segunda-feira, 1 de novembro de 2010

COMENTÁRIO DA LIÇÃO 6 DA ESCOLA SABATINA



 

LIÇÃO  6

 

URIAS:  UM ESTRANGEIRO DE FÉ

 

Verso para memorizar: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força." Deuteronômio 6:5.

 

LEITURA BÍBLICA DA SEMANA: I Samuel 26:5 a 11; II Samuel 11; Ester 8:17; Salmos 51; Isaías 56:3 a 7; Efésios 2:19.

 

INTRODUÇÃO

 

Na Lição da Escola Sabatina desta semana estaremos estudando sobre URIAS, o heteu.  No mesmo contexto surgem Davi, o mais destacado rei de Israel, e Bate-Seba, esposa de Urias. Surge também o profeta Natã. Todos esses personagens fazem parte de um drama real, histórico, acontecido nos dias em que Davi reinava sobre todo o Israel. Mas, por incrível que pareça, o personagem-heroi dessa história, desta vez, não é Davi, mas Urias, um até então desconhecido soldado dos exércitos de Israel, um heteu, isto é, um estrangeiro a serviço de Israel. Há muito o que dizer desse drama. Vamos aos fatos.

 

LIÇÃO DE DOMINGO, dia 31 de outubro.

 

DECLIVE ESCORREGADIO

 

Leitura Bíblica do Dia: II Samuel 26:5 a 11. II Samuel 11.     

 

Lendo você os dois textos acima, nem parece que você está lendo sobre o mesmo homem. No texto de I Samuel 26:5 a 11, Davi é o heroi da história. Um homem ético, consciente de seu papel. Obediente a Deus. Um homem cheio do temor de Deus. Um homem sábio e prudente, amado por seu povo, Israel. No texto de II Samuel 11, o mesmo homem, Davi, passa de heroi a vilão. Renuncia todo o seu sistema de valores éticos, morais e espirituais, e escreve uma das mais negras páginas de sua história, até aí uma história cheia de atos heróicos. Davi desce a ladeira moral, e age de forma tão vil e mesquinha, que dá a impressão tratar-se de um homem que jamais conheceu os valores éticos ensinados por IAVÉ, o Deus de Israel. Foi assustador. E este relato negro, sujo, imoral e perverso, mancha a honra de Davi até hoje. É certo que ele foi repreendido e castigado em certa medida por seu erro, mas a punição mais justa seria sua morte e a de Bate-Seba, conforme as leis escritas nos livros de Levítico e Deuteronômio. Só faltou o flagrante do ato sexual adúltero, para Davi ser punido com a pena de morte, como a lei exigia. Davi se arrependeu, confessou a Deus seu pecado (leia os Salmos 32 e 51), mas humanamente nunca mais Davi foi o mesmo aos olhos de sua família e de Israel. Deus o perdoou, mas as consequências negativas de seus atos tresloucados marcaram para sempre sua existência em Israel, e reflete de forma negativa até hoje.

 

LIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, dia 01 de novembro.

 

NINGUÉM É UMA ILHA

 

Leitura Bíblica do Dia: II Samuel 11.

 

O melhor lugar para Davi era fora de casa, nos campos de batalha. Ali ele se realizava como homem, como soldado, como grande heroi nacional. Foi sua heroica luta contra o filisteu Golias que trouxe Davi à ribalta, e lançou luz sobre sua pessoa. A partir daí, Davi foi amado e elogiado em Israel por homens e mulheres, a tal ponto que o rei dominante, Saul, viu-se acuado e diminuído, tal a exaltação que os soldados e o povo davam a Davi. Isto levou Saul a perseguir e tentar matar seu genro Davi. Davi sobreviveu a todas as perseguições de Saul. Davi agiu heroicamente, e foi politicamente correto com Saul, em dois episódios, quando teve chances reais de matar Saul, e não o fez, pois seguiu a ética de Deus, de não atentar contra a vida de um ungido do Senhor, deixando com Deus o fazer justiça.

