segunda-feira, 18 de abril de 2011

COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO 4



Este COMENTÁRIO TEOLÓGICO DA LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA é uma cortesia do seu site missionário www.averdaderevelada.com.br, sempre no propósito de oferecer a todos uma visão clara da VERDADE REVELADA por Deus aos homens através da Bíblia.

 

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Pr. Otoniel de Carvalho

Diretor do Site

 

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LIÇÃO  4

 

A TÚNICA DE VÁRIAS CORES

 

Verso para memorizar: "E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, pois era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica tal de mangas compridas"  Gênesis 37:3

 

Leitura Bíblica da Semana: Gênesis 24; Gênesis 29 a 42; I Coríntios 9:24 a 26.

 

INTRODUÇÃO

 

O plano de Deus para a raça humana é sempre o melhor. Em Sua sabedoria, Deus fez uma só mulher para Adão. Já era suficiente. Mais tarde, motivados pelo pecado que os dominava, os homens buscaram para si mulheres, mais de uma para cada homem, algo diferente ao plano de Deus. Era um plano alternativo, humanista, uma espécie de atalho.

 

Jacó teve filhos com quatro mulheres diferentes:  Lia, Raquel, Bila e Zilpa. Ao todo, ele gerou 12 filhos e uma filha. Jacó era apaixonado por Raquel, e suportava as outras esposas. O primeiro filho que ele teve com Raquel, chamou-se José, o qual se tornou o filho predileto, o mais amado por Jacó. Raquel faleceu muito jovem, quando estava dando à luz seu segundo filho, Benjamim. Todo o amor que Jacó/Israel devotava a Raquel foi transferido para José e para Benjamim. Mas José era a alegria do seu coração. Os demais irmãos, filhos das outras esposas, viram essa predileção, e decidiram reagir a seu modo, tornando a vida de José e a vida de Jacó num inferno. O ódio deles foi potencializado, aumentado ao extremo, quando eles viram a linda capa colorida que Jacó fizera somente para José. Daí em diante, eles fariam de tudo para despir José desta capa e de seus privilégios de filho amado e mimado.

 

A Lição desta semana focaliza essa história de amor e ódio, que teve lances trágicos e terminou, pela intervenção de Deus, na reunião de toda uma nação. Mas as consequências se fizeram sentir por muitos anos.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 17 de abril.

 

A ORIGEM DE UM DESASTRE FAMILIAR

 

Leitura Bíblica do Dia: Gênesis 24 e 29:21 a 30.

 

Ao aceitar forçadamente as trapaças de Labão, seu sogro, que lhe deu Lia, a filha mais velha, em lugar de Raquel, a filha mais nova, por quem ele se apaixonara, Jacó estava começando ali uma longa caminhada repleta de amor e ódio. Uma saga familiar, repleta de episódios variados, de amor uns; de ódio, outros. Jacó aceitou gerar filhos de quatro mulheres diferentes: Lia e Raquel (que eram irmãs) e Bila e Zilpa, servas de ambas. Estava na cara, desde o princípio, que isto não daria certo. Ora, nós nos casamos somente com uma mulher e com ela temos filhos e filhas, e as coisas nem sempre são fáceis no ambiente familiar onde há apenas uma mãe, e os filhos são somente de uma esposa. Se mesmo em um ambiente de monogamia há conflitos familiares, há lutas e brigas entre irmãos e entre cônjuges, imagine você num ambiente de poligamia, com um homem vivendo maritalmente com quatro mulheres, num mesmo ambiente, e gerando filhos em todas elas, 13 ao todo, vivendo num espaço reduzido, morando em tendas armadas uma ao lado da outra. Qualquer pessoa inteligente sabe que não dá certo. Mas estes eram os costumes normais e legais daqueles velhos tempos, nos quais cada um fazia suas próprias leis, e o sistema de vida era tribal. Não era o que Deus queria a princípio, mas o Senhor Deus teve de lidar com a situação que o pecado criara na sociedade humana. Ou Deus agiria com misericórdia, perdoando os humanos e lhes dando chance de arrependimento e conversão, ou mataria a todos os humanos, não lhes perdoando o pecado, e a raça humana seria extinta para sempre. Mas Deus, antes que a raça humana fosse criada, fez opção pelo perdão dos humanos pecadores, com base na obra redentiva e vicária de um HOMEM-SUBSTITUTO, o qual seria o "DESCENDENTE" de mulher que iria esmagar a cabeça da Serpente, conforme a promessa de Gênesis 3:15. Por isso, Deus estava suportando a poligamia e outros pecados dos homens, embora não os aceitasse como projeto correto de vida, por visar Deus a realização de algo mais amplo e radical, a consumação do Grande Plano da Redenção (leia Romanos 3:21 a 31).

