações de que "mestres judaizantes" estavam se aproveitando de sua ausência para pregar aos gentios e judeus convertidos um "outro evangelho", diferente daquele que Paulo havia pregado, uma forma sincrética que misturava judaísmo com cristianismo, formando um produto híbrido a que Paulo chamou de "anátema", ou seja, uma maldição. Paulo, então, escreveu aos cristãos da Galácia uma carta com palavras fortes e duras contra os "mestres judaizantes" que estavam confundindo os cristãos recém-convertidos, querendo obrigá-los a guardar a Lei de Moisés, a praticar a circuncisão e os dias, cerimônias e rituais das festas anuais dos judeus, como Moisés ensinara na Antiga Aliança aos israelitas. Isto seria um retorno à Antiga Aliança. A carta de Paulo teve palavras duras de repreensão a esses falsos pastores do rebanho, e também de reprovação à fragilidade da fé dos cristãos gálatas, os quais, depois de aprenderem de Paulo o Evangelho Eterno, ou Evangelho do Reino, estavam, agora, sob a influência dos mestres judaizantes, retornando aos termos da Antiga Aliança, e sendo circuncidados. Leia toda a Carta aos Gálatas e veja como Paulo estava irado com tudo o que estava acontecendo nas igrejas da Galácia.

 

O que era a "heresia judaizante"? 

 

Era o mesmo problema que foi discutido pelos líderes cristãos no Concílio de Jerusalém, no ano 49AD. Os judeus convertidos ao cristianismo queriam impor aos gentios que se convertiam o cumprimento dos rituais, cerimônias, jejuns, dias solenes de festas judaicas e a circuncisão, coisas exigidas aos israelitas durante a Antiga Aliança. Seria um retorno à Antiga Aliança. Mas judeus e gentios, pela fé em Jesus Cristo, estavam vivendo uma Nova Aliança. A circuncisão fora mudada em Batismo nas águas. Os cerimoniais e festas judaicas faziam parte da vida cultural e religiosa de Israel, não dos gentios. Era um retorno ao velho, quando o novo já se instalara, e Cristo substituíra Moisés. O Concílio de Jerusalém decidiu sobre esses assuntos, como vimos na lição da quarta-feira.

 

Hoje, também, surgem em nossas igrejas, no Brasil e no mundo, muitos "mestres" religiosos, pregando em nossos púlpitos, e ensinando heresias a nossos irmãos. Muitos adventistas se deixam enganar por esses falsos mestres, seguindo ensinos de demônios e se desviando do Evangelho de Cristo. Pregadores cujas ideias fogem ao padrão bíblico. Muitas heresias são postas diante de nossa igreja, e sempre há aqueles que, despreparados, e querendo ouvir coisas "novas", seguem após esses "mestres" da mentira. Muitas vezes, a heresia se instala em alguma congregação adventista, e os dirigentes locais facultam a esses pregadores de mentiras o púlpito da igreja, desviando dezenas de irmãos da fé adventista. Alguns desses negam a divindade de Cristo; outros negam que o Espírito Santo seja a Terceira Pessoa da Divindade; outros interpretam de forma equivocada as profecias escatológicas de Daniel e Apocalipse. Alguns há que pregam contra os dízimos e as ofertas. E por aí vai o desastre. É preciso que nossos anciãos, pastores e dirigentes locais fiquem atentos a esses movimentos dissidentes, e não se deixem impressionar facilmente com a lábia desses mestres da mentira. Precisam nossos líderes estudar mais a teologia adventista, estando preparados para combater as heresias que surgem em nossas congregações. Paulo já advertiu que essas heresias iriam surgir entre os irmãos, e que deveriam ser combatidas (leia Atos 20:28 a 31). É preciso ficar de olho aberto.

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 



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