 

Davi assumiu o reino de Israel. Davi combateu inimigos ferozes e se saiu vencedor em todas as batalhas de campo. Conquistou cidades, dominou reinos e fundou um império, governando sobre reis e reinos a ele submissos. Mas chegou um momento, quando os inimigos lá fora já não eram muitos, e Davi foi deixado a descansar das fadigas dos campos de batalha, pois seu comandante-geral do exército de Israel, Joabe, achava que o rei, já com uma certa idade, deveria ser poupado de certas batalhas externas. E Davi ficou em Jerusalém, governando o reino. Num desses dias, passeando em seu palácio, olhando as casas próximas de seu palácio, Davi fixou seu olhar numa cena agradável aos olhos de qualquer homem: uma mulher tomando banho no terraço de sua casa, displicentemente, sem se incomodar com possíveis olhares alheios. Davi foi logo atraído pelo belo e escultural corpo daquela mulher, cujo nome ele desconhecia. Perguntando a um e a outro de seus ajudantes, Davi ficou sabendo que o nome da mulher era Bate-Seba, e que seu esposo era um jovem estrangeiro que estava fora de casa, nos campos de batalha, servindo a Israel. Davi, então, usa sua autoridade de rei, e ordena que a dita mulher seja levada a palácio, para uma entrevista com o rei. A tê-la junto a si, Davi ordena que todos se retirem, e ele fica a sós com Bate-Seba. Sem muitos rodeios de palavras, Davi fala ao coração da mulher, e logo se deita com ela, praticando o ato sexual. Davi parecia um homem hipnotizado pelo diabo. Seus desejos lascivos foram tão fortes naquele momento, que o cegaram em relação a ser ele Davi um ungido de Deus, que fora chamado por Deus para zelar e cuidar do povo de Deus, e não para ser um lobo devorador das ovelhas de Israel. Davi não mediu as horríveis consequências futuras do seu ato. Ele imaginava que poderia manter aquele ato sórdido em oculto, dado que o fato se passara na alcova real. No entanto, o ditado popular afirma: "Mato tem olho e parede tem ouvido". Muitos serviçais de Davi viram quando Bate-Seba entrou em palácio, entrou para os aposentos pessoais do rei, e dali não saiu logo. Também o ajudante de Davi, que foi buscar Bate-Seba em casa e a trouxe a palácio, notou quais eram as reais intenções de Davi em relação a Bate-Seba. É certo e lógico que tudo isto produziu um bochicho e várias conversas paralelas entre os serviçais de Davi que presenciaram os fatos que antecederam o adultério. Como poderia Davi pensar que somente ele e a mulher estavam sabendo do problema?

 

Em pouco tempo Bate-Seba se descobriu grávida. E como sua última relação sexual com seu esposo acontecera vários meses antes disto, pois os soldados saíam aos campos de batalha e lá passavam meses e até anos seguidos, ela tinha certeza que o filho era do rei Davi. E logo tratou de avisar ao rei. Que fez Davi, então? Arrependeu-se de seu ato? Mandou fazer aborto? Acusou a mulher como única culpada pelo adultério? Não, nada disso. Davi não se arrependeu. Davi teve medo das consequências somente. Que fez ele, então? Somou ao pecado inicial do adultério mais dois outros pecados terríveis: (1) Mandou chamar o marido da mulher, Urias, como se algo urgente justificasse a vinda dele a sua casa;  (2) Embriagou Urias, no sentido de deixá-lo sem raciocínio perfeito, para que não entendesse o que estava acontecendo de fato; (3) Tentou forçar uma relação sexual imediata entre Urias e sua esposa, visando dar a impressão que o filho a nascer era de Urias, e não de Davi, querendo passar uma ideia de naturalidade e normalidade numa gravidez que se dera por meio de uma ato sexual pecaminoso; (4) vendo que Urias se mantinha leal a Davi e ao exército de Israel, trama covardemente e traiçoeiramente sua morte, visando apossar-se da viúva, casando-se com ela, fazendo parecer a todos que o filho que iria nascer a Bate-Seba era fruto de uma união legal de Davi com aquela mulher, após a morte de seu esposo. Davi se perdeu completamente. Afogou-se na água suja em que mergulhara ao cometer o adultério com Bate-Seba. Em todas essas coisas Davi pecou contra Deus, contra ele mesmo e contra uma família inocente, família esta que achava ser Davi o melhor rei para Israel. O pastor de Israel deixara de cuidar de suas ovelhas, e agira como lobo devorador delas. Foi algo nojento, perverso, repulsivo e imoral, indigno de um homem ungido por Deus para ser pastor e rei de Seu povo.