 

Jacó pagou muito caro por haver seguido esse plano de vida polígamo para si. As consequências foram muito graves. Tudo o mais que ocorreu depois de seu casamento polígamo foi somente consequência do mesmo.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, 18 de abril.

 

JOSÉ E SEUS IRMÃOS

 

Leitura Bíblica do Dia: Gênesis 34 e 37.

 

""E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, pois era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica tal de mangas compridas" Gn 37:3. Tinha José 17 anos quando isto ocorreu (Gn 37:2).

 

"Vendo, pois, seus irmãos que o pai o amava mais que a todos os outros filhos, odiaram-no e já não lhe podiam falar pacificamente." Gn 37:4.

 

José recebeu de Deus alguns sonhos. E estes eram bem intrigantes, e acentuavam ainda mais a predominância de José sobre eles (leia sobre os sonhos em Gn 37). Tudo indicava, nos sonhos, que em algum tempo no futuro da vida deles, José os governaria. Ora, José não era o filho primogênito de Jacó. Como poderia ele imaginar que iria exercer governo futuro sobre a família de Jacó/Israel? Não era isso petulância demais? Até o próprio Jacó achou demais a direção a que os sonhos levava (Gn 37:10).

 

José viajou até Siquém, sob o mando do pai, para visitar seus irmãos que ali estavam pastoreando as ovelhas e cabras da família. Ele lhes levaria mantimentos e veria como eles estavam passando. Porém José, na sua ingenuidade, decidiu ir ao encontro de seus irmãos vestido com a capa da discórdia, que seu pai fizera para ele. Era a capa que lembrava a seus irmãos ser José o filhinho do papai, e de que eles não eram tão amados pelo pai como José o era. A visão daquela capa centuplicava neles o ódio que sentiam pelo pai, e que eles descontavam em José, o personagem mais frágil. O ódio, o ciúme, o sentimento de não receber o mesmo nível de amor de seu pai, os conflitos de interesse entre eles, tudo junto criava no seio da família de Jacó um ambiente carregado, pesado, sem amor, sem paz, sem um bom relacionamento interpessoal. José encontrou seus irmãos em Dotã. Pensou que sua chegada com víveres produziria alegria neles. Mas, para sua tristeza, José notou pelo semblante carregado e fechado de seus irmãos, que eles não estavam nada contentes com sua presença ali. E eles fizeram questão de demonstrar abertamente que não estavam felizes com a presença de José ali, especialmente vestido com aquela capa bonita e colorida.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 19 de abril.

 

A TÚNICA DE VÁRIAS CORES

 

Leitura Bíblica do Dia: Gênesis 37.

 

Quando Jacó confeccionou, em seu tear doméstico, aquela túnica colorida e bonita para José, ele a fez com muito amor e carinho. Foi com emoção e lágrimas nos olhos que Jacó vestiu José com a bela capa. José a recebeu com muita alegria. Ele parecia um príncipe vestido naquela capa. E o pai queria que ele se sentisse assim. Tudo, no início, parecia lindo. Mas os irmãos de José não prestaram atenção na beleza da capa, mas no significado da capa. Eles leram nas entrelinhas de imediato, e entenderam logo que jamais seriam amados por seu pai Jacó da maneira que José o era. Uma inundação emocional de ciúmes e de inveja se apoderou da alma deles. Um turbilhão de emoções prestes a explodir em revolta e violência familiar. Uma simples capa. Um belo presente, dado de coração. Mas um presente imprudentemente concedido. Jacó deveria ter confeccionado, ou comprado, uma capa igual para todos os demais filhos. Ele era um homem rico, cheio de posses. Mas o amor de Jacó pelos demais filhos não era o mesmo, e isto fazia toda a diferença. Foi esse amor diferente que os outros filhos perceberam, e não gostaram nada do que perceberam. Aquela bela túnica se tornou na túnica da discórdia e do ódio entre irmãos. E tudo o que ocorreu depois foi somente consequência do ato imprudente de Jacó. Se os irmãos se amassem antes disso, aquela capa, mesmo sendo dada só a José, seria recebida como um presente normal de um pai a seu filho mais jovem. Mas não havia amor no ambiente familiar de Jacó. Havia brigas, jogo de interesses, ciúmes, retaliações, competitividade entre eles. Eles não eram cooperativos, mas competitivos. Cada um deles lutava com o outro para receber melhor atenção e elogios do pai, quando isto ocorria.

 

E naquele dia fatídico da visita de José a eles, em Dotã, os irmãos de José iriam lhe demonstrar todo o ódio de que estavam possuídos. José iriam sentir na carne o que significa ser odiado e rejeitado pelos seus próprios irmãos. E duro foi o golpe que se abateu sobre o adolescente José, com somente 17 anos de idade.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 20 de abril.

 

A TÚNICA ARRANCADA

 

Leitura Bíblica do Dia: Gênesis 37.

 

O primeiro ato de violência deles foi arrancar de José a bela túnica colorida. Agindo assim eles estavam confirmando que a visão daquela túnica potencializava o ódio deles contra o pai Jacó. Eles até gostariam de demonstrar seu ódio diretamente ao pai, mas tinham medo. Naqueles tempos, a obediência e submissão de um filho a seu pai era total. Em nenhum círculo patriarcal e tribal era permitido ao filho contestar o pai. Este era o rei da sua tribo, o governador de sua casa, e fazia dela o que queria. E a sociedade de seu tempo confirmava isso, não aceitando jamais que um filho fosse contra o pai. Por isso os filhos de Jacó não explodiram em ódio diretamente contra o pai Jacó. Eles o temiam. Jacó era duro no governo de sua casa e não admitia insubmissão e desobediência. Sua ordem em casa era lei, e ponto final. Então os filhos de Jacó viram em José uma extensão mais frágil do pai. José era mais jovem do que todos eles. José era manso, meigo, não dado à violência. Era um adolescente dócil e falador. Então eles viram que punindo José estariam punindo o próprio pai, de quem estavam ressentidos.

 

Quando José chegou junto a eles, foi logo agarrado com violência e a capa lhe foi tirada. Eles pretendiam matar José, livrando-se para sempre dele. No entanto, Rúben, o filho mais velho de Jacó, e que parecia amar José, mas não exercia tanta liderança sobre seus irmãos –Judá parecia ser um líder maior e mais ouvido pelos irmãos –falou em favor do moço, e eles não o mataram de imediato. Jogaram-no em uma velha cisterna, metade água metade lama e o deixaram ali, enquanto discutiam o que fazer com ele em definitivo. Rúben teve de se ausentar um pouco. Nesse ínterim, aproximou-se deles uma caravana de mercadores ismaelita, os quais negociavam gente e mercadorias diversas. Então os irmãos de José tomaram a iniciativa de o vender como escravo aos ismaelitas, os quais se dirigiam ao Egito, para vender ali suas mercadorias e as pessoas a quem haviam comprados para serem escravos. José foi vendido por 20 ciclos de prata (Gn 37:28). Para encobrir seu erro, os irmãos de José concordaram que diriam a Jacó, seu pai, que uma fera do campo matara o rapaz, enquanto este procuravam por seus irmãos. E assim o fizeram. Foram unânimes – inclusive Rúben, que temia a seus violentos irmãos – na mentira e no engano, de uma maneira como nunca haviam se unido para fazerem o bem.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 21 e 22 de abril.