 

LIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, dia 02 de novembro.

 

UM ESTRANGEIRO EM ISRAEL

 

Leitura Bíblica do Dia:  Isaías 6:25; Rute 1:1 a 16; Ester 8:17; Isaías 56:3 a 7.

 

Quando os reis do passado, incluindo os reis de Israel, saíam para combater exércitos e reinos inimigos, e os venciam, eles traziam consigo o despojo de sua conquista, os trofeus de sua vitória: ovelhas, bois, armas, carros de guerra, cavalos, animais diversos e pessoas, muitas pessoas: homens, mulheres e crianças. Despojados de tudo o que possuíam, e também despojados de sua liberdade, essas pessoas dominadas se tornavam servos e escravos de seus dominadores. Aqueles homens que se mostravam leais ao rei que os dominou, muitos deles eram usados como soldados do exército do reino que os conquistara.

 

Havia também o caso de reinos em aliança, os quais uniam seus exércitos e lutavam juntos contra algum inimigo em comum. Urias era heteu, e os heteus, como parece, eram um povo em aliança com Israel, nos tempos de Davi. Urias se mostrara um soldado fiel, mas pouco conhecido até então. E quando ele se torna conhecido para os leitores da Bíblia, surge como vítima da mais sórdida trama contra sua pessoa, perpetrada pelo comandante-em-chefe do exército no qual ele servia com destemor. Primeiro, a atitude iníqua do rei Davi, a quem ele muito admirava, contra sua esposa, e que ele, Urias, nunca soube. Segundo, a atitude perversa e cruel de Davi contra ele, Urias, mandando matá-lo em campo de batalha, para esconder o erro do rei.

 

Urias amava ser soldado. Ele se realizava como soldado, e seu prazer era lutar em favor de Israel, e fazer parte dos exércitos comandados por Davi e Joabe. Ele tinha grande apreço por Joabe, seu comandante-geral. Urias era um homem simples, mas nobre e honesto. Um homem que se revelou ser possuidor de uma excelente noção de ética e respeito à hierarquia. Ele recusou-se a gozar as delícias do sexo com sua esposa, pois sabia que os demais soldados de Davi estavam fora, no campo, sem direito a esses privilégios. E mesmo o rei Davi lhe ordenando que fosse para casa e se deitasse com sua esposa, ainda assim Urias se recusou, por questões éticas. Deus estava operando em Urias para que ele se mostrasse tão ético. Deus queria despertar Davi para a monstruosidade de seus erros, através da firmeza, honestidade e noção de ética e moral dada por Urias, um estrangeiro em Israel. Um estrangeiro que estava mostrando ao rei de Israel o que significa integridade, ética, respeito e fidelidade, coisas que Davi jogara fora nos últimos dias. O natural seria Davi, um ungido de Deus, ensinar essas coisas aos estrangeiros com quem entrava em contato. Mas agora era aquele estrangeiro Urias quem estava ensinando a Davi o correto modo de proceder. Urias entra na história como um simples soldado, e sai dela como um exemplo de honestidade e correção moral. Davi entra nessa história como um vilão, mal e perverso, e não sabe como sair dela, tamanho o lamaçal em que chafurdara.

 

Muitas vezes, o pecado nos parece bonito e delicioso, especialmente quando se trata do pecado sexual. Corpos belos, sorrisos, beijos, abraços, libidinagem, gozo, prazer, delícia de sentimentos carnais. Findo o ato, passado o tempo, vem a cobrança. Quando a pessoa cai em si, e começa a analisar com frieza o que aconteceu, começa a sentir-se culpado. Fica pensando no alcance e nas consequências do seu ato vergonhoso. Lares desfeitos, brigas, pessoas feridas, sentimentos de perda, de revolta, e toda uma série de consequências danosas aos culpados. Vem a disciplina da Igreja, se os culpados fazem parte de uma Igreja que zela pelos valores éticos e espirituais ensinados por Cristo. Vem a vergonha de ser desmascarado e  declarado um pérfido e imoral. Mas ninguém pensa em nada disso quando os corpos estão juntos e o ato sexual está em andamento.

 

LIÇÃO DE QUARTA-FEIRA, dia 03 de novembro.

 

O QUE HÁ EM UM NOME?

 

Leitura Bíblica do Dia: Gênesis 17:5; Gênesis 32:27 e 28; Daniel 1:7.

 

Era costume dos povos antigos do Oriente dar nome a seus filhos com base em alguma coisa que os identificasse, com Deus ou com seu caráter e personalidade, ou, ainda, com as circunstâncias que envolveram sua concepção e nascimento.

 

O Dicionário da Bíblia, preparado por John D. Davis, atribui o significado de "Luz de Jeová" para o nome Urias. Por que a mãe de Urias lhe deu esse nome, associado com a Luz que vem de Deus, sendo ela uma mulher não pertencente a Israel? Isto revela que a mãe de Urias, mesmo não sendo israelita, temia ao Senhor, o Deus de Israel.

 

Que significado tem o seu nome pessoal? Já pesquisou sobre isto em algum lugar?

 

Mesmo que você não saiba o significado de seu nome pessoal, você precisa saber o que significa ser CRISTÃO. Na Palestina, os seguidores de Jesus, o Cristo, começaram a ser chamados  "cristãos", talvez como uma zombaria, uma maneira que os gentios e os judeus incrédulos encontraram para zombar dos seguidores de Jesus de Nazaré, o Messias-Cristo que Deus enviara a Israel e ao mundo.

 

Quando você é batizado, recebe do pastor a invocação: "Eu te batizo em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo" (Mateus 28:19 e 20). Isto significa que, a partir do seu batismo, que ocorreu devido à sua fé em Jesus, o Cristo, você se tornou um CRISTÃO, isto é, uma pessoa que está em Aliança de Pertencimento com Deus, o Pai; com Seu Filho, Jesus Cristo; e com o Espírito Santo, os três Membros que compõem a DIVINDADE TRIÚNA. Você deixa de ser um "Zé ninguém", alguém comum, perdido numa multidão de pessoas e nomes, e se torna, em especial, um filho de Deus, um escolhido do Senhor, um servo de Cristo. Você passa a ter significado. Você se torna parte de uma grande família, formada por Deus, os anjos e os humanos que amam e servem a Deus.

 

Quando você se mete em pecado, você deixa a parceria com  Deus e entra em parceria com Satanás, o inimigo de Deus. Nesse caso, você, que é conhecido como filho de Deus, passa a ser visto como uma vergonha para o nome de Deus. Você envergonha a Deus e à Igreja de Deus com seus pecados e atos contrários à Bíblia. Foi isto o que fez Davi; ele envergonhou o nome de IAVÉ, o Deus de Israel, do Qual ele era servo. Somente o arrependimento sincero e honesto, junto com a confissão de culpa e o abandono do pecado poderão fazer você retornar ao favor de Deus. Pense nisso antes de cometer qualquer pecado. Todos estão olhando para você. Muitos estão com uma lupa, verificando sua vida e procedimento. Tudo o que você diz ou faz, como Cristão, trata-se do procedimento de um Cristão. E todos esperam que um Cristão pense como Cristão, aja como Cristão e viva como Cristão. E quando isto não acontece, trazemos zombaria para o nome Cristão, e para a Obra de Cristo na Terra. Pensem nisto pastores e membros da Igreja de Deus.

 

LIÇÃO DE QUINTA E SEXTA-FEIRAS, dias 04 e 05 de novembro.

 

UM HOMEM DE PRINCÍPIO

 

Leitura Bíblica do Dia: II Samuel 11:10 a 13.