 

"A TÚNICA DE TEU FILHO"

 

Leitura Bíblica do Dia: Gênesis 37.

 

"Então tomaram a túnica de José, mataram um bode e a molharam no sangue. E enviaram a túnica talar de mangas compridas, fizeram-na levar a seu pai [dá a impressão de que eles mandaram entregar a túnica suja de sangue a Jacó por um terceiro, mas eles mesmos não foram logo ao pai, deixando isto para um pouco depois, logo após o mensageiro entregar a túnica] e lhe disseram: Achamos isto; vê se é ou não a túnica de teu filho. Ele [Jacó] a reconheceu e disse: É a túnica de meu filho; um animal selvagem o terá comido; certamente José foi despedaçado. Então Jacó rasgou as suas vestes e se cingiu de pano de saco [em sinal de dor e luto], e lamentou o filho por muitos dias." Gênesis 37:31 a 34, com interpolações nossas.

Grande foi a dor de Jacó pela perda de José. O sangue do bode, presente na capa, poderia ser lavado e a capa ficaria limpa outra vez. Mas seu filho amado não estaria mais ali para a vestir e alegrar o coração do velho pai. Jacó deixou de comer e perdeu a alegria de viver. Somente com o crescimento de Benjamim, o outro filho de Raquel, é que o coração de Jacó foi-se consolando pela perda de José.

 

A mentira muito bem urdida pelos irmãos de José predominou como se fosse verdade por muitos anos. Jacó acreditou nessa mentira, pois não esperava jamais que seus filhos teriam coragem de matar seu próprio irmão, mesmo que não o amassem. Deve ter sido terrível para aqueles homens, todos casando, tendo filhos com suas esposas, vendo os filhos crescerem e se aproximarem da idade de José. Sempre lhes vinha à mente os clamores de José por simpatia, por compaixão, suplicando-lhes que não o matassem e que não o vendessem para ser escravo em terra estranha, bem longe dos afagos e mimos de seu pai Jacó, a quem ele tanto amava. Muitos daqueles filhos de Jacó devem ter tido sobressaltos noturnos, pesadelos, medo terrível da vingança de Deus, e também de que seu pai descobrisse a verdadeira história da "morte" de José. A capa que eles tanto odiavam ainda estava ali por perto. Estava manchada de sangue, mas aquele sangue testemunhava e clamava contra eles. A capa que eles tanto odiaram e da qual quiseram se livrar agora era o único álibi a favor deles, mesmo sendo tudo uma farsa. Enquanto o sangue do bode estivesse na capa, a mentira deles estava coberta, escondida e até protegida pelo sangue do bode inocente.

 

Hoje, como no tempo de Jacó, somente o SANGUE DO CORDEIRO faz cobertura por nossos pecados (Isaías 53; João 1:29). Somente este sangue remidor provê o pagamento pela culpa. Somente o sague remidor paga a dívida e liberta o devedor. Somente o SANGUE DE JESUS, derramado por nós na Cruz do Calvário provê a garantia de nossa redenção, pois o sangue de Jesus, derramado por nós, paga a dívida nossa e nos liberta da condenação à morte eterna. Louvado seja Jesus, e o sangue que verteu por nós na Cruz. Esta é a grande verdade que cobre a mentira que o Pecado nos trouxe, de que poderíamos viver alienados de Deus.

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

 

 

 

 

 

 

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