 

Em 1972, eu era professor de Português no Colégio Municipal de Caetés, Pernambuco, lugar onde nasceu o presidente Lula. Lecionei ali durante quase três anos. Descobri que o delegado de polícia da cidade era um primo meu, em segundo grau, e que ele era membro de uma determinada igreja evangélica em Garanhuns, cidade que fica próxima a Caetés. Certo dia, fomos comemorar com os alunos do colégio o dia do aniversário da cidade. O prefeito convidou todos os professores do colégio municipal para irem a sua casa, e ali fazerem um lanche. Foi ali que encontrei meu primo, delegado de polícia. Fazendo-se Cortez, o prefeito me convidou para beber um pouco de um determinado wisky nacional, famoso na época. Por ser abstêmio em relação a bebidas alcoólicas, por uma questão de fé e princípios, recusei a oferta do prefeito. Ele insistiu, oferecendo-se para pegar um copo para mim. Eu lhe agradeci a gentileza, e lhe declarei que não era uma questão de pegar ou não o copo, mas uma questão de princípio. Eu realmente não usava bebida alcoólica, quer o copo me fosse facilitado, que eu mesmo fosse pegar o copo. Mas pediu ao prefeito que me servisse um refrigerante. Ele assim o fez, e ficamos juntos, ali na sala de sua casa, conversando sobre assuntos políticos diversos. Meu primo delegado, evangélico, ficou nervoso e inquieto, pois ele estava, desde que cheguei ali, com um copo de bebida alcoólica na mão. Ele tentou justificar-se por estar tomando bebida alcoólica, mesmo sendo um crente, um cristão evangélico, dizendo que só bebia aquele tipo de bebida para ajudar na cura de uma determinada dor de cabeça que ele sentia. Mas ele não precisava me dar desculpas. Ele só deveria agir por princípio, seguindo a Bíblia Sagrada. Como não agira assim, agora estava tentando justificar o injustificável, somente porque fora apanhado traindo seus valores evangélicos.

 

Urias se mostrou um homem de valor. Era honesto, educado, ético, fiel ao rei, a quem servia, e fiel a seu comandante-geral no campo de batalha e fora dele. Um exemplo de soldado para todo o Israel. E não era israelense. Era um gentio servindo a Israel. Mas a noção de fidelidade a um princípio foi o que pôs em destaque o caráter de Urias. Deveria ter sido Davi, o rei ungido de Israel, quem deveria ter mostrado fidelidade aos princípio ensinados por Deus na Torah, e nos escritos do Profetas de Israel. Mas Davi agira como um gentio perverso, sendo um péssimo exemplo para Israel. Davi traiu todos os seus valores morais, éticos e espirituais.

 

Hoje, como no passado, muitos ministros de Deus, pastores e anciãos, ungidos para servir ao Senhor, negam os princípios elementares da ética, da moral e de uma vida espiritual de alto nível, assim como o fez Davi. Nesses quase cinquenta anos como adventista do sétimo dia, e depois de vinte e dois anos no ministério pastoral adventista, tenho visto pastores e anciãos se enredarem em pecados de todos os matizes, para depois, acusados pela consciência, tentarem negar ou justificar o fato de agirem assim. Pastores descobertos em adultério, ou que pessoalmente confessam adultérios. Anciãos ungidos que se envolvem sexualmente com mulheres da Igreja e de fora da Igreja. Diáconos e Diaconisas que se envolvem sexualmente fora do casamento. Tenho visto muitos lares desfeitos entre membros do ministério pastoral, no ancionato e entre diáconos. O pecado, ou os pecados, de Davi se repetem hoje, da mesma maneira como ocorreram ontem. E se nossos pastores líderes e nossos anciãos não agirem com firmeza, definindo a correspondente disciplina eclesiástica que cada caso merece, e aplicando-as de forma justa e certa, as coisas irão de mal a pior entre nós. Nossos jovens e adolescentes precisam ter certeza de que seus líderes espirituais são pessoas confiáveis, pessoas que agem por princípio, seguindo a ética, a moral e os valores cristãos. Eles precisam vivenciar essa segurança na Igreja. Precisam ver o mal sendo justamente punido. E se eles veem isto, e comprovam que seus líderes espirituais levam a sério essa questão de princípio, esses jovens e adolescentes passam a confiar ainda mais naqueles que os lideram. Têm nossos líderes espirituais coragem de agir por princípio, e passar para todos os liderados os valores éticos da Palavra de Deus, não somente em seus discursos bonitos do púlpito, mas, acima de tudo, em sua vida pessoal e familiar?  É isso o que nossos jovens e adolescentes estão vendo dos seus pastores e anciãos, os quais são ungidos para cuidar da espiritualidade deles? Pensem nisto nossos líderes "ungidos".

 

 

Pastor Otoniel Tavares de Carvalho

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